"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 21 de junho de 2017

LÉO PINHEIRO PEDE REDUÇÃO DE PENA, POR TER REVELADO QUE O TRIPLEX ERA DE LULA

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Charge do Boopo (Humor Político)
O ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, pediu, em suas alegações finais sobre o caso triplex, nesta terça-feira, dia 20, que o juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, reduza dois terços de sua pena por ter confessado que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o dono do imóvel no condomínio Solaris, no Guarujá. Léo Pinheiro é réu em ação penal por supostos pagamentos de propinas de R$ 3,7 milhões ao petista – entre as benesses, estão obras de reformas e melhorias do tríplex.
A defesa do empreiteiro considera que, mesmo que não homologado seu acordo de delação, ele colaborou com a Justiça e merece ter sua pena reduzida.
ARGUMENTO – “Por todo o exposto, demonstrado que o acusado Léo Pinheiro prestou efetiva colaboração sobre os fatos imputados na presente ação penal, admitiu práticas ilícitas, inovou na instrução probatória e relatou inúmeros fatos relevantes, requer-se que lhe sejam aplicados no grau máximo os benefícios decorrentes desta colaboração previstos na legislação pátria”, sustentam os advogados.
Em suas alegações finais, Pinheiro voltou a declarar que o imóvel era uma forma de pagamento de propinas ao ex-presidente. Ao ser interrogado pelo juiz Moro, o empreiteiro disse que o triplex estava, de fato, reservado à família Lula.
“Importa esclarecer que todos os valores gastos pela OAS – a diferença de valores entre o apartamento efetivamente adquirido e o triplex, as reformas e os demais bens adquiridos – eram descontados da propina a ser paga ao Partido dos Trabalhadores por força das obras da Petrobras descritas na denúncia, consoante será exposto adiante”, afirma.
CONTA CORRENTE – O ex-presidente da OAS ainda afirmou tratar diretamente sobre a “conta corrente” de propinas do PT dentro da empreiteira com o ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto. Ele menciona inclusive registros em seu celular, apreendido pela força-tarefa, dos supostos acertos de propinas.
“A mensagem revela perfeitamente a dinâmica da conta corrente de propinas: João Vaccari (JV) pede que a OAS faça um pagamento de seu interesse (no caso, um passivo oculto de IPTU de empreendimentos do Bancoop) e é feito o respectivo abatimento de uma dívida de propina”, alegou.
Em outra parte da denúncia, o Ministério Público Federal sustenta que a OAS teria bancado despesas com o armazenamento de bens do ex-presidente junto à empresa Granero. No contrato, consta que o objeto do acordo entre as empresas é para “armazenagem de materiais de escritório e mobiliário corporativo de propriedade da construtora OAS Ltda”. O termo custou R$ 1,3 milhão à construtora.
Léo Pinheiro, nas alegações finais, “admitiu que a OAS custeou o armazenamento de bens do ex-presidente Lula com a intenção de se beneficiar da influência do mesmo em negócios internacionais”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – É justa a redução da pena. A revelação de Léo Pinheiro foi da maior importância no inquérito do caso do tríplex do Guarujá, funcionou como a bala de prata. (C.N.)

21 de junho de 2017
Deu em O Tempo
(Agência Estado)

AO QUE PARECE, OS BRASILEIROS JÁ PERDERAM A CAPACIDADE DE SE INDIGNAR



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Charge do Humberto (Folha/PE)
O país entrou em um buraco tão grande e sujo que é difícil identificar quais os erros precisam ser corrigidos e em que ordem as correções devem ocorrer. Alguém tem dúvida que, praticamente, não existe um setor que esteja realmente cumprindo com suas finalidades e atingindo os resultados necessários? É claro que não vale citar a exceção da Polícia Federal e da Lava Jato…
O setor público é dominado pelos servidores, que, sem comando e sem a qualificação necessária, tomou posse das estruturas na maioria das repartições, sejam federais, estaduais ou municipais. O típico exemplo é o caso do ensino público, nos três níveis, com entidades partidarizadas, sugadoras das suas próprias bases.
A área da segurança está descapitalizada em tudo, a partir também de seus quadros, e a criminalidade impera. O setor de saúde pública está mais do que falido, nas instituições federais, estaduais e municipais.
Reformas urgentes são necessárias, mas precisam abranger todas as áreas públicas. A partir delas, então poder-se-á “enquadrar” as áreas privadas.
Só como exemplo, em Porto Alegre a empresa de ônibus estatal (pública…), mesmo dando prejuízo, paga “bônus por resultados” aos funcionários. São as ditas “conquistas dos trabalhadores”. E quantas coisas há para relacionar, nos mesmos moldes deste caso.
O Brasil virou um carro velho, com ferrugem e sem peças de reposição. Uma sucata que só serve para ser derretida e vendida em blocos. Quem quer comprar? Mas aviso: tem de levar tudo!
Bem sei que o assunto mexe com os brios (será que ainda sabem o que isto representa?) de alguns, mas a maioria se omite e não demonstra capacidade de se indignar, nada, nada!

21 de junho de 2017
Antonio Carlos Fallavena

O BALCÃO DE NEGÓCIOS DAS CPIS, DENUNCIADO POR JOESLEY

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(chargedodiemer.blogspot.com)
A entrevista de Joesley Batista não se limitou às acusações contra Michel Temer e seu grupo, que o empresário definiu como “a quadrilha mais perigosa do Brasil”. Ele também deu uma aula sobre o financiamento ilegal de campanhas e a máquina de fazer negócios nas CPIs.
As comissões parlamentares de inquérito sempre foram um circo, mas já ajudaram a combater a corrupção. Recentemente, reduziram-se a fábricas de novos escândalos. Em outubro, o ex-senador Gim Argello foi condenado a 19 anos de prisão por cobrar propina de empreiteiras em duas CPIs sobre a Petrobras.
Segundo Joesley, a engrenagem se profissionalizou em 2015, quando Eduardo Cunha assumiu a presidência da Câmara. “Aí virou CPI para cá, achaque para lá. Tinha de tudo”, contou à revista “Época”.
QUEM DÁ MAIS? – O delator ilustrou a história com um relato em primeira pessoa. Ele disse que Cunha o ameaçou com a abertura de uma comissão para investigar empréstimos à JBS. “É o seguinte: você me dá R$ 5 milhões que eu acabo com a CPI”, propôs o ex-deputado, de acordo com Joesley.
O empresário disse que recusou o acordo, mas Cunha não deu o braço a torcer. “Seu concorrente me paga R$ 5 milhões para abrir essa CPI”, teria respondido o peemedebista.
Joesley é um criminoso e não deveria estar solto, mas sua delação pode ajudar a desmontar uma máquina de chantagem parlamentar. Só na gestão Cunha, cinco CPIs mereciam ser revisitadas: da Petrobras, do Carf, do BNDES, dos fundos de pensão e até do DPVAT, o seguro dos automóveis. Um deputado que integrou a comissão do Carf garante que a investigação encontrará muitos Argellos. Ele diz que os procuradores poderão pedir adicional de insalubridade.
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PS –
 Temer agora quer que Joesley o indenize por danos morais. Faltou explicar como o presidente espera receber o pagamento: por via bancária ou em espécie, na mala de um aliado? (B.M.F.)

21 de junho de 2017
Bernardo Mello Franco
Folha

O HUMOR DO DUKE...

Charge O Tempo 20/06/2017
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21 de junho de 2017

AO ATACAR A PROCURADORIA, GILMAR MENDES ABRE GRAVE DISSIDÊNCIA NO SUPREMO

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Gilmar Mendes está atirando para todos os lados
Ao atacar a atuação da Procuradoria Geral da República – reportagem de Elisa Clavery, O Estado de São Paulo nesta terça-feira – o ministro Gilmar Mendes abriu praticamente uma dissidência no Supremo Tribunal Federal, uma vez que criticou a decisão do ministro Edson Fachin, de ter determinado o afastamento de Aécio Neves no Senado Federal, através de liminar. Gilmar Mendes afirmou que ” o país não pode despencar para o modelo de Estado Policial, no qual apurações na calada da noite atingem até o presidente da República”. Com suas declarações, Gilmar Mendes aprofundou o confronto que mantém com Rodrigo Janot e, além disso, atingiu Fachin, integrante da Corte cujo corpo também integra.
O episódio vai se refletir daqui para frente, sobretudo porque Gilmar Mendes sustentou que a Constituição Federal não prevê afastamento de senador. Não prevê, ironizou, mas a gente inventa. Com isso, claro e diretamente atribuiu a invenção ao relator da Lava Jato no STF. Mendes disse ainda que não se faz democracia sem política e sem políticos. Não se faz política nem na promotoria nem nos Tribunais, acrescentou.
JANOT REAGIU – O Procurador Geral Rodrigo Janot rebateu as palavras de Gilmar Mendes, atacando diretamente o ministro: “Os críticos da atuação do Ministério Público no fundo desejam defender amigos poderosos”. Com essa frase, Janot revelou não acreditar nos propósitos destacados por Gilmar e lançou no espaço político uma insinuação quanto aos seus verdadeiros objetivos.
Ao mesmo tempo, reunidos no Rio para cumprir uma das etapas eleitorais para formação da tradicional lista tríplice do Ministério Público, os procuradores distribuíram uma nota criticando Gilmar Mendes:”Afirmar que o Ministério Público Federal tenha exagerado não condiz com a verdade”, disseram.
MUITAS CRÍTICAS – O subprocurador Geral da República, NIcolao Dino sustentou que Gilmar Mendes prestou um desserviço ao país. O procurador Eitel Santiago disse que Mendes às vezes fala demais. A procuradora Raquel Dodge, que concorre à lista tríplice, negou que seja candidata preferida de Gilmar Mendes. E o procurador Carlos Fernando Santos Lima considerou que a atuação de Gilmar Mendes ameaça o combate à corrupção e tem como objetivo impedir a investigação realizada pelo Ministério Público. “Precisamos resistir e fazer valer as leis e a Constituição do país”, assinalou.
A matéria do O Estado de São Paulo, na parte relativa à reação de Janot e dos procuradores, está assinada também por Isadora Peron, Mariana Sallowicz e Daniel Weterman.
Vamos aguardar os reflexos do embate a partir das próximas decisões do Supremo Tribunal Federal. Porque, quanto à reação de Rodrigo Janot, ela já foi exposta nas linhas da reportagem de O Estado de São Paulo.

21 de junho de 2017
Pedro do Coutto

SUPREMO PODE PERMITIR REVISÃO DE DELAÇÕES PREMIADAS E ENFRAQUECER A LAVA JATO

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Charge do Tacho (Jornal NH)
O Supremo Tribunal Federal vai discutir nesta quarta (dia 21) se a homologação da delação da JBS deveria ficar a cargo do ministro Edson Fachin e quais os limites para a atuação do relator. A discussão envolvendo a JBS partiu de um pedido do governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), que questiona se cabia a Fachin homologar a delação. O ministro encaminhou o pedido ao plenário e abriu uma questão de ordem para “saber os limites de atuação do magistrado no acordo de colaboração”.
O próprio Fachin já procurou os colegas Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski para ouvir o que eles têm a dizer sobre a homologação da JBS. Na última quarta-feira (dia 14), o decano da corte, Celso de Mello, chegou mais cedo à sessão do Supremo e conversou com os magistrados sobre esse assunto.
LAVA JATO – Azambuja também questiona se a delação da JBS está ligada à Lava Jato. Os delatores disseram ter pago R$ 150 milhões em propina entre 2007 e 2016 em troca de benefícios fiscais no Estado, ou seja, os fatos não teriam relação com Petrobras, segundo a defesa do governador.
A relatoria do caso JBS caiu nas mãos de Fachin porque ele já era o ministro responsável por outros dois casos citados pelos irmãos Batista: a “quadrilha” que o PMDB teria organizado no Congresso para cobrar propina de empresários e os desvios no FI-FGTS dos quais a empresa participou.
Todas as vezes em que um delator tratou de fatos não relacionados à Petrobras depois de fechar com a Lava Jato, o ministro assinou o acordo e, posteriormente, desmembrou o caso. As citações relacionadas a Azambuja já foram remetidas ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), foro de governador.
IMUNIDADE – O pedido do governador tucano deverá abrir espaço para que algum ministro levante a discussão sobre a imunidade criminal concedida aos irmãos Batista. A lei 12.850, que baliza a colaboração premiada, permite que o Ministério Público garanta esse benefício para delator que não seja o líder da organização criminosa ou se ele for o primeiro a ajudar nas investigações.
Ministros ouvidos reservadamente pela reportagem afirmam que apenas após o fim do processo será possível concluir se os irmãos são os líderes de uma quadrilha – de empresários, por exemplo.
PRECEDENTE – Os ministros devem usar uma decisão do próprio tribunal de 2015 para defender a relatoria de Fachin. Naquele ano, os magistrados decidiram sobre alguns pontos importantes que serão julgados nesta semana: que a atuação do relator se limita a aferir a regularidade, a voluntariedade e a legalidade do acordo, e que não cabe a ele emitir qualquer juízo de valor sobre as declarações do colaborador.
A decisão, relatada por Dias Toffoli, foi unânime. Dos 11 ministros que vão participar do julgamento da JBS, apenas Alexandre de Moraes não fazia parte do tribunal na ocasião – ele substituiu Teori Zavascki, morto em acidente aéreo em janeiro deste ano.
Os magistrados também devem sinalizar que não têm como vetar a priori uma imunidade para um delator se ele não for considerado o líder de organização criminosa e se ele for o primeiro a delatar.
CASO YOUSSEF – Em 2015, o executivo da Queiroz Galvão Erton Medeiros questionou o Supremo se Teori poderia ter homologado a delação do doleiro Alberto Youssef.
Toffoli afirmou que, ao homologar o acordo de colaboração, o magistrado não emite nenhum juízo de valor a respeito das declarações eventualmente já prestadas pelo colaborador à autoridade policial ou ao Ministério Público, “tampouco confere o signo da idoneidade a seus depoimentos posteriores”. E o Supremo decidiu que cabe ao relator verificar os aspectos técnicos do acordo de delação – por exemplo, se o delator não foi forçado a fazer as tratativas.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Na mesma folha, a coluna Painel, de Daniela Lima, adianta que Fachin será mantido relator da delação da JBS, mas pode ser aberto caminho para modificar acordos de delação. Uma mudança de tal importância minaria a segurança jurídica em torno de instrumento vital para a Lava Jato. (C.N.)

21 de junho de 2017
Letícia Casado
Folha

TEMER PEDIU "COMISSÃO" DE R$ 20 MILHÕES PARA CAMPANHA DE 2014, DIZ FUNARO

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Charge do Amorim (amorimcartoons.com.br)
O corretor Lúcio Bolonha Funaro disse, em depoimento à Polícia Federal, que o presidente Michel Temer fez uma “orientação/pedido” para que uma “comissão” de R$ 20 milhões proveniente de duas operações do Fundo de Investimento do FGTS, fosse encaminhada para a sua campanha presidencial de 2014 e, também, para a de Gabriel Chalita à Prefeitura de São Paulo, em 2012. As operações no FGTS eram relacionadas às empresas LLX e BRVias e são investigadas na Op" de r$ 20 milheração Sépsis, na qual Funaro foi preso, em julho de 2016.
O depoimento de Funaro, prestado no dia 14 deste mês, foi anexado ao relatório parcial do inquérito que investiga Temer por suposta prática de corrupção passiva, obstrução de Justiça e organização criminosa, enviado na segunda-feira, 19, pela PF ao Supremo Tribunal Federal.
CUNHA REVELOU – O corretor afirmou que ouviu do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) que havia “conhecimento do presidente Michel Temer a respeito da propina sobre o contrato das plataformas entre a Petrobrás Internacional e o Grupo Odebrecht”. Em seu relato, o corretor citou ainda repasses para dois aliados de Temer, o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e o ex-ministro Geddel Vieira Lima.
De acordo com Funaro, Geddel teria recebido cerca de R$ 20 milhões por “operações” na Caixa – o peemedebista foi vice-presidente de Pessoa Jurídica. Já Moreira Franco teria recebido comissões pela sua atuação à frente da vice-presidência de Fundos de Governo e Loterias, em 2009. “O declarante pagou comissão desta operação a Eduardo Cunha e a Moreira Franco, os pagamentos foram feitos em espécie, não se recordando dos valores neste momento”, disse o corretor à PF.
PF ACUSA TEMER – O relatório parcial da Polícia Federal, com 600 páginas, tornado público nesta terça-feira, dia 20, afirma que, pelos elementos reunidos na investigação, “são incólumes as evidências” da prática de corrupção passiva por parte de Temer e de seu ex-assessor especial Rodrigo Rocha Loures. O documento indica recebimento “com vigor” de “vantagem indevida”.
A PF solicitou mais prazo para a conclusão do inquérito, que deverá servir de base para a possível denúncia a ser oferecida nos próximos dias pela Procuradoria-Geral da República.
No documento encaminhado ao Supremo, a PF argumenta que o próprio Temer confirmou em discurso público ter indicado seu ex-assessor como interlocutor para o empresário Joesley Batista, do Grupo J&F, dono da JBS. Loures foi flagrado, em ação controlada da PF, levando uma mala de R$ 500 mil entregue por um executivo da JBS.
TEMER SE INCRIMINOU – No discurso, Temer disse: “Não há crime, meus amigos, em ouvir reclamações e me livrar do interlocutor, indicando outra pessoa para ouvir as suas lamúrias”. Para a PF, a indicação foi confirmada no discurso.
“A premissa básica para o entendimento deste particular reside, justamente, no trecho do diálogo (…) em que, ao ser questionado por Batista sobre o canal de comunicação a ser adotado a partir de então – em substituição a Geddel – o Exmo. Sr. Presidente da República indicou, nitidamente, “Rodrigo”, ou seja, Rodrigo Rocha Loures”, diz o relatório sobre o áudio gravado por Joesley.
Para confirmar que Geddel era o antigo interlocutor de Temer, a PF ainda usou os depoimentos de Funaro e do diretor Jurídico do Grupo J&F, Francisco de Assis e Silva.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Conforme assinalamos aqui na Tribuna da Internet, o depoimento do doleiro Lúcio Funaro é a bala de prata que faltava para destruir Temer definitivamente. Detalhe interessante: de uns dias para cá, a grande mídia deixou de classificar Funaro como “doleiro” e passou a identificá-lo como “corretor financeiro”. Então, fica combinado assim. Mas aqui na TI continuaremos chamando de “doleiro”, até porque este caso envolve frigoríficos e o ditado ensina que é preciso dar nomes aos bois(C.N.)

21 de junho de 2017
Fábio Serapião e Luiz Vassallo
Estadão

INVESTIGAÇÃO DA PF JÁ CONCLUIU QUE TEMER RECEBEU PROPINA ATRAVÉS DE LOURES

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Charge do Mário (Charge Online)
O relatório parcial enviado pela Polícia Federal ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira, dia 19, afirma que, pelos elementos reunidos no inquérito que tem como alvo o presidente Michel Temer, é possível concluir que houve ‘pagamento de vantagem indevida’ de maneira ‘remota’ ao peemedebista e ‘imediatamente’ a Rodrigo Rocha Loures (ex-deputado-PMDB-PR) pelos empresários do Grupo J&F.
“Os elementos reunidos nos autos do Inquérito n° 4483 permitiram que fossem elaboradas conclusões acerca do fato ‘pagamento de vantagem indevida pelo Grupo J & F Investimentos S/A a Rodrigo Rocha Loures imediatamente e a Michel Miguel Elias Temer Lulia, Presidente da República, remotamente, em razão de interferência ou de suposta interferência no andamento de processo administrativo em trâmite na Conselho Administrativa de Defesa e Econômica (CADE)’”, diz o documento.
SEM COMENTÁRIOS – Hoje pela manhã, em Moscou, o presidente não quis comentar a informação de que a Polícia Federal teria encontrado indícios de corrupção envolvendo seu nome. “Isso não é uma questão política, é uma questão jurídica. E eu não faço juízo jurídico”, disse ele, sinteticamente.
No relatório, a PF se reportou ao fato de que Temer não respondeu nenhuma das 82 perguntas a ele endereçadas sobre o caso JBS.
“Diante do silêncio do mandatário maior da nação e de seu ex-assessor especial, resultam incólumes as evidências que emanam do conjunto informativo formado nestes autos, a indicar, com vigor, a prática de corrupção passiva.”
FALTA A PERÍCIA – No relatório, a PF diz ainda que é “recomendável” esperar a conclusão da perícia na conversa gravada entre Temer e o empresário Joesley Batista para emitir conclusões sobre se houve tentativa de embaraço a investigação criminosa.
O documento, assinado pelo delegado Thiago Machado Delabary, afirma ainda que a PF pediu mais cinco dias de prazo para dar prosseguimento a investigações relacionadas a outros dois fatos: se houve pagamentos periódicos ao deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Lúcio Bolonha Funaro, como forma de mantê-los em silêncio, ou seja, evitando eventual celebração de acordo de colaboração premiada deles, e para a confissão que Joesley fez a Temer de que estava corrompendo magistrados e membros do Ministério Público.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Em tradução simultânea, fica claro que a Investigação da PF já concluiu que Temer recebeu propina através de seu ex-assessor Rocha Loures. Mas precisa de prazo para chegar a outras conclusões. Apenas isso. (C.N.)

21 de junho de 2017
Deu em O Tempo(Agência Estado)

MESMO COM PARECER CONTRÁRIO DA PGR, FACHIN RETIRA DE SÉRGIO MORO TRÊS PROCESSOS CONTRA LULA



Mais polêmica à vista.FOTO: MARCELO CAMARGO / AGENCIA BRASIL

O Ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, retirou de Sergio Moro, que julga o caso na primeira instância, três processos envolvendo o ex-presidente Lula. A Procuradoria-Geral da República, nos três casos, foi contra a mudança.

Um caso, envolvendo Angola e Odebrecht, o ministro acatou argumento da defesa e transferiu o processo para o Distrito Federal. E também foi remetido ao DF um outro caso, envolvendo Lula e Dilma na construção das usinas de Jirau e Santo Antonio. O terceiro foi encaminhado a São Paulo, e trata de suposta mesada da Odebrecht a “Frei Chico”, irmão de Lula.

Polêmica à vista, portanto.


21 de junho de 2017
implicante

TOTAL GASTO NA OLIMPÍADA: R$ 41 BILHÕES - METADE DISSO JÁ COBRIRIA O DÉFICIT DO RJ EM 2017

Um absurdo.O PARQUE AQUÁTICO ESTÁ ASSIM.

Refeitas as contas, chegou-se ao valor absurdo de R$ 41,03 bilhões, composto de R$ 7,23 bilhões em obras das instalações olímpicas, R$ 9,2 bilhões foram para o “Comitê Rio 2016” e R$ 24,6 bilhões foram gastos nas obras “de legado”.

Para se ter ideia do que isso significa, basta lembrar que o orçamento do RJ para 2017 tem um déficit de R$ 19 bilhões, ou seja, METADE do que foi gasto nos Jogos Olímpicos da capital.

O total gasto na Olimpíada, portanto, cobriria todo o buraco do orçamento fluminense deste ano e ainda sobrariam mais de R$ 20 bilhões.

E o legado? Pois é.

21 de junho de 2017
implicante

LAVA JATO: FUNCIONÁRIO DA CAIXA CONTRARIA VERSÃO DE LULA SOBRE PROPRIEDADE DO TRIPLEX

A informação é da Veja.LULA, EM DEPOIMENTO A SERGIO MORO.


O fundamento jurídico central das razões finais apresentadas por Lula no processo que trata do triplex no Guarujá consiste na alegação de que o imóvel seria propriedade da Caixa Econômica Federal.

Porém, segundo informa a Veja, um alto funcionário do banco estatal nega essa hipótese. Ele diz que houve compra de debêntures da OAS pela Caixa, porém a dívida já foi praticamente toda amortizada e o Edifício Solaris era apenas uma das garantias – como a dívida não foi executada, nunca foi propriedade do banco.

Agora, resta aguardar a decisão judicial.


21 de junho de 2017
implicante

PLANALTO VÊ JANOT COMO O MAIOR ADVERSÁRIO DE TEMER

GOVERNO CONSIDERA O PROCURADOR-GERAL SEU PRINCIPAL ADVERSÁRIO
DEPUTADOS TERÃO DE OPTAR ENTRE APOIAR DENÚNCIA DO PGR, QUE ESTÁ DE SAÍDA, OU TEMER, QUE AINDA TEM 18 MESES PELA FRENTE


O Planalto trabalha com a certeza de que o principal adversário do presidente Michel Temer não está no Congresso e sim na Procuradoria-Geral da República, e atende pelo nome de Rodrigo Janot. 
Nas articulações contra a aceitação da denúncia da PGR contra Temer, governistas alegam que a Câmara terá de optar entre dar força ao PGR em fim de mandato ou ao presidente com 18 meses à frente.

O governo conta com a solidariedade de grande parte de parlamentares que são alvos de casos chefiados pelo procurador-geral.

A determinação de Janot impressiona e assusta assessores de Michel Temer. Todos apostam que ele até poderia ser candidato a presidente.

Rodrigo Janot já descartou qualquer candidatura, inclusive para governador de Minas, como chegou a ser especulado no ano passado.


21 de junho de 2017
diário do poder

EXCLUSIVO: ENTENDA POR QUE LULA NÃO SERÁ PRESO! SEGUNDO OPINIÃO DE ESPECIALISTAS

O OPORTUNISMO DE LULA. ENTENDA O PORQUÊ

ELIANE CANTANHEDE COMENTA A ENTREVISTA DE JOESLEY A REVISTA ÉPOCA