Na coluna de Dora Kramer, duas conclusões elementares sobre as quais este blog vem batendo há dias. A Oposição ainda não encontrou a frase certa e única que deve ser repetida.
Está conversando com repórter e não com o povo.É preciso achar um resumo que sintetize o desmentido contra o PT e contra Dilma.
O impeachment de Dilma não é porque ela roubou como Eduardo Cunha. O problema de Eduardo Cunha é com o Código Penal. O problema de Dilma é com a Constituição Federal.
Coisa e outra. Uma coisa é a situação escabrosa do presidente da Câmara. Outra coisa é o pedido de impeachment que não foi inventado, apresentado nem depende dele para ter um destino favorável ou adverso ao governo.
Eduardo Cunha agora deixa de ser protagonista. Papel a ser assumido pelo conjunto dos parlamentares. Para desconforto do Palácio do Planalto, a quem interessa a ideia de que o impeachment é ideia do presidente da Câmara que, na realidade, é produto dos passos em falso do Poder Executivo, na figura de Dilma Rousseff.
Elementar. Se, como asseguram a presidente e seus ministros, o governo não estivesse negociando com o deputado Eduardo Cunha os votos do PT no Conselho de Ética em troca da recusa do pedido de impeachment, a decisão da bancada petista de votar contra não teria tido o caráter de contrariedade à vontade do Planalto.
O presidente do partido, Rui Falcão, não teria tido necessidade de “chamar” os deputados à razão nem petistas teriam dito, no dia anterior, que a posição em prol de Cunha no conselho significava uma decisão “em favor do Brasil”.
06 de dezembro de 2015
in coroneLeaks
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