"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 9 de novembro de 2014

CRESCE MOBILIZAÇÃO QUE PREPARA MANIFESTAÇÕES NACIONAIS CONTRA O PT

E PELO IMPEACHMENT DA DILMA MARCADAS PARA O PRÓXIMO SÁBADO DIA 15 DE NOVEMBRO
https://www.youtube.com/watch?v=eVDY4c61sN0&feature=player_embedded

O artigo que segue abaixo é do professor Hermes Rodrigues Nery, coordenador do Movimento Legislação e Vida, publicado no site Mídia Sem Máscara, intitulado ‘Saímos às ruas, sem máscara’, analisando a grande manifestação pró-impechment da Dilma ocorrido em São Paulo e várias capitais do Brasil no dia 1º deste mês de novembro.
 
Creio que o artigo de Nery condensa em algumas linhas o que se passa na cabeça de cada brasileiro decente que deplora a situação de destruição institucional e econômica que castiga a Nação em decorrência de mais de uma década de governos do PT e, sobretudo, o mal-estar reinante e que não cessa desde a misteriosa apuração do segundo turno da eleição presidencial, marcada por incontáveis denúncias de fraude.
De quebra, ilustram este post um dois vídeo da grande manifestação que aconteceu em São Paulo na  av. Paulista, no último dia 1º, destacando o próprio professor Nery e o músico e escritor Lobão. 
Este artigo serve como um “esquenta”, para as grandes manifestações que ocorrerão em todo o Brasil neste 15 de novembro, Dia da Proclamação da República. Leiam o artigo e vejam os vídeos:

https://www.youtube.com/watch?v=fKQDh9TTPGM&feature=player_embedded

Os que saíram às ruas em 1º de novembro, na primeira manifestação pró-impeachment, catalizaram, de imediato, o sentimento geral do povo, ao que pode ter sido o maior embuste de toda nossa história.
Desde o começo do ano, em diversas partes do país, onde estive, sempre fazia questão de perguntar às pessoas mais simples, no dia-a-a-dia: "E então, o que vai dar?" Quase todos me respondiam: "A que está aí não dá mais para continuar. Mas não sei não. Acho que vão aprontar!" E insistia: "Mas ganha mesmo?" E ouvia como resposta: "Você confia nestas urnas eletrônicas? Quem era o Haddad? Aguém conhecia o Haddad em São Paulo? E o Lula foi lá, e disse: Vai ser este, e pronto. E foi. E aí, alguém questionou? Sei, não. Enquanto o voto for só eletrônico, eles levam todas. Os disquetes vem prontos, são manipulados! Percam ou ganhem a Copa. Eles levam todas", foi o que me disse um dos mais exaltados.

Impressionou-me como o povo estava, sim, informado de muitas coisas (talvez seja o efeito das redes sociais, hoje tão temidas pelo PT?), pois ainda no dia do fatídico jogo do Brasil x Alemanha, antes mesmo do Brasil ter sido massacrado pelo 7x1, enquanto esperava para ser atendido para cortar o cabelo, no Branco, alguém comentou comigo lá: "você viu a movimentação no Brasil nesses dias? Vladimir Putin, o presidente da China, Fidel Castro, Brics, tudo junto. Aí tem coisa! Com tudo isso, sei não, eles vão aprontar e fazer ela ganhar!" Enquanto todos ficaram atônitos com o 7x1, quase ninguém percebeu essas movimentações.

Por que Lula dissera que o PT faria o diabo para ganhar as eleições? O fato é que uma sequência de acontecimentos deram uma dimensão trevosa a tudo isso. Até hoje, na boca do povo, o acidente que matou o presidenciável Eduardo Campos, no dia 13 de agosto, às 13 horas, com temperatura de 13º, na cidade com DDD 13, foi algo realmente intrigante. E nunca uma campanha eleitoral foi marcada com tanta violência, com truculência por parte do PT, e uma performance de Dilma Roussef que expos ao País, em diversas vezes, seu despreparo, incompetência, a dificuldade em completar um raciocínio apenas (monitorada pelo ponto eletrônico), sem carisma, sem desenvoltura, sem as características mínimas para quem deve exercer uma liderança política; agindo como um robô, um títere não apenas de Lula, mas do Foro de São Paulo.

Ficou evidente, especialmente nos últimos dias do segundo turno, com as denúncias explosivas do doleiro Alberto Youssef, dizendo que Lula e Dilma Roussef sabiam do esquema do Petrolão, tudo isso e muito mais, reforçou o sentimento geral do povo brasileiro por mudança. "Não. Ela não nos representa, mas sim nos envergonha!", me disse um taxista.

Muitos que votaram em Aécio Neves afirmaram que foi mesmo por falta de opção, por antipetismo, quando ainda o decreto 8243 (cuja derrubada seria o primeiro ato da Câmara dos Deputados após as eleições), sinalizava claramente os propósitos bolivarianos do PT.

Com tudo isso, a ameaça de que fariam o diabo para o PT vencer, se concretizou com o resultado duvidoso das urnas. O pleito de 26 de outubro tornou-se um conto kafkiano,em que muitos experimentaram um sentimento pior do que o 7x1. Foi um baque.

O pouco de auto-estima elevada no final do segundo turno, foi por água abaixo. Estava confirmado o que o Foro de São Paulo havia declarado em sua última assembléia: utilizariam a democracia como método revolucionário.
Os que saíram às ruas em 1º de novembro, na primeira manifestação pró-impeachment, catalizaram, de imediato, o sentimento geral do povo, ao que pode ter sido o maior embuste de toda nossa história.

Há tempos que especialistas e técnicos vem alertando da vulnerabilidade do sistema das urnas eletrônicas, nada confiável, não adotado em outros países, a não ser os manipulados pelo Foro de São Paulo. Dalmo Accorsini, por exemplo, denuncia que a empresa SMARTMATIC "com vínculos comprovados com o governo de Cuba e Venezuela, operou abertamente nas eleições brasileiras", favorecendo assim o PT.

O fato é que o Brasil ficou, no dia da eleição do segundo turno, das 17h às 20h, em suspense, refém de apenas 23 técnicos privilegiados para operarem na apuração, sem nenhuma transparência, até que o ministro Toffoli anunciou a toda a Nação de que tudo continuava como antes: Dilma Roussef ficaria no comando do País por mais quatro anos. A maioria não acreditou no que estava acontecendo.

Feito o comunicado, as denúncias de fraudes nas urnas eletrônicas pipocaram por toda a parte, De cara, a palavra "impeachment" foi a que mais circulou nas redes sociais, acompanhadas de inúmeros casos de irregularidade, em todas as partes do País.

Denúncias de multiplicidade de títulos eleitorais, chegando a casos de um único eleitor possuir 32 títulos eleitorais; o próprio TSE identificou 2.467 pessoas com títulos eleitorais duplicados e situações vergonhosas com as do Correio que fez atualização cadastral de funcionários, exigindo o preenchimento do título de eleitor, seção eleitoral e cidade de votação, como noticiado no site do PSDB.
Na Rondônia, por exemplo, delegados disseram que só aparecia o número 13 em urna de Porto Velho, onde mais de 20 pessoas se queixaram de falha na urna de votação.
Houve ainda casos de eleitores que não conseguiram votar ao descobrirem que outras pessoas votaram no seu lugar, quase todas em diversas partes, são unânimes de que com o "paper track" (papelzinho da contraprova), é possível conferir com segurança a totalidade dos votos, recurso este utilizado nos países desenvolvidos.
Se o TSE tivesse mesmo compromisso com a lisura e a transparência, como tanto apregoa, adotaria o "paper track". Mas por que faz questão de manter as coisas do jeito que estão, e ainda ameaçar quem ousar questioná-lo?

O impacto do embuste eleitoreiro, do escândalo do Petrolão e da confirmação dos propósitos do Foro de São Paulo de que utilizará a democracia como método revolucionário, chocou a muitos, que agora sabem dos desafios que temos pela frente. A imprensa, de modo sórdido e vergonhoso, não titubeou em por em prática as conhecidas táticas da conspiração do silêncio (pouco noticiar as reações ao grande engodo) ou distorcer os fatos, desqualificando, ridicularizando e hostilizando os que vem questionando as mobilizações.

Mas fomos os primeiros a sair às ruas, de cara limpa, sem máscaras, para dizer que estamos dispostos a lutar por um Brasil livre, verdadeiramente democrático e unido. Sabemos das sombras espessas que tomaram conta, das forças que agrilhoaram o Brasil, e de que não nos faltará a coragem e a determinação para lutar pelo bem do nosso País, pelo bem de todos os brasileiros. A nossa Nação foi ultrajada por este que poderá ter sido o maior embuste da nossa história. Há um clamor geral pela verdade, pela justiça e pela liberdade! Foi o que eu disse a todos na primeira manifestação pró-impeachment de Dilma Roussef, na avenida Paulista em frente ao MASP: "Este clamor que vem do coração de todos vocês... em favor do Brasil unido!"


Do site Mídia Sem Máscara

09 de novembro de 2014
in aluizio amorim

NO BRASIL, O AGITADOR COMUNISTA VENEZUELANO ELIAS JAUA

ELIAS JAUA, O AGITADOR COMUNISTA VENEZUELANO, ORGANIZA O LEVANTE BOLIVARIANO NO BRASIL COM REUNIÕES E PALESTRAS DE DOUTRINAÇÃO PARA GRUPOS DO PT.
Reuniões realizadas por Elias Jaua no Brasil em fotos colhidas por meio da internet divulgadas em sites de movimentos dirigidos pelo PT. Clique sobre as imagens para vê-las ampliadas.
A revista Veja desta semana traz uma reportagem sobre as andanças pelo Brasil do chavista venezuelano Elías Jaua, especializado em agitação comunista, inclusive, andou por Curitiba. Não se sabe se teve algum encontro com o prefeito Gustavo Fruet, do PDT. Jaua teria ido à Curitiba porque na capital paranaense, segundo ele, estariam muito adiantadas as iniciativas “populares” envolvendo os ditos “movimentos sociais” do PT.
 
Jaua é um expert na agitação voltada à introdução no continente latino-aericano do tal "socialismo do século XXI", eufemismo para designar o comunismo. Comanda o Ministério Popular para os Movimentos Sociais do governo do tiranete Nicolás Maduro. Elias Jaua esteve atuando no Brasil do dia 20 a 31 de outubro, no auge da campanha eleitoral do segundo turno.
 
A descoberta de sua presença só chegou ao conhecimento público depois que a babá de seus filhos foi presa no aeroporto de Guarulhos carregando um revólver calibre 38 em sua bagagem de mão.
 
Como sempre acontece nesses casos, a grande imprensa brasileira deu a notícia como um fato trivial entre tantos outros, embora um ministro estrangeiro estivesse agindo politicamente em território brasileiro para fomentar a revolução socialista no Brasil. Jaua realizou diversos contatos e reuniões com os tais movimentos sociais do PT, como o MST e aquele grupo dito “sem teto”, comandado por um colunista da Folha de S. Paulo.
 
Aqui um resumo da reportagem de Veja, que revela uma espécio de “folha corrida”, desse esbirro de Fidel e Raúl Castro, a dupla de assassinos comunistas mais antiga que continua agindo livremente. Leiam:

O venezuelano Elías Jaua é um especialista em atividades clandestinas. Em 1992, ele estava entre os mais de 1.000 conspiradores envolvidos na sangrenta tentativa de golpe de Estado que deu fama ao coronel Hugo Chávez. Depois que Chávez chegou à Presidência, em 1999, Jaua passou a fazer parte da cúpula do novo governo, ocupando cargos variados, mas sempre com a responsabilidade de cooptar, articular e treinar movimentos sociais e milícias armadas com o propósito de implantar o “socialismo do século XXI” na Venezuela e de exportar esse modelo para os países vizinhos. Apropriadamente, Jaua comanda há dois meses o Ministério do Poder Popular para os Movimentos Sociais.

Nada mais natural, portanto, que passem pelo seu crivo as já tradicionais parcerias entre o governo venezuelano e organizações de esquerda de outros países, inclusive o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem­-Terra (MST), do Brasil. Causa estranhamento, porém, que ele o faça às escondidas do governo brasileiro e que, por trás de supostos convênios de formação técnica, escamoteie cursos de treinamento para a revolução socialista. Foi o que aconteceu durante a viagem do ministro ao Brasil entre 20 e 31 de outubro — iniciada justamente no auge da campanha para o segundo turno das eleições presidenciais.

O plano de Jaua era passar despercebido em sua visita ao Brasil. No dia 24, porém, Jeanette del Carmen Anza, a babá dos seus filhos, foi presa no Aeroporto de Guarulhos ao tentar entrar no Brasil com um revólver calibre 38 na bagagem de mão, o que configura crime de tráfico de armas. Ela estava acompanhada da sogra de Jaua e, segundo o ministro informou à Justiça, ele as havia mandado buscar na Venezuela em um avião da estatal de petróleo PDVSA para ajudar a cuidar de sua mulher, que viera fazer um tratamento médico no Hospital Sírio-Libanês.

Ele teria pedido à babá que trouxesse uma maleta de mão com documentos, mas que não se esquecesse de tirar a arma de dentro. Jeanette, surpreendentemente, não teria encontrado a arma, e resolveu trazer a maleta assim mesmo. Beneficiada com um pedido de habeas corpus, Jeanette foi solta e voltou à Venezuela no dia 31. Junto com o revólver, a Polícia Federal encontrou centenas de páginas de documentos que o delegado Enio Salgado classificou como sendo de “cunho eleitoral e doutrinário”.

A papelada foi apreendida e cópias foram enviadas para a Justiça Federal. Algumas pessoas que manusearam as brochuras descreveram o seu teor com os adjetivos “forte”, “preocupante” e “explosivo”. A primeira página de uma delas traz o que parece ser o sumário de uma palestra ou aula ensinando como fazer uma revolução socialista, com itens como “Identificar e neutralizar o inimigo (derrota permanente)”.

Do site da revista Veja

09 de novembro de 2014
in aluizio amorim

EDUARDO CUNHA PROMETE "ENGAVETAR" CONTROLE DA MÍDIA PELO PT



Cunha: Câmara terá nova CPI da Petrobras

O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), diz que, se eleito presidente da Câmara dos Deputados, vai colocar “na gaveta” o projeto de regulação da mídia que a presidente Dilma Rousseff pretende elaborar.

“Regulação de mídia jamais. Eu colocaria na gaveta. Não faz parte do meu propósito. Eu sou muito claro, transparente para que todos saibam que eu eleito presidente da Câmara não darei curso a um projeto de regulação de mídia”, afirma Cunha.

O líder do PMDB avalia que a futura revelação dos nomes de deputados e senadores acusados nas delações premiadas da Operação Lava Jato não afetará o funcionamento da Congresso. “Da minha parte não travará. Eu acho que tem de funcionar como prevê a Constituição, o regimento da Câmara e, provavelmente, do Senado.”

CPI DA PETROBRAS

Segundo ele, será inevitável a instalação de uma nova CPI no Congresso para investigar a corrupção na Petrobras. “Não há condições políticas da gente dizer que não apoiará. Claro que temos de apoiar. Efetivamente, essa investigação foi interrompida por fatos supervenientes a ela.”

Cunha diz que advogados do ex-diretor de Abastecimento e Refino Paulo Roberto Costa lhe disseram que ele não foi citado na delação premiado, contrariando relato da revista “IstoÉ”. “Foi uma citação vaga de uma revista, que tinha outras citações vagas, e que efetivamente mandaram me desmentir. [...] Mandei meus advogados consultarem. Não houve citação do Paulo Roberto. O que também não teria nenhum problema de ter citação, porque citação não implicaria ter nenhum comprometimento.”
A respeito da disputa pela presidência da Câmara, ele diz que os deputados não aceitariam a eleição de um petista nem do rodízio acordado entre PT e PMDB. “A Casa não vê com bons olhos, a sua maioria, que o PT, já que está no Poder Executivo, comande o Poder Legislativo. E não dá pra nós, PT e PMDB, mesmo que nós concordássemos em fazer um acordo de divisão, de rodízio, a Casa não aceitaria.”

Cunha rebate as críticas de que seria um adversário do Palácio do Planalto. “Em primeiro lugar, eu não sou inimigo do governo. Em segundo lugar, quanto a presidente gosta ou deixa de gostar [de mim], eu nunca ouvi falar.” Ele afirma que “não quer ser submisso ao governo nem quer ser candidatura de oposição” em uma eventual disputa pela presidência da Câmara.

DIÁLOGO COM DILMA

Para o deputado, a relação de Dilma com o Congresso Nacional será mais difícil a partir de 2015. “Na medida em que você tem uma divisão maior e uma oposição mais aguerrida, é claro que a Casa ficará mais difícil no seu dia-a-dia. Então, é importante que se lide através do diálogo, que a própria presidente propôs.”

Eduardo Cunha considera “um absurdo” os pedidos de impeachment que circulam nas redes sociais. “Nós não podemos fazer um segundo turno eleitoral praticamente duas semanas depois das eleições. Não dá pra gente querer, como se diz, ganhar com gol de mão depois que o resultado acabou.”
Cunha afirma ser favorável a PEC da Bengala, proposta de emenda à Constituição que amplia de 70 para 75 anos a idade limite para aposentadoria compulsória dos magistrados. “São pessoas que estão na sua plenitude intelectual. Expectativa de vida de 70 anos, quando foi feito isso na constituição de 88, hoje é completamente diferente.”

09 de novembro de 2014
Isabela Horta
Blog do Kennedy

CIENTISTA AMERICANO CONDENA A URNA ELETRÔNICA BRASILEIRA


J ALEX HALDERMAN
Halderman: Todos os processos eletrônicos são falhos
Considerado autoridade mundial em segurança da votação eletrônica, o pesquisador J. Alex Halderman esteve no Brasil participando do XIV Simpósio Brasileiro em Segurança da Informação e de Sistemas Computacionais (SBSeg).
Realizado de 3 a 6 de novembro, o simpósio coincidiu com o período em que o país aguardava a resposta do TSE ao pedido de auditoria do processo de votação, requerido pelo PSDB. Organizado anualmente pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC), o evento reúne pesquisadores e profissionais da área de segurança computacional.

 Nesta edição, o simpósio contou, pela primeira vez, com um Workshop em Tecnologia Eleitoral, em que se discutiram as oportunidades e perigos abertos pelo uso de computadores no processo de votação. Halderman, que é professor da Universidade de Michigan, esteve presente para apresentar sua experiência analisando sistemas de votação de diversos países.

Como o seu trabalho acadêmico o levou às pesquisas sobre tecnologia eleitoral?

 Eu sou professor de ciência da computação e engenharia na Universidade de Michigan, onde ensino e pesquiso segurança computacional e privacidade. Nos últimos 10 anos, uma das minhas especializações tem sido segurança na votação eletrônica. Como o voto é uma das funções centrais da democracia, eu me interesso profundamente em garantir que seja o mais seguro possível.

Que tipo de pesquisa você tem feito nessa área?

 Eu estudei a segurança de sistemas de voto eletrônico usados em países ao redor do mundo, incluindo nos Estados Unidos, na Europa e na Índia.

 Em 2007, ajudei a liderar a primeira auditoria pública de segurança em voto eletrônico sancionada por um estado americano, que resultou em grandes mudanças na tecnologia eleitoral usada na Califórnia.

 Em 2010, participei da primeira análise de segurança das urnas eletrônicas da Índia que influiu na decisão que concedeu aos cidadãos o direito ao comprovante do voto em papel. E também estudei sistemas de votação via Internet, incluindo um sistema criado pela cidade de Washington, D.C. O governo realizou um teste público do sistema e convidou qualquer pessoa no mundo a tentar invadi-lo durante uma eleição simulada. Meus alunos e eu tentamos e, em 48 horas, ganhamos controle completo dos servidores e mudamos todos os votos. Por causa disso, a cidade acabou o sistema.

O que você sabe sobre a tecnologia de votação usada no Brasil? Você já lidou com sistemas similares antes?

 Tenho acompanhado de perto o sistema brasileiro há vários anos. Fiquei impressionado com o trabalho de Diego Aranha durante os testes conduzidos em 2012, apresentado na principal conferência internacional de pesquisa acadêmica em segurança da votação eletrônica.
Esses testes foram conduzidos sob circunstâncias extremamente restritas, então é fantástico que ele tenha conseguido descobrir algo. E os problemas que ele encontrou — falhas que enfraquecem a integridade de resultados de eleições e poderiam comprometer a privacidade do voto de todos — são profundamente perturbadoras. Elas sugerem que há muitos problemas que ainda precisam ser descobertos.

 Cientistas da computação tiveram mais tempo para estudar sistemas de votação similares usados nos EUA e na Europa, e em todos eles, sem exceção, os pesquisadores encontraram vulnerabilidades graves que poderiam comprometer a privacidade do eleitor e permitir que atacantes alterassem os votos. Nos Estados Unidos, eu mesmo demonstrei um vírus de urna eletrônica que poderia infectar uma urna e silenciosamente se disseminar para outras, comprometendo os resultados das eleições de um estado inteiro.

 Assumindo que as falhas encontradas pelo Prof. Aranha tenham sido consertadas, será que o sistema brasileiro tem outros problemas similares? Não saberemos com certeza até que haja uma investigação pública e rigorosa. Em todos os países onde trabalhei, autoridades eleitorais e fornecedores de tecnologia de votação prometeram que seus sistemas eram perfeitamente seguros, até terem o exato oposto demonstrado por cientistas.

Que critérios podemos usar para determinar se um sistema eleitoral é realmente transparente e seguro?

 Segurança tem que começar com o projeto fundamental do sistema. Como é muito difícil garantir que computadores sejam totalmente seguros e sem falhas, um sistema de votação bem projetado deve ter um jeito de detectar qualquer tipo de erro ou fraude computacional.

 Um jeito de conseguir isso é tendo um rastro em papel — um registro impresso de cada voto que o eleitor pode conferir, e que é depositado em uma urna física. Assim, podemos auditar as urnas físicas para garantir que os resultados batem com os registros digitais, e isso nos dá um mecanismo para verificar que os computadores são honestos e corretos.

 Este é um teste para ver se um sistema de votação é transparente: ele requer que o público aceite cegamente as alegações de representantes do governo, ou ele provê alguma forma de o público verificar que o sistema é seguro e livre de erros? Pessoalmente, eu acredito que autoridades eleitorais são honestas, mas eleitores céticos não deveriam ser forçados a confiar nos representantes para crer que o resultado das eleições é correto.

 Agentes eleitorais têm um trabalho extremamente difícil. Há tantas coisas que podem dar errado com um sistema moderno high-tech de votação, de hacking intencional a erros acidentais de computador. Projeto e auditoria de segurança apropriados do sistema de votação podem tornar esse trabalho muito mais fácil ao garantir que há defesas fortes que podem detectar e se recuperar de tais problemas.

Recentemente, um partido político no Brasil pediu para auditar o sistema de votação. Você foi contactado? Estaria disposto a auditar o sistema de votação brasileiro?

 Se convidado, eu ficaria feliz em contribuir com uma auditoria de segurança do sistema brasileiro, desde que os resultados sejam disponibilizados ao público do país. Eleitores, não importa onde, merecem saber como seus votos são contados e se o processo é confiável.
09 de novembro de 2014
Helder Ribeiro
Brasil Post

MINAS GERAIS TAMBÉM TEVE APURAÇÃO SECRETA, POR ORDEM DE TOFFOLI


http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/files/2014/10/Captura-de-Tela-2014-10-31-%C3%A0s-18.19.30.png
Captura de Tela 2014-10-31 às 18.22.18

Conforme já publicamos aqui na Tribuna da Internet, o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro João Otávio de Noronha, confirmou que somente um pequeno grupo de técnicos do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) assistiu o minuto a minuto da totalização dos votos.

A apuração secreta, numa sala fechada e com proibição de uso de celular, foi a maior inovação eleitoral deste ano. Nunca antes, na história deste país, tinha se visto nada igual. E de acordo com o corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral, ministro João Otávio de Noronha, foi por ordem direta de Toffoli que o TSE montou um esquema para manter isolados os técnicos responsáveis pela apuração, que ficaram incomunicáveis, sem contato inclusive com os membros da Corte.

E o mais inacreditável é que, ainda segundo o corregedor-geral João Otávio de Noronha, a orientação dada pelo presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, foi para que os técnicos não informassem nem a ele o resultado parcial da eleição, antes da abertura dos dados para todo o País.

COMO GREENHALG SABIA?

Se era verdade que os técnicos do TSE estavam incomunicáveis, não podiam nem mesmo portar celulares, como então os petistas souberam previamente do resultado?
O jornalista Felipe Moura Brasil denunciou que o dirigente e ex-deputado José Eduardo Grennhalg sabia do resultado, por ter postado em seu Facebook e divulgado no Twitter, às 19h26, que Dilma havia vencido a eleição.
A essa hora, Aécio ainda estava na frente, só houve empate às 19h32m, mas seis minutos antes Greenhalg já anunciava a vitória.

Por gentileza, não levantem a dúvida de que se trata de “computador desatualizado no horário de verão”. Se ele tivesse postado a mensagem às 20h26m, jamais teria escrito a ressalva de aguardar o anúncio oficial: “Atenção: Dilma reeleita. Festejemos após o anúncio oficial do TSE essa vitória histórica contra o fascismo, a mídia aética e o PSDB.

Como todos sabe, às 20h26m, todo o País tinha pleno conhecimento de que Dilma vencera, os petistas estavam comemorando e Greenhalg com toda certeza já nem estava mais se distraindo na internet.

Detalhe: à mesma hora da “apressada” mensagem de Greenhalg, em Salvador os petistas já soltavam fogos, comemorando efusivamente a reeleição de Dilma. Como sabiam, se naquele exato momento do foguetório petista Aécio ainda estava na frente e só houve empate às 19h32m?

APURAÇÃO SECRETA EM MINAS

Portanto, fica mais do que comprovado que Greenhalg e outros petistas tinham conhecimento prévio da vitória de Dilma. Indague-se, ad nauseam: Se os técnicos do TSE estavam na sala secreta, incomunicáveis, e a divulgação dos primeiros dados somente ocorreu já depois das 20 horas, como o dirigente petista poderia antecipar o resultado?

O mais importante desse caso todo é que não houve sala secreta somente em Brasília, na contagem dos votos. Também em Belo Horizonte, no Tribunal Regional Eleitoral, a apuração foi sigilosa e sem fiscalização, por ordem expressa do ministro Antonio Dias Toffoli, presidente do TSE, é claro.

Confiram, por favor, o que o site da Veja publicou na seção “Bastidores da Política Brasileira”, exatamente às 19h37m, ou seja, um minuto após Greenhalg ter anunciado a vitória de Dilma.

Faltando trinta minutos para a liberação do resultado da eleição presidencial pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os resultados já circulam freneticamente entre os tribunais regionais. Um único tribunal não participa da conversa. Em Minas Gerais, há ordem expressa para que nenhum número seja compartilhado com os outros TREs. Minas é, de fato, o ‘fiel da balança’ nesta eleição. O autor da ordem é o presidente do TSE, o ministro Dias Toffoli.”

Com apuração secreta no TRE de Belo Horizonte e no TSE de Brasília, o que se sabe é que Minas Gerais este ano teve cerca de 12 milhões de votantes e o resultado apresentou Dilma com mais 550 mil votos do que Aécio (cerca de 5% dos votos válidos).

Agora, faça as contas. Se o candidato do PSDB tivesse vencido em Minas com apenas 1,2 milhões de votos de frente de Dilma (o que significa somente 10% dos votantes mineiros), teria vencido a eleição. Não seria nenhuma surpresa Aécio vencer Dilma com essa pequena diferença em Minas. Pense nisso. É instigante, não?

Estes são os fatos – indiscutíveis, irrefutáveis e inaceitáveis – que marcaram as estranhíssimas inovações desta eleição presidencial, em que não houve transparência nem fiscalização. E la nave va…

09 de novembro de 2014
Carlos Newton

PT DECIDE ENFRENTAR EDUARDO CUNHA PELA PRESIDÊNCIA DA CÂMARA

 

De cabelo implantado, Cunha é uma espécie de Renan da Câmara
 
A bancada do PT na Câmara decidiu hoje (6), durante reunião, que terá candidato à presidência da Câmara para as eleições que ocorrerão no início de fevereiro do ano que vem. O líder da bancada, deputado Vicentinho (SP), disse que os deputados do partido se reuniram para uma avaliação sobre a composição da Mesa Diretora da Câmara, quando, por unanimidade, aprovaram que o partido disputará à eleição para a presidência da Casa.

“Nós teremos um nome para submeter ao plenário para disputar a presidência da Câmara. Para isso, vamos ter um diálogo com todos os partidos, começando pelos da base, os independentes e da oposição, de maneira que a Casa seja bem representada, com independência, sem se situação ou oposição, mas com o papel que cabe ao Parlamento”, disse.
Segundo Vicentinho, na reunião também foi definida uma comissão, que vai dialogar com todos os partidos sobre a sucessão na Câmara. Integram a comissão, os ex-presidentes da Câmara Marco Maia (RS), Arlindo Chinaglia (SP), o próprio líder e os deputados Geraldo Magela (DF) e José Guimarães (CE), que integram a Executiva Nacional do PT.
 
CUNHA É DE OPOSIÇÃO?
 
Perguntado se a comissão vai procurar o deputado Eduardo Cunha (RJ), líder do PMDB, e que tem feito movimentos para ser candidato à presidência da Câmara, Vicentinho desconversou, disse que o PT e o PMDB são partidos do governo e fez uma avaliação sobre a disputa.
“Nós jamais vamos concordar com qualquer candidatura que signifique postura de oposição. Como é que vamos ter uma candidatura que tem atitudes contrárias às orientações partidárias, atitudes individuais. Nós aqui somos coletivos”.

O líder petista informou, ainda, que durante o encontro os deputados também fizeram uma avaliação geral sobre várias questões da relação que o partido quer ter. Ele informou que no dia 3 de dezembro ocorrerá um seminário da bancada com alguns ministros para continuarem dialogando sobre o que os deputados pensam.
 
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGOs deputados mais prestigiados são Arlindo Chinaglia e Marco Maia. Os outros dois, Geraldo Magela e José Guimarães, não têm o menor prestígio. Aliás, Guimarães tem prestígio negativo. Além de ser irmão de José Genoino, há alguns anos um assessor seu foi preso no aeroporto com uma mala de dinheiro e a cueca cheia de dólares. Não é preciso dizer mais nada. (C.N.)

09 de novembro de 2014
 Iolando Lourenço
Agência Brasil 

SAMY ADGHIRNI E A SEM-VERGONHICE EM PROL DO BOLIVARIANISMO

Media Watch - Folha de S. Paulo

Uma mídia que não se envergonha de usar recursos como os de Adghirni já nos ajuda a demonstrar o que é morar em um país vivenciando fases intermediárias do bolivarianismo.

Se olharmos a estratégia de guerra dizendo para “bater onde dói”, há um ponto que incomoda muito os bolivarianos: chamá-los pelo nome e explicar ao povo o que isso significa.
Observem as reações deles: sempre começam a se explicar, ficando na defensiva. Eles não fazem o mesmo se os chamamos de comunistas, pois o senso comum percebe isso como muito fora da realidade.
Como disse um leitor, “bolivariano” está mais próximo dessa geração, enquanto “comunismo” fica aparentemente na História, nos livros. Hoje em dia, até mesmo Vladimir Putin quer parecer democrático, por isso é fácil para eles ridicularizarem o rótulo “comunista”. Mas se olhamos para Argentina, Venezuela, Bolívia e Cuba, veremos o bolivarianismo fervilhar e fazer estragos nas sociedades.
Exatamente por isso, essa gente vai tentar truques cada vez mais grotescos para escapar deste rótulo.
Samy Adghirni é o substituto de Vladimir Safatle no UOL, O petista está de férias. Daí arrumaram outro tão embusteiro quanto.
Seu primeiro texto no portal é “Venezuelização?”. Algumas pessoas me falaram: “E aí, Luciano, como responder esse texto?”.
A resposta é conhecer os estratagemas do oponente. Arthur Schopenhauer fez um ótimo trabalho ao escrever sua Dialética Erística, na qual o alemão fez um mapeamento de 38 embustes usados para se vencer um debate sem ter razão.
O primeiro dessa lista é a ampliação indevida, que é exatamente o recurso usado por Adghirni em todo o texto. Essencialmente, exagera-se a afirmação de um oponente para além dos limites naturais da afirmação. O picareta passa a refutar essa versão exagerada, fingindo ter refutado a afirmação original”. É uma especialização da falácia do espantalho.
O truque de Adghirni é só isso e nada mais.
Enquanto todos sabem o que significa o bolivarianismo,  ele diz que se não existe tamanho nível de sucesso em sua implementação, conforme no país de Maduro, então não temos bolivarianismo de forma alguma.
Duvidam?
Então vamos desconstruir o conteúdo de Adghirni:
Antipetistas alardeiam a ideia de que a reeleição de Dilma Rousseff abre caminho para o Brasil se tornar uma Venezuela. Isso é improvável. Apesar dos arroubos retóricos, Lula e Dilma nunca emularam o chavismo.
Aqui ele já entra em contradição consigo próprio ao reconhecer que os antipetistas dizem “que a reeleição de Dilma Rousseff  abre caminho para o Brasil se tornar uma Venezuela”. Mas em seguida, diz que “Lula e Dilma nunca emularam o chavismo”.
Muita calma nesta hora! A segunda afirmação só seria válida se a primeira falasse de antipetistas dizendo “que a reeleição de Dilma Rousseff consolida o processo bolivariano no mesmo estágio da Venezuela atual”. Mas ninguém afirmou isso. Como ele mesmo disse, a afirmação criticada é um alerta em relação ao início do projeto bolivariano, não em relação à sua conclusão definitiva, o que não ocorre nem na Argentina ainda.
Note que já no primeiro parágrafo comprova-se que ele exagerou a afirmação do oponente para fingir ter refutado a afirmação original.
Hugo Chávez trabalhou desde sua chegada ao poder, em 1999, para pulverizar tudo o que existia antes dele. A Venezuela mudou de Constituição e de nome, tornando-se república bolivariana. O PT nunca foi revolucionário, embora Lula defenda uma constituinte para reforma política.
A constituinte para reforma política, como qualquer pessoa intelectualmente honesta sabe, é um pretexto para uma assembleia constituinte. Ou seja, o projeto é exatamente o mesmo. E, obviamente, sabemos que não é preciso de assembleias constituintes para se fazer reforma política.
Quanto a dizer que “O PT nunca foi revolucionário”, faltou só ele combinar o jogo com o próprio partido, que lançou uma resolução política 100% bolivariana.
A diferença é que Chávez trabalhou desde sua chegada ao poder, em 1999, para pulverizar tudo o que existia antes dele. O PT apenas está tentando isso, sem conseguir o mesmo resultado.
O petismo permeia órgãos federais, mas nada se compara ao aparelhamento à venezuelana. Chávez fechou o cerco à oposição até sufocar os que tentaram um golpe de Estado contra ele.
Não se compara? Nem mesmo quando vemos os Correios usando o horário de trabalho para fazer campanha política? E que tal o governo usando o cadastro de beneficiários do Minha Casa Minha Vida para fazer terrorismo eleitoral? Quem Adghirni quer enganar?
O desajeitado Nicolás Maduro herdou essa bomba relógio institucional. Acuado por protestos neste ano, recorreu a bandos armados irregulares, os “coletivos”, para esmagá-los. Saldo: 42 mortos. Bem diferente de junho de 2013.
Coitado de Maduro, não? É um “desajeitado”. Mas quem está na prisão é Leopoldo Lopez. Esse é outro truque de dissimulação de Adghirni: tratar monstros dissimulados como “coitados desajeitados”.
É claro que não é tão fácil para o governo petista fuzilar oponentes. Temos uma mídia livre… ainda. Coisa contra a qual o PT luta o tempo todo.
Lula passou os dois mandatos construindo pontes –com a classe média, com o empresariado e com velhos rivais. Falta a Dilma essa veia conciliadora, mas ela manteve o arcabouço republicano e evita guerrear a oposição.
Estamos notando como Dilma evita “guerrear a oposição”. Chamando-os de “golpistas” e usando artigos financiados pelo governo para difamar opositores. Adghirni é comediante.
Dilma, aliás, reflete a institucionalidade brasileira. Apesar de sua força política, Lula resistiu à tentação de atropelar a Constituição para concorrer a um terceiro mandato consecutivo. Chávez não teve esses pudores. Enquanto o chavismo governa por decreto, o Planalto continua refém do Congresso.
Mas por que esse sujeito acha que o PT quer assembleia constituinte? Sim, eu sei que ele não acha nada do que está escrevendo. É puro cinismo mesmo.
Aliás, qual é o nome da presidente que escreveu o decreto 8243? Aha…
Se a economia brasileira preocupa, a do vizinho está em vias de colapso, com inflação a 63%, reservas minguantes e desabastecimento geral. Mercados temem um default no pagamento dos títulos da dívida venezuelana.
Como sempre, a ampliação indevida. É assim: se um vampiro bebeu todo o sangue de uma vítima, mas apenas 1 litro de outra, esta última não foi vítima de um vampiro. É um estupro contínuo da lógica.
Lula e Dilma não só deram continuidade a políticas econômicas dos governos anteriores como rejeitaram o modelo venezuelano de controle cambial, expropriação e subsídios em larga escala.
É que um está em fase inicial do processo e precisa construir alianças, e o outro em fase final do processo, e não precisa se aliar com um PMDB da vida por exemplo.
No Brasil, acusações de corrupção são investigadas e passíveis de cadeia. Na Venezuela, é impensável ver presos governistas do nível equivalente a José Dirceu e José Genoino.
Mas já vemos coação violentíssima dos governistas contra brasileiros como Joaquim Barbosa e Sérgio Moro. E sabemos que a condenação de Dirceu e Genoino mexeu com o brio dos petistas, por isso estão mais assanhados que de costume em prol da censura de mídia e dos decretos para coletivos não-eleitos.
O quarto mandato petista está sujeito a retrocessos. Menções à regulamentação da mídia não condizem com o que vem sendo demonstrado.
Hahahaha….
Menção à “regulamentação de mídia”? Os caras fazem congressos (como a Confecom) desde 2010, falam intensamente do assunto desde 2003, financiam com dinheiro público uma legião de blogs chapa branca que só pedem “Ley de Medios já” o dia inteiro, gastam os tubos organizando ONG’s como Barão de Itararé e Coletivo Intervozes, e o tal do Adghirni vem falar em “menções à regulamentação da mídia”? É realmente o nível dos vídeos do Porta dos Fundos que postei ontem.
Por ora, o que está mesmo dando ao Brasil ares de Venezuela não são os políticos nem o apertado placar presidencial, mas a banalização do ódio, propalada principalmente pelo eleitorado inconformado.
Pronto!
Como todo bolivariano, basta acusar o oponente de ódio quando este estiver denunciando violação à liberdade de expressão, aparelhamento estatal e a corrupção.
A sociedade se deixou dominar pela intolerância. Redes sociais transbordam de aberração. A deslegitimação do “outro” já gera violência física. Sinais de um país dilacerado entre metades surdas e irreconciliáveis. O maior risco de Venezuelização vem de nós mesmos.
No final, temos a chantagem emocional de sempre.
Com um cinismo aterrador, ele parte para o ataque xingando de “intolerante” e “aberração” todos aqueles que denunciarem o comportamento petista, a campanha de esgoto, as técnicas de deslegitimação do “outro” (ou “desconstrução”) e todas as tentativas de golpe.
Uma mídia que não se envergonha de usar recursos como os de Adghirni já nos ajuda a demonstrar o que é morar em um país vivenciando fases intermediárias do bolivarianismo.
Você vai tolerar picaretagens deste tipo de gente contra você?
09 de novembro de 2014
Luciano Ayan

DITADURA MILITAR E DITADURA MILITANTE

Artigos - Governo do PT 
Meu amigo alerta: “O PT está construindo no Brasil o mesmo regime de que nós escapamos no Leste Europeu”.

Pai,


Pediram-me para escrever um artigo sobre a ditadura militar e eu logo pensei em você. Tecnicamente, sou um filho da ditadura. Nasci em São Paulo, em 10 de julho de 1970, durante o governo Médici, perto do lugar em que Carlos Marighella fora morto meses antes. Mas nunca esquecerei um fato que eu não pude agradecer em vida: entre combater a ditadura – como fizeram seus dois melhores amigos, Arno Preis e João Leonardo – e formar uma família, você ficou com a segunda opção, e por isso eu existo. Arno e João morreram na luta armada; você me deu a vida.

Lembro-me de uma cena: você e a mãe lendo uma carta na mesa da cozinha, no apartamento da Alameda Barão de Limeira, em São Paulo. Falavam baixo, como se não quisessem ser ouvidos. A carta era de João Leonardo, que estava no exílio. Vocês tinham medo. João Leonardo, o Baiano, encontraria a morte em junho de 1975.

Estou escrevendo um livro. Chama-se “República Socialista do Brasil”. Na história, imagino como seria o nosso país se a esquerda tivesse vencido em 1964. Ironicamente, não seria um país muito diferente do que temos hoje.
O Brasil contemporâneo teve seu crime fundador na morte de Celso Daniel. No meu livro, Celso Daniel também é assassinado, em circunstâncias que fazem lembrar os Processos de Moscou. Você nunca mais votou no PT depois da morte do Celso Daniel – e eu entendo por quê.

Se a esquerda triunfasse em 1964, você sem dúvida ficaria feliz no primeiro momento. Mas não tenho dúvidas de que, com o tempo, sofreria ainda mais do que sofreu no governo militar, porque você sempre foi amigo da verdade e livre de qualquer sentimento de inveja, ao passo que o socialismo é o império da mentira e da inveja obrigatórias.

Quando, na adolescência, eu comecei a ler Trotsky, você torceu o nariz: “Isso é ultrapassado”. Era um aviso. Vejo, escandalizado, que o Brasil de hoje é um reflexo daquele panfleto terrível intitulado “A Moral Deles e a Nossa”, mais algumas loucuras de Gramsci, Che Guevara, Nietzsche e Foucault.

Dias atrás encontrei um casal de queridos amigos estrangeiros. Eles deixaram o Leste Europeu em 1987, antes da queda do comunismo.
Minha amiga disse: “Perto do comunismo, a ditadura militar brasileira foi fichinha”. É isso que as pessoas querem dizer quando falam em ditadura “branda”.

Ditadura é sempre ruim, seja de direita ou esquerda. Mas isso não impede que um regime seja comparado com outro. E meu amigo alerta:
“O PT está construindo no Brasil o mesmo regime de que nós escapamos no Leste Europeu”.

Querido pai, ensine-me a lutar – não contra a ditadura militar, mas contra a ditadura militante.

Com amor,do seu filho e xará.
 
09 de novembro de 2014
Paulo Briguet, jornalista

O BRASIL PREFERE A CIGARRA

Artigos - Governo do PT 
Quando não há explicação moralmente aceitável é preferível deixar o dito pelo não dito. E Lula maneja com perfeição a prolongada retórica do silêncio.

Todo dia recebo mensagens de petistas. Muitas procedem de gente boa, que tenta justificar moralmente seu voto em Dilma sob a alegação de que "corruptos por corruptos eu fico com os que, na minha opinião, estão conduzindo melhor o país".

Tal frase é produto de duas informações falsas. Segundo ela, a) os números do governo petista seriam favoráveis quando comparados com os do governo tucano; b) se o governo petista foi uma infindável sucessão de escândalos, com o alto comando do partido mudando-se para a Papuda, também no governo FHC houve corrupção, "como todo mundo sabe". Sabe? Veremos.
1) Os números favoráveis do governo petista
É sempre difícil e impreciso comparar situações sociais, políticas e econômicas em épocas e circunstâncias diversas. Mesmo assim, julgo importante lembrar que os anos de Lula foram mágicos para o Tesouro Nacional e para as contas públicas. Naquele período, o mercado chinês foi às compras com uma voracidade inexcedível em qualquer momento da história. Centenas de milhões de chineses passaram a demandar grandes quantidades de quase tudo que o mundo podia oferecer. Nossas commodities alcançaram preços antes impensáveis.
No governo FHC, o Brasil precisou vencer uma inflação de 80% ao mês e reverter, com severo ajuste fiscal, a má fama brasileira no mercado mundial. O governo Lula surfou na onda chinesa. O estouro dos mercados mundiais de 2008 encontrou o Brasil bem protegido por um ortopédico colchão de divisas, levando a gestão petista a julgar desnecessário adequar-se. Enquanto outros países faziam como a formiga da fábula de Esopo, o PT, deslumbrado pelo que considerava êxitos seus, brincava de cigarra. Por isso, os 12 anos petistas resultaram desastrosos política, moral, econômica e financeiramente.
O PT gosta de comparar certos dados de 2014 com os de 2002 (último ano do governo tucano). Omite, porém, o fato de que nos meses que precederam a vitória e a posse de Lula, o medo tomou conta dos mercados. A bolsa caiu, o dólar disparou e os preços subiram como precaução ante o que aconteceria se o PT, ao assumir, fizesse o que, irresponsavelmente, exigia de seu antecessor. Tal comparação, portanto, alcança requintes de desonestidade: é o PT cobrando de seu opositor o mal que ele próprio causou por ter feito uma oposição perversa e moralmente desonesta.
Os fatos divergem do que o PT gosta de proclamar: o Brasil deve muito ao governo de FHC. Agora, sob a gestão petista, apresenta um desempenho muito inferior ao dos países de seu entorno, que foram mais prudentes nas suas contas. O Brasil de Lula e Dilma malbaratou os ganhos herdados e se reencontra, agora, com os velhos males da inflação e da recessão. Ao fim e ao cabo, a gestão petista foi melhor? Melhor em quê?
2) O alvará de boa conduta passado pelo PT ao PSDB
Pela cartilha petista, escândalo no território inimigo era e continua sendo coisa que ou existe ou se fabrica. Onde houvesse o mais tênue fio de fumaça da suspeita o partido era o primeiro a chegar, com um tonel de gasolina. Apontava o dedo acusador com a suposta autoridade moral de quem jamais contou dinheiro mal havido. Foi assim que o partido, sem muito esforço, diga-se, destruiu moralmente os governos Collor e Sarney. Foi assim que o partido avançou contra o governo FHC, requerendo mais de duas dezenas de CPIs, sempre com apoio da mesma mídia que o PT hoje execra. As investidas foram tantas, tão contínuas e violentas que o prestígio do ex-presidente despencou dos elevados índices a que chegara nos pleitos que venceu. Quanto de verdade havia naquelas acusações? Não pergunte isso ao PT. Sabe por quê? Porque o PT concedeu ao PSDB um atestado de boa conduta.
Com efeito, em 2003, com a posse de Lula, os petistas não mais dependiam das CPIs para investigar coisa alguma. Passavam a dispor de todos os meios para isso. Ministério da Justiça, Controladoria-Geral da União, ABIN, Polícia Federal, Receita Federal, eram apenas alguns dentre os muitos instrumentos disponíveis. Sem esquecer, ainda, gavetas e arquivos de todos os ministérios, repartições e empresas estatais do país. Entretanto, surpresa! Empossado Lula, a inquisição petista deve ter embarcado em Alcântara rumo a algum asteróide distante. Nada foi investigado! O outrora refinado faro não capta mau cheiro sequer quando vem da sola do próprio sapato. Seus sherloques, seus produtores de dossiês, seus assassinos de reputações, que antes pareciam saber de tudo que acontecia na República, foram acometidos de um alheamento, de um autismo em que não apenas ninguém está a par do que acontece na sala ao lado, mas é a própria mão direita a primeira a desconhecer o que a esquerda faz. Sobre essa duplicidade de conduta nada se fala, nada se escreve. Quando não há explicação moralmente aceitável é preferível deixar o dito pelo não dito. E Lula maneja com perfeição a prolongada retórica do silêncio. Se, na oposição, acusavam sem evidências, cometeram crimes de injúria e difamação. Se, no governo, dispunham de meios para investigar e não o fizeram, cometeram crime de prevaricação.
Já cansei de escrever sobre isso. E só colho silêncio como resposta. É um silêncio que comprova a tese: o melhor atestado de boa conduta do PSDB é passado pelo PT. O resto é conversa fiada. Não, não sou tucano. Nem idiota.

09 de novembro de 2014
Percival Puggina

BENEDITA DA SILVA: INTERLOCUTORA ENTRE GOVERNO DO PT E EVANGÉLICOS

Artigos - Governo do PT


Benedita da Silva
De acordo com a coluna Radar, do jornalista Lauro Jardim, da revista Veja, no que depender de Silas Malafaia, Benedita da Silva será a nova interlocutora entre o governo do PT e a população evangélica.
Em sua coluna, Lauro diz: “Silas Malafaia estendeu a mão ao governo. Na quarta-feira, o deputado federal eleito Sóstenes Cavalcante, candidato lançado por Malafaia, fez uma visita a Gilberto Carvalho. Sugeriu que Benedita da Silva seja a interlocutora entre o governo e o mundo evangélico.”
Que tipo de interlocução Benedita faria, já que sua especialidade é bajular cúmplices do PT? Exatamente um ano atrás, ao referir-se a José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino, Benedita tratou os três como “heróis” e “guerreiros,” injustiçados e vítimas da direita e da grande imprensa.
Talvez o maior papel de Benedita na interlocução entre PT e evangélicos seja sua alegada participação no infame Dossiê Cayman. Segundo algumas informações, na década de 1990 ela e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva informaram ao ex-reverendo Caio Fábio D’Araújo Filho, que na época era o maior líder da Igreja Presbiteriana do Brasil e era tratado como um papa no mundo evangélico, acerca do dossiê, incentivando-o tentar negociar uma cópia do documento forjado para tentar vencer as eleições de 1998, prejudicando o PSDB, e principalmente seu candidato à presidência, Fernando Henrique Cardoso.
O esquema não deu certo, nem para o PT, nem para Benedita e nem para o ex-pastor presbiteriano.
Esse talvez tivesse sido o maior trabalho de interlocução entre Benedita e o homem que era o maior líder evangélico da época. Mas o que ambos fizeram nada tinha a ver com uma demonstração de verdadeiro caráter evangélico.
Muito antes desse escândalo, tive oportunidade de conhecer a falta de testemunho evangélico de Benedita.
Em 1992, numa comissão da Câmara dos Deputados sobre aborto, acompanhei o então presidente da CNBB. Ele foi tratado de forma muito desrespeitosa. Ele estava defendendo a vida e os outros, inclusive a comunista Jandira Feghali, defendiam o aborto aos gritos, palavrões e vulgaridades.
A então deputada evangélica Benedita da Silva estava lá, do lado dos abortistas. E eu, um evangélico, estava com o presidente da CNBB e um líder pró-vida católico. Estávamos em total minoria. Depois da reunião, cobrei da Benedita. Eu disse a ela pessoalmente: “Como você tem coragem de se aliar a indivíduos sem o Espírito Santo que apoiam o aborto?”
Ela me respondeu: “Não diga uma coisa dessas. Todos têm o Espírito Santo.”
O presidente da CNBB que eu estava acompanhando era esquerdista, mas pelo menos não estava defendendo o aborto. Benedita já era esquerdista, porém estava bem abaixo do líder católico.
Antes de ela se tornar membro da Igreja Presbiteriana do Brasil, ela era membro da Assembleia de Deus presidida pelo Bispo Manoel Ferreira. Com meu incentivo, um amigo católico de Brasília na época entregou documentação ao bispo assembleiano sobre as alianças abortistas de Benedita, que rapidamente se mudou para a IPB.
Que tipo de interlocução agora Sóstenes Cavalcante ou Silas Malafaia quer que Benedita faça? Não há ninguém melhor no mundo evangélico para fazer esse trabalho?
O tipo de interlocução necessário é de alguém que traga até Dilma e seu governo líderes evangélicos que possam ser canais de transformação espiritual. Militantes como Benedita nem de longe estão à altura dessa responsabilidade.
09 de novembro de 2014
Julio Severo