"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 27 de abril de 2014

ROLETA VICIADA É GOLPE DE ESTADO

 

O Estado é ente ficcional, instituído pelos povos para administrar a coisa pública e proteger as pessoas.
 
A estrutura administrativa do Estado é o limite de atuação dos governos, escolhidos para cumprir o que foi instituído pelos povos.
 
Qualquer personalismo, no trato da coisa pública é usurpação do Poder do Estado, que ilegitima os governantes, porque foram escolhidos para exercer o mandato em prol da Nação, nunca, objetivando interesses pessoais, como é regra no Brasil.
 
Para governar o seu Estado, os povos estabeleceram vários métodos de escolha, sempre objetivando “escolher o melhor entre iguais”. As monarquias, por exemplo, escolhem os chefes de estado via sucessão sanguínea e educam os futuros monarcas para o seu mister: cuidar da coisa pública.
 
As sociedades primitivas escolhiam os melhores guerreiros para governa-los e chefiar seus exércitos. Modernamente, nas repúblicas, e também nas monarquias parlamentaristas a seleção dos governantes é feita através de processos eleitorais, mas o objetivo primordial permanece: “a escolha dos melhores entre iguais”.
 
Qualquer mecanismo de escolha, que não se preste a escolher o melhor entre iguais, para governar, é ilegítimo, configurando GOLPE DE ESTADO.
 
Um GOLPE DE ESTADO pode ocorrer por levante popular, por intervenção militar, que remova um governo ou, “de GABINETE”, como é o caso dos vícios nos mecanismos eleitorais, que impeçam o exercício do direito de livre escolha do eleitor.
 
A Nação Brasileira, apesar de todos os seus esforços,  ainda não conseguiu estabelecer mecanismos adequados de escolha dos seus governantes.
 
Os governos militares, que pacificaram a sociedade e lançaram as bases para o Brasil potência, não aprimoraram as instituições, porque, não estabeleceram mecanismos de escolha confiáveis, para garantir a democracia. Inadvertidamente, delegaram essa missão fundamental para a classe política, que legislando em causa própria, deformou o processo eleitoral, para garantir seus interesses e eternizar-se no Poder do Estado.
 
Devido a essa ilegitimidade, o processo político eleitoral brasileiro, deixou de escolher os melhores entre iguais, tornando-se verdadeira “roleta viciada”, para atender, exclusivamente, aos interesses de poder da Classe Política, a qual se aproveitou da suposta redemocratização, para dar o GOLPE DE ESTADO no povo brasileiro, tomando de assalto a estrutura do Estado.
Esse Golpe escravizou o povo, criando a Casta dos Governantes, verdadeira monarquia do crime, que oprime a Nação, satisfazendo interesses próprios e do poder transnacional.
A classe política, matreiramente, fez crer ao povo, que este elegeria os governantes “diretamente”. Na verdade, todas as eleições são indiretas, porque os candidatos são previamente escolhidos pelos chefes partidários. O eleitor só escolhe dentre os que já foram escolhidos.
 
As eleições majoritárias são como páreos, em que “todos os cavalos são do mesmo dono”. É por isso, que Fernando Henrique salvou o mandato de Lula, no escândalo do mensalão. Por muito menos Fernando Collor foi cassado.
 
Foi essa “Roleta Viciada”, que “escolheu” Collor, Fernando Henrique, Lula, Dilma e corre-se o risco de “entronizar” Aécio Neves; políticos que, em hipótese alguma, são os “melhores entre iguais”, que o povo brasileiro poderia eleger.
Collor foi caçado pelos seus pares, para salvar o regime político deles. Fernando Henrique é o “Rei da Privataria”, que doou a Vale do Rio Doce, a Siderúrgica Nacional e a telefonia, para o poder transnacional. Lula é o senhor mensalão. Dilma é o “poste” eleito pelo padrinho, que não esclareceu a sua participação nas inúmeras irregularidades praticadas na gestão da Petrobras e, Aécio Neves, que Governou Minas, sem impedir o subfaturamento das exportações do Nióbio Mineiro, prejudicando Minas Gerais e o Brasil.
 
Por tudo isso, os segmentos esclarecidos da Nação, civis e militares, têm o dever de interromper o círculo vicioso de Golpes de Estado, praticados pela classe política, contra o bom povo do Brasil, através dos seus processos eleitorais viciados e, portanto, ilegítimos!
 
A Nação vive hoje e constrói a história do Brasil diariamente. Não há o que esperar. Resta impedir, urgentemente, o Golpe de Estado, consubstanciado nas eleições, dos que já foram eleitos!
 
27 de abril de 2014
Antônio José Ribas Paiva, Advogado, é Presidente da Associação dos Usuários de Serviços Públicos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário