"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 9 de novembro de 2014

MINAS GERAIS TAMBÉM TEVE APURAÇÃO SECRETA, POR ORDEM DE TOFFOLI


http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/files/2014/10/Captura-de-Tela-2014-10-31-%C3%A0s-18.19.30.png
Captura de Tela 2014-10-31 às 18.22.18

Conforme já publicamos aqui na Tribuna da Internet, o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro João Otávio de Noronha, confirmou que somente um pequeno grupo de técnicos do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) assistiu o minuto a minuto da totalização dos votos.

A apuração secreta, numa sala fechada e com proibição de uso de celular, foi a maior inovação eleitoral deste ano. Nunca antes, na história deste país, tinha se visto nada igual. E de acordo com o corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral, ministro João Otávio de Noronha, foi por ordem direta de Toffoli que o TSE montou um esquema para manter isolados os técnicos responsáveis pela apuração, que ficaram incomunicáveis, sem contato inclusive com os membros da Corte.

E o mais inacreditável é que, ainda segundo o corregedor-geral João Otávio de Noronha, a orientação dada pelo presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, foi para que os técnicos não informassem nem a ele o resultado parcial da eleição, antes da abertura dos dados para todo o País.

COMO GREENHALG SABIA?

Se era verdade que os técnicos do TSE estavam incomunicáveis, não podiam nem mesmo portar celulares, como então os petistas souberam previamente do resultado?
O jornalista Felipe Moura Brasil denunciou que o dirigente e ex-deputado José Eduardo Grennhalg sabia do resultado, por ter postado em seu Facebook e divulgado no Twitter, às 19h26, que Dilma havia vencido a eleição.
A essa hora, Aécio ainda estava na frente, só houve empate às 19h32m, mas seis minutos antes Greenhalg já anunciava a vitória.

Por gentileza, não levantem a dúvida de que se trata de “computador desatualizado no horário de verão”. Se ele tivesse postado a mensagem às 20h26m, jamais teria escrito a ressalva de aguardar o anúncio oficial: “Atenção: Dilma reeleita. Festejemos após o anúncio oficial do TSE essa vitória histórica contra o fascismo, a mídia aética e o PSDB.

Como todos sabe, às 20h26m, todo o País tinha pleno conhecimento de que Dilma vencera, os petistas estavam comemorando e Greenhalg com toda certeza já nem estava mais se distraindo na internet.

Detalhe: à mesma hora da “apressada” mensagem de Greenhalg, em Salvador os petistas já soltavam fogos, comemorando efusivamente a reeleição de Dilma. Como sabiam, se naquele exato momento do foguetório petista Aécio ainda estava na frente e só houve empate às 19h32m?

APURAÇÃO SECRETA EM MINAS

Portanto, fica mais do que comprovado que Greenhalg e outros petistas tinham conhecimento prévio da vitória de Dilma. Indague-se, ad nauseam: Se os técnicos do TSE estavam na sala secreta, incomunicáveis, e a divulgação dos primeiros dados somente ocorreu já depois das 20 horas, como o dirigente petista poderia antecipar o resultado?

O mais importante desse caso todo é que não houve sala secreta somente em Brasília, na contagem dos votos. Também em Belo Horizonte, no Tribunal Regional Eleitoral, a apuração foi sigilosa e sem fiscalização, por ordem expressa do ministro Antonio Dias Toffoli, presidente do TSE, é claro.

Confiram, por favor, o que o site da Veja publicou na seção “Bastidores da Política Brasileira”, exatamente às 19h37m, ou seja, um minuto após Greenhalg ter anunciado a vitória de Dilma.

Faltando trinta minutos para a liberação do resultado da eleição presidencial pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os resultados já circulam freneticamente entre os tribunais regionais. Um único tribunal não participa da conversa. Em Minas Gerais, há ordem expressa para que nenhum número seja compartilhado com os outros TREs. Minas é, de fato, o ‘fiel da balança’ nesta eleição. O autor da ordem é o presidente do TSE, o ministro Dias Toffoli.”

Com apuração secreta no TRE de Belo Horizonte e no TSE de Brasília, o que se sabe é que Minas Gerais este ano teve cerca de 12 milhões de votantes e o resultado apresentou Dilma com mais 550 mil votos do que Aécio (cerca de 5% dos votos válidos).

Agora, faça as contas. Se o candidato do PSDB tivesse vencido em Minas com apenas 1,2 milhões de votos de frente de Dilma (o que significa somente 10% dos votantes mineiros), teria vencido a eleição. Não seria nenhuma surpresa Aécio vencer Dilma com essa pequena diferença em Minas. Pense nisso. É instigante, não?

Estes são os fatos – indiscutíveis, irrefutáveis e inaceitáveis – que marcaram as estranhíssimas inovações desta eleição presidencial, em que não houve transparência nem fiscalização. E la nave va…

09 de novembro de 2014
Carlos Newton

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