"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

SANATÓRIO (OU SANITÁRIO) DA "POLÍTICA" BRASILEIRA

Casa dividida


“Politizamos o debate interno, tivemos a ousadia de querer mudar o PT! Agora, precisamos garantir que a democracia das urnas prevaleça e que represente a grandeza do nosso partido. As tarefas agora são: mobilização, fiscalização e apuração!”

Trecho da cartilha distribuída pela corrente Mensagem ao Partido, que lançou a candidatura do deputado federal Paulo Teixeira à presidência do PT, insinuando que o grupo favorável à reeleição de Rui Falcão está pronto para fazer nas eleições internas o que faz nas outras.

Neurônio em obras

“O que eu acho importante desse processo é que é um processo que, de fato, não pode olhar e nem deve olhar se nós vamos deixar ou não uma obra, uma obra com grande volume e magnífica na sua aparência. Esgoto não é magnífico na aparência, esgoto tem de estar enterrado no chão e tem de ser é bem tratado, bem coletado e, de fato, tem de se traduzir em projetos técnicos de alta qualidade”.

Dilma Rousseff, no anúncio de projetos do PAC em saneamento, internada por Celso Arnaldo ao explicar que, embora seu governo trate o esgoto com muito carinho, admite que ele não chega a ser uma obra de arte ─ é apenas uma obra.


De olho na Copa

 ”Nosso reserva vai continuar bem no banco. Porque a titular está jogando bem”.

Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência, informando que Lula só vai entrar em campo no lugar de Dilma Rousseff se o Brasil perder a Copa de 2014.

Velha novidade

“A cerimônia de hoje é mais um passo em direção do novo, que muitos procuram vender e encarnar, mas que de fato este governo tem conseguido transformar em realidade”.

Aguinaldo Ribeiro, ministro das Cidades graças a uma cláusula do contrato de aluguel assinado pelo governo e pelo PP, informando que não há nada mais novo no Brasil do que uma aliança com Fernando Collor, José Sarney, Paulo Maluf e Renan Calheiros para se manter no poder.

Desconhecido íntimo

“Lula mostrou ao mundo que a esquerda sabe governar”.

José Sócrates, ex-primeiro-ministro de Portugal, na apresentação do seu livro A Confiança no Mundo, tão informado sobre Lula que encomendou o prefácio ao único ex-presidente da história que não sabe escrever.

Doutor em nada

“Uma coisa que me preocupa mesmo sem ser europeu: o futuro do socialismo europeu, da esquerda europeia”.

Lula, em Lisboa, durante o lançamento do livro do ex-primeiro-ministro português José Sócrates, deixando claro que continua a exercer simultaneamente os cargos de presidente do Brasil e Conselheiro Geral do Planeta.

Força & pobreza

“A Petrobras é forte. Empresa forte atrai empresa forte”.

Graça Foster, presidente da Petrobras, sem explicar por que vive implorando a Dilma Rousseff que autorize urgentemente um aumento de bom tamanho no preço da gasolina.

Protesto de rico

“Muitos de vocês foram pegos de surpresa com os movimentos sociais que aconteceram no mês de junho no Brasil. O país estava em ascensão, conseguimos que 32 milhões de pessoas saíssem da pobreza, foram criados 20 milhões de postos de trabalho, o número de alunos nas universidades subiu de 3,4 milhões para 7 milhões. Na medida em que o povo conseguiu estar na universidade, ter emprego, ter um automóvel, era natural que a população quisesse mais, que começasse a reivindicar melhorias na própria vida.”

Lula, em Lisboa, durante o lançamento do livro do ex-primeiro-ministro português José Sócrates, explicando que as manifestações de rua ocorridas no primeiro semestre foram promovidos por milhões de brasileiros indignados com o governo que os obrigou a trocar a vida de pobre pela vida de rico.

Mistério profundo

“Uma vez eu estava no aeroporto, na minha campanha eu estava no aeroporto, parou uma menina perto de mim com a mãe, e a menina olhava para mim, mas não falava. A mãe disse: ‘ela quer te perguntar uma coisa’. Eu falei: O que você quer saber, queridinha? Ela me disse assim: ‘eu quero saber se mulher pode ─ bem séria ─ se mulher pode’. Aí eu levei uns 5 segundos para ficha cair. E eu falei: mulher pode o quê? Ela falou: ‘ser presidenta’. Eu falei: pode. Então, vai também a menina que vai ser presidenta, ou o menino”.

Dilma Rousseff, nesta quarta-feira, no comício em Belo Horizonte, contando de novo, em dilmês de jardim de infância, a história da menina que jamais entenderá como aquela mulher que conheceu num aeroporto pode ser presidente da República.

Usina de creches

“Quem foi que aumentou para 8 mil? Eu estou assumindo meu compromisso com 6 mil, e espero que as fontes do Planalto se restrinjam as fontes de água”.

Dilma Rousseff, nesta quarta-feira, no comício em Belo Horizonte, fingindo ter esquecido que, como inaugurou apenas 1.180 creches desde janeiro de 2011, só vai alcançar a meta das 6 mil se construir 19 por dia até o fim de junho de 2014.

25 de outubro de 2013
in Augusto Nunes

ESTA É DEMAIS ATÉ PARA O BRASIL...

Condenado, ele fugiu da Justiça por 4 anos. E sabem onde trabalha? No Supremo Tribunal Federal!


Ítalo fugiu da Justiça por quatro anos — mesmo trabalhando na cúpula da Justiça, o Supremo Tribunal Federal, em Brasília (Foto: André Coelho / O Globo)
 
O juiz federal Vallisney de Souza Oliveira determinará a intimação de Ítalo Colares de Araújo, condenado a 14 anos de prisão por lavagem de dinheiro, no local de trabalho do réu: o Supremo Tribunal Federal (STF).
 
Depois de bater em diferentes portas e não encontrar Ítalo para intimá-lo da sentença, proferida há mais de quatro anos, um oficial de Justiça irá ao prédio da instância máxima do Judiciário brasileiro – mais especificamente ao anexo 2, onde fica a Seção de Recebimento e Distribuição de Recursos – para fazer a intimação.

— Se eu soubesse o local de trabalho do réu, já teria intimado. Vou cumprir a diligência do TRF e mandar intimá-lo no STF — disse o juiz, que está com o caso desde janeiro.

A decisão do magistrado, titular da 10ª Vara Federal em Brasília, foi tomada depois de O GLOBO revelar, na edição do último domingo, que o réu atua no STF e vem adotando a estratégia de fornecer endereços errados para escapar do processo por lavagem de dinheiro.

A condenação por peculato já prescreveu e o mesmo pode ter ocorrido com uma ação de improbidade administrativa.

O juiz Vallisney disse que anexará uma cópia da reportagem aos autos para mostrar que, agora, sabe-se o paradeiro do réu, analista judiciário na Seção de Recursos do STF.

A reportagem mostrou que Ítalo foi condenado a sete anos de prisão por peculato e a 14 anos de detenção por lavagem de dinheiro em razão de um desfalque de R$ 3 milhões da Caixa Econômica Federal (CEF).

Ele era gerente da agência da Caixa Econômica Federal no Lago Sul, em Brasília, e desviou recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para contas bancárias da mãe, do irmão, da mulher, da filha e dos sogros em 1998 e 1999.

A sentença por peculato prescreveu em 2008, por falta de decisão no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). Em 2009, o processo em tramitação na 10ª Vara Federal resultou na condenação pelo crime de lavagem de dinheiro.

O irmão de Ítalo, o delegado da Polícia Federal (PF) Dênis Colares de Araújo, e a mãe, Leopoldina Maria, também foram condenados à prisão, com penas respectivas de sete e quatro anos de prisão.

Os réus apelaram da sentença no TRF-1. O argumento de Ítalo é que não foi intimado da decisão, o que não ocorreu, na verdade, em razão dos endereços errados fornecidos à Justiça.

O processo voltou à 10ª Vara no fim de 2012. Agora, depois da reportagem do GLOBO, o oficial de Justiça irá ao STF.

Segundo Vallisney Oliveira, a condenação por lavagem de dinheiro não corre risco de prescrição. Pelos cálculos do titular da 10ª Vara, Ítalo só se livraria do processo em 2021. Já as chances de prescrição para o irmão e a mãe são maiores. Se o processo não for analisado a tempo, isso ocorreria em 2017.

— A Justiça criminal tem problemas sérios: o tempo do processo, o excesso de recursos e a prescrição – afirmou Vallisney.

25 de outubro de 2013
Ricardo Setti

AO ENSINAR QUE OS BRASILEIROS PROTESTARAM NAS RUAS PORQUE A VIDA FICOU BOA DEMAIS, LULA CRIOU A TEORIA DO QUANTO MELHOR, PIOR


Com o patrocínio da Odebrecht, que celebrou nesta semana 25 anos de atividades em Portugal, Lula baixou por lá no duplo papel de camelô de empreiteira e doutor honoris causa.
O primeiro personagem, sempre disfarçado de palestrante, limitou-se a reprisar na terça-feira o numerito apresentado desde 2011, quando deixou a Presidência.
Sem jornalistas por perto, garantiu aos empresários na plateia que é um negócio e tanto contratar construtoras brasileiras para a execução de obras de grande porte. Quem seguir o conselho poderá, por exemplo, pagar em suaves prestações a dinheirama antecipada pelo BNDES em forma de financiamento (com juros muito camaradas).

O doutor honoris causa anda bem mais criativo que o camelô, informou na noite seguinte a performance de Lula no lançamento do livro A confiança no mundo – sobre a tortura e a democracia, do ex-primeiro-ministro José Sócrates.
Até deixar a Presidência, em janeiro de 2011, Lula produziu apenas dois textos manuscritos ─ um bilhete cumprimentando um sobrinho pelo aniversário e meia dúzia de anotações rabiscadas num pedaço de papel durante uma reunião especialmente tediosa. Depois que virou colecionador de canudos honoríficos, faz de conta que é autor de prefácios que Luiz Dulci escreve e ele assina com o nome de guerra completo: Luiz Inácio Lula da Silva.

O prefácio de estreia ornamenta mais um encalhe do companheiro Aloizio Mercadante. O segundo foi encomendado por José Sócrates. Como nem sequer folheou o livro, e tampouco decorou o prefácio que não escreveu, o feroz inimigo de vogais e consoantes resolveu discorrer sobre as manifestações de rua que agitaram o fim do primeiro semestre. ”Muitos de vocês foram pegos de surpresa com os movimentos sociais que aconteceram no mês de junho no Brasil”, decolou o palanque ambulante. “O país estava em ascensão, conseguimos que 32 milhões de pessoas saíssem da pobreza, foram criados 20 milhões de postos de trabalho, o número de alunos nas universidades subiu de 3,4 milhões para 7 milhões”.

Como entender a explosão de descontentamento se falta tão pouco para chegar-se à perfeição? Por isso mesmo, descobriu o orador. “Na medida em que o povo conseguiu estar na universidade, ter emprego, ter um automóvel, era natural que a população quisesse mais, que começasse a reivindicar melhorias na própria vida. Era normal que o povo começasse a discutir mais saúde, mais educação, mais mobilidade.
E o povo foi para rua”. Ao ensinar que os brasileiros ficaram indignados porque a vida se tornou boa demais, Lula criou a Teoria do Quanto Melhor, Pior. Quer dizer: antes da invenção do Brasil Maravilha, ninguém se indignava porque gente que tem pouco nada pede. Os protestos só começaram com o fim dos problemas. Os ex-pobres que viraram ricos não aceitam menos que o vidaço de milionário.

Se a Teoria do Quanto Melhor, Pior valesse para o resto do mundo, nações ultradesenvolvidas ─ a Noruega, a Dinamarca ou a Suíça, por exemplo ─ estariam a um passo da guerra civil e os países africanos teriam a cara da Suécia. A sorte do planeta é que a tese exposta em Portugal não faz sentido em lugar nenhum, incluído o Brasil. É só conversa de vigarista.

25 de outubro de 2013
Augusto Nunes

LIVRE PENSAR É SÓ PENSAR...

 
25 de outubro de 2013
Millôr Fernandes


MINISTRO DA JUSTIÇA TEM 30 DIAS PARA EXPLICAR AO SENADO A POLÊMICA DAS TERRAS INDÍGENAS


 
Brasília – Com a decisão da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, que aprovou a convocação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ele tem 30 dias de prazo para comparecer e  explicar os conflitos de terras envolvendo índios e produtores rurais.
 
A convocação, aprovada por unanimidade, foi uma reação dos senadores ao fato de o ministro ter cancelado, por três vezes, ida à comissão.

Quarta-feira, por maioria de votos, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a validade das 19 condicionantes, estabelecidas em 2009 no processo da demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima.
 
Na mesma decisão, a Corte também entendeu que as regras não podem ser aplicadas em outros processos de demarcação de terras indígenas.A expectativa dos senadores é que Cardozo explique como o governo procederá nas demarcações de terras a partir da decisão do STF. O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, também deve participar da audiência, mas como convidado.
 
Na avaliação do senador Waldemir Moka (PMDB-MS), deve valer para todo o país o argumento do STF para manter a reserva e determinar a saída de produtores de arroz da área: o de que, em 1988, com a promulgação da Constituição Federal, aquelas terras eram ocupadas por indígenas, sendo posterior a chegada dos produtores de arroz.
“O inverso também é verdadeiro. Em 1988, onde não tinha índio, as terras eram dos produtores que lá viviam”, defendeu.
 
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 
Vamos ver se algum senador pergunta ao ministro sobre a Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas, que o governo Lula assinou na ONU, reconhecendo que  as tribos têm direito a serem independentes, com fronteiras fechadas e autonomia política, econômica, administrativa etc. e tal. Toda a briga dos índios, na verdade, gira em torno disso. Eles querem que o Brasil obedeça ao tratado que assinou. O resto é só perfumaria. (C.N.)
 
25 de outubro de 2013
Karine Melo
Agência Brasil

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE




25 de outubro de 2013

SE CONSELHO FOSSE BOM, NINGUÉM DAVA... VENDIA!

                                           CONSELHO

conselho+de+amigo
 
Sabem aquela história se conselho fosse uma coisa boa “a gente” vendia, em vez de dá-los…
Cliquem no link para entender!

http://www.slideboom.com/presentations/851935/CONSELHO-%28advice%29

25 de outubro de 2013
magu

MENSALÃO: O FANTASMA DO GOLPE DE ESTADO COMUNISTA DO PT, POR ENQUANTO ESTÁ PRESO NO PORÃO




O site Implicante produziu este excelente vídeo que faz um resumo do julgamento do mensalão mostrando também de forma clara os fundamentos ideológicos que subjazem àquela que foi a tentativa frustrada - por enquanto - de um golpe de Estado comunista do PT.

25 de outubro de 2013

INTERNET: MARCO CIVIL DA CENSURA E DA MORDAÇA PROPOSTO PELO PT DEVERÁ SER DETONADO


Às vésperas da votação no Congresso do Marco Civil da internet, uma carta subscrita por 45 entidades das áreas de tecnologia e comércio foi entregue nesta quarta-feira ao deputado Alessandro Molon (PT-RJ), relator do projeto de lei que pretende disciplinar a web brasileira: o documento critica a proposta do governo de obrigar empresas de internet a manter data centers em território nacional. O documento, obtido com exclusividade pelo site de VEJA, diz que a medida terá "efeitos colaterais", como redução de segurança relativa aos dados de usuários, elevação de custos de serviços, queda de competitividade de empresas e prejuízo aos consumidores.
 
"A segurança de dados não está relacionada com o local de armazenagem de dados, mas sim com a forma como são mantidos e protegidos", diz trecho do documento, assinado, entre outras, pela United States Council for International Business e Informational Technology Industry Council, que representam gigantes como Amazon, Apple, Google e Facebook. Leia a íntegra do documento (PDF).
 
Especialistas concordam com esse ponto de vista, contrariando a tese do governo de que a localização dos data centers ajudaria no combate à espionagem. A proposta de obrigar, via Marco Civil, as empresas de internet a manter data centers no país ocorreu em julho, depois que surgiu a suspeita de que a Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos espionou autoridades e empresas brasileiras. Na lista dos espionados, estariam a Petrobras e a presidente Dilma Rousseff.
 
Os analistas estão de acordo ainda sobre os demais prejuízos da medida. Em entrevista ao site de VEJA, o diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro, Ronaldo Lemos, explicou que a presença forçada dos data centers afugentará empresas do país.
"Os sites terão receio de oferecer serviços a usuários brasileiros com medo de, no futuro, ter que montar um data center local", afirmou. A hospedagem compulsória também pode provocar uma enxurrada de ordens judiciais exigindo acesso a informações pessoais, além da retirada de conteúdos do ar — com prejuízo óbvio à liberdade de expressão.
 
Caso não seja votado até a próxima terça-feira, o que é improvável, o Marco Civil trancará a pauta da Câmara dos Deputados. Na prática, isso impedirá que outros projetos na fila de votação sejam analisados pelo Plenário enquanto a matéria não for apreciada.
 
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), ainda não determinou quando o Marco entrará na pauta da Casa. Nos bastidores, ele diz que a votação só acontecerá quando houver consenso em relação à proposta. Molon, por sua vez, segue trabalhando na versão final do texto.
Sobre a obrigatoriedade de data centers no Brasil
 
Leia a seguir o texto que o governo enviou à Comissão do Marco Civil na Câmara
 
“Art. 10-A. O armazenamento dos dados de pessoas físicas ou jurídicas brasileiras por parte dos provedores de aplicações de Internet que exercem essa atividade de forma organizada, profissional e com finalidades econômicas no país deve ocorrer no território nacional, ressalvados os casos previstos na regulamentação.
 
§1º Incluem-se na hipótese do caput os registros de acesso a aplicações de Internet, assim como o conteúdo de comunicações em que pelo menos um dos partícipes esteja em território brasileiro. ”
 
25 de outubro de 2013
in aluizio amorim

REVELAÇÕES DE UM VELHO GUERRILHEIRO INDICAM: O PT E O CHAVISMO O PROJETO CONTINENTAL CUBANO


 
A história é um constante fluir de eventos, alguns singulares; outros, como parte de uma peça teatral onde os atos são conectados, até desfecho quando então cai a cortina para reabrir-se segundos após seguido dos aplausos.
 
Os eventos singulares são ocasionais e desligados da luta pelo poder que define a política e, portanto, não servem para encenar em um palco. A história é, a rigor, a narrativa da luta pelo poder ou pela manutenção do poder. Só entram para a história os acontecimentos que operam mudanças e imprimem significado político às ações e relações sociais. 
 
Assim, o jornalismo é interessante e verdadeiro quando recorta do fluir caótico dos acontecimentos aqueles eventos significativos, isto é, que têm consequência política e determinam desdobramentos futuros no que concerne às estruturas de poder. Os eventos singulares perdem-se na poeira  do tempo.
 
O jornalismo consiste num permanente exercício da memória que descobrem novas conexões de sentido, o estabelecimento de links - ligações - entre fatos significativos. O cérebro opera como um computador. Registra dados relevantes (eventos significativos) e lá diante, passado um bom tempo ou até mesmo alguns anos, alerta para uma conexão.
 
Foi o que acabou de acontecer comigo há pouco, quando varejando pela internet acabei encontrando uma matéria do jornal El País, de setembro deste ano de 2013, enfocando entrevista com o legendário comunista venezuelano Héctor Pérez Marcano, hoje com 82 anos de idade.
Suas revelações me permitem a estabelecer diversas conexões importantes e por isso decidi compartilhá-las com os estimados leitores.
 
Héctor Pérez Marcano
Alguns desse antigos comunistas diferem dos “comunistas do século XXI”, não no que diz respeito à sua faina ideológica.
 
Distinguem-se por serem, pelo menos, mais letrados e com relativa educação, como é o caso de Hector Pérez Marcano e demais integrantes dos tradicionais partidos comunistas.
Diferem portanto de tipos toscos como Lula, Nicolás Maduro, Chávez, o Sargento Garcia ou um Emir Sader.
 
O PT e o PSUV, o partido chavista, são emblemas do comunismo do século XXI.
 
O conjunto desses neo-comunistas poderia ser tipificado como uma espécie de lumpenproletariat organizado politicamente no seu estágio embrionário, haja vista que atualmente já usam terno e gravata, pilotam carros importados, bebem vinhos de boa cepa e aprenderam a tomar banho.
O PROJETO CONTINENTAL CUBANO
 
Feita essa necessária digressão, retomo ao objetivo central deste post que á a entrevista do velho comunista Venezuelano, porquanto traz à tona um dado importantíssimo que pode explicar muito a respeito do que ocorre hoje no Brasil, na Venezuela e em praticamente toda a América Latina: a cubanização do continente.
 
Minha memória costuma não falhar. Noticiei aqui no blog há um bom tempo, quando Hugo Chávez, então com a bola toda, referiu-se à possibilidade da criação de um Estado Transnacional Cuba-Venezuela. Em boa medida isto na prática já existe, mas a tendência é que se estenda a todo o continente latino-americano, dando curso ao projeto de Fidel Castro de uma Cuba Continental, conforme alude Perez Marcano em sua entrevista ao El País.
O texto introdutório da entrevista diz o seguinte:
 
“A história da ingerência cubana na Venezuela remonta aos anos 60, quando Fidel Castro e Ernesto ‘Che’ Guevara, organizaram dois desembarques guerrilheiros em 1966 e 1967 que terminaram em fracasso meses mais tarde.
 
As travessias marítimas foram inspiradas na mítica expedição do barco Granma que partiu das costas de Veracruz a ilha caribenha para começar a revolução.
 
As ações abertas militares abertas começaram em 1963, o dia 29 de setembro deste 2013, marcararam 50 anos da ação mais lembrada da primeira grande campanha gueirrilheira na Venezuela: o malfadado ataque ao Trem do Encanto, um assalto armado ao trem turístico realizado num domingo pelas Forças Armadas de Libertação Nacional, onde foram assassinados sete guardas nacionais e vários turistas foram feridos à bala. 
 
Este é o testemunho, através de uma longa conversação telefônica, de um dos protagonistas daquela guerrilha, Héctor Pérez Marcano, autor do livro autobiográfico “La Invasión de Cuba a Venezuela: Do desembarco de Machurucuto a la revolución bolivariana. 
 
Apesar de sua cumplicidade e confessa admiração por Fidel Castro, este militante comunista de 82 anos de idade se opõe à intromissão aberta de Havana em seu país, desde a era de Hugo Chávez à atualidade” - afirma El País.
 
 
O QUE MUDOU EM MEIO SÉCULO
 
Com o fim da guerra fria, o esfacelamento da ex-URSS, a reunificação alemã e o propalado colapso do “socialismo real”, no final da década dos anos 80 do século passado, houve sim uma mudança geopolítica, mas jamais o fim do comunismo. Uma profusão de livros acadêmicos inundaram as livrarias nos anos seguintes analisando o revertério ocorrido nas hostes comunistas. Esses ratos de academia mais uma vez chafurdaram no engano e na ilusão, como sempre. 
 
Os “eventos significativos”, que conceituei no início deste artigo, não têm e nunca tiveram como atores as ratazanas acadêmicas. A função desses agentes é e sempre foi subalterna e se reduz à tarefa de promover a lavagem cerebral dos jovens.
Esses comunistas de academia existem por obra e graça de seus amigos serviçais do movimento comunista internacional que cumprem “missão” nos veículos de comunicação.
A produção acadêmica da área de ciências humanas, com raras exceções, é digna de nota, particularmente neste século. A maioria desses doutores de academia serve apenas para edulcorar tiranias bolivarianas cumprindo ordens do Foro de S. Paulo.
 
O fim do comunismo foi portanto o mais eloquente embuste ocorrido nos derradeiros anos  do século XX. Na verdade, aqueles eventos foram significativos apenas por dramatizarem o que na verdade não ocorreu.
Em vez do fim do comunismo operou-se uma reformulação total no seu modus operandi, o que se conhece hoje por “comunismo do século XXI”. 
 
Não há mais o idílico (para muitos) desembarque de barcaças mambembes de guerrilheiros sujos e barbudos que não hesitavam em matar e promover a pilhagem. Isso fazia sentido há 50 anos. 
 
Nos tempos atuais os guerrilheiros são assépticos, vestem jalecos brancos e não matam. Salvam os corpos mas expropriam os cérebros de suas vítimas.
 
Cumprem ainda a missão de “desinformar”, o novo jogo diabólico do comunismo embalado pelo atraente invólucro do pensamento politicamente correto que tem seu principal emblema na aparente bonomia do nefasto programa Mais Médicos, do governo do PT.
 
INFORMAÇÃO: O ATIVO PRINCIPAL.
 
Quando Hugo Chávez reportou-se à possibilidade do Estado Transnacional Cuba-Venezuela não estava blefando, como se pode verificar nesta entrevista do ex-guerrilheiro Hector Pérez Marcano.
 
O Plano Continental cubano começou a ser posto em prática objetivamente com a criação do Foro de São Paulo, entidade esquerdista fundada por Lula e Fidel Castro em 1990, e que opera as diretrizes de ação formuladas a partir de Havana.
 
Em sua entrevista ao El País, Pérez Marcano, revela isso com absoluta clareza. Embora comunista, se manifesta também contra a ingerência cubana na Venezuela. 
 
O que é mais interessante notar, e isso já informei aqui no blog, é que um dos principais ativos na atualidade é a informação. Aliás, sempre foi. Ocorre que agora com a tecnologia a possibilidade de transmissão de dados e seu armazenamento em qualquer ponto do planeta que possua um data center é perfeitamente factível.
 
E, como já foi denunciado por expert ex-funcionário do departamento de Justiça da Venezuela, hoje exilado nos Estados Unidos, Cuba detém hoje os dados de todos os venezuelanos e influi diretamente nas eleições de sorte a controlar seus resultados. Estas informações coincidem com aquelas apontadas por Pérez Marcano ao jornal El País.
 
Segue a parte final da entrevista no original em espanhol. Ainda nesta sexta-feira farei a tradução para o português.
 
Leiam:
 
P. ¿Quiénes fueron los exguerrilleros que apoyaron a Chávez en el golpe?
 
R. Sólo algunas individualidades, como Douglas Bravo, exlíder del PCV, estaban comprometidos en el golpe a través de Adán Chávez; pero la izquierda como movimiento no. Incluso algunos de ellos en el momento del golpe fueron apartados por Chávez. Ellos fueron dejados afuera de la conspiración de 1992. Después Douglas Bravo le reclamó a Chávez, que le respondió: “Es que los civiles molestan en una situación como esa”.
 
P. ¿Todo lo verde olivo le causa ahora cierta aversión?
 
R. Algo de eso hay. Por eso los dirigentes del PCV hicieron esfuerzos para que me incorporara a la campaña de Chávez en 1998 y me entrevistara con él. Y lo rechacé. Ya desde mediados de 1998 advertía lo que ocurriría y alerté del peligro.
 
P. Usted afirma en su libro que casi nadie atendió su advertencia del regreso del proyecto continental de Fidel, luego de la reelección de Chávez en 2006. ¿Cuáles fueron sus fuentes?
 
R. Así es. Nadie me hizo caso. Veía la conexión a partir de información de un agente de inteligencia cubano que trabajó en la Embajada de Cuba en Venezuela en las décadas de los años 70 y 80. Yo sabía que él era del G2 [espionaje político] en aquel tiempo, cuando yo por supuesto era solidario con la revolución cubana. Él salió de Venezuela, ya no reside en Cuba y ha seguido trabajando en Centroamérica para la inteligencia cubana; preferentemente vive en México. Viene con frecuencia a Venezuela. Esa fue mi fuente.
 
P. ¿Puede dar su nombre?
 
R. No.
 
P. ¿Qué contactos tiene en Venezuela ese espía cubano?
 
R. Viene con frecuencia a Venezuela. Tiene excelentes relaciones con los sectores políticos de Venezuela, tanto de derecha como de izquierda, con movimientos políticos de todo tipo. Es un cuadro político importante, influyente que desarrolla una labor muy útil para los cubanos. Cuando viene se entrevista con todo el mundo. Y una de las personas con la que se reúne siempre es conmigo. Fue a través de él que supe detalles de la presencia cubana, ya como una intervención en Venezuela. Me di cuenta que se estaba armando lo que califiqué de nuevo proyecto continental cubano. Teniendo el poder por la vía electoral, busca promover la expansión de estos movimientos en América Latina. Él tenía contactos con Ramiro Valdez, el sucesor de Manuel Piñeiro, Barba Roja, el principal responsable de la subversión cubana en Latinoamérica en la era de Fidel.
 
P. ¿Cuáles son sus objeciones al papel de los cubanos en Venezuela hoy?
 
R. Ellos controlan el servicio de identificación nacional de los ciudadanos venezolanos Está vinculado con el registro electoral permanente. Ese registro tiene un crecimiento que no se corresponde con el crecimiento vegetativo de la población venezolana. Allí hay varios millones de electores virtuales. Los cubanos son los artífices del fraude en Venezuela
 
25 de outubro de 2013
in aluizio amorim

LESSA CRITICA A IMPRENSA E DIZ QUE LEILÃO DE LIBRA AINDA PODE SER ANULADO PELA JUSTIÇA


http://www.conversaafiada.com.br/wp-content/uploads/2011/07/carlos-lessa_tv.jpg


O economista Carlos Lessa, ex-presidente do BNDES no primeiro governo Lula e ex-reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, está perplexo com o descaso da grande mídia no tocante ao polêmico leilão do Campo de Libra, realizado segunda-feira.

“Ao contrário dos que se propaga nos jornais, nas rádios e nas televisões, a questão judicial referente ao leilão ainda não está esgotada. Das 23 ações apresentadas, seis delas foram aceitas pela Justiça e estão tramitando.
O que os juízes não aceitaram foram os pedidos de liminar para suspender o leilão. Mas nada impede que uma dessas seis ações seja vitoriosa e anule o leilão” – explica Lessa, que desde o início se colocou contra a decisão do governo e fez questão de prestigiar a manifestação de protesto diante do hotel onde foi realizado o leilão, na segunda-feira.

“Compareci ao ato vestido de preto, porque quando jovem participei da campanha “O Petróleo é Nosso” e nunca imaginei que alguma dia fosse participar do velório da Petrobras”, acrescenta o professor de Economia.

FAVORECIMENTO

Na opinião de Carlos Lessa, o governo do PT adotou totalmente a filosofia do governo tucano de Fernando Henrique Cardoso, que só não privatizou a Petrobras devido à forte reação que imediatamente surgiu.”Até o nome da Petrobras os tucanos tentaram mudar”, lembra.

O ex-presidente do BNDES destaca que a empresa francesa Total só entrou no leilão depois que o governo anunciou a nomeação de um tucano para presidir a nova estatal Pré-Sal Petróleo S/A (PPSA), criada para coordenar a gestão e fiscalizar a exploração de petróleo dos campos do pré-sal no regime de partilha.

“Somente depois de anunciado o nome do engenheiro Oswaldo Pedrosa é que a Total decidiu participar”, diz Lessa, lembrando que Pedrosa era o segundo nome da Agência Nacional de Petróleo no governo FHC, logo abaixo do genro do então presidente da República.

Lessa estranha também que a grande mídia não tenha dado destaque ao fato de que a greve dos petroleiros não era apenas visando aumento de salários, mas também contra o leilão do Campo de Libra e contra a terceirização que avança na Petrobras, onde já trabalham mais de 300 mil pessoas nessa condição de subemprego.

25 de outubro de 2013
Carlos Newton

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE


 
 
25 de outubro de 2013


MINUTO DE SILÊNCIO

 

Morre no Rio de Janeiro, aos 68 anos, o compositor Paulinho Tapajós

Morreu na manhã desta sexta-feira (25), no Rio de Janeiro, aos 68 anos, o compositor Paulo Tapajós Gomes Filho. Autor de “Andança” e “Sapato Velho”, Paulinho Tapajós, como era conhecido o músico, lutava há seis anos contra um câncer e estava internado no hospital TotalCor, em Ipanema, na Zona Sul carioca. Sua morte foi confirmada pela União Brasileira de Compositores e o velório acontecerá no sábado (26), a partir das 9 horas, no Cemitério São João Batista. O sepultamento está marcado para as 14 horas.

Além de cantor, músico e compositor, Tapajós era produtor musical, arquiteto e escritor. Filho de Paulo Tapajós, era irmão do compositor Maurício Tapajós e da cantora Dorinha Tapajós. Assinou, junto com Nonato Buzar, “Irmãos Coragem”, tema da novela homônima da TV Globo, em 1970.

A União Brasileira de Compositores divulgou no microblog que mantém no Twitter nota sobre a morte do músico: “Lamentamos o falecimento do compositor Paulinho Tapajós. Ele foi diretor da UBC de 1987 a 1992, além de excelente poeta e grande pessoa”.

Entre os anos de 1968 e 1970, Paulinho Tapajós destacou-se como compositor em diversos festivais de música, em especial no 3º Festival Internacional da Canção, conquistando o terceiro lugar na fase nacional com a canção “Andança” (c/ Edmundo Souto e Danilo Caymmi), com quase 300 gravações, e no IV Festival Internacional da Canção, no qual conquistou o primeiro lugar na fase nacional e o primeiro lugar na fase internacional, com “Cantiga por Luciana” (c/ Edmundo Souto), com mais de 100 gravações.

25 de outubro de 2013
ucho.info



HORA DA VERDADE

Argentina vai às urnas no domingo em eleição decisiva para Cristina de Kirchner

O argentino Gastón Peña já sabe em quem vai votar no próximo domingo (27). Ele apoia a coalizão governista “Frente para la Victoria”, já que, sem ela, não teria emprego. A empresa têxtil em que trabalha entrou em falência há alguns anos, mas, com a ajuda do governo, Gastón e seus colegas adquiriram o controle da fábrica, que atualmente funciona como cooperativa.
 
Isso ocorreu durante a presidência do antecessor de Cristina Fernández de Kirchner, seu falecido marido, Néstor Kirchner. Desde então, Gastón tem bem claro qual partido ele apoia. “Voto nela porque ela se preocupa com a justiça social e nos devolveu a dignidade. E também por sua política para o mercado de trabalho”, explica.

Ausência de um nome forte
 
Pôsteres com a imagem da presidente estão espalhados por toda a fábrica. Cristina não concorre a nada, pois as eleições são para o Parlamento, mas ela é o rosto da política mencionada por Gastón. E ninguém sabe mobilizar as massas tão bem quanto Kirchner. Nenhum outro político do lado governista tem o carisma e o talento dela para performances públicas.
 
Para o partido, foi doloroso o afastamento da presidente no auge da campanha. Cristina de Kirchner teve de se afastar do cargo a duas semanas da eleição para submeter-se a uma cirurgia inesperada para retirar coágulo cerebral, consequência de ferimentos sofridos em queda na Casa Rosada.
 
Isso tornou ainda mais complicada a tarefa do pouco conhecido Martín Insaurralde, o principal candidato dos governistas na Província de Buenos Aires. Ele tem a missão de vencer a eleição na sua província e, em 2015, herdar a presidência da República.
 
Mas as pesquisas eleitorais dizem que a vitória de Insaurralde não está garantida. “O que as pessoas querem é um modelo econômico e social mais justo do que o atual, sem o excessivo intervencionismo do Estado”, explica o analista político Carlos Fara. “Além disso, querem uma política econômica que valorize a produtividade e a renda.”




O “modelo”, como os kirchneristas chamam sua política de um Estado forte e protecionismo feroz, deixou de ser atraente para muitos argentinos. O fardo econômico recaiu sobre a classe média, sem que houvesse melhoras na situação dos mais pobres.
 
Em particular, o que preocupa a população é a inflação, que segundo dados do governo, estaria em 10% ao ano. Entretanto, especialistas estimam que o índice real deve estar entre 20% e 30%.
 
Muitos argentinos acusam Kirchner de seguir um estilo de governo cada vez mais autoritário. Uma das críticas se volta contra a reforma do judiciário. Na opinião de muitos, ela permitiria à presidente nomear juízes favoráveis às suas políticas. Além disso, não arrefecem os boatos de contas bancárias no exterior e enriquecimento ilícito dos Kirchner.
 
Os argentinos já deram provas de seu descontentamento nas eleições primárias de agosto, quando a Frente para la Victoria obteve cerca de 26%. Foi o melhor resultado entre todos os concorrentes, mas dois anos antes, Kirchner havia conseguido se eleger com 54% dos votos.
 
Apesar dos protestos nos país terem diminuído de intensidade, a indignação persiste entre a população. Fara vê uma “cultura da fadiga” entre a classe média, ou seja, as pessoas estão cada vez menos motivadas para lutar por mudanças ou protestar contra as injustiças.

Um dissidente na oposição
 
Quem aposta nesse descontentamento é o principal candidato da oposição, Sergio Massa, que já foi chefe de gabinete da presidente. Hoje ele é o bem-sucedido prefeito da pequena cidade de Tigre, a noroeste de Buenos Aires. Há um ano, Massa fundou um novo partido, o Frente Renovador. As pesquisas já indicam sua ascensão, e é muito provável que seu objetivo maior seja a candidatura à presidência em 2015.
 
Por isso é fundamental para ambos os candidatos obter um bom resultado no domingo, já que a largada para as próximas eleições presidenciais em 2015 será nesta eleição, diz Fara. “Nela será decidida a posição de largada para a disputa pela Casa Rosada, e se define qual o rumo que as pessoas desejam para a Argentina.”
 
Algumas tendências já se consolidam. Cerca de 40% dos argentinos já sabem que, daqui a dois anos, não vão querer nem um governo kirchnerista nem um peronista. O partido de Kirchner segue a tradição do líder Juan Domingo Perón, o emblemático presidente da Argentina da metade do século 20.
 
Fara vê uma forte tendência antiperonista entre setores da classe média. Para estes, o legado de Perón não faz mais sentido. Mas trabalhadores como Gastón Peña seguem fiéis ao peronismo, e o fato de os Kirchner terem se apresentado como herdeiros de Perón explica o sucesso deles. “O governo dos Kirchner foi, sem dúvida, uma década de ganhos. Só tivemos algo parecido nos tempos de Perón”, argumenta Peña, justificando seu voto.

(DW)

25 de outubro de 2013
ucho.info

VOLTA, GABEIRA


"O País foi moralmente arrasado pela experiência petista e de todos os cafajestes que o governo conseguiu alinhar. Predadores oficiais e predadores de rua se encontram nessa encruzilhada em que um profundo silêncio político se abate sobre nós, com exceção de vozes isoladas.

Precisamos reaprender a conversar, reafirmar valores políticos que não se resumem a casa e comida. Precisamos viver a vida, cuidar mais da bio que da grafia. Precisamos sair dessa maré."

Fernando Gabeira em Biografias inacabadas.

É uma pena que esse cara tenha se afastado da política.
 
25 de outubro de 2013

QUEM AVISA AMIGO É...



 
 
 
Se tem mesmo intenção de aprender alguma coisa, embora a cadeira de presidente da República não seja o lugar mais adequado para isso, Dilma Rousseff deveria dedicar especial atenção às avaliações do Fundo Monetário Internacional e da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico sobre o Brasil publicadas nesta semana. Colocar o pessoal da sua equipe para tentar desqualificar as análises críticas não vai ajudar nada.

Em relatórios divulgados nos últimos dias, o FMI e a OCDE disseram mais ou menos o que todo o mundo que acompanha e vivencia o dia a dia da economia brasileira já sabe: o país enveredou por um caminho que está nos conduzindo a um mau destino. A balbúrdia que se instalou na gestão das contas públicas está minando a capacidade de desenvolvimento do Brasil.

Em síntese, o FMI vê desequilíbrios perigosos na política fiscal, perda acentuada da competitividade nacional, ameaças causadas por uma inflação persistentemente elevada, insuficiência de poupança doméstica, baixos investimentos e uma completa ausência de qualquer ímpeto reformista na atual gestão do país.

Já a OCDE reforça a preocupação com a necessidade de se restabelecer alguma racionalidade nos gastos, com redução da dívida pública e abandono da famigerada maquiagem na contabilidade fiscal. A instituição chega a sugerir que o governo brasileiro adote uma meta para as despesas públicas em substituição ao superávit primário.

Se tais recomendações e pontos de vista podem parecer mera preocupação de gente que só olha para números e não vê cara nem coração, outra das observações presentes no trabalho divulgado anteontem pelo FMI sintetiza os efeitos danosos da atual política econômica sobre o cotidiano dos brasileiros: a redução do potencial da nossa economia pelos próximos anos.

Segundo o Fundo, o PIB do Brasil crescerá no máximo 3,5% ao ano até o fim desta década. Se acelerar mais que isso, como aconteceu em 2010, irá gerar desequilíbrios que se manifestarão na forma de alta da inflação, como também aconteceu desde 2010. Como se sabe, preços em alta penalizam diretamente os mais pobres.

"Estimativas consensuais do potencial de crescimento vêm sendo constantemente revisadas para baixo e estão agora em seu mais baixo patamar desde que os preços das commodities começaram a subir em meados dos anos 2000", observou o FMI no documento, cuja divulgação o governo petista tentou embarreirar por três meses.

A nova estimativa é 0,75 ponto percentual menor que o potencial que o FMI antevia até então para o Brasil. País que cresce menos gera menos riqueza e menos oportunidade de trabalho. País que cresce menos encurta suas possibilidades de superar atrasos históricos e de promover efetivo bem-estar para sua população. Esta é uma vereda pela qual o Brasil não deveria se embrenhar, mas tornou-se nossa realidade e, pelo que prevê o FMI, corre risco de virar nossa sina no futuro.

FMI e OCDE não são aparelhos de oposição ao PT, mas parece que a equipe da presidente Dilma os vê assim. Ontem, uma penca de seus auxiliares, com Guido Mantega à frente, foi a campo para tentar desqualificar as críticas divulgadas na véspera. Fariam melhor se tomassem os alertas como mais uma indicação de que precisam melhorar o que o governo deles faz.

O ministro da Fazenda chega a argumentar que o Brasil faz hoje o mesmo que fez após a crise de 2008 e foi então aplaudido pelo FMI. Mas parece ignorar que circunstâncias distintas demandam remédios distintos e o governo brasileiro ministra as mesmas doses tanto para momentos de escassez de consumo e crédito, como aquele, quanto para excesso de demanda e insuficiência de oferta, como agora.

"Afirmar que a deterioração das contas públicas brasileiras só está na imaginação dos desinformados é acrescentar mais um furo na credibilidade do governo", comenta Celso Ming n'O Estado de S.Paulo. Infelizmente, porém, é difícil crer que alguma mudança de comportamento ou melhora por parte dos petistas virá.

Ontem mesmo, o Planalto divulgou novo decreto definindo qual será o papel da estatal Valec na modelagem das concessões de ferrovias. E lá, mais uma vez, aparece a injeção de farto dinheiro público para sustentar negócios capengas que deveriam ser exclusivamente privados: serão mais R$ 40 bilhões de dívida pública para pagar a construção de 11 mil km de ferrovias previstos no Plano de Investimento em Logística. A máquina de produzir desequilíbrios continua a pleno vapor.

Equilíbrio, estabilidade e responsabilidade no trato das contas públicas não é coisa de quem só pensa em cifras. É condição fundamental para que um país avance de maneira sustentável e sem aventuras. Estas lições a presidente Dilma Rousseff e o pessoal de seu governo parecem não ter aprendido, nem parecem dispostos a aprender.

itv
25 de outubro de 2013

IBOPE: PT OLHA CRIANÇA E VÊ CACHORRO


O PT e a Dilma andam comemorando a última pesquisa IBOPE porque ela venceria no primeiro turno. Estão olhando uma criança e vendo um cachorro. Os brancos, nulos e indecisos demonstram que o povo está com uma imensa rejeição ao que aí está.
 
Vejam que interessante. Quanto menos conhecidos são os candidatos, maior é o índice de omissão de voto. Quando Dilma é confrontada com Aécio e Campos, os menos conhecidos, os indecisos, nulos e brancos sobem para 35%!
 
Ora, a taxa média é de 8,5% em eleições presidenciais. Tirando-se este percentual histórico de 35%, sobra 26,5% não vão votar na Dilma, pois, ao contrário de Aécio e Campos, 100% dos eleitores a conhecem. Isto é uma rejeição que não está computada pela pesquisa, mas que é óbvia e  integralmente contra Dilma Rousseff.
 
Analisada sob este ângulo, a pesquisa se aproxima da realidade: apenas 36% aprovam o governo do PT. Quando  novos nomes como Aécio e Campos se apresentarem devidamente à sociedade, Dilma vai desabar do teto que as pesquisas lhe dão. Podem cobrar.