"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 27 de abril de 2014

PASSADO, PRESENTE, FUTURO

 

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Escaneio os jornais na volta do feriado e minha cabeça vai estabelecendo as relações entre os fatos registrados.
Passado, presente e futuro.
 
Leio que Cristina Kirchner – o fetiche masoquista de dona Dilma que quanto mais apanha dela mais “gama” – colheu em três meses com o seu programa de controle de preços nos grandes supermercados do país, o aumento de 10% da inflação que prometia para o ano inteiro.
E qual foi a reação daquela sensata dama?
 
Saiu gritando “Vitória!” e anunciou que vai estender o programa “Precios Cuidados” também para os pequenos supermercados e ampliar de 192 para 304 o número de itens com preços congelados.

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Vai também, é claro, redobrar a campanha publicitária permanente em torno desse “esforço patriótico” e mandar mais e mais “brigadas kirshneristas” para as portas dos supermercados para responsabilizar os comerciantes (e os próprios consumidores) pela inflação e afixar cartazes “denunciando” os fornecedores dos produtos que desaparecem do mercado em função do congelamento de preços no espaço em que eles costumavam ser expostos nas prateleiras.
 
Vai reforçar, também, o “serviço de recepção de denuncias” do povo contra os fabricantes desses produtos ausentes, denuncias estas que serão avaliadas – se justas ou não para as devidas punições – por judiciosos funcionários da Secretaria de Comércio do governo ultraespecializados, como soi acontecer com todo funcionário público selecionado para este fim pelo partido, na arte de produzir bens com eficiência e a preço justo.
 
Medidas contra o déficit fiscal de 4% do PIB que esta na raiz da inflação argentina, evidentemente nenhumas.

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No primeiro momento minha cabeça viajou lá para 1986 quando o hoje sócio e principal avalista do “sucesso” do PT nas armações em que ele necessita do concurso do Congresso Nacional, o grande patriarca José Sarney, inventou o seu Plano Cruzado – igualmente limitado a um congelamento de preços sem que nenhuma providência contra a orgia de gastos públicos que estava na raiz da inflação galopante que nos consumia fosse tomada.
 
Enquanto os marqueteiros dele convocavam os “Fiscais do Sarney” a patrulhar os nossos supermercados, o Jornal da Tarde publicava memoráveis capas convocando o povo a “Fiscalizar o Sarney” e seus gastos estravagantes. Com a redemocratização ainda fresca, não havia, na época, o clima que, mais tarde, permitiu a bolivarianos de todas as latitudes acabar com a imprensa independente.
 
Mas o PT, que mais adiante, faria tudo para sabotar o Plano Real, aquele que finalmente matou a inflação que Sarney fez chegar aos 80% ao mês e lhe rendeu a herança bendita de 10 anos de bonança apesar dos desatinos do lulopetismo, já estava na linha de frente desses “fiscais” do congelamento de preços, apesar de todo o cheiro de farda que ainda exalava forte do terno (de albene branco) do estadista maranhense…

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Dessa notícia meus olhos saltam para outra: “o IBGE fará a segunda revisão do cálculo do PIB em menos de um ano”, o que poderá “aumentar” o pibinho dilmo-manteguiano de 2013 e jogar o “crescimento” de 2014 para mais perto de onde o PT decretou que ele deve estar neste ano eleitoral.
Tudo isso da-se na sequência destes dois anos de “contabilidade criativa” nas contas públicas, que puseram o Cristo que ia decolando em desembestado vôo para baixo, e bem no meio do barulho da última maquiagem imposta ao IBGE no cálculo de desemprego da pesquisa “PNAD Contínua” apresentada nas vésperas da Semana Santa…
 
Ou seja: se as consequências não são as que queremos, vamos tratar de disciplinar os fatos, em vez de tratar de alterar as causas.
 
Por aqui são só trovões e nuvens carregadas, ainda. Mas na Argentina já chove a cântaros e zune o vento e na Venezuela sem papel higiênico urra o furacão enquanto os motoqueiros mascarados de Nicolás Maduro, embriagados de “excesso de democracia” como os quer o nosso Lula da Silva, perseguem pelas ruas manifestantes antibolivarianos para abatê-los a tiros na cabeça.

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E que deus ilumine os eleitores brasileiros a conduzir este país para a próxima saída — que pode ser a última — porque todos esses são só trechos mais e menos distantes da mesma estrada em que viajamos os três.

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27 de abril de 2014
vespeiro

NÃO FALE COM A "PRESIDENTA", VOCÊ PODE SE DAR MAL!


Um papiloscopista da Policia Federal enviou, fora do horário de trabalho e por seu e-mail pessoal, reclamações sobre suas condições de trabalho e o excesso de policiais que cuidam da segurança da filha do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para a pagina “Fale com a Presidenta” - site mantido pelo Planalto para ser um “canal direto” com a Presidência e que diz garantir o sigilo do remetente.
Dias depois, ele foi suspenso pela direção da PF. A decisão foi revertida pela Justiça apôs uma ação do sindicato dos policiais federais, mas ficou claro que o direito à critica não vale para todas as áreas do governo.
 
27 de abril de 2014

FRASES DE CUNHO SEXUAL


quadrado

SÓ PARA MAIORES

27 de abril de 2014~
G. Mendoza

PARA AGRADAR AOS SENTIDOS

            

Bem, na verdade, só para os olhos… Não vou ilustrar…

POR FAVOR, NÃO COMAM


27 de abril de 2014
Tchio Marcello
in sanmartini
 

"ACORDOU MORTO"

Vereador de Caruaru se atrapalha em discurso (Veja vídeo)
 
O vereador Heleno do Inocoop (PRTB) de Caruaru, no sertão de Pernambuco, se atrapalhou com as palavras e arrancou risos das galerias da Câmara Municipal ao relatar o caso de um cidadão que veio a falecer. 
 
Nas palavras do edil: "Estava em casa aí faleceu uma pessoa muito humilde lá na Morada Nova, de de 37 anos. 'Foi dormir, e, quando acordou, estava morto.''
 
Com a reação de quem assistia a sessão, Heleno tentou se consertar. "Desculpa aí. Morreu dormindo".

Confira o vídeo da pérola do vereador abaixo:
 
https://www.youtube.com/watch?v=l2KDF1zQUVQ&feature=player_embedded


27 de abril de 2013
caminho21

ARTE DE ENGANAR POBRES

 

A esse populismo, que surgiu na América Latina há alguns anos, entendi de chamá-lo de neopopulismo para distingui-lo do outro, de décadas atrás, originário da direita, como o de Perón, na Argentina, e o de Getúlio Vargas, no Brasil; o atual, que Hugo Chávez intitulou de socialismo bolivariano, como o nome está dizendo, quer ser socialismo, isto é, de esquerda.
 
De fato, não é nem socialismo nem de esquerda, mas sim uma contrafação do projeto revolucionário que, em nosso continente, após o fim da União Soviética, ficou num beco sem saída: não podia insistir na pregação de uma ideologia que fracassara nem converter-se ao capitalismo, contra o qual pregava.
 
Por algum tempo, o PT ainda teimou em sua pregação esquerdista, mas, em face das sucessivas derrotas de Lula como candidato à Presidência da República, teve que mudar o discurso e, ao chegar ao governo, seguir as determinações do regime capitalista.
Mas teve a esperteza de usar o poder para ampliar ao máximo o assistencialismo, em suas diversas formas, desde o Bolsa Família até medidas econômicas para ampliar o consumo por parte das camadas mais pobres.
 
A preocupação, portanto, não era, e não é, governar visando o bem-estar da nação como um todo, mas, sim, usar a máquina do Estado para crescer politicamente. O neopopulismo é isso: distribuir benesses às camadas mais pobres da população para ganhar-lhe os votos e manter-se indefinidamente no poder.
 
Não resta dúvida de que reduzir a miséria, melhorar as condições de vida dos mais necessitados, está correto. O que está errado é valer-se politicamente de suas carências para apoderar-se do governo, da máquina oficial, dos recursos públicos e usá-los em benefício próprio, sem se importar com as consequências que decorreriam disso.
 
É nas consequências que está a questão. A desigualdade social é inaceitável, e o objetivo de um governo efetivamente democrático é enfrentar esse problema e fazer o possível para resolvê-lo; como não é fácil resolvê-lo, deve, pelo menos, tomar as medidas certas nessa direção. Mas é mais fácil fingir que o resolve.
 
Foi Marx quem disse que só se muda o que se conhece. Noutras palavras, para resolver um problema como o da desigualdade social, há que conhecer-lhe as causas e as dificuldades para superá-las. É uma ilusão pensar que ele só existe porque os governantes nunca quiseram resolvê-lo. Isso, em muitos casos, será verdade, mas não basta querer. Pior ainda é fingir que o está resolvendo, lançando mão do assistencialismo demagógico próprio do populismo.
 
É fácil assumir o governo e passar a dar comida, casa e dinheiro a milhões de pessoas; dinheiro esse que devia ir para a educação, para o saneamento, para resolver os problemas da infraestrutura, ou seja, para dar melhores condições profissionais ao trabalhador e possibilitar o crescimento econômico.
Esse é o caminho certo, que nenhum governante desconhece e, se não o segue, é porque não quer. O resultado é que não se formam profissionais e torna-se inviável o produto exportável, fonte de recursos para o crescimento econômico.
 
As consequências inevitáveis desse procedimento são, por um lado, induzir milhões de pessoas a não trabalharem e, por outro, inibir o crescimento econômico, enquanto aumentam os gastos públicos.
 
O neopopulismo, fingindo opor-se à desigualdade social, na verdade induz os beneficiados pelo Bolsa Família a só aceitarem emprego se o patrão não assinar a carteira de trabalho, o que constituiu uma conquista do trabalhador brasileiro.
E foi o governo do Partido dos Trabalhadores que os levou a esse retrocesso. Pode? Não por acaso, o Brasil é hoje um dos países onde se pagam mais impostos no mundo, enquanto o número dos que vivem do dinheiro público aumenta todos os dias. Fazer filhos tornou-se fonte de renda.
 
Assim é o populismo de hoje, que veio para supostamente reduzir a pobreza, quando se sabe que uma família, por receber mensalmente menos da metade de um salário mínimo, não deixa de ser pobre.
Claro, não passa fome, mas jamais sairá do nível de carência, a que se conformou, subornada pelo assistencialismo governamental.
Esse é o verdadeiro mensalão, que compra o voto de milhões de eleitores com o nosso dinheiro.

27 de abril de 2014
Ferreira Gullar

QUANDO IMAGINAMOS QUE NOS PERDEMOS, É QUE NOS ENCONTRAMOS

 
O homem moderno perdeu o sentido da contemplação, de maravilhar-se diante das águas cristalinas do riacho, de encher-se de espanto face a um céu estrelado e de extasiar-se diante dos olhos brilhantes de uma criança que o olha interrogativamente.
Ele tem medo de ouvir a voz que lhe vem de dentro, aquela que nunca mente, que nos aconselha, nos aplaude, nos julga e sempre nos acompanha.

Essa pequena história de meu irmão Waldemar Boff, que tenta pessoalmente viver no modo dos monges do deserto, nos traz de volta a nossa dimensão perdida.
Às vezes, quando imaginamos que nos perdemos, é então que nos encontramos. É o que a história abaixo nos quer comunicar: um desafio para todos.

O EREMITA

“Era uma vez um eremita que vivia muito além das montanhas de Iguazaim. Fazia 30 anos que para lá se recolhera. Algumas cabras lhe davam o leite diário e um palmo de terra daquele vale fértil lhe dava o pão. Durante o ano todo, sob as folhas de palmeira de cobertura, abelhas vinham fazer suas colmeias.

“‘Há 30 bons anos que por aqui vivo!’, suspirou o monge Porfiro. E, sentado sobre uma pedra, o olhar perdido nas águas do regato que saltitavam entre os seixos, deteve-se nesse pensamento por longas horas. ‘Há 30 bons anos e não me encontrei’.

“Na manhã seguinte, antes de o sol nascer, pôs-se a caminho das montanhas de Iguazaim, após a reza pelos peregrinos. Ia visitar Abba Tebaíno, eremita mais provecto e mais sábio, pai de uma geração toda de homens do deserto.

“‘Abba, perdi-me para encontrar-me. Perdi-me, porém, irremediavelmente. Não sei quem sou nem para que ou para quem sou. Perdi o melhor de mim mesmo, o meu próprio eu. Busquei a paz e a contemplação, mas luto com uma falange de fantasmas’. E dentro da noite Abba Tebaíno ficou a escutar com ternura infinita as confidências do irmão Porfiro.

“Depois, num desses intervalos em que as palavras somem e só fica a presença, um gatinho que já vivia há muitos anos com Abba veio se arrastando de mansinho até seus pés descalços. Miou, lambeu-lhe a ponta reta do burel, acomodou-se e pôs-se a contemplar a lua, que, como alma de justo, subia silenciosa aos céus.

IGUAL AO GATO

“Depois de muito tempo, começou Abba Tebaíno a falar com grande doçura: ‘Porfiro, deves ser como o gato: ele nada busca para si mesmo, mas espera tudo de mim. Toda manhã aguarda ao meu lado um pedaço de côdea e um pouco de leite dessa tigela secular. Depois, vem e passa o dia juntinho a mim. Nada quer, nada busca, tudo espera. Vive por viver, pura e simplesmente. Não se busca a si próprio nem mesmo na vaidade íntima da autopurificação ou na complacência da autorrealização. Ele se perdeu irremediavelmente, para mim e para a lua… É a condição de ele ser o que é e de encontrar-se’.

“E um silêncio profundo desceu sobre a boca do penhasco. Na manhã seguinte, antes de o sol nascer, os dois eremitas cantaram os salmos das matinas. Depois, deram-se o ósculo da partida. O irmão Porfiro retornou ao seu vale, ao sul do deserto de Acaman. Entendeu que, para encontrar-se, deveria perder-se na mais pura e singela gratuidade.

“Contam os moradores da aldeia próxima que, muitos anos depois, numa profunda e quieta noite de lua cheia, eles viram no céu um grande clarão. Era o monge Porfiro que subia, junto com a lua, à imensidão infinita daquele céu delirantemente faiscado de estrelas. Agora não precisava mais perder-se porque se havia definitivamente encontrado”.

27 de abril de 2014
Leonardo Boff

ENFIM, COMEÇA A SER REVELADO O MAIOR ESCÂNDALO DO PAÍS - O USO POLÍTICO DOS FUNDOS DE PENSÃO

 

 
O comentarista Guilherme Almeida, sempre atento, nos envia matéria de Alexandre Rodrigues, publicada em O Globo, dando conta do desastre financeiro que assola o fundo pensão da Petrobras, nos seguintes termos:
 
“Enquanto a ingerência política mergulha a Petrobras numa das maiores crises de sua História, o fundo de pensão dos funcionários da estatal, a Fundação Petros, vive dias turbulentos pelos mesmos motivos. Pela primeira vez em dez anos, as contas da entidade foram rejeitadas por unanimidade por seu conselho fiscal. Nem mesmo os dois conselheiros indicados pela Petrobras no colegiado de quatro cadeiras recomendaram a aprovação das demonstrações financeiras de 2013, que apontaram um déficit operacional de R$ 2,8 bilhões no principal plano de benefícios dos funcionários da estatal e um rombo que pode chegar a R$ 500 milhões com despesas de administração de planos de outras categorias. Mesmo assim, as contas foram aprovadas no órgão superior da entidade, o conselho deliberativo, abrindo uma crise interna no fundo”.
 
O jornalista acrescenta que um grupo de conselheiros eleitos descontentes resolveu recorrer à Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), órgão que fiscaliza fundos de pensão, para denunciar a direção da Petros, controlada por sindicalistas ligados ao PT desde 2003.
“Os resultados dos investimentos da fundação têm recebido pareceres contrários do conselho fiscal há dez anos, mas apenas com o voto dos conselheiros eleitos pelos funcionários.
No entanto, as contas sempre foram aprovadas pelo conselho deliberativo, órgão superior, no qual a Petrobras, patrocinadora do fundo, indica o presidente, tendo direito a voto de desempate. A estatal, no entanto, nem tem precisado usar esse recurso”, denuncia Alexandre Rodrigues.

FALTA DE QUADROS

O principal problema do PT ao chegar ao poder foi a carência de quadros capacitados. Essa deficiência redundou na distribuição de cargos a sindicalistas despreparados, e o maior exemplo é justamente a Petrobras, suas subsidiárias e até mesmo seu fundo de pensão, a Petros.

Mais de 13 anos depois de chegarem ao poder, os petistas julgam serem donos da administração pública, das estatais e até dos fundos de pensão, que são hoje a maior caixa preta do país.
Essa impressionante matéria de O Globo é apenas a ponta do iceberg, que evidencia a realidade de um país que precisa sanear sua política, a administração pública e a Justiça, que não funciona a contento.
Se funcionasse, a corrupção seria muito menor, mas as elites brasileiras não temem a Justiça. Esta é a realidade. Ainda bem que temos uma imprensa mais ou menos livre. É o que nos resta.

27 de abril de 2014
Carlos Newton

PROPAGANDA E REALIDADE

(inspirado e baseado em reportagem de Branca Nunes, da Veja)

Projetado para inauguração em dezembro de 2014 (inicialmente para ser inaugurado ainda em época lulística):

O que paga e o que recebe!
O que paga e o que recebe!

Ferrovia TransNordestina

(Que beleza, não? Até para o projeto houve inauguração…)

Situação apurada pelo New York Times:

http://www.nytimes.com/video/world/americas/100000002735915/brazil-tracks-from-boom-to-rust.html

Situação da execução hoje: nada pronto. Zero, virgula, bolinha Ó.  Oh!

Para os políticos, vale gastar fortunas em vídeos promocionais mentirosos. Nós/contribuintes é que os pagamos. A imensa maioria das informações do primeiro vídeo são fakes, falsidades nojentas, inverdades absolutas.

Pontes ligando o nada a lugar nenhum, terraplenagens iniciadas e abandonadas à erosão, ferragens de concreto semiinstaladas e corroídas pela ferrugem. Famílias desalojadas, não indenizadas, plantações arrasadas.

Conclusão:

Ou o Brasil acaba com essa infestação de CUPINS que corrói e destrói tudo, de Petrobras e Eletrobras às ferrovias, rodovias, construção de hidrelétricas, os três poderes da república em todos os níveis, o ensino, a saúde – ou a cupinzada acabará de vez com esse que já foi um grande País.

Ou o Brasil erradica o petê e os petistas nas próximas eleições ou podemos arrumar as malas e cair fora.

27 de abril de 2014

Anhangüera   

O HUMOR DO DUKE

Charge O Tempo 27/04
27 de abril de 2014

OS SENTIMENTOS DE REVOLTA OU REPULSA QUE CRESCEM NO PAÍS

  



Procuro transmitir, nestas linhas, o que de fato penso. Submeto-me, na escrita, a uma forma que respeite os princípios básicos da civilidade e, dentro das minhas limitações, os da língua pátria. Mas o respeito ao leitor, a quem devo atenção, é a minha maior preocupação.

Júlio César Cardoso não é apenas um leitor, pois ele também escreve textos e os envia a mim com frequência. Num deles (um dos mais recentes), fez menção ao justo sentimento da filósofa e poeta Adélia Prado (“Estamos vivendo um tempo muito cinzento, uma ditadura disfarçada”), mas, ao se referir, especificamente, a um dos meus artigos, afirmou o seguinte: “Para mim, a política é a arte de tirar proveito da coisa pública. Para Lênin, onde termina a política, começa a trapaça”.

Júlio extravasa um sentimento de revolta, de repulsa, hoje dominante no país, conforme têm mostrado as últimas pesquisas de opinião: “Aliás, hoje em dia” – continua ele em sua amargurada crítica –, “ninguém sabe onde começa a política, pois, nem bem acabam de ser eleitos, os nossos políticos já maquinam as suas reeleições. Conclusão: com raríssimas exceções, só há trapaceiro exercendo a política”. E arremata:

“Ninguém (na política) está preocupado com a população e com o meio em que vive. Ninguém está preocupado com uma educação pública de alta qualidade, nos moldes da Nova Zelândia, Noruega, Suécia etc.
Ninguém está preocupado com a qualidade do serviço de saúde pública. Ninguém está preocupado com a falta de segurança pública. Mas os nossos políticos e o governo estão preocupados com magnos eventos esportivos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, com políticas eleitoreiras de cotas raciais nas universidades e serviços públicos, com abafamento de irregularidades envolvendo políticos e governos etc.”.

E Júlio encerra, finalmente, seu compreensível desabafo: “Enfim, os nossos políticos só dão despesas inúteis ao país”.

E A REFINARIA???

Depois do desabafo de Júlio César Cardoso, vieram-me à mente, em primeiro lugar, a presidente Dilma Rousseff e o que disse ela sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, que provocou um prejuízo à Petrobras de US$ 1,2 bilhão.

Dilma era presidente do Conselho de Administração da empresa, cargo que acumulava com o de ministra-chefe da Casa Civil, e, segundo afirmou, a aquisição da refinaria foi um péssimo negócio, mas, ao autorizá-lo, se baseou em “relatório técnico e juridicamente falho”.

Pretendeu escapar de uma responsabilidade que é inegavelmente sua. Diante disso, o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli afirmou, em entrevista a “O Estado de S. Paulo”, que ela não poderá “fugir da sua responsabilidade”.

Já o deputado petista André Vargas, que até outro dia exerceu o cargo de primeiro vice-presidente da Câmara dos Deputados, tentou usar a mentira várias vezes para se safar das relações que mantinha com o doleiro Alberto Youssef. “Não dá para dizer que ele é meu amigo”, disse Vargas em dado instante.
“É, no máximo, um conhecido que me procurava para trocar ideias”, afirmou depois. Foi desse “conhecido” que o deputado recebeu de presente uma viagem, com a família, num Learjet 45, alugado pela bagatela de R$ 100 mil.

O deputado André Vargas, pressionado pelo partido, deverá renunciar ao mandato. Mas, e a presidente Dilma? Será que lhe assiste o benefício, concedido ao imperador do Brasil pela Constituição de 1824, de não ser responsável por nenhum dos seus atos?
Citei dois exemplos, mas há muitos outros por aí. (transcrito de O Tempo)

27 de abril de 2014
Acílio Lara Resende

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE

 

 


CANADÁ SUSPENDE PROGRAMA DE TRABALHADORES ESTRANGEIROS

 

 

  

O governo canadense anunciou a suspensão do programa que permite a trabalhadores estrangeiros atuar temporariamente no país, devido à multiplicação de denúncias de irregularidades. A suspensão ocorre depois de a televisão pública CBC ter revelado casos em que a McDonald’s e outras cadeias de alimentação despediram canadenses para contratar trabalhadores temporários estrangeiros com salários mais baixos.

Após meses de denúncias, o ministro do Emprego do Canadá, Jason Kenney, anunciou uma “moratória imediata do acesso do setor de serviço alimentar ao Programa de Trabalhadores Temporários Estrangeiros”.

O programa foi criado pelo governo para suprir a alegada falta de mão de obra em áreas do país de rápido crescimento, como Alberta, por exemplo, onde as reservas petrolíferas levaram a uma explosão da economia.

Em 2002, o Canadá aceitava 100 mil trabalhadores temporários estrangeiros, a maioria contratada para o setor agrícola ou para lugares remotos. Contudo, dez anos depois, o número triplicou para mais de 330 mil trabalhadores por ano.

IRREGULARIDADES

Com o número, cresceram também as queixas de irregularidades cometidas por grandes empresas, que despedem os canadenses para contratar estrangeiros, em uma clara violação às regras do programa.

Sindicatos e organizações civis têm denunciado que o verdadeiro objetivo do programa é proporcionar mão de obra barata e não cobrir a falta de trabalhadores.

Relatório divulgado hoje por uma organização independente – o Instituto C.D. Howe – diz que o programa apenas serviu para baixar, de forma artificial, os salários dos trabalhadores nacionais, tendo também contribuído para o aumento do desemprego em algumas regiões e alguns setores.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGA globalização avança às avessas. As grandes potências continuam a explorar os países subdesenvolvidos, mas fecham cada vez mais suas fronteiras. E o resultado é a eternização do nacionalismo xenófobo e do racismo. (C.N.)
 
27 de abril de 2014
da Agência Brasil

VEJA DIZ QUE PT ESTÁ RACHADO ENTRE LULISTAS E DILMISTAS

 

 

 



A presidente Dilma Rousseff enfrenta um momento inédito de fragilidade. Além de ter problemas na economia, como o crescimento baixo, a inflação persistente e o desmantelamento do setor elétrico, ela perdeu apoio popular e força para barrar, no Congresso, iniciativas capazes de desgastá-la.
 
A aprovação ao governo caiu a um nível que, segundo os especialistas, ameaça a reeleição. Partidos aliados suspenderam as negociações para apoiá-la na corrida eleitoral. Já os oposicionistas conseguiram na Justiça o direito de instalar uma CPI para investigar exclusivamente a Petrobras.
 
Acuada, Dilma precisa mais do que nunca da ajuda do PT, mas essa ajuda lhe é negada. Aproveitando-se da conjuntura desfavorável à mandatária, poderosas alas petistas pregam a candidatura de Lula ao Planalto e conspiram contra a presidente.
O objetivo é claro: retomar poderes e orçamentos que foram retirados delas pela própria Dilma.
 
A seis meses da eleição, o PT está rachado entre lulistas e dilmistas — e, para os companheiros mais pragmáticos, essa divisão, e não os rivais Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), representa a maior ameaça ao projeto de poder do partido.
 
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGEsta é apenas a primeira parte da reportagem de Daniel Pereira e Adriano Ceolin na Veja, mas já diz praticamente tudo, nem é preciso publicar o restante. Para muita gente, esse assunto é novidade.
Mas para nós, aqui do blog da Tribuna da Internet, trata-se da repetição do que vem ocorrendo há mais de 2 anos nos bastidores do PT e do governo, o que vínhamos publicando com absoluta exclusividade.
O grande erro da Veja é dizer que o PT está rachado. Na verdade, o apoio maciço é pela volta de Lula. Dilma está cada vez mais isolada. E faltam menos de 60 dias para que a convenção do PT escolha quem será o candidato: ela ou Lula.
Os dois se odeiam. Quem Lula ama chama-se Rosemary. E ele não perdoa Dilma por ter mandado “vazar” matérias contra Rosemary visando a enfraquecê-lo e deixá-lo de fora da disputa presidencial.
 
Quando a então ministra Erenice Guerra foi apanhada em flagrante delito, Lula era presidente e não fez a menor carga contra ela, em respeito à enorme amizade existente entre ela e Dilma, que inclusive fez questão de convidar Erenice para a posse…
No caso de Rosemary, porém, Dilma foi inflexível e as matérias contra Rosemary foram vazadas com exclusividade para o repórter Vinicius Sassane, de O Globo.
A intenção era fazer a TV Globo entrar no assunto, mas a emissora não se interessou... (C.N.)

27 de abril de 2014
Deu na Veja

TRÄNSITO FELIZ

            ZéMaria, fabricante de sorrisos


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Para v. ter um domingo sorridente, relaxe vendo o tranquilo trânsito da Etiópia.

http://www.chonday.com/Videos/carditerthiopi2

27 de abril de 2014
Anhangüera  

CACETA!!! CADÊ OS HOMI DI VERDE!?!

Incrível. Tão inacreditável que nem vou transcrever a noticia inteira, só um pedaço. E tascar links da internet para que vocês leiam em outro lugar. Acho até que merece ser lido, porque o passado insano continua atuando no presente…

Aqui, as cores são ao contrário. Os vírus petralhas atacando as hemácias brasileiras...
Aqui, as cores ao contrário. Os vírus petralhas são os verdes, atacando as hemácias brasileiras…

Em Bagé, interior do Rio Grande do Sul, o livro “Geografia”, obrigatório na 5ª série do primeiro grau no Colégio Salesiano Nossa Senhora Auxiliadora. Os autores são Antonio Aparecido e Hugo Montenegro.
O Auxiliadora é uma escola tradicional na região, que fica em frente à praça central da cidade e onde muita gente boa se esforça para manter os filhos buscando uma educação de qualidade. Através desse livro, as crianças aprendem que propriedades grandes são de “alguns” e que assentamentos e pequenas propriedades familiares “são de todos”. Aprendem que “trabalhar livre, sem patrão” é “benefício de toda a comunidade”. Aprendem que assentamentos são “uma forma de organização mais solidária… do que nas grandes propriedades rurais”. E também aprendem a ler um enorme texto de… adivinhe quem? João Pedro Stédile, o líder do criminoso MST que há pouco tempo sugeriu o assassinato dos produtores rurais brasileiros. O mesmo líder que incentiva a invasão, destruição e o roubo do que aos outros pertence. Ele relata como funciona o movimento e se embriaga em palavras ao descrever que “meninos e meninas, a nova geração de assentados… formam filas na frente da escola, cantam o hino do Movimento dos Sem-Terra e assistem ao hasteamento da bandeira do MST”. Essa é a revolução silenciosa a que me refiro, que faz um texto lixo dentro de um livro lixo parar na mesa de crianças, cujas consciências em formação deveriam ser respeitadas. Nada mais totalitário. Nada mais antidemocrático. Serviria direitinho em uma escola de inspiração nazifascista.
Tristes são as consequências. Um grupo de pais está indignado com a escola, mas não consegue se organizar minimamente para protestar e tirar essa porcaria travestida de livro didático do currículo do colégio. Alguns até reclamam, mas muitos que se tocaram da podridão travestida de ensino têm vergonha de serem vistos como diferentes. Eles não são minoria, eles não estão errados, mas sentem-se assim. A silenciosa revolução neo-marxista avança e o guarda de quarteirão é o medo do que possam pensar deles.

A revolução silenciosa – Jornal da Cidade

www.jcnet.com.br/editorias_noticias.php?codigo=228421

EX-PETISTA: 07/2006 – 08/2006

ex-petista1.blogspot.com/2006_07_01_archive.html

27 de abril de 2014
Anhangüera
in Giulio Sanmartini

FRAUDE NAS URNAS



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Análise pela Universidade de Princeton – EUA


Vejam este vídeo explicativo que pode demonstrar, “supostamente”, como o poste brasiliense foi instalado lá no planalto.

E como Bush ganhou do Gore.

Não adianta reclamar com o TSE, que já sabe desses riscos, mas tentam dar segurança à população que as eleições brasileiras são corretas.
Sabem quando vamos nos livrar do Partido dos Trambiqueiros?
Infelizmente parece que só com um golpe de estado. Ou quando o país afundar de vez e os ratos o abandonarem, deixando o povo afundar com o navio…

http://m.youtube.com/watch?v=VnH_ElxR6jY&feature=em-subs_digest-vrecs

27 de abril de 2014
Postado por Anhangüera

MÚSICA, MAESTRO!

Na primeira parte, enviado (epa) pelo Edir José, nosso colaborador, queria mostrar um vídeo russo, muito simpático, que creio os leitores acharão muito interessante. Em russo, não entendi porra nenhuma, mas a imagem é suficiente para mostrar a sensibilidade e o talento.

MAESTRO


Ludwig van Beethoven – Composta em 1804, quando sua audição já estava seriamente comprometida, ouvindo os acordes muito distantes, leva-nos a pensar qual seria a quantidade de genialidade do mestre para compor uma obra-prima como esta sonata.

Sabe-se que ele descarregou toda sua emocionalidade pela perda nesta obra, que claramente reflete esse estado. Já tive oportunidade de assistir sua execução por 3 vezes, em teatro, e era comum notar nos vizinhos lágrimas escorrerem em várias passagens. Incluindo eu. É uma da 3 grandes sonatas de seu chamado meio-período, junto com a Waldstein e Les Adieux. O próprio compositor disse, anos depois, que considerava esta sua melhor obra.

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Do intérprete muito se poderia falar. O argentino Daniel Barenboim, antes de se tornar maestro, já era um virtuose respeitadíssimo do piano. Muitos anos depois, fica claro que se superou, somando-se a expertise de maestro.

Os movimentos são: I. Allegro assai II. Andante con moto III. Allegro ma non troppo

Sonata nº 23, em Fá menor, do opus 57

Postado por Magu
27 de abril de 2014

UMA DESPEDIDA TAMBÉM DESCARADA...

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27 DE ABRIL DE 2014

O POVO BRASILEIRO JÁ NÁO AGUENTA MAIS O PT E VAIA DILMA OUTRA VEZ. É POR ISSO QUE LULA ANDA SUMIDO...


https://www.youtube.com/watch?v=kQJdOgBNpgw&feature=player_embedded

Visitar diariamente o site da revista Veja, é de lei para quem deseja se manter bem informado, não só no tange ao noticiário geral, mas também naquilo que virou exceção na maioria dos jornalões e televisões, a ausência de opinião. Essa falta é compensada pela própria revista Veja, semanalmente e, diariamente nas melhores colunas e blogs.
 
E uma dessas colunas hospedadas no site de Veja, é sempre de leitura obrigatória. A qualquer momento ou em edição extraordinária o jornalista Augusto Nunes não se faz de rogado e manda ver, como neste sábado ao postar na sua coluna mais uma cena constrangedora.
Dilma Rousseff, a “presidenta” do Brasil, foi duramente vaiada mais uma vez, além de ter cancelado diversos compromissos, como uma exposição do agronegócio realizada no interior de São Paulo neste final de semana.
No que se refere ao vídeo acima, editado pelo Implicante, Augusto Nunes informa o seguinte:
 
Os assessores da Presidência encarregados de organizar nesta sexta-feira, em Belém do Pará, outro comício patrocinado pelo governo federal e estrelado por Dilma Rousseff, escolheram cuidadosamente a plateia: para poupar a principal oradora de constrangimentos, só tiveram acesso ao local do evento convidados da Presidência da República.
Nem assim Dilma se livrou de ver e ouvir o que o povo acha da gastança irresponsável com a Copa do Mundo. Nem assim a candidata à reeleição escapou da vaia. De novo.” O vídeo, conforme o crédito, é do site Implicante, também é de leitura obrigatória.
 
MINHA ANÁLISE:

Nas ruas já é possível medir o humor dos brasileiros em relação ao governo do PT. E o rumoroso caso da Petrobras, além da desastrada decisão do marketing megalomaníaco de Lula, trazendo a Copa do Mundo para o Brasil, foram a gota d’água. 
 
Apesar de uma década de lavagem cerebral e marketing diário do governo do PT, e uma mídia obsequiosa ao governismo, sempre sequiosa por mamar nas tetas estatais, parece que a ficha começou a cair para os brasileiros.
E nem precisa que os cidadãos sejam todos bem informados, que acompanhem diariamente o que sucede no plano da política.
 
Cada vez que vão ao supermercado sentem que o seu salário encolheu! Além disso, têm medo de sair às ruas. Cada vez mais vêem que a lei e a ordem estão sendo pisoteadas em favor dos bandidos.
Vivem apreensivos com medo do apagão geral de energia elétrica, haja vista que já vem ocorrendo seguidamente grandes apagões parciais. Sentem-se inseguros em termos pessoais em todos os níveis, incluindo aquilo que é mais dramático, ou seja, as questões relacionadas à saúde. O sistema de saúde pública sob a administração do Lula e da Dilma é um verdadeiro caos.
 
As pessoas vêem que realmente o Brasil tem efetivas condições de sair desse atoleiro e parecem decididos não concordar de jeito nenhum com o tal “projeto do PT”, que prevê a transformação do Brasil numa nova Venezuela.
 
O povo brasileiro já não suporta mais toda essa fantasia. Vê que ao longo de mais de uma década nenhuma obra de infra-estrutura de vulto foi erguida sob os governos do PT. Nem uma miserável estrada.
Não há nenhum plano para mudar o setor de transporte, o que transformou as estradas brasileiras num engarrafamento permanente e, algumas, são verdadeiras pistas da morte!
 
O Brasil, com dimensões continentais, carece de ferrovias e também de navegação costeira, embora possua nesse aspecto a dádiva da natureza, o imenso mar que banha sua costas litorâneas. Mas tudo continua sendo transportado sobre rodas o que, pensando bem, é um loucura, uma insanidade completa!
 
O que se nota, e as pesquisas já apontaram isso, é que está confluindo para as eleições de outubro esse fabuloso estoque de insatisfação generalizada.
O novo presidente da República não precisa de nenhum projeto especial de governo.
Basta que estanque a terrível corrupção, o fatídico sangradouro dos cofres públicos, e aplique o dinheiro público, que não é pouco, em todas essas obras urgentes de infra-estrutura e nas áreas da saúde, segurança pública e educação.
 
O melhor plano de governo que a sociedade brasileira exige é acabar com o Leviatã, é reduzir o Estado ao seu tamanho necessário, acabar com a roubalheira, a mentira, a demagogia eleitoreira e animar a economia, a par de revigorar os valores da civilização ocidental calcados na democracia e na liberdade.
 
É por essas e outras que sucedem as vaias à Dilma, como mostra o vídeo que ilustra este post. Ninguém aguenta mais tanta desfaçatez e incompetência nem a permanente ameaça do PT em "controlar os meios de comunicção reeditando a deletéria "censura à imprensa".

Além de meter a mão no jarro sem cerimônia, Lula e seus sequazes ainda querem calar e perseguir o povo brasileiro.
 
A próxima vaia poderá ser para o "Barba", que desde o escândalo de Rosemaru Noronha, continua fugindo de entrevistas como o diabo foge da cruz. Só fala para os jornalistas penas alugadas do petismo.

Os ratos lambuzados e cínicos!

 
 
27 de abril de 2014

PETROBRAS GASTA MILHÕES COM PROPAGANDA NO HORÁRIO MAIS CARO DA TELEVISÃO COM UM GRÁFICO MALANDRO SOBRE REFINO. POR ISSO É


https://www.youtube.com/watch?v=oa7C0S-Ess4&feature=player_embedded

Apesar de tudo o que vem acontecendo na Petrobras e que já chegou ao conhecimento dos brasileiros, a diretoria da estatal continua tentando abafar as investigações que devem ser efetivadas com a instalação da CPI, já determinada em liminar concedida pela ministra Rosa Weber, do STF.
 
Depois do estouro do escândalo, a área de marketing das Petrobras foi acionada e bilhões de reais estão sendo investidos nos últimos dias para tentar fazer crer à opinião pública que a empresa é um mar de rosas.
E não é. Haja vista para a reação do mercado. Há acionistas que já perderam muito dinheiro quando as ações começaram a despencar já faz algum tempo. E isso já refletia e reflete claramente que a Petrobras tem problemas sérios.
 
O vídeo acima mostra o comercial que foi inserido na noite deste sábado no horário do Jornal Nacional da TV Globo, o espaço mais caro da mídia brasileira. O link foi enviado a este blog por um leitor que faz a seguinte observação:
 
Aos 13 segundos do vídeo aparece o gráfico, mas a visualização fica ainda melhor entre o segundo 15 e 16. Em 2002, segundo o próprio gráfico, o Brasil refinava 1,641 milhão de barris dia contra 2,124 milhões em 2013, um crescimento de apenas 29% em 11 anos. Só que pelo formato do gráfico fraudado parece que o refino cresceu 1000% em 11 anos, Já que gráfico começa em 1600 e não em 0 como deveria ser. Uma fraude transmitida para milhões de brasileiros no Jornal Nacional”.
 
De fato, o gráfico sugere um aumento extraordinário do refino de petróleo. Contudo, ao se fazer as contas, realmente o crescimento foi pífio ante a demanda crescente, até porque o Brasil continua importando a maior parte da gasolina que é consumida.
 
Todas aquelas marketagens que mostram o Lula com as mãos sujas de óleo lambuzando as costas da Dilma, não passam de uma ilusão. Infelizmente o Brasil não é autossuficiente na produção do petróleo e nem tem condições de refinar tudo que consome. Lembram-se do pre-sal? Está aí outra coisa misteriosa: a lavra dessa jazida, se é que existe mesmo.
 
Por enquanto a tecnologia para viabilizar a extração ainda patina. Tentativas de perfuração profunda nos últimos tempos geraram brutais vazamentos no mar, a par das dificuldades para impedir o descontrole da vazão do óleo.
 
E tem mais: por que a Petrobras precisa ficar fazendo progaganda se é um monopólio? Não tem qualquer sentido o gasto fabuloso em propaganda que é feito pela empresa. Ainda mais agora que os fatos mostram que a estatal está numa situação financeira caótica.
 
A verdade verdadeira é que a experiência ensina que empresas estatais, em qualquer atividade, só dão prejuízos e obrigam a rodar a maquininha da Casa da Moeda. O resultado é o desarranjo na economia com a ameaçador descontrole da inflação.
 
A direção da Petrobras com essa campanha de marketing contraria todos os mandamentos da prudência, a mostrar a imperiosa necessidade da instalação imediata da CPI com a consequente investigação de todas as denúncias que pesam pesadamente contra a empresa. 
O povo brasileiro exige a verdade! 

A GRANDE FAMÍLIA PETISTA

 



Nem é preciso fazer escavações profundas. Arranhe-se apenas a superfície do sistema petista de poder e, certo como a noite que se segue ao dia, se encontrará um escândalo, uma maracutaia, uma armação, uma negociata, um vexame, um ato mal explicado ou inexplicável à luz da ética pública. E não se diga que é intriga da oposição em ano eleitoral.

Para ficar apenas na safra da semana, ora é uma auditoria da Petrobrás que afirma que em 5 de fevereiro de 2010 alguém foi autorizado verbalmente a sacar US$ 10 milhões de uma conta da Refinaria de Pasadena, na qual a empresa ainda tinha como sócia a Astra Oil. A revelação foi publicada pelo Globo.
Quem autorizou, quem sacou, o porquê do saque e o que foi feito com a bolada, isso a Petrobrás não conta. Diz, burocraticamente, que o procedimento seria "uma atividade usual de trading" e nele "não foram constatadas quaisquer irregularidades".

Ora, para variar, são as sucessivas apurações da Polícia Federal (PF) sobre a amplitude da rede de conveniência recíproca em que se situam as ligações do deputado André Vargas, do PT paranaense, com o doleiro Alberto Youssef. O cambista foi preso no curso da Operação Lava Jato, que expôs um esquema de branqueamento de dinheiro, por ele comandado, da ordem de R$ 10 bilhões.

O monitoramento, com autorização judicial, das comunicações do já agora réu Youssef trouxe à tona uma história de tráfico de influência que reduz a mera nota de rodapé o pedido de Vargas ao parceiro para que lhe arranjasse um jatinho para levá-lo numa viagem de férias ao Nordeste – descoberto, o favor custou ao favorecido o cargo de vice-presidente da Câmara, ao qual teve de renunciar.

A traficância, essa sim, era coisa graúda. Prometendo a Vargas que, se fizesse a parte dele, os dois conquistariam a "independência financeira" — palavras textuais do doleiro captadas pela PF —, ele acionou o deputado para que o Ministério da Saúde, então chefiado pelo também petista Alexandre Padilha, contratasse com o laboratório Labogen, de que Youssef é controlador oculto, o fornecimento de uma partida de medicamentos contra a hipertensão. O negócio renderia R$ 31 milhões em cinco anos. Quando a tratativa foi noticiada pela Folha de S.Paulo, Padilha imediatamente tirou o time de campo. Deu-se o dito pelo não dito, nenhum contrato foi assinado, nenhum real desembolsado.

Mas Padilha, pré-candidato ao governo paulista, era muito mais do que, digamos, o polo passivo do arranjo. Relatório da PF praticamente sustenta que, em novembro passado, ele ofereceu a Vargas um nome para dirigir o Labogen.
Numa mensagem de celular lida pelos federais, o deputado identifica o apadrinhado para o doleiro e lhe dá o número de seu telefone, antes de arrematar: "Foi Padilha que indicou". Dois dias antes, Vargas tinha escrito a Youssef: "Falei com Pad agora e ele vai marcar uma agenda comigo". Naturalmente a PF não pode afirmar com todas as letras de que Padilha, ou Pad, se tratava. Mas quem mais poderia ser?

Afinal, o indicado pelo interlocutor de ambos para ser o executivo da Labogen, Marcus Cezar Ferreira de Moura, o Marcão, tinha sido nomeado pelo ministro, em 2011, coordenador de promoção e eventos da Saúde.
No ano anterior, ele trabalhara na reta final da campanha de Dilma Rousseff. Só achando que o ministro era um rematado nefelibata, o suprassumo da ingenuidade, para imaginar que ele considerasse o Labogen um laboratório sério.
A sua folha de pagamento não soma mais do que R$ 28 mil. A polícia apurou que foi uma das firmas de fachada usadas por Youssef para remeter ilegalmente ao exterior US$ 444,7 milhões.

Vargas, a PF também averiguou, não é o único petista das relações do doleiro. Outros citados, por ora, são os deputados Cândido Vaccarezza e Vicente Cândido, de São Paulo. Um admite ter se encontrado com o cambista no prédio onde ele e Vargas moram.
O outro diz que o conheceu — em Cuba, ora vejam — em 2008 ou 2009. Em suma, formam todos uma grande família com parentes de sangue e por afinidade que às vezes brigam, mas em geral se ajudam a conseguir poder, prestígio e riqueza. Há mais de dez anos o solar da família fica em Brasília. Na sua fachada se lê: "Tudo pelo social".

27 de abril de 2014
Editorial do Estadão

OS LOBISTAS E OS NEGÓCIOS DA PETROBRAS NA ÁFRICA

O safári de lobistas partidários, um amigo de Lula e outros exploradores. O objetivo: capturar bons negócios para a estatal (e para eles) na África



Em 19 de abril de 2008, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou em Acra, capital de Gana, para uma das 28 visitas diplomáticas que fez à África em seus oito anos no Planalto.
Naquela manhã de sábado, Lula foi recebido no aeroporto pelo presidente ganense, John Agyekum Kufuor, que lhe entregou flores amarelas, brancas e rosa.
Deu tchauzinhos, passou em revista as tropas, ouviu os hinos dos dois países e assistiu a um show de danças típicas. Depois da solenidade, seguiu para o Castle Route, palácio do governo local, para começar a tratar de negócios.

A diplomacia de negócios na África era central à política externa do governo Lula. Havia um componente ideológico de esquerda na aproximação com a África. Ele se revelava no desejo de Lula e do PT em ajudar esses países a superar problemas sociais crônicos.
Mas o Brasil também ganhava muito — e ninguém começou a ganhar mais que as empreiteiras brasileiras. Elas passaram a ter negócios em 70% dos países africanos.
Mesmo que isso significasse, para os brasileiros, ver Lula apertar a mão de ditadores como Obiang Nguema, da Guiné Equatorial, que se mantém violentamente no poder há 35 anos, ou do líbio Muammar Khadafi, apeado do poder durante a Primavera Árabe.
Em 90% das conversas, os chefes de Estado africanos pediam a presença de uma empresa brasileira em seus países: a Petrobras.

Os pedidos faziam sentido. Países como Gana detêm muita matéria-prima, sobretudo na área de energia, como campos de petróleo e gás, mas pouca experiência ou recursos para transformar riquezas naturais em dinheiro para seus povos — ou líderes políticos corruptos.
Percebendo isso, o governo Lula determinou que a Petrobras buscasse oportunidades de parceria nesses países. Determinou também que o BNDES financiasse os projetos em que empreiteiras brasileiras tivessem participação.

Na numerosa comitiva que acompanhava Lula em Acra havia dois convidados especiais. Um deles era o empresário José Carlos Bumlai, um dos melhores amigos de Lula e então conselheiro da empreiteira Constran.
Ao lado de Bum­lai estava Fábio Pavan, lobista da Constran em Brasília — e, naquele momento, encarregado de conseguir contratos em Gana na área de energia e biocombustíveis.

Pavan ocupava, em Brasília, o cargo que, duas décadas antes, nos governos de José Sarney e de Fernando Collor de Mello, pertencera a Bumlai: prestar — e cobrar — favores a políticos que tenham relação com a Constran.

Esse tipo de relação promíscua alimenta há décadas a corrupção no mundo da política, e não apenas no Brasil. Não é fortuito que, no curso da operação Lava Jato, a Polícia Federal (PF) tenha descoberto evidências de que a Constran também participara do esquema de corrupção na Petrobras liderado por Paulo Roberto Costa, ex-di­retor da Petrobras, e Alberto Youssef, um dos principais doleiros do país. E que contribuíra para campanhas políticas em 2010. A Constran nega as acusações.

Bumlai é desconhecido fora da política, mas dentro dela é uma estrela. Tinha livre acesso ao Palácio do Planalto e oferecia churrascos ao amigo Lula. Também filtrava nomeações políticas para os maiores cargos da República, como diretorias na Petrobras. “Estive com Bumlai duas vezes, pedindo ajuda para ser diretor.

Era um cara muito forte no PT”, disse o lobista João Augusto Henriques, quase nomeado diretor internacional da Petrobras em 2008, por indicação do PMDB. Bumlai já foi acusado de usar a influência de Lula em favor de negócios particulares. E não só particulares.
Antes que o tesoureiro petista Delúbio Soares tombasse no caso do mensalão, Bumlai mantinha frequentes contatos com ele, segundo extratos telefônicos da CPI que investigou o caso.

Na Operação Vampiro, em que a Polícia Federal investigou fraudes em licitações no Ministério da Saúde, ainda no começo do governo Lula, o nome de Bumlai apareceu, em depoimentos e grampos telefônicos, como arrecadador de fundos para o PT, ao lado de Delúbio.

No mais recente depoimento que prestou ao Ministério Público, o operador do mensalão, Marcos Valério de Souza, fez acusações semelhantes. Bumlai sempre negou peremptoriamente qualquer atividade ilegal. Mas nunca negou a amizade com Lula.

BOAS RELAÇÕES O consultor Fábio Pavan, amigo de José Carlos Bumlai, próximo a Lula. Ele foi chamado para organizar uma reunião entre companhias de petróleo de Gana e do Reino Unido com representantes da Petrobras

Na visita a Acra, Lula deixou claro que estava ali para tratar de um tema central: energia. Logo na chegada a Gana, criticou a indústria do petróleo e defendeu investimentos em biocombustíveis no país, com a ajuda do Brasil. Pouco depois, Fábio Pavan, que se apresentava como “diretor de desenvolvimento” da Constran, comemorou publicamente uma parceria com uma empresa local, a Northern Sugar Resources, para produzir etanol.

A Constran entrava com a usina, a Northern com a cana, e o BNDES com o dinheiro para a empreitada. Pavan disse que o investimento total seria de US$ 306 milhões, dos quais US$ 260 milhões iriam do BNDES para a Northern. “É um projeto vencedor”, disse Pavan. Acrescentou que se tratava do primeiro empréstimo público concedido pelo Brasil a Gana.

Um ano mais tarde, a Constran anunciava a construção de duas hidrelétricas, além da usina de etanol. Os três empreendimentos juntos deveriam somar US$ 850 milhões e ter, claro, financiamento do BNDES. Em 2009, Pavan afirmou que “Gana tem a melhor porta de entrada da África”, por causa das estabilidades política e econômica, além do “baixo nível de corrupção”. “O Brasil estava dormindo e acordou”, disse o embaixador de Gana no Brasil, Samuel Dadey.


Fazer negócios na África, como sabem homens como Bumlai ou Pavan, não é nada fácil. A burocracia e a corrupção são obstáculos insuperáveis para quase todos que se aventuram por lá. Apesar das declarações triunfais de Pavan, os negócios da Constran em Gana deram errado. A Odebrecht tomou o lugar da Constran.

Pavan prosseguiu em seu safári. Para fazer dinheiro em Gana, correu à Petrobras. Em outubro de 2011, segundo documentos obtidos por ÉPOCA, Pavan, ao lado do ganense Dadey, já ex-embaixador, marcou uma reunião dos diretores da empresa britânica Minexco (e-mail acima) com o então diretor internacional da Petrobras, Jorge Zelada, indicado pelo PMDB.
A Minexco, em parceria com a petroleira estatal de Gana, queria que a Petrobras virasse sócia na exploração do campo de Tano, no litoral ganense.

Para chegar até Zelada, Pavan e os executivos da Minexco tiveram de passar pelo crivo do lobista João Augusto Henriques, aquele que esteve com Bumlai e, como revelou ÉPOCA no ano passado, era o intermediário para qualquer negócio na área internacional da Petrobras.
Marcou-se um encontro no escritório de João Augusto no Rio. João Augusto desistiu na undécima hora, segundo os envolvidos. Num lance comum nessas aventuras subterrâneas, João Augusto aproximou-se do ex-embaixador Dadey e se livrou de Pavan, o intermediário concorrente.

Mesmo com a astúcia do lobista João Augusto, a operação da Petrobras com Gana foi barrada na diretoria da estatal. Em 2011, anos depois da visita a Gana, havia na Petrobras apenas o eco dos discursos triunfalistas de Lula.
A empresa, segundo documentos internos obtidos por ÉPOCA, investira bilhões de dólares em seis países africanos. As operações eram promissoras, em especial na Nigéria, mas não produziam dinheiro suficiente para que aventureiros como Pavan ou João Augusto laçassem novos negócios no continente.
O caixa da Petrobras começara a secar. Eram negócios demais, seja nas refinarias de Paulo Roberto Costa, seja nas compras e vendas da turma do PMDB, liderada por João Augusto. A política de vender combustível barato ao brasileiro, tendo de importá-lo cada vez mais caro, também contribuía para o sumiço de bons negócios.

A frustração com a operação Gana talvez tenha levado João Augusto, o caçador da Petrobras na África entre 2008 e 2012, a lembrar melhores temporadas. Uma das caçadas de João Augusto aconteceu em 2009, na Namíbia.
Ali, segundo disse a ÉPOCA, foi uma caçada a dois: PT e PMDB. O grupo inglês Chariot, que detinha direitos de exploração num campo offshore na Namíbia, em sociedade com a British Petroleum, estava em busca da experiência da Petrobras para extrair petróleo de águas profundas.
Os ingleses vieram ao Brasil. Não sabiam em que porta bater. E bateram, segundo João Augusto, na porta do sindicalista Armando Tripodi, do PT, então chefe de gabinete de José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras.

“Na Namíbia, o assunto veio pelo chefe de gabinete do Gabrielli, o Armando. O grupo deles (dos empresários ingleses e do PT) queria vender poços na Namíbia por US$ 150 milhões”, disse João Augusto. Ele queria dizer que essa turma esperava que a Petrobras entrasse de sócia na operação, mas, para isso, se comprometesse a pagar adiantado o valor a que teria direito quando — ou se — o petróleo fosse encontrado.
 João Augusto conta que propôs uma alternativa mais sensata, que poderia passar pelo Conselho de Administração. “Vamos vender pelo que o negócio vale hoje e, se tiver óleo, pagam-se os US$ 150 milhões.”
Exatamente o tipo de raciocínio que a Petrobras, segundo ele, deveria ter aplicado na polêmica compra da refinaria de Pasadena, em 2006. “Não sou vestal. Gosto de dinheiro. Mas nunca faria uma sacanagem como a que fizeram em Pasadena”, disse João Augusto.

A proposta prosperou, segundo ele. João Augusto firmou um contrato com a Chariot e recebeu uma parte pela intermediação. Em maio de 2009, a Petrobras anunciou a compra de 50% do bloco na Namíbia do grupo Chariot, por US$ 16 milhões. Se a operação comercial desse certo, a Petrobras pagaria um “bônus de produção” de 4,75% da parcela produzida — ou US$ 118 milhões. “Eu tinha um sucesso, um percentual. Se Namíbia desse óleo, eu estava rico”, disse João Augusto. Só ele, ou a turma do sindicalista Armando Tripodi também? “Não sei dizer. Cuido apenas do meu dinheiro. Mas quebramos a cara. Deu seco. Acontece muito.” A operação de perfuração custou US$ 86 milhões. O projeto foi abandonado.

Depois de tantas caçadas frustradas, a Petrobras resolveu reunir seus ativos na África e buscar um sócio disposto a investir nas operações. A ideia era fundir todas numa operação conhecida como Petroáfrica. Como antecipou ÉPOCA em abril do ano passado, o sócio escolhido foi o grupo BTG Pactual, do banqueiro André Esteves.

Para conseguir fechar o negócio, o BTG contratou vários conselheiros, entre eles o lobista Hamylton Padilha — outro dos grandes caçadores da Petrobras, ao lado de João Augusto e Fábio Pavan. Bons caçadores atuam juntos. Segundo João Augusto, Padilha foi parceiro dele no lobby para que a Petrobras contratasse um navio-sonda da Vantage Drilling, por US$ 1,6 bilhão, em 2009. O negócio, segundo João Augusto, rendeu US$ 10 milhões em comissão — parte disso paga, diz ele, a deputados do PMDB. A operação Petroáfrica deu certo.

Em junho do ano passado, a Petrobras se uniu ao BTG, numa nova subsidiária, não com todos, mas apenas alguns ativos, sobretudo na Nigéria. O BTG pagou US$ 1,5 bilhão por metade das operações. Técnicos da estatal ouvidos por ÉPOCA consideraram o valor baixo, levando em consideração o que a empresa já investira e quanto ela ainda poderia ter de retorno.
Mesmo que o valor da operação possa ser questionado, já dá retorno à Petrobras e ao BTG. Documentos do BTG afirmam que o preço foi compatível com valores de mercado. Procurado, o BTG não se manifestou.

Fábio Pavan confirma que esteve com Bumlai e Lula na viagem a Gana. “Estava lá cuidando dos projetos da Constran, quando soube que o presidente Lula iria ao país para inaugurar o escritório da Embrapa. Decidi ficar e participar do evento. Bum­lai também foi”, diz. Procurado para falar sobre o relacionamento entre Lula e Bumlai, o Instituto Lula não respondeu até o fechamento desta edição.

Pavan confirma ainda que, em 2011, Samuel Dadey, ex-embaixador de Gana no Brasil, o procurou para que articulasse uma reunião de representantes da GNPC, a estatal do petróleo de Gana, e da britânica Minexco com dirigentes da Petrobras. “Procurei alguns amigos que tinham relação com a Petrobras, mas a reunião acabou não ocorrendo”, diz. “O que me deixou bastante aborrecido.”

A UTC Engenharia, controladora da Constran, informou que comprou a empresa em janeiro de 2010 e passou a administrá-la apenas em fevereiro daquele ano. Nesse perío­do, informou a assessoria da UTC, a Constran não fez negócios na África. A Petrobras informou que não comentaria o assunto.

O gerente executivo de Responsabilidade Social da Petrobras, Armando Tripodi, ex-chefe de gabinete de Gabrielli, não foi localizado. De acordo com documentos do BTG Pactual, todas as empresas contratadas para auxiliar o banco na África, inclusive a de Padilha, eram obrigadas a assinar uma cláusula compatível com as normas internacionais anticorrupção. ÉPOCA foi à caça dos empresários Bumlai e Padilha, mas não os localizou.

LUCRO Navio-plataforma no campo de Agbami, na Nigéria, e documento da Petrobras quantificando as reservas no local. Finalmente um negócio que deu retorno à Petrobras e a seu sócio, o banco BTG

 27 de abril de 2014ÉPOCA Online
Diego Escosteguy, com Marcelo Rocha, Leandro Loyola e Flávia Tavares