"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 1 de setembro de 2013

AÉCIO GRAVA EM OBRAS ATRASADAS DA TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO

Senador aproveitou périplo por três Estados do Nordeste para fazer imagens que serão usadas na propaganda institucional do PSDB; projeto deveria ter sido concluído no final de 2012
 
 
O senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), aproveitou o périplo por três Estados do Nordeste, nesta sexta-feira, 30, para gravar imagens nos canteiros de obras da transposição do Rio São Francisco. O projeto é uma das prioridades do governo Dilma Rousseff e deveria ter sido concluído no final do ano passado.
 
Na parada em Mauriti (CE), Aécio gravou um vídeo e revelou que pretende fazer imagens em outras obras inacabadas do governo federal. As gravações foram feitas pela equipe do PSDB. Oficialmente, serão usadas no horário institucional este ano do partido na TV.
 
Ao chegar a Juazeiro do Norte (CE), o tucano, ao lado do ex-senador Tasso Jereissati (CE), fez críticas à presidente Dilma pelos atrasos na obra . "A transposição já era para ter sido concluída. É muita propaganda e pouca ação. Acho difícil terminá-la até 2015. Vamos levar essa e outras denúncias ao Congresso Nacional", afirmou.
 
Aécio visitou ainda um projeto de irrigação entregue à comunidade de Mauriti durante a última gestão de Tasso como governador do Ceará, entre 1999 a 2002. O senador aproveitou a oportunidade para lançar o correligionário ao Senado. "Ele deve retornar à vida pública já em 2014. Trata-se de uma referência na política nacional e faz muita falta ao Congresso, mas se ele decidir voltar à política local terá todo o apoio da direção nacional do PSDB", disse.
 
Tasso adiou a decisão para 2014: "Não me iludo com pesquisas, pois elas representam um momento. Daqui para 2014 há muito tempo".
 
O político cearense também levou Aécio, como fez nas campanhas presidenciais de José Serra e Geraldo Alckmin, para conhecer o horto de Padre Cícero, uma das figuras religiosas mais importantes do Nordeste. Lá oraram e gravaram mais vídeos.

01 de setembro de 2013
Lauriberto Braga, Especial para O Estado de S. Paulo

EX-PETISTA-JORNALISTA REVELA OS PODRES DE LULA E DO PT




 
- Enquanto milhares de brasileiros passam fome e não têm emprego, e a frota de ônibus dos nossos grandes centros urbanos está sucateada, Lula mandou o BNDES dar dinheiro ao ditador cubano Fidel Castro para a compra de milhares de ônibus novos produzidos na China para eles!
Todos sabemos que nunca mais veremos a cor desse dinheiro e que ele poderia ter sido muito melhor utilizado no financiamento de ônibus para as cidades aqui no Brasil (afinal, o dinheiro é NOSSO), comprando veículos produzidos aqui mesmo, ativando a indústria automobilística nacional (talvez assim não haveria aqui milhares de metalúrgicos sendo demitidos todos os dias), gerando crescimento, emprego e renda, que é o que o povo mais precisa! Mas Lula está enganando o povo com uma esmola chamada Bolsa Família, que não chega à maior parte dos brasileiros necessitados, ficando nas mãos de intermediários corruptos!

- Lula fez também o BNDES dar dinheiro ao Hugo Chávez da Venezuela, que por sua vez está nadando em dólares que ele obtém vendendo petróleo aos Estados Unidos. Nós também nunca mais veremos esse dinheiro... E Lula mandou o BNDES dar dinheiro a Evo Morales da Bolívia, que todos sabem que é um narcotraficante, e que por sua vez roubou a nossa Petrobras (que havia investido mais de 1 bilhão de dólares do dinheiro dos brasileiros naquele país). Evo Morales deu a nossa Petrobras que está na Bolívia de presente a Hugo Chávez e ainda subiu o preço do gás vendido a nós brasileiros. Ele fez isso em uma reunião a portas fechadas que os dois tiveram com o cubano Fidel Castro. Evo Morales, Hugo Chávez e Fidel Castro colocaram a nação brasileira de joelhos, e Lula com o Chanceler Celso Amorim. Panacas, ainda disseram que eles têm o direito de fazer isso!

- Esta é liderança de Lula na América do Sul: Lula dá o dinheiro e o patrimônio do povo brasileiro a esses três ladrões, e os três riem e chutam o traseiro de LULA e do povo brasileiro! Mas o que mais me decepcionou foi descobrir que o meu ex-partido, o PT, tem ligações íntimas COM as "GUERRILHAS e os TRAFICANTES de DROGAS" da Colômbia, do Peru e da Bolívia, e que o PT tem ligações com o Tráfico de Armas e com o Crime Organizado do Brasil!

- Lula e o PT têm vínculos íntimos com os atentados violentos perpetrados pela facção criminosa do PCC (Primeiro Comando da Capital) no Estado de São Paulo. Eu sei porque fui informado por ex-companheiros de partido e, também, porque as táticas utilizadas pelo PCC são típicas de Guerrilha Urbana, exatamente iguais às táticas que o Zé Dirceu e Zé Genoino aprenderam em Cuba, e que eles nos ensinavam nos idos dos anos 80 em algumas fazendas de "amigos do PT", época essa em que ainda acreditávamos que devíamos fazer guerrilha. Agora meu ex-amigo Lula e meu ex-partido PT estão às voltas com um dossiê falsificado e encomendado de última hora a algumas facções criminosas que têm ligação com o partido!

- Quando eu estava lá no PT com Lula, Zé Dirceu, Genoino, Aloísio Mercadante, Marta Suplicy, Eduardo Suplicy, Erundina, Mentor, Antonio Palocci, Delúbio Soares, Ricardo Berzoini e tantos outros, eu ouvia que devíamos fazer tudo para conquistar e manter o poder, mas eu não imaginava que esse "tudo" incluía roubo, seqüestro, assassinato, dilapidação do patrimônio público, enriquecimento ilícito, envio de dólares para o Caribe e para a Suíça, formação de quadrilha, tráfico de armas e de drogas e tudo o mais que Lula e o PT vêm fazendo nos últimos quatro anos!
- Por isso tudo (e por muitas outras coisas que não posso nem vou aqui mencionar) e porque os conheço muito bem..... Volto a pedir: NÃO VOTEM NO LULA! NÃO VOTEM NO PT! O PT já se transformou numa organização criminosa! LULA já se transformou num criminoso sem limites!
Enviem, pelo amor que temos pelo Brasil, esta mensagem para o maior número de pessoas possível! salvem o nosso Brasil!!!
01 de setembro de 2013
José Guimarães dos Santos Silva - Jornalista e Ex-Petista

A BEIRA DE UM PROCESSO DE CUBANIZAÇÃO

O DESTINO DO BRASIL SE PERMANECER NAS MÃOS DO PT: UM PAÍS ATRASADO SOB O DOMÍNIO DE UMA TIRANIA DE VIÉS CUBANO.
Claro que ninguém que possua mais que dois neurônios funcionando razoavelmente precisa das lições do megainvestidor Jim Rogers para saber que o governo do Lula e da Dilma e seus sequazes é um desastre, um absurdo sob todos os pontos de vista.
 
Entretanto, a escória que comanda a Nação brasileira possui provavelmente apenas um neurônio embrutecido pela cegueira ideológica. São incapazes de escrever estas linhas que escrevo com um mínimo de conteúdo. Quanto mais entender um discurso vazado em termos racionais e objetivos.
 
Por isso jamais entenderão o recado de Jim Rogers e ainda o acusarão de títere do imperialismo ianque, embora muitos desses semoventes do PT estejam vivos justamente porque a ciência e a tecnologia evoluem com os vultosos investimentos de gente como Rogers.
 
Lula, Dilma e Zés Dirceus ficam com o índio cocaleiro, com a bruxa argentina e com Fidel Castro e seu irmão Raúl e os médicos cubanos. Fiquemos, pois, com Jim Rogers que está no Brasil e deu o seu recado.
Leiam:
 
Megainvestidor Jim Rogers
O megainvestidor Jim Rogers diz não pretender fazer nenhum investimento no Brasil até que o governo mude as diretrizes.
 
Durante palestra realizada neste sábado em Campos do Jordão, no 6º Congresso Internacional de Mercado Financeiro e de Capitais, Rogers afirmou que a economia brasileira poderia estar em uma situação muito melhor não fossem os entraves do governo para a entrada de capital estrangeiro.
 
“Até que as políticas se alterem no governo, não vou fazer investimentos”, disse o investidor, que afirma não ter dinheiro aplicado na economia brasileira.
 
Segundo ele, o governo está no caminho errado e o país não está se beneficiando tanto quanto deveria do bom momento das commodities. “O Brasil precisa de investimentos, de especialistas e o governo quer não ajuda externa.”
 
Famoso por ter criado um dos mais rentáveis fundos de investimento do mundo ao lado de George Soros, o Quantum Fund, o megainvestidor acredita que o boom das commodities deve perdurar por alguns anos, mas o Brasil está diminuindo seu ritmo de benefício desse mercado de forma prematura. “Infelizmente, a senhora (como se referiu à presidente Dilma Rousseff) começou a cometer erros antes de o preço das commodities cair de fato”, diz Rogers.
 
Entre as recomendações que ele faz ao governo brasileiro está a retirada de restrições à entrada de capital que, segundo ele, poderiam ajudar o setor agrícola a ter uma expansão maior. Rogers diz ainda que Dilma Rousseff deveria remover subsídios e abrir mais a economia brasileira. “O Brasil pode e deve ser uma grande economia, mas, infelizmente, eu acho que não vai ser.”
 
Contudo, o investidor diz que o Brasil não é o único a cometer erros, mas faz críticas à condução da política econômica de outros emergentes como Índia, Indonésia e Turquia. Sem detalhar as falhas, ele diz que são “muito mais graves” do que aquelas cometidas pelo Brasil. Rogers diz não estar otimista com o mercado no momento atual e que “não tem investimentos em muitos locais agora”. “Eu quero esperar. Não tem me agradado o que eu tenho visto nos últimos anos”, completa.
 
Durante a palestra, o investidor disse que a possível invasão dos Estados Unidos na Síria, para tentar conter o governo de Bashar Assad, pode agravar ainda mais os negócios globais. “Os Estados Unidos parecem estar entrando em uma guerra. Se isso realmente acontecer, nós teremos problemas sérios.”
 
Aos 70 anos, Rogers vive em Cingapura desde 2007, de onde acompanha de perto o mercado asiático. Depois de seu fundo ter tido valorização de 4.000% em seus primeiros dez anos, na década de 1970, Rogers se aposentou aos 37 anos.
 
 
01 de setembro de 2013
Veja
 

OBAMA METE O PÉ SOBRE A MESA...

MAS NÃO OBTÉM CONSENSO INTERNACIONAL PARA ATACAR A SÍRIA. QUER DIVIDIR O ÔNUS COM O CONGRESSO.
 
Esta foto de Barack Hussein Obama com o pé em cima de sua mesa de trabalho no Salão Oval da Casa Branca, ilustra matéria que está no site do jornal O Globo
 
Segundo a legenda da foto, é o momento em que Obama conversa com o presidente da Câmara de Representantes, o republicano John Boehner, de Ohio, tendo à sua frente sentado o vice-presidente Joe Biden.
 
Obama argumenta que a lei não lhe obriga, mas vai pedir ao Congresso que autorize a ação militar contra o governo da Síria.
 
O estopim para essa destrambelhada decisão de Hussein Obama de atacar a Síria foi a denúncia - ainda não comprovada - de que o ditador Bashar al-Asaad teria desferido um ataque com armas químicas contra civis.
 
Enfim, a coisa não está claramente explicada. Os rebeldes que tentam derrubar al-Assad são ligados a grupos islâmicos. Se derrubarem o ditador, implantam uma nova ditadura, uma teocracia islâmica como existe no Irã e como tentaram implantar no Egito.
 
Obama mete o pé em cima da mesa e se deixa fotografar desse modo. Um gesto, convenhamos, pouco ortodoxo mas também emblemático, já que Obama chegou à Presidência dos Estados Unidos embalado pelo slogan “we can”. 
 
Resta uma pergunta que até agora não tem qualquer resposta plausível: por que Hussein Obama deseja tanto atacar a Síria. E onde estão as provas irrefutáveis de que foi o governo sírio o autor do deletério massacre usando armas químicas? Assad nega e atribui a autoria desse assassinato brutal a um complô armado pelos seus inimigos.
 
A única conclusão honesta que se pode tirar com os dados disponíveis é que a ação pretendida por Hussein Obama não repousa sobre um critério absolutamente válido e irretorquível. 
 
Como presidente dos Estados Unidos Obama pode meter o pé sobre a mesa e chamar os fotógrafos. Mas até o momento não evidencia de forma nenhuma que detenha seguramente a prova cabal de que o ditador sírio resolveu de uma hora para outra matar centenas de cidadãos, incluindo crianças e idosos.
 
Se as evidências fossem irrefutáveis Obama teria, sem dúvida, o integral consenso da comunidade internacional. Mas o que acontece é justamente o contrário.
 
01 de setembro de 2013
Veja

REVISTA VEJA VEM COM DUAS REPORTAGENS-BOMBA

O VERGONHOSO ESCÂNDALO DONADON E A CUBANIZAÇÃO DO BRASIL!
 
A revista Veja que chega às bancas neste sábado vem com duas reportagens-bomba. A chamada principal de capa vai fundo no vergonhoso comportamento da Câmara dos Deputados no caso Donadon. Mais acima, a chamada da matéria sobre o escândalo do governo do PT, que deu início à cubanização do Brasil com a importação de supostos médicos cubanos, fato que já vem causando o desemprego de centenas de médicos brasileiros. 
Veja sustenta na reportagem o fato de que deixar os médicos sob a lei ditatorial comunista de Havana é uma grave ameaça à soberania nacional.
Coincidentemente, a conhecida jornalista venezuelana Ludmila Vinogradoff, que é correspondente internacional do jornal ABC, da Espanha, um dos principais diários espanhóis me enviou a seguinte mensagem pelo Twitter informando: “los 4.000 médicos cubanos a Brasil es la primera avanzada. Venezuela ya tiene mas de 30.000. E la sanidad sigue peor que antes.” 
Isto quer dizer que os 4.000 médicos cubanos que devem chegar ao Brasil é apenas uma primeira parte. Já se falou que a importação dos cubanos pelo governo do PT poderá chegar a 25.000 médicos.
 
Conclui-se: se com os 400 médicos que já aportaram por aqui se registra o desemprego de médicos brasileiros, imaginem quando o pacote ficar completo?
Quanto ao caso do deputado Donadon, a manchete de capa da revista Veja vem em caixa-alta: VERGONHA!, afirmando que a preservação do mandato do presidiário Nastan Donadon agride a democracia e poder criar a “bancada penitenciária” no Congresso Nacional.
 
Portanto, só estas duas reportagens-bomba de Veja desta semana já valem a compra da revista. 
Como sempre, Veja faz o que o jornalismo militante do PT que campeia à vontade nas redações da maioria da grande mídia brasileira não faz. Outra coisa que praticamente desapareceu da maioria dos grande veículos de comunicação, especialmente as redes de televisão, é o jornalismo opinativo.
Com o advento do lulopetismo, os textos de opinião dos jornalões resultam em veradeiras cartas enigmáticas. Os articulistas de opinião não são a favor e nem contra a bandalha do PT, muito pelo contrário.
 
Neste caso, a Veja dá um banho. Dá a opinião já na chamada de capa vinculando-a ao compromisso inarredável dos jornalismo verdadeiro que é o combate à corrupção, à mentira, à roubalheira e, sobretudo, ao ataque as instituições democráticas.
Portanto, corram às bancas bem cedo neste sábado para saber a verdade dos fatos. 
 
01 de setembro de 2013
Veja

VER PARA CRER

 

Reza a mais recente lenda que a preservação do mandato do deputado condenado à prisão e, em decorrência, à suspensão dos direitos políticos pelo Supremo Tribunal Federal foi um tiro que saiu pela culatra.

Por esse raciocínio, o Congresso, envergonhado, apressaria a aprovação de duas emendas constitucionais: uma para acabar com o voto secreto para cassação de parlamentares - ou, numa versão mais radical, para todos os tipos de votações -, outra para tornar automática a perda do mandato de condenados em ações penais depois do trânsito em julgado da sentença.

Pelo que se viu no plenário da Câmara na noite da última quarta-feira, é mais prudente esperar para ver antes de acreditar. A julgar pelo histórico de suas excelências na abordagem do tema melhor mesmo é seguir a lei de São Tomé a fim de economizar frustrações.

Ainda sob os efeitos da ressaca moral da inusitada decisão, deu-se um corre-corre de senadores e deputados a declarar a urgência de se tomar uma providência. Antes tarde, poder-se-ia dizer com boa vontade, não fosse o cinismo.

Renan Calheiros, o presidente do Senado absolvido duas vezes por força do voto secreto, pontificou: "A sociedade não tolera mais essa situação", fazendo-se de alheio ao fato de ser personagem de destaque na referida "situação".

Ato contínuo Calheiros marcou para a semana que vem a votação em plenário da emenda do senador Jarbas Vasconcelos que dirime a dúvida constitucional sobre quem dá a última palavra sobre a cassação de condenados, vinculando definitivamente o mandato à decisão da Justiça.

Isso depois de assistir inerte à lenta tramitação da proposta desde o arrefecimento do ânimo em torno da "agenda positiva" resultante dos protestos de junho. A coisa só voltou a andar no dia seguinte ao estapafúrdio perdão dado a Natan Donadon, por causa da reação de fora. Se dependesse da "de dentro", a emenda continuaria sendo cozida em banho-maria.

Mas, vamos que o Senado a aprove no dia marcado (10 de setembro), a PEC terá ainda de passar por dois turnos de votações na Câmara. E lá anda a passos de tartaruga a emenda que acaba com o voto secreto. O presidente Henrique Alves determinou a suspensão de cassações até que a regra seja mudada.

E quem garante que será? Note-se: falamos de quórum de três quintos nas duas Casas, muito mais difícil de ser alcançado que a maioria absoluta exigida no caso de Donadon.
O andar da carruagem dessa proposta é tortuoso. No meio do escândalo do mensalão, em 2006, a Câmara aprovou em primeiro turno o fim total do voto secreto, até para o exame dos vetos presidenciais. A segunda votação que permitiria o projeto ir ao Senado nunca se realizou.

No ano passado, empurrados pelo episódio que resultou na cassação de Demóstenes Torres, os senadores concluíram a aprovação do voto aberto só para cassação de mandatos. A emenda chegou à Câmara praticamente ao mesmo tempo em que se iniciava no Supremo o julgamento do processo do mensalão.

O então presidente da Casa, Marco Maia, chegou a dizer ao relator na Comissão de Constituição e Justiça, Alessandro Molon, que queria aprovar a PEC ainda em sua gestão. Mas o julgamento começou, a situação dos réus foi se desenhando periclitante e, certamente não por coincidência, o voto aberto deixou de ser urgente.

O assunto foi retomado em junho como parte da "agenda positiva". Aprovada na CCJ, a emenda seguiu para uma comissão especial e lá está no aguardo da realização de 10 a 40 sessões, das quais até agora só uma foi realizada.

Esse é o ritmo, cuja lentidão autoriza a desconfiança sobre o que vem adiante. Pode ser que os protestos marcados para 7 de Setembro surtam algum efeito, pois as manifestações de junho, ao que se vê no Parlamento, entraram por um ouvido e saíram pelo outro.

01 de setembro de 2013
DORA KRAMER - O Estado de S.Paulo

FRANÇA AFIRMA QUE SÍRIA TEM 1.000 TONELADAS DE ARMAS QUÍMICAS

Serviços de inteligência da França afirmam que Síria tem 1.000 toneladas de armas químicas.  Informação foi divulgada neste domingo pelo 'Le Journal du Dimanche'

Os serviços franceses de inteligência teriam provas de que o regime sírio de Bashar al Assad possui 1.000 toneladas de armas químicas e agentes tóxicos, entre gás sarin, mostarda e VX, e que utilizou esse tipo de arsenal contra civis no dia 21 de agosto, causando centenas de mortes. As informações foram publicadas neste domingo pelo Le Journal du Dimanche, que promete divulgar, nos próximos dias, documentos que provam que Damasco possui uma das maiores reservas químicas do mundo.
 
A publicação francesa traz na capa uma foto do Centro de Estudos de Pesquisas Científicas de Barzah, localizado no sul da Síria, onde Damasco estaria desenvolvendo a maior parte desse arsenal. Conforme o jornal, para lançar os agentes químicos, a Síria utiliza mísseis Scud C e Scud B, com alcance entre 300 e 500 quilômetros, respectivamente, além de bombas aéreas capazes de transportar entre 100 e 300 litros de gás sarin e foguetes de artilharia.
 
As informações obtidas pela Direção Geral da Segurança Exterior (DGSE) e a Direção de Inteligência Militar (DRM) indicam que o regime de Damasco utilizou esse tipo de armas no dia 21 de agosto. "Para nós, está claro o regime sírio decidiu mudar de escala", afirmou um oficial francês, que não teve seu nome revelado. Ele não detalhou se Damasco pretendia, com o ataque, ganhar posições militares sobre os insurgentes ou responder à tentativa de atentado dos rebeldes contra Assad.
 
Ainda segundo a publicação, as armas químicas utilizadas no ataque foram lançadas com foguetes Grad, e seguidas por "múltiplos ataques de artilharia" para "apagar o máximo de provas" possível.
 
Segundo relatórios dos serviços de inteligência francesa — que o jornal diz ter obtido —, a Síria começou a produzir armas químicas sob o comando de Hafez al Assad, pai de Bashar, e com a ajuda da Rússia. Depois, a produção passou a ser 100% síria e ficou a cargo de uma unidade pertencente a Bashar al Assad. Ele e alguns membros de seu clã seriam os únicos autorizados a dar ordens de ataque com esse tipo de armamento.
 
O Le Journal du Dimanchea afirma que, com a divulgação dessas informações, a França procura convencer à opinião pública internacional da importância de punir um crime que viola as leis internacionais. O tratado internacional conhecido como a Convenção sobre Armas Químicas de 1993 — assinado por 189 países, mas não pela Síria, nem pela Coreia do Norte — proíbe a produção e o armazenamento desse tipo de armamento.

(Com Agência EFE)
01 de setembro de 2013
 

"A PREAMAR DOS MASCARADOS"




 

A democracia é o governo do poder visível. Sob sua tutela "nada pode permanecer confinado no espaço do mistério", ensina Norberto Bobbio. A lição é oportuna na quadra em que vive o País, caracterizada por mobilização de grupos e setores, entre os quais o contingente que se autointitula Black Bloc, formado por pessoas que atuam de forma brutal, construindo barricadas, depredando lojas e monumentos, enfrentando a polícia, em aparente demonstração de que a revolta tem como foco o Estado e os símbolos clássicos do capital, a partir da concentração de riquezas e das instituições que encarnam tal representação, como bancos.
 
A crescente onda de violência puxada por esse grupamento, além do evidente refluxo que produz no apoio aos eventos de rua que há dois meses agitam a vida nacional, deixa transparecer uma crise de autoridade. O Estado não tem demonstrado competência para fazer cumprir a lei, seja por leniência, fechando os olhos para o vandalismo, seja por receio de que a força policial puxe para baixo a imagem já negativa de seus governantes, ou ainda por falta de qualificação do aparelho policial para lidar com uma nova ordem social.
 
O fato é que o descontrole fica patente, ensejando, a cada nova manifestação, atos cada vez mais virulentos. Imagine-se o efeito bola de neve se a criminalidade crescente não receber um basta.
 
A par das motivações que estão por trás de suas ações diretas e truculentas, é inegável que os Black Blocs afrontam a lei e rompem a textura do Estado de Direito. Pode-se até argumentar que não seriam meros vândalos e baderneiros ao inseri-los no ciclo de protestos do final dos anos 90, quando o grupo ganhou visibilidade nas manifestações contra a Organização Mundial do Comércio, a batalha de Seattle (1999), e contra o G-8, em Gênova (2001), quando morreu o primeiro ativista do movimento antiglobalização, Carlo Giuliani.
 
Na moldura brasileira, porém, a indignação do grupo não tem como lastro um episódio de envergadura nem o pano de fundo de profunda crise econômica, como a que abalou nações em 2008. O movimento Occupy Wall Street, lembre-se, tinha como foco protestos contra a desigualdade econômica, a influência de empresas e bancos no governo americano, sob a tessitura da crise internacional. A situação deflagrou movimentos congêneres nos países assolados pela mesma borrasca financeira.
 
Por aqui, o conceito dos Black Blocs entra mais na esfera da barbárie, convergindo para o que Elias Canetti, no clássico Massa e Poder, classifica como malta: "Um grupo de homens excitados que nada desejam com maior veemência do que ser mais; o que lhes falta de densidade real suprem por intensidade". A falta de discurso é suprida pela estética da destruição.
 
Não se trata de proibir manifestações, mas de obedecer aos dispositivos constitucionais, principalmente o inciso IV do artigo 5.º da Carta Magna, que estabelece: "É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato".
 
A este se segue a regra do inciso XVI: "Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente". Fica patente que as máscaras cobrindo as feições dos militantes lhes conferem a condição de anônimos, enquanto outros pré-requisitos da ordem são desprezados, como a atitude pacífica, o espírito desarmado, o dano ao patrimônio público e privado, o direito de ir e vir de outros.
 
Visibilidade e transparência devem integrar o caráter público do poder do Estado, na medida em que constituem meios para distinguir o justo do injusto, o lícito do ilícito, o certo do errado, a cidadania ativa de maltas oportunistas. Se portam demandas legítimas de comunidades, se iluminam as consciências com as luzes do civismo e da ética, por que agir sob disfarce? Que coragem é essa, repartida entre pernas e braços que funcionam como aríetes de ferro e aço e rostos protegidos por lenços pretos?
 
Tentemos entender a inclinação civilizatória pela violência. Ortega Y Gasset chegou a sinalizar a propensão das massas à subversão, fruto do que chamava de era das nivelações: "Nivelam-se as fortunas, nivela-se a cultura entre as diferentes classes sociais, nivelam-se os sexos e até os continentes". Vejam só, o filósofo espanhol fez tal peroração no final da segunda década do século passado, quando descreveu o homem-massa, com sua vida sem peso nem raiz, "deixando-se arrastar pelas correntes", sem resistir aos redemoinhos que se formam nas artes, na política ou nos usos sociais.
 
Pois bem, apesar dos ganhos civilizatórios em quase todas as frentes a serviço da vida humana, particularmente nos campos de educação e saúde, as mais perversas formas de barbárie têm-se desenvolvido nos intestinos do Estado moderno. E pior é ver que a democracia tem fracassado na promessa de debelar o poder invisível que se incrusta em todos os quadrantes do planeta, sob a forma da quebra da lei e da ordem, das ondas da vertiginosa criminalidade, do declínio dos valores morais e cívicos, dos conflitos étnicos e religiosos, do incremento dos negócios das drogas e armas, enfim, do esvaecer dos elementos básicos da civilização.
 
O que mudou na essência do discurso de Gasset? Piorou. Na esfera do homem-massa apenas mudou a dimensão. Antes integrado às vastas multidões que se deixavam levar ao sabor das correntes, hoje a pessoa se refugia em núcleos de referência, organizados pela cadeia de especialização que a sociedade foi impelida a buscar na esteira do progresso técnico.
 
A foto do presente flagra a violência dos caras-pretas. Mas a legenda é a mesma que Nietzsche gritou do penhasco de Engadine, nos Alpes suíços: "Vejo subir a preamar do niilismo".

01 de setembro de 2013
Gaudêncio Torquato, O Estado de São Paulo

"O MUNDO MUDA"

 
Quanto mais radical for o militante, mais dificilmente admitirá que o seu sonho acabou
 

Os ideais de esquerda nasceram em meados do século 19 e ganharam corpo no começo do século 20, com a revolução de 1917. Com o nascimento da União Soviética, o ideal comunista ganhou corpo, deixou de ser mera utopia para se tornar realidade.
 
O sonho de uma sociedade igualitária, em que os trabalhadores seriam os dirigentes da nação e em que a mais-valia reverteria em benefício da sociedade e não de alguns burgueses ricos, parecia enfim concretizar-se.
 
É verdade que as primeiras décadas do socialismo soviético não apresentaram resultados muito positivos, mas para quem acreditava na sociedade igualitária, os problemas seriam em breve resolvidos.
 
O fato é que a simples existência da URSS já provocara importantes mudanças nos países capitalistas que trataram de atender a algumas reivindicações do trabalhadores.
 
A deflagração da Segunda Guerra Mundial, provocada pela Alemanha nazista, tumultuou o processo e provocou uma inesperada aliança entre os países capitalistas avançados e a União Soviética, o que adiou o conflito entre socialismo e capitalismo que, finda a guerra, levaria um mundo à chamada Guerra Fria e à beira de um conflito nuclear, o que felizmente não aconteceu.
 
Nesse período, o capitalismo se desenvolveu e derrotou economicamente o socialismo, levando ao fim da União Soviética e do sistema comunista que havia surgido no pós-guerra. A partir de então, o sonho revolucionário dos partidos comunistas disseminados pelo mundo inteiro se desfez. Não era mais possível, sensatamente, continuar lutando por um ideal de sociedade que fracassara.
 
Deve-se admitir, no entanto, que não é fácil abrir mão das utopias, dos projetos concebidos e aceitos como salvação da sociedade, o fim da desigualdade, o reino da felicidade sobre a Terra.
 
Tais utopias equivalem a crenças religiosas, de que dificilmente as pessoas abrem mão. Elas são, ademais, tanto uma como outra, o que dá sentido à existência. Para alguns é isso, para outros, a afirmação de valores ideológicos aos quais entregaram a vida. Há aí, sem dúvida, uma mistura de autoafirmação e autoengano.
 
Isso explica o que aconteceu com as esquerdas em diferentes países, inclusive o Brasil. Deve-se observar que quanto mais radical for o militante, mais dificilmente admitirá que o seu sonho acabou. Em setores da esquerda moderada, algumas mudanças na máquina capitalista aparecem como uma opção admissível, mas não para a esquerda radical que, por isso mesmo, defronta-se com um impasse: sabe que a revolução se tornou inviável mas teima em não aceitar a verdade. O que não significa que devamos aceitar os abusos do capitalismo.
 
E então nasce o neopopulismo que é, no fundo, a tentativa de manter o poder, dentro do regime capitalista, mas contra ele. Como isso tornaria o governo inviável, toma decisões contraditórias, para mostrar-se de esquerda e ao mesmo tempo atender às exigências do capital.
 
O que ocorre na Venezuela é exemplo disso, onde tal ambivalência conduziu o país a um impasse econômico que se agrava a cada dia. A verdade é que ou o novo governo muda de rumo ou leva o país ao caos econômico e social.
 
O que sucedeu na Venezuela começa a acontecer no Brasil, claro que em escala diversa, dada a natureza distinta dos dois países, tanto histórica quanto econômica.
 
Aqui, certamente, não surgirá um novo Hugo Chávez nem teremos uma sucessão presidencial tão surrealista quanto a que ocorreu ali. De qualquer modo, a atitude ambivalente do governo petista --que governa com a direita e finge que é de esquerda-- se mantém e compromete o crescimento do país.
 
Esse é um aspecto da questão que envolve o que restou da esquerda radical. É que ela chega ao fim tanto pelo esvaziamento ideológico quanto pela idade de seus líderes: Lula e Dilma não têm como seguir adiante por muito tempo.
 
Em suma, embora ainda haja quem teime em se dizer esquerdista, nenhum político profissional que pretenda de fato ascender no cenário nacional insistirá em repetir os chavões que saíram de moda.
 
Quem pretenda fazer carreira política seguirá outro caminho. Uma geração não ideológica --que nada tem da herança utópica surgida com Karl Marx-- assumirá o poder no futuro.

01 de setembro de 2013
Ferreira Gullar, Folha de São Paulo

SUPREMO PODE DISCUTIR PRISÃO IMEDIATA DA GANGUE DE LULA AINDA NESTA SEMANA



Caso conclua análise de recursos dos últimos seis réus, Supremo pode determinar detenções já nesta semana
 
Ministros vão definir se cumprimento das penas do mensalão terá início antes da análise de novas contestações

 
Com apenas seis recursos para serem julgados e a possibilidade de conclusão da atual fase de julgamento do mensalão nesta semana, o Supremo Tribunal Federal (STF) terá de decidir se vai decretar a prisão imediata dos condenados ou se aguardará a apresentação de novos recursos.
 
Em pelos menos dois casos já julgados pela corte, mandados de prisão foram expedidos logo após a rejeição do primeiro tipo de recurso.
 
Em outro caso mais recente, o do deputado Natan Donadon (ex-PMDB-RO), o tribunal preferiu aguardar a análise de todos os recursos possíveis antes de mandar o deputado para a prisão.
 
No mensalão, há duas situações a serem discutidas. Concluída a atual fase do julgamento, que analisa os chamados embargos de declaração --que servem para corrigir eventuais obscuridades, omissões ou contradições no acórdão que resume o que foi decidido no julgamento--, os ministros terão de avaliar se os embargos infringentes poderão ser apresentados.
 
Se aceito, esse recurso levaria à realização de um novo julgamento nos crimes em que os condenados receberam pelo menos quatro votos favoráveis pela absolvição.
 
Maior julgamento da história do STF, o mensalão condenou 25 réus. Desses, 12 tiveram votos suficientes para a apresentação de embargos infringentes, entre eles o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente do PT José Genoino.
 
O problema é que, apesar de previsto no regimento interno do tribunal, esse tipo de recurso não consta numa lei de 1990 que regula a tramitação de processos no STF e no Superior Tribunal de Justiça. Por isso, haverá debate para saber se eles são válidos.
 
Caso a existência dos infringentes seja rejeitada, o STF terá de discutir em que momento vai determinar a execução das penas.
 
HISTÓRICO
 
Em 2007 e 2008, a corte enviou para a prisão dois réus justamente nessa fase do julgamento. Os irmãos Luis Gonzaga Batista Júnior e Luiz Gonzaga Batista Rodrigues, acusados de homicídio, tiveram de começar a cumprir suas penas logo após a rejeição dos embargos de declaração.
 
Joaquim Barbosa foi o relator das ações e, em seu voto, determinou a prisão. Ele foi acompanhado pelos colegas.
 
No caso de Donadon, a prisão só foi determinada após o julgamento do recurso conhecido no meio jurídico como "embargos dos embargos de declaração".
 
Caso a corte entenda que os chamados embargos infringentes são cabíveis no mensalão, uma outra discussão será inevitável.
 
O tribunal terá de decidir se determina o início do cumprimento da pena de 13 dos 25 réus que não têm direito a esse tipo de recurso --entre eles, estão o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP) e o delator do mensalão, Roberto Jefferson-- ou se aguardará o julgamento dos infringentes dos outros réus para definir o futuro de todos.
 
Ministros ouvidos pela Folha disseram que, caso os infringentes sejam aceitos, o novo julgamento que resultará desse tipo de recurso dificilmente será concluído antes do fim do ano que vem.

01 de setembro de 2013
Folha de São Paulo

FHC FAZ RADIOGRAFIA DA INCOMPETÊNCIA DO PT


Artigo intitulado "Falando francamente" publicado em O Globo.
 

É preciso grandeza para colocar os interesses de longo prazo do povo e do país acima das desavenças e pactuar algumas reforma. Não é preciso muita imaginação, nem entrar em pormenores, para dar-nos conta de que atravessamos uma fase difícil no Brasil.
 
Comecemos pelo plano internacional. Os acontecimentos abrem cada vez maiores espaços para a afirmação de influências regionais significativas. O próprio "imbróglio" do Oriente Médio, do qual os Estados Unidos saem com cada vez menos influência na região, aumenta a capacidade de atuação das monarquias do Golfo, que têm dinheiro e querem preservar seu autoritarismo, assim como a do Irã, que lhes faz contraponto. A luta entre wahabistas, xiitas e sunitas está por trás de quase tudo. E a Turquia, por sua vez, encontra brechas para disputar hegemonias.
 
Enquanto isso, nós só fazemos perder espaços de influência na América do Sul. Nossa diplomacia, paralisada pela inegável simpatia do lulopetismo pelo "bolivarianismo" ziguezagueia e tropeça. Ora cedemos a pressões ilegítimas (como a recente da Bolívia, que não dava salvo-conduto a um asilado em nossa embaixada), ora nós próprios fazemos pressões indevidas, como no caso da retirada do Paraguai do Mercosul e da entrada da Venezuela. Ao mesmo tempo fingimos não ver que o "arco do Pacífico" é um contrapeso à inércia brasileira. Diplomacia e governo sem vontade clara de poder regional, funcionários atordoados e papelões por todo lado, é o balanço.
 
Na questão energética, que dizer? A expansão das usinas está atrasada e sem apoio real do setor privado, salvo para construir as obras. As caixas das empresas elétricas quebradas, graças a regulamentações que, mesmo quando necessárias, se fazem atropeladamente e sem olhar para os interesses de longo prazo dos investidores e dos consumidores.
 
A Petrobras, agora entregue a mãos mais competentes, mergulhada numa incrível escassez de créditos para investir e com o caixa abalado pela contenção do preço da gasolina. O que fora estrepitosamente proclamado pelo presidente Lula, a autossuficiência em petróleo, esfumou-se no aumento do déficit das importações de gasolina. Agora, com a revolução americana do gás de xisto, quem sabe onde irá parar o preço de equilíbrio do petróleo para ser extraído do pré-sal?
 
Na questão da infraestrutura, depois de uma década de atraso nos editais de concessão de estradas e aeroportos, além das tentativas malfeitas, o governo inovou: fazem-se privatizações, disfarçadas sob o nome de concessões, com oferta de crédito barato pelo governo às empresas privadas interessadas. Dinheiro, diga-se, do BNDES (com juros subsidiados pelo contribuinte), e, ainda por cima, o governo se propõe a levar para a empreitada os bancos privados. Sabe-se lá que vantagens terão de lhes ser oferecidas para que entrem no ritmo do PAC, isto é, devagar e malfeito.
 
Nunca se viu coisa igual: concessões que recebem vantagens pecuniárias e nada rendem ao Tesouro, à moda das ferrovias cujos construtores receberiam abonos em dinheiro por quilômetro construído. Só mesmo na Macondo surrealista de Gabriel Garcia Márquez. Espero que, aqui, a solidão de incapacidade executiva e má gestão financeira não dure cem anos...
 
Se passarmos para a gestão microeconômica, os vaivéns não são diferentes. A indústria, diziam, não exporta porque o câmbio está desfavorável. Agora tivemos uma megadesvalorização,
de mais de 25%. Se nada fizermos para reduzir as deficiências e ineficiências estruturais da economia brasileira, e se o governo não tiver a coragem de evitar que a desvalorização se transforme em mais inflação, o novo patamar da taxa nominal de câmbio de pouco adiantará para a indústria.
 
Antes os governistas se gabavam da baixa de juros (ah, esses tucanos, sempre de mãos dadas aos juros altos! diziam). De repente, é o governo do PT quem comanda nova arrancada dos juros. E nem assim aprendem que não é a vontade do governante quem dita regras nos juros, mas muitas vontades contraditórias que se digladiam no mercado. Olhar no umbigo, isto não.
 
Já cansei de escrever sobre esses males e outros mais. Das deficiências no prestar serviços nas áreas de educação, saúde e segurança, a mídia dá-nos conta todos os dias. Dos desatinos da vida político-partidária, então, nem se fale. Basta ver o último deles, a manutenção na Câmara de um deputado condenado pelo Supremo e já na cadeia! Não obstante, dada a amplitude dos desarranjos, parece inevitável reconhecer que a questão central é de liderança.
 
Não digo isso para acusar uma pessoa (sempre o mais fácil é culpar o presidente ou o governo) ou algum partido especificamente, embora seja possível identificar responsabilidades. Mas é de justiça reconhecer que o desencontro, o bater de cabeças dentro e entre os partidos, faz mais zoeira do que gera caminhos.
 
Daí que termine com uma pergunta ingênua: será que não dá para um mea culpa coletivo e tentar, mantendo as diferenças políticas, e mesmo ideológicas, perceber que, quando o barco afunda, vamos todos juntos, governo e oposição, empregados e empregadores, os que estão no leme e os que estão acomodados na popa?
 
É preciso grandeza para colocar os interesses de longo prazo do povo e do país acima das desavenças e pactuar algumas reformas (poucas, não muitas, parciais, não globais) capazes de criar um horizonte melhor, começando pela partidário-eleitoral (já que o ukase presidencial nesta matéria não deu certo, como não poderia dar).
 
Se os que estão à frente do governo não têm a visão ou a força necessária para falar com e pelo país, pelo menos a oposição poderia desde já cessar as rixas internas a cada partido e limar as diferenças entre os partidos. Só assim, formando um bloco confiável, com visão estratégica e capaz de seguir caminhos práticos, construiremos uma sociedade mais próspera, decente e equânime.

01 de setembro de 2013
in coroneleaks

POR DILMA, PT PROÍBE DIRETÓRIOS ESTADUAIS DE ENFRENTAR JOSÉ SARNEY, JADER BARBALHO E SÉRGIO CABRAL

Com a prioridade de reeleger a presidente Dilma Rousseff, a direção nacional do PT tem interferido nos planos eleitorais de seus diretórios estaduais com o objetivo de agradar aliados ou minimizar estragos.
A mais de um ano da eleição já há pelo menos dois casos de possível intervenção da direção nacional, ainda que informal.
No Pará, setores do partido resistem em apoiar a candidatura de Helder Barbalho, filho do senador Jader Barbalho (PMDB), para o governo do estado.
No Maranhão, o comando nacional acompanha com atenção o racha petista quanto à manutenção do apoio ao PMDB da família Sarney.
 
No Rio de Janeiro, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, já entrou em campo para conter o pré-candidato petista ao governo do estado, senador Lindbergh Farias, que queria que o partido desembarcasse do governo Sérgio Cabral (PMDB) antes de outubro. O diretório regional do PMDB do Rio é o que tem mais votos na convenção nacional do partido, que decidirá o rumo na eleição para presidente da República em 2014.— Convencionamos com Lindbergh que não vamos tomar essa decisão (de sair do governo) antes de outubro. O mais provável é lá para dezembro — disse Falcão.
 
O presidente nacional do PT também já determinou ao diretório estadual do Pará o apoio à candidatura de Helder Barbalho. Além disso, Falcão se comprometeu pessoalmente com Jader, em jantar há 13 dias em Brasília. Além de reeleger Dilma, a prioridade da direção nacional do PT é aumentar as bancadas na Câmara e no Senado. Assim, o comando nacional está exigindo sacrifícios de sua base nas disputas para governador.
 
Desafiando a orientação nacional, o deputado federal Claudio Puty, pré-candidato petista a governador do Pará, disse, em artigo veiculado na internet esta semana, concordar que o ponto central para 2014 é reeleger a presidente Dilma, mas que esse objetivo “não pode destruir simbólica e materialmente o PT, ao transformá-lo em sublegenda de projetos contraditórios com o nosso programa histórico”.
 
Integrante da segunda maior corrente interna do PT, a Mensagem ao Partido, Puty foi o coordenador da campanha derrotada à reeleição da então governadora Ana Júlia Carepa (PT), em 2010. O deputado disse que há uma rejeição “gigantesca” da militância petista em apoiar a candidatura de Helder Barbalho.— Não definimos nada oficialmente. No Pará, o diretório (regional) não decidiu ainda. O Puty quer ser candidato, mas isso não quer dizer que ele vá ser — disse Falcão.
 
Em 2006, Jader apoiou, no segundo turno, a campanha vitoriosa de Ana Júlia Carepa ao governo do estado. No decorrer do mandato, porém, petistas e peemedebistas se desentenderam e, na eleição seguinte, o PMDB não só lançou candidato contra Ana Júlia como, no segundo turno, apoiou informalmente a candidatura de Simão Jatene (PSDB), que saiu vitorioso. Agora, às vésperas do lançamento da candidatura de Helder, os peemedebistas desembarcaram mais uma vez do governo.
 
No Maranhão, o PT está rachado entre o apoio ao candidato da família Sarney e a candidatura de Flávio Dino (PCdoB). Embora já tenha enquadrado o PT local em 2010, impondo o apoio à governadora Roseana Sarney (PMDB) contra o próprio Dino, essa é uma saia justa para a direção nacional petista. Isso porque, de um lado, o senador José Sarney (PMDB-AP) foi um apoiador de primeira hora dos governos Lula e Dilma; de outro, o PCdoB é um aliado histórico, que esteve junto com o ex-presidente Lula desde 1989.— Se tivermos que reeditar a aliança com o PMDB será um apoio mais cartorial, porque a militância do PT já está com o Flávio Dino — afirmou Marcio Jardim, integrante da executiva estadual petista no Maranhão.
 
No fim de abril, a direção nacional do PT determinou a retirada do ar de inserção de televisão no Maranhão, na qual eram feitos ataques ao governo Roseana.  — O Maranhão continua ostentando os piores indicadores sociais do país. Somos os piores na saúde e na educação. Vivemos num estado de profunda insegurança, medo e violência. Com o PT, haveremos de inaugurar um tempo de mudança, renovação e esperança no Maranhão — dizia o programa. Presidente do PT no estado, Raimundo Monteiro divulgou, na época, uma nota afirmando que foi surpreendido pelo conteúdo crítico à administração Roseana: “Não fosse pela contradição de o PT criticar o governo do qual faz parte, também não faz sentido investir contra uma liderança que tem apoiado desde o início o nosso projeto nacional”.
 
( O Globo)
 
01 de setembro de 2013
in coroneLeaks

TEMPOS PÓS-MODERNO

           
          Artigos - Cultura 
Quem quer que não se adapte à tiranização promovida por meio da imanentização corporal dos transcendentais será considerado um outsider do “sistema social” desenhado pelos engenheiros do novo mundo.
 
Reconheço que o título do presente artigo remete-nos tanto a um clássico do cinema como à uma magnífica obra do historiador Paul Johnson: “Tempos Modernos”. Diferentemente deste, todavia, não vou descer aos problemas intelectuais que marcaram a trajetória biográfica e investigativa de inúmeros arautos da modernidade, como Marx e Rousseau (trabalho realizado na obra ‘Os Intelectuais’). Não tenho essa pretensão. Meu intento é o de discernir um problema gravíssimo de nossa era: o do rebaixamento dos “transcendentais” provocado pela cultura de massas.
Os cenários das narrativas que compõem a imaginação humana são, em grande medida, oferecidos pela cultura em geral. Atualmente, a imaginação humana encontra na cultura de massas sua fonte mais imediata. Na cultura clássica, eram a literatura e a poesia os meios dos quais se valia o ser humano para aumentar progressivamente seu horizonte de percepção da realidade. A ficção servia como ponte entre o real e o possível. Hoje, porém, é no impacto sobre os sentidos que a absorção de símbolos, imagens e projeções se move para o interior da memória. Esse impacto retrata um problema de nosso tempo que acarreta na vulgarização: é que, na constituição da intelecção, na relação necessária ente o sensível e o inteligível, o inteligível ascende para encontrar na totalidade discreta do real a formalização dos entes, a saber, o conhecimento substancial das entidades; hoje, a cultura de massas privilegia o sensível em detrimento do inteligível, tomando como suposta a mera observação empírica, a apreensão dos dados sensíveis adquiridos pelo impacto sobre as potências sensitivas.

No fundo, se está a estabelecer juízos sobre a realidade desde nosso ponto de vista animal: nossas faculdades concupiscíveis e irascíveis estão ditando as regras do jogo na definição do que as coisas são, como devemos agir, e o que devemos produzir. Animalizamos nossa “impressão do real”, parafraseando Xavier Zubiri. A televisão, o rádio, e os meios de comunicação de massa, em geral, são utilizados para oferecer toda sorte de programas voltados para a supervalorização do corpo.

Não temos uma “teologia do corpo”, como afirmava o Papa João Paulo II, de saudosa memória, querendo com esta expressão afirmar uma forma de compreender o corpo humano inteiramente baseada na racionalidade prática, ou seja, no vínculo necessário de nossas potências da alma relativas ao corpo, com os bens humanos que dão forma e realidade a tudo aquilo que torna nossa vida mais completa, plena e boa. O que temos é uma filosofia do corpo naquilo que o corpo possui apenas enquanto termo do movimento e das operações, independentemente de sua relação com o intelecto. Assim, rebaixamos nossa condição ao que nos torna semelhantes aos animais irracionais, privilegiando meios de satisfazer essas faculdades.
Na referida constituição da inteligência, o lado inteligível cede lugar, na cultura, ao sensível. O que chamávamos “bens humanos” conhecidos pelo intelecto entende-se agora como “bens” para o corpo, para sua manutenção, nutrição e crescimento, bem como à sua satisfação.
Em uma cultura assim delineada, os valores permanentes e os modos corretos de agir socialmente são abandonados em virtude do “corpo”. Na teologia de Karol Wojtyla, o corpo é entendido tanto como campo de batalha quanto meio de santificação. Ou seja, a beleza, a bondade e a verdade, presentes na alma, alcançam suas expressões mais imanentes no corpo, sem o qual a alma não encontra abrigo histórico. O corpo, assim, manifesta à inteligência humana uma imagem primeira – mesmo que distorcida – da beleza, da bondade e da verdade do ente Divino.
Hoje, porém, o que se entende por beleza, bondade e verdade encontra sua origem na noção imanentista das potências concupiscíveis e irascíveis, sendo o corpo objeto de “admiração”, “desejo” e “manipulação”. No campo estético, é a cultura da aparência que entra em cena. No campo moral, é a utilização do corpo para fins de satisfazer o próprio corpo, independentemente dos resultados angariados. No campo científico, o corpo passa a ser usado para fins de experimento, independentemente da destruição de sua parte mais nobre, a saber, da alma, que nesse diapasão é desconsiderada para dar lugar ao “avanço científico e tecnológico”.
É notável que, quando rebaixamos os transcendentais para tratá-los como propriedades do corpo, passamos a tratar o corpo como fim de si mesmo. No campo estético, por exemplo, se o corpo é fim de si mesmo, o que de fato passa a importar na vida é “ficar sarado” e ter saúde. Nada contra “ter saúde”. O problema começa quando, em nome dela, mutilamos o corpo para enquadrá-lo num ideal, em uma imagem que projetamos como “perfeita” para os padrões sociais. No campo moral, lugar em que os bens humanos ocupam posição de destaque por serem fundamentais para a felicidade e paz sociais, passamos a tarifar nossas relações a partir do interesse, daquilo que oferece maior vantagem. A satisfação hedonista imediata é um critério superior para os termos da cultura de massas atual, em detrimento da moral e dos bons costumes, considerados “piegas” em nossa era. No campo científico, a verdade é tomada como “observação sensível” extraída de experimentos, razão pela qual as potências sensíveis adquirem considerável importância na definição do que é e do que não é em termos científicos e filosóficos. Assim, a cultura científica moderna acaba, salvo raríssimas exceções, por cair no velho erro que contaminou boa parte dos “sistemas” filosóficos modernos: o de deduzir valores de fatos. Tanto no campo moral quanto no científico, a falácia naturalista é tomada como categoria incontestável.
Em todos esses casos, o que assistimos é o reinado soberano da opinião pública. Quem quer que não se adapte à tiranização promovida por meio da imanentização corporal dos transcendentais será considerado um outsider do “sistema social” desenhado pelos engenheiros do novo mundo. O totalitarismo em que estamos vivendo já adentrou as portas dos nossos sentidos, modificando os padrões de inteligibilidade do que conhecemos. A mera aceitação, via de regra, de que “não existe realidade” em cursos acadêmicos em geral já é uma demonstração cabal da estupidez a que essa tiranização submeteu o homem pós-moderno. 
01 de setembro de 2013
Marcus Boeira

TADINHO DO LADRÃO...


“Vim algemado de lá para cá, nunca tinha entrado num camburão na minha vida. Sofri muito, é desumano o que um preso passa.”
 
Natan Donadon, deputado-presidiário condenado a 13 anos e 4 meses de cadeia pelo STF, ao discursar na tribuna da Câmara, antecipando à plateia o que vai acontecer a centenas de colegas quando a Justiça brasileira funcionar direito.
 
Tadinho, né?
Aliás, o irmão dele também está preso.
 
01 de setembro de 2013

FOTO HISTÓRICA: O FIM DO VOTO SECRETO NA CÂMARA...

  

01 de setembro de 2013

A PAISAGEM ATRAVÉS DAS GRADES...

Assessor pedófilo de Gleisi Hoffmann ameaça testemunhas e quer que Justiça suspenda pedido de prisão

Sol quadrado – Com a prisão decretada, investigado pelo Ministério Público do Paraná por 23 estupros, Eduardo Gaievski, o assessor que Gleisi Hoffmann levou para a Casa Civil, está foragido.

Dono de ousadia conhecida, Gaievski, por meio de advogados, quer que a Justiça revogue sua prisão.
Caso a Justiça ceda, Gaievski representará um sério perigo para as dezenas de vítimas e testemunhas de suas delinquências sexuais.

O histórico do ex-prefeito de Realeza revela um indivíduo violento e acostumado a ameaçar suas vítimas.

“Eu tinha 13 anos de idade e o prefeito foi me buscar no colégio para levar para o motel”, diz J. S., uma das vítimas, que hoje está com 17 anos. O prefeito, segundo os relatos, aliciava as garotas usando mulheres mais velhas para convencê-las a manter relações com ele. “A gente era ameaçada para não contar nada a ninguém”, relata a adolescente na matéria da revista Veja que noticiou a decretação da prisão de Gaievski. A.F., outra menor, que tinha 14 anos quando foi apanhada na escola e levada ao motel Jet’aime pelo prefeito três vezes, confirma as ameaças.

Casos de extrema violência física também são relatados pelas vítimas. Uma jovem de 18 anos (que tinha 14 quando teria sido abusada por Gaievski) fez um relato estarrecedor à Rádio Educadora de Francisco Beltrão. Contou que à época residia com a família em Realeza e que todos passavam por dificuldades, quando o prefeito despediu da prefeitura o único membro da família que trabalhava para o sustento dos demais.

A jovem telefonou para o prefeito e pediu que reconsiderasse a demissão do familiar. Foi quando Gaievski propôs um encontro para discutir o assunto. “Quando embarquei no carro, ele foi direto para um motel, onde arrancou minhas roupas, me agrediu com tapas e me violentou”. A jovem contou que na época era virgem e devido à violência sexual ficou sangrando por duas semanas, quando procurou atendimento médico.

Já a jornalista Caroline Brand, hoje com 24 anos, teve mais sorte. Contou ao portal Terra que foi vítima de assédio e ameaças por parte de Eduardo Gaievski. Foi pautada a fazer uma matéria com o então prefeito e passou imediatamente a ser assediada. Gaievski a convidou para viajar com ele a Brasília como “assessora especial”.

Como recusou o convite, o entao prefeito passou a assediá-la pelas redes sociais. Parentes da jornalista foram tomar satisfações e foram ameaçados. O prefeito chamou a Polícia Civil e se disse ameaçado. “A partir daí, ele passou a me perseguir, dizendo que eu queria aparecer. Na Assembleia Legislativa, onde trabalhei, ele aparecia por lá e dizia que era para minha família calar a boca, que eu era ‘pseudojornalista’ e poderia me complicar”, afirma Caroline.

Eduardo Gaievski foi prefeito de Realeza, cidade do interior paranaense, por dois mandatos (entre 2005 e 2012). Em 23 de janeiro, a convite da ministra Gleisi Hoffmann, ele assumiu o cargo de assessor especial da Casa Civil, encarregado de coordenar programas sociais importantes, como o de combate ao crack e o de construção de creches. O gabinete que Gaievski ocupava fica no quarto andar do Palácio do Planalto, a poucos metros do gabinete da presidente Dilma Rousseff.

01 de setembro de 2013
ucho.info