"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 6 de dezembro de 2015

O FUTURO DO BRASIL

O Brasil é um país abençoado. Chega a ser difícil imaginar uma riqueza que não tenhamos em abundância. E elas nos foram dadas sobre um solo praticamente livre dos desastres naturais que infernizam a vida de outros países.

Mas nossa riqueza não é apenas material - é também humana. Temos um dos bons povos do planeta, reconhecidamente criativo, esforçado, afável e solidário.

Foi graças à combinação de todos estes fatores que nossos ancestrais conseguiram contornar ameaças as mais sérias, no mais das vezes fruto da cobiça de povos estrangeiros, entregando às gerações contemporâneas um país digno de orgulho, com uma capacidade inimaginável de crescimento.

Foi quando, em nossa era, iniciamos um processo de degradação lento, quase que imperceptível, mas progressivo e constante, do potencial de crescimento da tão bela Pátria que recebemos.

Nossos contemporâneos iniciaram este processo quando, ao longo de diversos governos, optaram pelo transporte rodoviário em um país de dimensões continentais - a propósito, desconheço no mundo país com extensão similar à nossa que tenha optado por rodovias em detrimento de ferrovias ou portos. Para piorar, esta matriz é fornecida por empresas estrangeiras.

Mas a bondade das gerações atuais para com o capitalismo estrangeiro não parou aí. Seguiu firme, promovendo uma segunda "abertura dos portos" - esta última, entretanto, de resultados calamitosos para um país que pretende se desenvolver.

Em verdade, o processo de desnacionalização da economia que se promoveu no nosso país, até onde pesquisei, não encontra paralelo no planeta!

Citarei um pequeno exemplo: há coisa de um ou dois anos planejou-se vender uma das maiores empresas privadas da França a um grupo norte-americano - um negócio absolutamente lícito. Mas eis que os Poderes constituídos daquele país, de forma aberta e frontal, anunciaram ser aquela empresa uma jóia do país, que não poderia ser vendida, e que tudo fariam para impedir o avanço das negociações. O resultado: a empresa continua francesa, e agora revitalizada.

Em nosso país o processo histórico contemporâneo foi diferente: nas últimas décadas incríveis 60% das empresas brasileiras negociadas foram parar nas mãos de estrangeiros.

Da indústria alimentícia à mineração, da comunicação à siderurgia, dos transportes à energia, o que o Brasil possuía de melhor foi vendido a grupos estrangeiros. Um país não pode se desenvolver verdadeiramente sob tais condições.

Em verdade, vejo sustentando nossa aparente pujança o remeter para fora, a preços aviltantes, riquezas as mais preciosas que temos, a maioria delas de natureza não-renovável. A conta desta cegueira já começará a ser paga pela próxima geração - no ritmo atual de extrativismo, que só aumenta a cada dia, daqui a 82 anos não teremos mais minério de ferro para exportar. Nosso níquel só durará mais 116 anos, o chumbo 96, o nióbio apenas mais 35 anos, o estanho 80, os diamantes 123 e o ouro míseros 43. Sim, o Brasil da Serra Pelada será importador de ouro daqui a mínimos 43 anos!

Dizem alguns que o Brasil cresceu nas últimas décadas. Fico a me perguntar, e vai aí uma grande pergunta, quem tem crescido verdadeiramente - se o Brasil, exportador cada vez maior de riquezas em sua maioria não-renováveis, ou se empresas aqui instaladas, com alguns poucos e evidentes reflexos positivos no nosso dia-a-dia e nas contas nacionais. Confesso não ter encontrado, ainda, resposta a esta pergunta...


06 de dezembro de 2015
Pedro Valls Feu Rosa é desembargador do Tribunal de Justiça do Espírito Santo

MOCINHA vs VILÃO - A TÁTICA FURADA DO GOVERNO PARA TENTAR FUGIR DO IMPEACHMENT

Nosso governo é ruim de gestão, mas bom de mídia. A realidade dura, triste e miserável é sempre retratada de maneira cinematograficamente magistral pelos publicitários e marqueteiros. E, até certo ponto, a coisa funcionou.

Até a realidade da crise atropelar todas as lorotas de campanha.
Ocorre que mesmo com um pedido de impeachment já aceito pela presidência da Câmara, o governo ainda insiste numa narrativa furada. A ideia é contrapor Dilma e Cunha, como se fosse um embate entre ambos, mas isso já passou.
Com o pedido aceito, não há mais tal dicotomia. Nem mesmo há um adversário objetivo: cabe ao governo tão-somente defender-se perante todos os deputados.
Dilma Rousseff - Eduardo Cunha
Insistir na estratégia “mocinha vs. vilão” é uma furada a essa altura do campeonato. 
Primeiro, porque a opinião pública não se deixa levar por essa bobagem; segundo, porque essa mesma opinião pública está agora pressionando o Congresso por meio de manifestações nas ruas e nas redes sociais.
A velha narrativa está ultrapassada e o governo ainda não se deu conta disso.
06 de dezembro de 2015
implicante

UMA COISA É UMA COISA, OUTRA COISA É OUTRA COISA...

Na coluna de Dora Kramer, duas conclusões elementares sobre as quais este blog vem batendo há dias. A Oposição ainda não encontrou a frase certa e única que deve ser repetida. 
Está conversando com repórter e não com o povo.É preciso achar um resumo que sintetize o desmentido contra o PT e contra Dilma. 
O impeachment de Dilma não é porque ela roubou como Eduardo Cunha. O problema de Eduardo Cunha é com o Código Penal. O problema de Dilma é com a Constituição Federal.

Coisa e outra. Uma coisa é a situação escabrosa do presidente da Câmara. Outra coisa é o pedido de impeachment que não foi inventado, apresentado nem depende dele para ter um destino favorável ou adverso ao governo.

Eduardo Cunha agora deixa de ser protagonista. Papel a ser assumido pelo conjunto dos parlamentares. Para desconforto do Palácio do Planalto, a quem interessa a ideia de que o impeachment é ideia do presidente da Câmara que, na realidade, é produto dos passos em falso do Poder Executivo, na figura de Dilma Rousseff. 

Elementar. Se, como asseguram a presidente e seus ministros, o governo não estivesse negociando com o deputado Eduardo Cunha os votos do PT no Conselho de Ética em troca da recusa do pedido de impeachment, a decisão da bancada petista de votar contra não teria tido o caráter de contrariedade à vontade do Planalto.

O presidente do partido, Rui Falcão, não teria tido necessidade de “chamar” os deputados à razão nem petistas teriam dito, no dia anterior, que a posição em prol de Cunha no conselho significava uma decisão “em favor do Brasil”.

06 de dezembro de 2015
in coroneLeaks

PEROBA COMUNISTA ENLOUQUECIDA BATE O PEZINHO

AGORA QUE DILMA VENCEU, PODE APAGAR A LUZ

Segundo o Painel da Folha, A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) descredenciou, este ano, sem explicação, cerca de 1,5 milhão de famílias do programa da Tarifa Social de energia. 
Segundo relatório da agência enviado à Câmara, na validação de cadastro deste ano, 3,2 milhões de famílias foram descredenciadas porque tinham algum tipo de erro cadastral ou porque já não se enquadravam mais nos critérios de renda. 
Procurada, a Aneel diz que passou a analisar o cadastro com mais rigor a partir de 2014. “Se uma família deixou de receber o benefício, e retornar aos critérios estabelecidos, pode solicitar nova concessão.” 
Imaginem o impacto que mais esta fraude teve nas eleições de 2014. Erro cadastral = coloca todo mundo e pede voto na Dilma. 
Se não for no Congresso, o impeachment será no TSE. É muita fraude, falcatrua e roubalheira.

06 de dezembro de 2015
in coroneLeaks

BANGUE-BANGUE NAS ELEIÇÕES DA VENEZUELA

http://veja.abril.com.br/multimidia/video/o-bangue-bangue-venezuelano

06 de dezembro de 2015
Mundo Livre, Veja


QUASE TUDO EM RUÍNAS

Agora que tudo está em ruínas, exceto algumas instituições que resistem, não me preocupo em parecer pessimista. Quando anexei às listas das crises o grave momento ambiental, algumas pessoas ironizaram: el Niño? Naquele momento falava apenas da seca, da tensão hídrica, das queimadas e enchentes. Depois disso veio o desastre de Mariana, revelando o descaso do governo e das empresas que, não se contentando em levar a montanha, transformam o Doce num rio de lama.

No fim de semana compreendi ainda outra dimensão da crise. O Brasil, segundo especialistas, vive uma situação única no mundo: três epidemias produzidas pelo Aedes Aegypti (dengue, chikungunya e o zika vírus). O zika está sendo apontado como o responsável pelo crescimento dos casos de microcefalia. Sabe-se relativamente pouco sobre ele. E é preciso aprender com urgência. O Dr. Artur Timerman, presidente da Sociedade Brasileira de Dengue e Arboviroses, considera a situação tão complexa como nos primeiros momentos da epidemia de aids.

Agora que está tudo em ruínas, restam os passos das instituições que funcionam, o prende aqui, prende lá, delata ou não delata, atmosfera de cena final, polícia nos calcanhares. Lembra-me a triste cena final do filme Cinzas e Diamantes, de Andrzej Wajda. A Polônia trocava um invasor, os nazistas, por outro, os comunistas: momento singular. No entanto, há algo de uma tristeza universal na Polonaise desafinada e no passeio do jovem casal por uma cripta semidestruída pelos bombardeios.

Aqui, a cena não é de filme de guerra, ocupação militar, mas de um thriller policial em que a quadrilha descoberta vai sendo presa progressivamente. Enquanto isso, não há governo para responder ao desemprego, empobrecimento, epidemias, mar de lama e ao sofrimento cotidiano dos brasileiros.
As cenas finais são eletrizantes e a ausência de um roteirista tornou o filme político ainda mais atraente. Mas perto da hora de acender a luz os cinemas se preparam, abrem as cortinas e já se pode ver, de dentro, como é sombria a noite lá fora.

Quase todos concordam com a gravidade da crise, nunca antes neste país o governo errou tanto, corrompeu tão disciplinadamente a vida política, corroeu tanto os alicerces da jovem democracia, engrandecida com a luta pelas diretas. Naquele momento, a bandeira das diretas tinha conotação positiva, era a esperança que nos movia. Muitos acham que só ela nos move. Mas diante das circunstâncias ameaçadoras é o instinto de sobrevivência que nos pode mover: o Brasil está se desintegrando.

Hoje a esperança só pode ser construída na luta pela sobrevivência. Chegou a hora de conversarmos por baixo, uma vez que do sistema político não vem resposta. Naturalmente, saindo do pequeno universo, abrindo-se para as diferentes posições no campo dos que querem a mudança. Nada que ver com conversa de ex-presidentes ou com essa história de que oposição e governo têm de se entender.

O governo tem de entender que chegou sua hora, pois é o grande bloqueio no caminho da esperança. Não é possível que, no auge de uma crise econômica, epidemias e desastre ambiental, o país aceite ser governado por uma quadrilha de políticos e empresários.

Às vezes me lembro do tempo do exílio, quando sonhava com um passaporte brasileiro. Agora é como se tivesse perdido o passaporte simbólico e de certa maneira voltasse à margem.

Vivemos momento em que quase tudo está em ruínas, como se fôssemos uma multidão de pessoas sem papel. O foco nas cenas de desmonte policial é importante. O voto direto dos senadores não seria aprovado, no caso Delcídio, não fora a vigilância da sociedade.

No entanto, a gravidade da situação pede muito mais. Há um momento em que você se sente órfão dos políticos do país. Mas logo em seguida percebe que é preciso caminhar sem eles. Hora de conversar na planície.

Não descarto a importância de um núcleo parlamentar que nos ajude a mandar para as Bermudas o triângulo Dilma, Renan, Cunha. Mas as grandes questões continuam: como recuperar a economia, como voltar a crescer de forma sustentável, como reposicionar o Brasil no mundo, distanciando-nos dos atrasados bolivarianos?

Uma das muitas maneiras de ver os limites do crescimento irracional é o próprio desastre em Mariana, a agressão ao Rio Doce. A essência desse crescimento é o depois de nós, o dilúvio. Às vezes o dilúvio se antecipa, como no distrito de Bento Rodrigues, e fica mais fácil compreender a gigantesca armadilha que legamos às novas gerações. É preciso uma conversa geral e irrestrita entre todos os que querem mudar, tirando da frente os obstáculos encalhados em Brasília.

Não se trata de estender o dedo como naquele cartaz do Tio Sam, dizendo: o país precisa de você. Na verdade, o caminho é mostrar que você precisa do país; se ele continuar se enterrando, alguns sonhos e perspectivas individuais se enterram também.

Compreendo as pessoas que temem a derrubada do governo e seus aliados porque não sabem precisamente o que virá adiante. Não sei se isto as conforta, mas o descobrimento do Novo Mundo foi feito com mapas equivocados e imprecisos. A fantasia dos navegantes estava povoada de monstros e prodígios, no entanto, acabaram sendo recompensados por se terem movido.

O desafio de agora é menor do que lançar-se nos mares desconhecidos. Os mapas nascem de um amplo diálogo e, mesmo se não forem cientificamente precisos, podem nos recompensar pela movida.

Desde o princípio, o impeachment era uma solução lógica, mas incômoda. Muita gente preferiu ficar com um governo porque ele foi eleito. Não importa se a campanha usou dinheiro do petrolão, Pasadena, não importam as mentiras, a incapacidade de Dilma. Ela foi eleita. Tem um diploma. E vamos dançar nas ruínas contemplando o luminoso diploma, cultuando sua composição gráfica, a fita colorida.

Muitos povos já se perderam no êxtase religioso como resposta a uma crise profunda. Mas os deuses eram mais fortes, o sol, a fecundidade, a morte.

Estamos acorrentados a um diploma.



06 de dezembro de 2015
Fernando Gabeira

ORQUESTRA FHILARMÔNICA SÃO PAULO: HINO NACIONAL BRASILEIRO

PF INTERCEPTA COMENTÁRIOS AMEAÇADORES SOBRE MINISTRA DO STF CARMEN LÚCIA


Relatora da Operação Zelotes na Corte, ela disse recentemente que "criminosos não passarão sobre os juízes do Brasil".  ( foto) ministra Carmem Lúcia.

Agentes da Polícia Federal interceptaram conversas telefônicas em que o assunto principal era a ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia. Os policiais interpretaram que as menções tinham certo ar de ameaça. 

Cármen Lúcia, que será a próxima presidente do STF, é relatora do processo da Operação Zelotes. 

A segurança na casa dela é reforçada 24 horas. “Criminosos não passarão sobre os juízes do Brasil”, disse recentemente.

06 de dezembro de 2015
movcc

PMDB JÁ DECIDIU DERRUBAR DILMA ROUSSEFF




A melhor reportagem deste domingo sobre o impeachment foi publicada em O Globo.
Assim como O Antagonista, O Globo sabe que o PMDB já decidiu derrubar Dilma Rousseff.
Disse o jornal:
"A saída de Eliseu Padilha do governo foi vista pela ala pró-impeachment do PMDB como a senha para que se iniciem abertamente os trabalhos para garantir Michel Temer no comando do país. Nas horas que se sucederam à notícia do pedido de demissão, a frase mais proferida pelos peemedebistas resume o espírito da saída: 'Padilha é o Temer'”.
A partir de amanhã, Eliseu Padilha, "expert em planilha e controle de votos desde a Constituinte", passará a trabalhar no gabinete da presidência do PMDB a fim de arrebanhar os votos necessários para o impeachment.
Junto com ele, trabalharão Romero Jucá, Moreira Franco e Geddel Vieira Lima.
Dilma Rousseff?
Dilma Rousseff pode contar com o apoio de Leonardo Picciani, o Sibá Machado do PMDB.

06 de dezembro de 2015
o antagonista

ELEIÇÃO NA VENEZUELA

FORÇAS ARMADAS AVISAM QUE NÃO ACEITARÃO EVENTUAL FRAUDE. PESQUISAS APONTAM VITÓRIA DA OPOSIÇÃO.




Se não houver fraude a oposição deve vencer a eleição legislativa para renovação da Assembléia Nacional neste domingo. Reportagem do jornalista Antonio Maria Delgado, do jornal El Nuevo Herald, de Miami (EUA), destaca que as pesquisas mostram que a oposição mantém 35 ponto de vantagem sobre os comuno-chavistas do tiranente Nicolás Maduro.
Louvo-me nas informações de site do jornal El Nuevo Herald, jornal do tradicional Grupo Herald, já que a maioria dos jornalistas brasileiros enviados à Venezuela para cobrir a eleição são penas alugadas do Foro de São Paulo, esbirros do PT e perderam totalmente o crédito.
O ponto mais importante da reportagem de Delgado, refere-se ao fato de que as Forças Armadas avisaram a Nicolás Maduro que não endossariam uma possível fraude. Ao mesmo tempo a reportagem do Herald, com base em pesquisas, afirma que a repulsa ao regime comuno-bolivariano entre os militares é similar ao resto do país.
Embora a eleição na Venezuela circunscreva-se à renovação da Assembléia Nacional (lá o sistema é unicameral, já que uma das primeiras providências do finado caudilho Hugo Chávez, para implantar o regime comunista, foi fechar o Senado e realizar uma assembléia constituinte, como o PT queria fazer no Brasil antes de cair em desgraça), pode sinalizar o começo do fim do espúrio e assassino regime de viés cubano. 
Desde de Hugo Chávez a fraude tem sido uma constante na Venezuela. É que os ditos regimes bolivarianos, eufemismo que designa o “comunismo do século XXI”, utiliza as instituições democráticas para destruir a democracia criando no seu lugar o “centralismo democrático”, ou seja, a ditadura do partido, como havia a ex-URSS e como continua havendo em Cuba, na Coréia do Norte e demais nações que caíram nas mãos dos comunistas.
O que anotei nestas linhas não se encontra em nenhuma matéria da grande mídia brasileira, toda ela sob o controle do movimento comunista internacional operado na América Latina por meio do Foro de São Paulo, a organização comunista fundada por Lula e Fidel Castro em 1990. 
Com a internet, a redes sociais, os blogs independentes e o acesso à mídia internacional já é possível furar o bloqueio desses criminosos travestidos de jornalistas que operam na maioria dos veículos de mídia brasileiros mas que não passam de agentes do Foro de São Paulo e do PT.

06 de dezembro de 2015
in aluizio amorim

VIA STF, GOVERNO TENTA LEVAR PROCESSO PARA O SENADO

PLANALTO TENTA AÇÃO NO STF PARA LEVAR IMPEACHMENT PARA O SENADO

DILMA PREFERE QUE O PROCESSO VÁ DIRETO PARA O SENADO. FOTO: JOSÉ CRUZ/ABR

Brasília - Diante dos sinais de resistência do Supremo Tribunal Federal de barrar o processo de impeachment, o governo investirá numa ação que tem por objetivo deixar nas mãos do Senado uma eventual decisão sobre o afastamento provisório da presidente Dilma Rousseff de suas funções.

A esperança do Planalto está sob a relatoria do ministro do STF Edson Fachin em uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, ação apresentada pelo PC do B com apoio do Planalto, um dos escalados para fazer a ofensiva contra o impeachment no Judiciário.

A peça tem como finalidade deixar claro que cabe ao Senado instaurar o processo contra o presidente da República.

Conforme o argumento da peça, mesmo que a Câmara aprove em plenário a abertura do impeachment contra a presidente, a decisão de afastá-la de suas funções por 180 dias terá de ser submetida à votação dos senadores. No Senado, por ora, Dilma tem uma base aliada mais confiável do que na Câmara.

O Planalto aposta na ação do PC do B porque fracassaram na semana passada os dois mandados de segurança apresentados por deputados governistas para anular a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Na quarta-feira, ele admitiu um dos pedidos de impeachment da presidente.

Ao menos cinco ministros do STF já sinalizaram que a Corte pretende, por enquanto, evitar interferências no processo na Câmara. O partido alega que o STF precisa deixar claros a forma e o modo como o Congresso deve cumprir todas as fases da acusação de crime de responsabilidade da presidente. Isso porque a lei do impeachment, de 1950, não foi atualizada conforme a Constituição de 1988.

Pela lei, a Câmara faz a acusação de crime de responsabilidade, o que, na prática, determina o afastamento imediato do presidente. Já a Constituição estabelece que a suspensão, nesse caso, só pode ocorrer após instauração do processo no Senado. Com isso, o PC do B ressalta que o Senado pode não aceitar a decisão do plenário da Câmara.

"A Constituição Federal expressamente atribui à Câmara dos Deputados a função de autorizar e, ao Senado, a de instaurar o processo de impeachment", diz a peça jurídica do PC do B.

Advogados ligados ao governo contam com a concessão de uma liminar para suspender o processo de impeachment até a análise do caso pelo plenário do STF. Mesmo sem análise do colegiado, eles esperam que Fachin estabeleça as regras do processo de impeachment.

O ministro deu um prazo até sexta-feira para que Câmara, Senado, Procuradoria-Geral da República, Advocacia-Geral da União e Presidência da República se manifestem sobre o caso. Só após isso é que Fachin deve tomar sua decisão.

Rito

A peça do PC do B também tem por base recente decisão do STF sobre impeachment. Em outubro, os ministros Rosa Weber e Teori Zavascki consideraram que o presidente da Câmara "inovou" ao definir um rito de admissão do pedido de impeachment por meio de recurso ao plenário.

Na oportunidade, em vez de esperar a deliberação final do plenário do STF, Cunha optou por revogar seu ato, retomando para si a decisão sobre a admissibilidade do processo.

Se a ação do PC do B for aceita, o Planalto dependerá ainda mais do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a quem caberá a iniciativa de ler a autorização do processo de impeachment aprovada na Câmara, iniciando a tramitação no Senado.(AE)



06 de dezembro de 2015
diário do poder

O QUE FAZER COM A SOBRA??

06 de dezembro de 2015

RETRATO DO GOVERNO


Train 4
«O trem-bala, delírio da doutora, era para ficar pronto para a Copa de 2014 ou, o mais tardar, para a Olimpíada de 2016. Felizmente, até as empreiteiras fugiram da maluquice. Apesar disso, o governo criou uma estatal para gerenciar a grande obra.
Não se fala mais em trem-bala, mas a estatal, chamada de Empresa de Planejamento e Logística, mudou de propósito e está aí, firme e forte. Funciona em dois andares de um edifício em Brasília e acaba de trocar sua diretoria.
Fazer trem é coisa difícil. Para criar uma estatal, bastam caneta e tinta. Fechá-la é impossível.»
06 de dezembro de 2015
Élio Gaspari
http://lorotaspoliticaseverdades.blogspot.com/2015/12/retrato-do-governo.html


FIM DO CHAVISMO

VENEZUELANOS VÃO ÀS URNAS; OPOSIÇÃO É FAVORITA
DERROTA EM ASSEMBLEIA NACIONAL DIFICULTA GOVERNO DE NICOLÁS MADURO


GOVERNO DE MADURO ENFRENTA PROBLEMAS SOCIAIS E ECONÔMICOS (FOTO: FÁBIO POZZEBOM)

Quase 20 milhões de venezuelanos vão às urnas hoje (6) para escolher os 167 membros da Assembleia Nacional. Segundo pesquisa divulgada em novembro pelo instituto Datanalisis, 63,2% dos eleitores têm intenção de votar na oposição, enquanto 28,2% devem escolher os candidatos do governo. É a primeira vez em 16 anos que o governo chavista não tem a maioria dos votos em eleições legislativas.

"Depois de 16 anos de chavismo, a oposição tem a primeira oportunidade de ganhar. Caso isso aconteça, [o presidente Nicolás] Maduro terá dificuldades para governar", diz o professor de ciência política Márcio Malta, da Universidade Federal Fluminense (UFF). "Maduro vem enfrentando uma crise econômica desde que assumiu. E vem governando por decretos aprovados pela Assembleia Nacional. Além disso, não tem a popularidade e o carisma de Hugo Chávez e a economia é a pedra no sapato."

Além da queda do preço do petróleo, a Venezuela enfrenta problemas de desabastecimento de produtos básicos, como alimentos. "Analistas da América Latina apontam mudanças para um novo ciclo. Assim como aconteceu na Argentina, com a saída dos Kirchner [em referência a Néstor Kirchner, ex-presidente, e a Cristina Kirchner, atual presidente, derrotada nas urnas pelo candidato da oposição Mauricio Macri], esse modelo de Estado interventor deve sofrer questionamentos nas urnas na Venezuela. São eleições legislativas, mas podem ter peso na governança do país", afirma Márcio Malta.

O professor da UFF destaca que, apesar de as eleições na Venezuela sempre terem sido questionadas por sua legitimidade, a presença de observadores internacionais dá respaldo e credibilidade aos pleitos.

Apesar das pesquisas desfavoráveis, Maduro tem afirmado que está confiante na conquista da maioria dos assentos no Legislativo. Para Márcio Malta, a oposição no país está unida, mas não completamente alinhada. "Existe o grupo de Leopoldo López, que está preso, e é mais radical, digamos assim. E existe o grupo de Henrique Capriles, que concorreu com Maduro nas últimas eleições e é mais moderado. Vai depender se a oposição vai ganhar por maioria simples, que seria de 84 a 100 votos; maioria qualificada, de 101 a 111 votos; ou maioria absoluta, a partir de 112 votos. Podem acontecer composições e pode ser, inclusive, que Maduro continue firme, já que quer manter a hegemonia."

Leopoldo López, opositor de Maduro, foi preso em 2014, acusado da prática de crimes de incitação pública, danos a propriedade, incêndio criminoso e formação de quadrilha. Ele foi condenado a 14 anos de prisão.

Para a empresa de consultoria venezuelana Ecoanalítica, caso a oposição ganhe com maioria qualificada, pode haver uma discordância sobre quais atitudes tomar. “Os mais radicais buscarão uma saída antecipada do Executivo através da convocação de um referendo, enquanto os moderados tratarão de equilibrar os Poderes colocando opositores em cargos de instituições públicas [Tribunal Superior de Justiça, Conselho Nacional Eleitoral, Ministério Público, etc.]”, destaca a Ecoanalítica, em seu site.

Segundo a empresa, caso a oposição ganhe a maioria simples, pode ser que isso leve a um choque com o governo. Isso porque a oposição não poderá solicitar referendos nem emendas constitucionais que afetem diretamente o Executivo.

A Ecoanalítica destaca que, durante a gestão de Maduro, o país experimentou um desgaste econômico acelerado. Os preços do petróleo diminuíram 22,5% em 2015. A projeção da taxa de inflação para o final do ano é de 208,6%, e o poder aquisitivo caiu 33,8%.

A União Europeia manifestou, no último dia 26, preocupação com o aumento de casos de violência relacionados às eleições venezuelanas, depois do assassinato de um dirigente da oposição durante um comício.

"O assassinato de Luis Manuel Díaz, secretário regional do partido Ação Democrática, mostra a deterioração de uma situação já tensa no período que antecede as eleições legislativas de 6 de dezembro”, disse destaca o bloco em comunicado a respeito da morte do opositor de Maduro, no dia 25 de novembro deste ano.

O Escritório de Direitos Humanos da ONU tem alertado o governo da Venezuela sobre a necessidade de se garantir a adequada proteção de opositores políticos, defensores de direitos humanos e outras pessoas que enfrentam ameaças em relação ao trabalho que desempenham.(ABr)



06 de dezembro de 2015
diário do poder

DILMA TEM PRESSA NO IMPEACHMENT PORQUE SANGRA

DILMA TEM PRESSA NO IMPEACHMENT PORQUE 'SANGRA' VOTOS NA CÂMARA

CANCELAMENTO DO RECESSO PARLAMENTAR SERVIRÁ PARA MANTER O APOIO NO CONGRESSO. FOTO: LULA MARQUES/PT

A estratégia do governo de propor o cancelamento do recesso parlamentar, apressando a tramitação do processo do impeachment, tem a ver com a contabilidade de votos pró-Dilma na Câmara. O tempo joga contra ela: quanto mais a comissão processante demorar para fazer seu trabalho, menos chances a presidente tem de manter-se no cargo. O governo ficará “sangrando” até a definição do impeachment.

A expectativa de poder do vice Michel Temer atrai adesões a cada dia, e isso também explica a pressa governista no caso do impeachment.

Crescem a pressão e o número de políticos governistas e de oposição empolgados com a eventual posse de Michel Temer na presidência.

Mesmo se Eduardo Cunha for cassado, o processo de impeachment de Dilma ainda tramitará normalmente na Câmara dos Deputados.



06 de dezembro de 2015
diário do poder

TUCANOS FECHAM APOIO A MICHEL TEMER

TUCANOS FECHAM APOIO A MICHEL TEMER
PRESIDÊNCIA É O OBJETIVO DE TUCANOS E DE MICHEL TEMER


PRESIDÊNCIA É O OBJETIVO DE TUCANOS E DE MICHEL TEMER


Brasília - O vice-presidente Michel Temer (PMDB) conseguiu nos últimos dias algo raro na política brasileira: a união dos senadores tucanos Aécio Neves (MG) e José Serra (SP) e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, em torno de uma estratégia comum que tem como objetivo a disputa pela Presidência.

Em resposta às articulações do vice, a presidente Dilma Rousseff afirmou ontem (5), no Recife, que espera "integral confiança do Michel Temer". "Tenho certeza de que ele a dará", completou a presidente.

Divididos desde o início da crise que ameaça o mandato da petista, em março deste ano, os três presidenciáveis tucanos decidiram apoiar - e, em alguns casos, encorajar - Temer a trabalhar pelo impeachment de Dilma.

Até meses atrás, apenas Serra era um entusiasta da ideia de ver o peemedebista no Planalto. Aécio jogava para tirar Temer e a presidente de uma só tacada e disputar uma nova eleição. Alckmin queria manter Dilma no cargo até 2018, quando também termina o mandato dele no Palácio dos Bandeirantes.

Por conta das movimentações de seu vice, Dilma, entretanto, não esconde a preocupação com o afastamento cada vez maior dele e pediu aos articuladores políticos do governo que monitorem o PMDB com lupa. Nos bastidores, ministros avaliam que Temer flerta com o PSDB para assegurar sua ascensão ao poder e vai lavar as mãos em relação ao processo de impeachment.

O vice tem conversado há tempos com os tucanos, movimento visto no Planalto como "conspiração". Com o mote da "pacificação nacional", porém, Temer circula na oposição e é assíduo interlocutor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fato que intriga até mesmo petistas.

A possibilidade de debandada do PMDB começou a inquietar o governo na sexta-feira, quando o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB), aliado de Temer, pediu demissão. Desde então, o Planalto redobrou o cuidado na checagem do índice de fidelidade do principal partido da coligação, que ganhou sete ministérios há dois meses.

Adversário de Dilma, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pressiona ministros como Henrique Eduardo Alves (Turismo) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) a entregar os cargos, mas eles resistem.

No Palácio dos Bandeirantes, auxiliares do governador de São Paulo dizem que, dependendo do pêndulo do PMDB e das vozes das ruas, o impeachment pode evoluir rapidamente. Temer vai se encontrar publicamente com Alckmin amanhã (7), na cerimônia de premiação do grupo de líderes empresariais Lide, presidido por João Doria Júnior.

Encontro reservado

Ontem (5), eles participaram juntos de um evento na capital paulista e tiveram uma conversa em local reservado. A aproximação com adversários do governo está se estreitando. Na quarta-feira, por exemplo, horas antes de Cunha aceitar o pedido de impeachment, Temer, que é presidente do PMDB, foi anfitrião de um almoço com sete senadores de oposição, no Palácio do Jaburu.

À mesa foi discutido o afastamento de Dilma. Um senador observou ali que a presidente não poderia contar nem com Lula e muito menos com o presidente do PT, Rui Falcão, que orientou os três deputados do partido no Conselho de Ética a votar contra a anistia a Cunha. A decisão, com o aval de Lula, foi uma aposta para salvar o PT, desgastado com os escândalos.

Na prática, parte do PSDB aceita apoiar um eventual governo de transição comandado por Temer, caso Dilma caia, desde que o vice garanta não disputar a eleição de 2018. Tucanos dizem, porém, que mesmo assim não ocupariam cargos porque isso seria um "salto no escuro".(AE)


06 de dezembro de 2015
diário do poder

O HUMOR DO DUKE...


06 DE DEZEMBRO DE 2015

SOMENTE ASSIM É QUE A COISA ANDA!

Não falte!


06 DE DEZEMBRO DE 2015

EM CLIMA DE DESESPERO, LULA, DILMA E O PT NÃO SABEM O QUE FAZER


Charge de Chico Caruso (reprodução O Globo)

















O Natal e o Ano Novo não parecem promissores para o Planalto, o Instituto Lula e o PT. O clima é de desespero, porque não costumam planejar nada, preferem empurrar os problemas com a barriga, o que explica a despreocupação com a crise econômico-financeira, que a cada dia se agrava, levando o país à ruína. 
E não aparecem um assessor inteligente para lhes advertir? “É a economia, estúpidos!”. O fato é que ninguém sabe o que fazer, estão atônitos, inertes, abúlicos.
No Planalto, desorientação absoluta. Sem saber como se portar, a presidente Dilma Rousseff fica a se comparar com o deputado Eduardo Cunha, jactando-se de não ter contas na Suíça nem ter escondido patrimônio ao fazer declaração de renda. 
Esquece que a fila andou, o assunto não é mais o presidente da Câmara, agora ela é que está no centro dos acontecimentos e precisa provar inocência, não adianta alardear ser honesta, isso é obrigação de toda pessoa de bem.
MINISTROS ATÔNITOS
Os ministros mais próximos, do chamado núcleo duro, estão em pânico. Todos eles possuem uma característica em comum — não disputaram eleição em 2010 e não têm mandato, se Dilma sofrer impeachment, estarão desempregados. 
É o caso de Jaques Wagner, Aloizio Mercadante, Edinho Silva, Ricardo Berzoini, Miguel Rossetto, José Eduardo Cardozo e Aldo Rebelo, que jamais pensaram que o espetáculo chegasse a um final tenebroso. 
Agora, não sabem o que dizer para defender o mandato da presidente, ninguém lhes dá instruções.
Todos podem ficar desempregados. Quem está melhor de vida é Wagner, depois de oito anos de governador na Bahia. Antes de sair, a Assembleia o homenageou com uma pensão vitalícia, ele já havia arranjado um belíssimo emprego no Tribunal de Justiça para a mulher, Fátima Mendonça, o que não lhes falta é dinheiro.
Mercadante também não tem problema. É amigo íntimo de Henrique Meirelles, com quem trabalhou no Banco de Boston. Aliás, foi Mercadante que apresentou Meirelles a Lula em 2002. Assim, se Dilma desmoronar, o ministro pode ser acolhido por Meirelles no grupo Friboi. 
Os outros ministros, porém, certamente terão problemas.
LULA, DO MESMO JEITO
Quanto a Lula, está mais perdido do que cego em tiroteio. Sonha em liderar uma frente de governadores e já conseguiu o apoio de oito deles. Na quinta-feira, foi ao Rio pedir a Pezão que lidere este movimento, mas acontece que o governador do Estado do Rio não tem condições de liderar nem ele mesmo. É uma espécie de passageiro da agonia, que herdou de Sérgio Cabral um caos em movimento.
Além disso, a desorganização do Planalto é tamanha que nem havia recursos preparados para apresentar ao Supremo. 
Os três que foram apresentados foram iniciativas isoladas do PCdoB, de um jovem deputado deste partido, que se elegeu nas abas do governador Flávio Dino, e de três deputados petistas, que anunciaram que iam defender a tese de que Cunha estava impedido de aceitar pedido de impeachment, mas na hora H mudaram a argumentação e alegaram que o pedido não podia prosperar porque tinha sido uma vingança de Cunha, vejam que argumento jurídico mal-ajambrado, como se dizia antigamente.
DESORIENTAÇÃO
Os três recursos são muito fracos, dois já foram detonados, só falta o do PCdoB, questionando a validade da Lei 1.079/50, que regulamentou as normas de processo e julgamento do impeachment. 
Para não dizer que o Planalto não planejou nada, a exceção é justamente este mandado de segurança de 70 páginas que o PT apresentou. Foi adredemente preparado, já estava pronto quando Eduardo Cunha detonou no processo.
A argumentação pode ser longa, mas é ridícula, porque a lei 1.079/50 está em vigor e já foi usada três vezes — no impeachment de Collor, logo depois na malograda tentativa que o então deputado Jaques Wagner (PT-BA) fez para afastar o presidente Itamar Franco, e também quando o deputado José Dirceu (PT-SP) pediu o impeachment do presidente FHC.
Parece que agora o objetivo verdadeiro é tumultuar o processo do impeachment, e isso logo se saberá.
Resumindo: todo este imbroglio demonstra que a desorientação realmente se tornou marca registrada da presidente Dilma e agora pode levá-la à derrocada final.

06 de dezembro de 2015
Carlos Newton

TEMER DECOLA, MAS VOO PARA O PLANALTO ENFRENTA NUVENS DA INCERTEZA



A saída do ministro Elizeu Padilha do governo deixou claro – como destacam Simone Iglesias e Junia Gama na edição de sábado de O Globo – que a candidatura do vice Michel Temer ao Palácio do Planalto decolou de forma mais evidente, uma vez que seu nome é lembrado como um candidato a substituir Dilma Rousseff, dentro de uma visão que parte da necessidade de haver uma união nacional para livrar o país da crise em que se encontra. O argumento, entretanto, na minha opinião não é completo, porque para a unidade alegada teriam que ser incluídos vários outros partidos, entre eles o PT, além de outras legendas. A rota de voo de Michel Temer assim já começa a enfrentar uma escala de incertezas a começar pela dúvida existente no próprio PMDB, seu partido, se os demais seis ministros que possui vão ou não acompanhar a iniciativa de Padilha.
Não parece provável porque o grau de incerteza do lance de dados é alto. Em primeiro lugar deve se levar em conta que o grupo dos seis não encontraria guarida certa num eventual governo de Michel Temer. Em segundo lugar surgiram resistências inesperadas ao processo de impeachment a começar pela manifestação contrária de Marina Silva, revelada em entrevista a Pedro Venceslau, no Estado de São Paulo, publicada também na edição do dia 5. Além de Marina Silva, o PSOL colocou-se contrário e o PSB ainda vai avaliar qual seu rumo diante da questão, porém os obstáculos não são somente estes.
O andamento do processo vai depender do que decidir a Comissão Especial, como determina a Constituição, formada por 65 deputados indicados através do critério da proporcionalidade partidária. A Comissão deve se instalar na terça-feira, dia também em que está marcada sessão do Conselho de Ética para discutir o prosseguimento da ação contra o deputado Eduardo Cunha. Dia tumultuado, portanto, nas próximas horas, e é preciso considerar que um fato se vincula ao outro. Ambos não se vinculam, contudo, ao conteúdo do pedido de impeachment formulado por Hélio Bicudo, Janaina Pascoal e Miguel Reale Junior. São coisas diferentes, mas a convergência que os une é que em ambos está presente a figura do presidente da Câmara.
Se isso influir com intensidade no debate, a Comissão Especial poderá negar a sequência do processo de impedimento da presidente da República com base em crime de responsabilidade. Dessa forma o episódio mais sensível da atual pauta política terá sua página virada. A crise, somente ela, prosseguirá de forma inevitável. E até tende a crescer porque vai colocar em pontos opostos a presidente Dilma Rousseff e o vice presidente Michel Temer.
DILMA E TEMER
Neste sábado, em declarações divulgadas pelo globo.com, Dilma Rousseff afirmou confiar na solidariedade do seu vice. Praticou um lance político, no sentido de reduzir o leque de divergências entre ambos. Divergências acentuadas ao longo dos últimos fatos, como o lançamento do programa de governo do PMDB Uma Ponte Para o Futuro. Mas agora esta questão é secundária.
O plano essencial encontra-se na dúvida hamletiana que envolve a atmosfera reinante no PMDB. Ser ou não ser governo? Deixar ou não de forma total a participação que tem na administração pública? Se não deixar a administração pública de forma maciça, tal atitude representará a não obtenção de votos necessários para afastar a presidente do poder.
Mais uma vez verifica-se a presença da nuvens de dúvida na rota de Michel Temer. Seu voo encontrará fortes obstáculos logo à frente de sua decolagem para o Planalto. Não é tarefa fácil superar as dificuldades no caminho de uma eventual chegada à presidência da República.

06 de dezembro de 2015
Pedro do Coutto

A PRAÇA DA TRAIÇÃO


Ao demitir-se do ministério da Aviação Civil, Eliseu Padilha definiu-se pelo impeachment da presidente Dilma? Ou foi antes? Tanto faz se Madame já sabia do posicionamento do agora ex-ministro, e por isso sustou a nomeação já aprovada de um protegido dele, porque ninguém acredita que a demissão deveu-se ao cancelamento da nomeação. O polêmico conselheiro de Michel Temer já havia desembarcado do governo pelo menos desde que, junto com o vice, perdeu a função de coordenador político da presidente. Não adiantou nada ter sido confirmado no ministério, ingenuidade de Dilma e malandragem dele. Já estava do outro lado e agora trabalha abertamente pelo afastamento da chefe do governo. Espera convencer, senão todos, ao menos alguns ministros do PMDB a pedir as contas.
O entrevero dá a medida de como nada é garantido nessa tentativa de degola da presidente, liderada por Eduardo Cunha, certamente assessorado por Eliseu Padilha. A Praça dos Três Poderes só não pode ser rotulada de “praça da traição” porque o Poder Judiciário mantém-se à margem da baixaria que atinge Legislativo e Executivo. São raros os que não mentem e não afiam punhais para espetar hoje os aliados de ontem. Porque o chefe da Casa Civil e o ministro da Comunicação Social inventaram comentários que o vice-presidente não fez, contra o impedimento de Dilma, obrigando-o a um desmentido formal, ao tempo em que parte da bancada do PMDB procura saber o dia em que Michel Temer assumirá o palácio do Planalto.
O substituto, sequioso de transformar-se em sucessor, reúne-se com partidários do impeachment e nega-se a condenar o processo em andamento, tanto quanto a entoar loas à presidente da República. Impossível desconsiderar que no fundo do cérebro não tenha montado o seu ministério, ainda que de público preserve o silêncio.
BRASIL PARADO
Enquanto isso, o Brasil continua parado, a economia posta em frangalhos, o governo inativo e deputados e senadores dispostos a não estragar suas férias. O cancelamento do recesso parlamentar parece afastado, porque ninguém é de ferro. Quando retornarem, em fevereiro, Suas Excelências trarão de suas bases mais toneladas de pessimismo, ainda que sem a certeza de terem perdido os 172 votos, na Câmara, suficientes para frustrar o impedimento de Madame. Mesmo assim, o tempo trabalhará contra ela, pois o desemprego só faz multiplicar-se e o custo de vida aumentar, junto com os impostos, taxas e tarifas.
Começarão amanhã encontros de Dilma com os governadores, todos temerosos de que a moda pegue e seus adversários, nas Assembléias Legislativas, iniciem processos de impeachment contra eles. Mas andam, também, envoltos em desgaste, dada a falta de recursos para enfrentar as dificuldades. Não há um só chefe de executivo estadual que tenha melhorado sua performance em termos de popularidade. Muito pelo contrário, levando alguns a torcer pela ascensão de Temer ao poder. Em suma, nem Papai Noel desatará o nó que sufoca o país sem futuro.

06 de dezembro de 2015
Carlos Chagas