"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 24 de fevereiro de 2018

O EU PROFUNDO E O SENTIDO DAS RELIGIÕES



O EU PROFUNDO E O SENTIDO DAS RELIGIÕES

24 de fevereiro de 2018

REINTEGRAÇÃO CÓSMICA: OS TEMPOS SÃO CHEGADOS!



Reintegração Cósmica - Os Tempos são chegados!

24 de fevereiro de 2018

VIDA: A MARAVILHOSA DITADURA DO ABSURDO (JAN VAL ELLAM)



Vida: a Maravilhosa Ditadura do Absurdo (JAN VAL ELLAM)

24 de fevereiro de 2018

PALESTRA: AS ERAS DA HISTÓRIA UNIVERSAL (JAN VAL ELLAM)



Palestra: As Eras Da História Universal (JAN VAL ELLAM)

24 de feveeiro de 2018

TRANSIÇÃO DO PLANETA E MOMENTOS ATUAIS (JAN VAL ELLAM)



Transição do Planeta e momentos atuais Jan Val Ellam

24 de fevereiro de 2018

JAN AL ELLAM RESPONDE: ATLÂNTIDA



Jan Val Ellam responde: Atlântida

24 de fevereiro de 2018

DOCUMENTÁRIOç O PODER DA ÁGUA (COMPLETO)



Documentário: O poder da água (completo) - dublado [Dr. Massaru Emoto]

24 de fevereiro de 2018

A NOVA PSICOLOGIA DO SER TERRÁQUEO E A TRANSUMANIZAÇÃO


A nova psicologia do ser terráqueo e a transhumanização

24 de fevereiro de 2018

PALESTRAç BIG DATA DO CRIADOR



Palestra Big Data do Criador

24 de fevereiro de 2018

BURNOUT: SÍNDROME DE ESGOTAMENTO (LUIZ FELIPE PONDÉ)



Burnout: síndrome de esgotamento • LUIZ FELIPE PONDÉ
24 de fevereiro de 2018

O QUE É BIG DATA?

O que é Big Data? - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=VIjqX3RhOmc
24 de mar de 2015 - Vídeo enviado por Algar Tech
A Algar Tech explica para você o que é a.

24 de fevereiro de 2018
m.americo

A ERA DO BIG DATA NO CONTEÚDO DIGITAL: OS DADOS ESTRUTURADOS E NÃO ESTRUTURADOS

Resumo: Estudos apontam que o conteúdo gerado no mundo digital está dobrando a cada dois anos, e que, apenas 22% disso contêm informação útil. Isso sugere que há um espaço para o crescimento da análise de dados através do Big Data. Esse artigo apresenta um estudo dessa ferramenta tecnológica que está sendo tratada como um divisor de águas na classificação de dados estruturados e não estruturados, que podem compreender através de ações, interações e conexões o que a sociedade quer. 

1. Introdução Big Data é um termo utilizado para descrever grandes volumes de dados e que ganha cada vez mais relevância, à medida que a sociedade se depara com um aumento sem precedentes no número de informações geradas a cada dia. As dificuldades em armazenar, analisar e utilizar grandes conjuntos de dados tem sido um considerável gargalo para as companhias. [IBM 2014]. 
Com a globalização, e com o sistema de administração na produção que determina que nada deve ser produzido, transportado ou comprado antes da hora exata chamado Just in time, a expansão virtual se tornou necessária. 
A partir do início do século XXI, com a alta demanda e o grande anseio por tecnologia, a quantidade de dados e informações gerenciadas na rede mundial de internet se tornou volumosa, e crescia rapidamente a cada dia, tornando-se assim o maior reservatório de informações existente no mundo, atualmente sendo necessário assim organizar e gerenciar todos esses dados para que eles não se percam ou se tornem lixo eletrônico. 

Nos anos de 2008 e 2009 foram produzidos cerca de 6,3 quintilhões de bytes todos os dias e surpreendentemente 90% dos dados do mundo foram criados nos últimos anos, decorrente a adesão das grandes empresas à internet e criação de redes sociais e dispositivos móveis. [HILBERT e LOPEZ, 2011] 

O objetivo deste artigo é o desenvolvimento de um estudo baseando-se nos volumes de dados digitais existentes no mundo, englobando o conceito do Big Data. Tendo por finalidade a influência deste conceito de dados organizados para melhorar a qualidade de vida dos usuários. 

2. Metodologia 
Para este trabalho foi feita uma extensa revisão bibliográfica utilizando materiais como livros, vídeos, outros artigos, sites na internet. Sempre por fim de buscar fontes seguras que dariam qualidade e confiança nas informações aqui dispostas. 

3. Desenvolvimento 

3.1. Dados Estruturados e Suas Vantagens 
A informação armazenada nos bancos de dados é conhecida como dados estruturados, porque é representada em um formato estrito. Por exemplo, cada registro em uma tabela de banco de dados relacional. [ELMASRI, Ramez, 2011] 
Quando se lida com um enorme volume de dados, eles vêm de diferentes fontes e maneiras. É um grande desafio minerar, limpar, organizar, correlacionar, vincular e transformar esses dados em informações relevantes. Para que isso seja possível, é necessária a criação de um banco de dados onde todas essas informações são capturadas por meio de aplicativos, criados com a finalidade de orientar estes dados, armazenandoos de maneira organizada e clara, facilitando assim a busca e manipulação desses dados. 

Dentro da rede de internet apenas um quarto destes dados se apresentam armazenados em bancos de dados. Muita informação se cria diariamente e menos de 10% consegue ser minerada e organizada, fazendo com que todos os dias enormes quantidades de informações se tornem lixo eletrônico, dificultando assim suas buscas e muitas vezes se tornando inútil. 
Da pequena parte que se concentra em bancos de dados, a maioria destas informações pertencem a empresas que precisam de um pouco mais de segurança e organização. Atualmente algumas instituições financeiras brasileiras como o Banco do Brasil, Itaú e Bradesco já utilizam o Big Data como uma solução, com a finalidade de organizar todos os dados que transitam diariamente em seus canais eletrônicos. 

O Big Data afeta diretamente ou indiretamente a vida de qualquer pessoa até mesmo em situações comuns, como ir para o trabalho ou sacar dinheiro de um caixa eletrônico no banco. Cidades pelo mundo todo já estão utilizando, com a finalidade de melhorar a qualidade de vida de seus cidadãos. 

Segundo a revista Exame, a prefeitura da cidade de Dublin na Irlanda, fechou um acordo com a IBM para atender o problema de congestionamento e da lotação de seu serviço de transporte público. Pesquisadores da gigante americana utilizam dados de uma série de fontes, como câmeras de monitoramento, GPS de ônibus e tabelas de horários, para criar um panorama digital do trânsito da capital irlandesa. 
Com esse mapa, operadores identificam pontos críticos de congestionamento e trabalhem alternativas. Birmingham na Inglaterra também adotou a cultura do Big Data para auxiliar o cotidiano das pessoas que nela vivem. 
A cidade no ano de 2012 lançou um projeto que instalou uma série de sensores em postes de luz da cidade, com o objetivo de melhorar a precisão meteorológica da cidade a partir da análise dos dados coletados pelos sensores. Estes equipamentos medem diversos índices e os transmitem às centrais de meteorologia. 
Com informações mais precisas de cada localidade, é possível traçar um mapa mais completo e confiável para os moradores. 
Definitivamente o Big Data é fundamental em tempos como hoje. Sem ele, em alguns anos todas as informações seriam perdidas e má utilizadas, onde se tornariam uma montanha de lixo eletrônico. O Big Data ajuda as empresas a serem mais eficientes. 

Hoje em dia, elas podem usar dados para tomarem decisões de informações e de analítica que permitem que operem melhor e mais rapidamente. 
Hoje em dia é preciso ter uma estratégia para a coleta de dados dentro de uma organização, e frequentemente, dados de seus clientes e fornecedores e de dados não estruturados. Assim, graças a essas análises é possível prever o futuro, por exemplo. 

3.2. Dados 
Não Estruturados Dominam o Mundo Dados não estruturados são quaisquer documentos, arquivos, gráficos, imagens, textos, relatórios, formulários ou gravações de vídeo ou áudio que não tenha sido codificados, ou de outra forma estruturados em linhas e colunas ou registros. 
De acordo com muitas estimativas, cerca de 90% de todos os dados armazenados são mantidos fora de bancos de dados relacionais. 
Dados não estruturados se apresentam como informações armazenadas em contexto. De fato, há sempre alguma estrutura no qual os dados fornecem informações, e essa estrutura pode até ser tabular em sua apresentação. [O GUIA DAMA, 2012] 

Dados não estruturados compõem a rede. De todos os dados do mundo que foram gerados nos últimos anos apenas 10% destes dados estão estruturados. Os 90% restantes estão desestruturados e se reúnem na sua grande parte nas redes sociais como Facebook, Twitter, Pinterest, entre outras. 

3.3. Big Data nas mídias sociais e qualidade de vida dos usuários 
O uso do Big Data nas redes sociais tem como objetivo buscar soluções para organizar o grande volume de dados que cresce absurdamente a cada dia na web. 
Diariamente, uma gigante quantidade de dados é literalmente jogada, armazenada e manipulada, e para profissionais que dependem destas informações surge a dúvida de como identificar os dados mais relevantes e utiliza-los para tomar as melhores decisões? 

Segundo a especialista em marketing digital Michele Nemschoff [2013], o Big Data permite mensagens mais personalizadas e direcionadas. 
A análise dos dados permite que esses profissionais identifiquem tendências importantes em seus mercados de atuação. Assim, eles podem criar conteúdo personalizado e altamente customizado para seu público alvo. 
Com isso, conseguem melhores resultados, pois as pessoas respondem melhor às campanhas qualificadas que vão ao encontro daquilo que elas gostam, compartilham e falam a respeito. 

No Brasil, empresas de telecomunicações como a Rede Globo, Record e SBT utilizam o Big Data para medir a popularidade de seus programas. 
Eles utilizam os serviços de social media que buscam informações nas redes sociais como Facebook e Twitter se determinado assunto abordado em algum programa foi aceito pelos telespectadores alvos ou não. 
Desta forma, os produtores e diretores conseguem tomar melhores decisões a partir destas informações coletadas nas mídias. 
A cada hora, minuto, segundo, milhões de informações são expostas nas redes sociais em formas de textos, fotos, vídeos etc. 
A figura 1 a seguir mostra a realidade destes dados digitais, quantos deles estão estruturados, ou seja, armazenados em bancos de dados e quais deles ainda continuam não estruturados: 

Figura 1: Gráfico com a quantidade de dados estruturados e não estruturados. Fonte: TAURION, 2013. 

4. Conclusão 
O Big Data se torna realidade a cada dia, a cada dado que é colocado em rede. Todos os dias utilizamos sem sabermos do que se trata, mas em alguns anos isso não será mais verdade. 

Para que toda a informação criada diariamente não se perca e se torne útil, é preciso que haja uma reorganização e mineração destes dados digitais e a solução sem dúvidas é o Big Data. 

Este artigo abordou uma análise dos dados digitais que são gerados ao decorrer dos últimos tempos, expressando a situação atual do Big Data no mundo e como está sendo utilizando, ou seja, utilizando o Big Data como solução para muitos problemas de acumulação de dados digitais. 

Referências IBM (2013) “Infográfico: Saiba o que é o Big Data e seus desafios” http://www.ibm.com/midmarket/br/pt/infografico_bigdata.html, Agosto. Hilbert, Martin e LOPEZ, Priscila (2011). “A Capacidade Tecnológica do Mundo para Armazenar, Comunicar as Informações”, Editora Science 332. EXAME (2013) “5 Cidades que Usam Big Data Para Melhorar a Vida dos Moradores” http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/5-cidades-que-usam-big-data-para-melhorar-vidados-moradores#2, Setembro. O GUIA DAMA (2012) “O VITI Guia Para a Gestão de Dados Corpo”, http://my.safaribooksonline.com/book/quality-management/9781935504177, Editora DAMA International. IDEA (2013) “Descubra como o Big Data tem influenciado as mídias sociais” ‘http://www.ideiademarketing.com.br/2013/11/15/descubra-como-o-big-data-tem-influenciadoas-midias-sociais/, Novembro. IBM; TAURION, Cezar, (2013) “O Futuro das Redes Sociais” http://www.ibm.com/midmarket/br/pt/articles_newtecno_3Q05.html, Outubro.

24 de fevereiro de 2018
Pedro Henrique Tessarolo¹, Willian Barbosa Magalhães¹ ¹Universidade Paranaense (Unipar) Paranavaí – PR

REBAIXADOS MAIS UMA VEZ

Não há “plano B” de 15 medidas, nem inflação e juros em baixa que consigam atenuar o impacto negativo que a não aprovação da reforma da Previdência terá sobre os cofres públicos

Nesta sexta-feira, a agência de classificação de risco Fitch seguiu o que a Standard and Poor’s já tinha feito em janeiro: rebaixou a nota de crédito do Brasil para um nível que fica três degraus abaixo do “grau de investimento”, que identifica as economias mais sólidas e confiáveis. Mas só alguém muito desatento teria como se surpreender com a decisão: ela era praticamente certa a partir do momento em que o governo federal abandonou a reforma da Previdência.

O que as agências como a Fitch têm observado é o preocupante abismo fiscal em que o Brasil está para cair. Desde 2015, o país tem emendado déficits primários que superam a casa dos US$ 100 bilhões, em uma demonstração cabal de que não tem sido capaz de fazer nem mesmo a economia necessária para pagar os juros de sua dívida – e em 2018 não será diferente, como demonstra a previsão feita pelo governo. A agência de classificação de risco prevê, para este ano e o próximo, déficits primários equivalentes a pouco mais de 7% do PIB, contra 3% na média de outros países com a nota BB – aquela que o Brasil tinha antes de ser rebaixado.

A irresponsabilidade de quem jogou contra a reforma está custando caro demais ao país

Sem conseguir controlar seus gastos, o Brasil corre o risco de ver a dívida pública escapar do controle, e esse é outro aspecto ressaltado pelas agências. Em janeiro, a Secretaria do Tesouro Nacional informou que só em 2017 a dívida pública federal subiu quase 15%, para R$ 3,55 trilhões, tendo mais que dobrado em dez anos. Nas contas da Fitch, a dívida brasileira já equivale a 74% do PIB e deve chegar a 80% no ano que vem. Em outubro do ano passado, a Instituição Fiscal Independente, órgão que acompanha as contas pública e assessora o Senado, afirmou que, sem um ajuste fiscal sério, a dívida atingiria os 100% do PIB no início da próxima década. E a comparação com outras nações cuja dívida é bem maior não se sustenta, pois, enquanto nações como Japão e Estados Unidos se endividam a juros baixíssimos, a dívida brasileira é cara para o governo – mesmo no caso dos títulos de rendimento mais baixo.

O que poderia colocar um freio nessa trajetória era a reforma da Previdência. Mesmo na versão mutilada pelo Congresso, que manteve uma série de privilégios para categorias que souberam gritar mais alto, a projeção do Ministério da Fazenda era a de que ela permitiria ao governo economizar pouco menos de R$ 500 bilhões em dez anos – na sua versão original, seriam quase R$ 800 bilhões. Tudo isso foi simplesmente descartado quando o governo jogou a toalha. A Previdência, que já é hoje a maior das rubricas do orçamento da União, continuará acumulando seus déficits bilionários, pressionando as contas públicas e comendo fatias cada vez maiores do bolo, deixando cada vez menos dinheiro para saúde, educação, segurança e infraestrutura, para citar apenas alguns setores.

E não há “plano B” de 15 medidas, nem inflação e juros em baixa que consigam atenuar o impacto negativo que a não aprovação da reforma da Previdência terá sobre os cofres públicos. A questão, afirmam as agências, não é o curto prazo, em que o IPCA está abaixo do piso da meta de inflação e em que a Selic está em sua mínima histórica. “A decisão do governo de não colocar a reforma da Previdência em votação no Congresso representa um importante revés na agenda de reformas e reduz a confiança na trajetória de médio prazo das finanças públicas”, disse o comunicado da Fitch. A irresponsabilidade de quem jogou contra a reforma – seja espalhando desinformação, seja promovendo sua mutilação, seja chantageando o governo em troca de apoio – está custando caro demais ao país.


24 de fevereiro de 2018
Editorial Gazeta do Povo, PR

A REFORMA TRABALHISTA E A MORALIZAÇÃO DO ACESSO À JUSTIÇA

Não há mais impunidade para as reclamações infundadas e abusivas
Todo trabalhador brasileiro pode – e deve – recorrer à Justiça quando seus direitos e benefícios, previstos na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e na Constituição Federal, são desrespeitados. Mas, infelizmente, os Tribunais Regionais do Trabalho lidam diariamente não só com reclamações bem fundamentadas, mas também com outras inconsistentes ou que envolvem indenizações descabidas.

Este é um cenário que já começou a mudar após a implantação da reforma trabalhista, que teve por objetivo primordial regulamentar novas formas de contratação de trabalhadores, bem como sua relação com o empregador. Por que isso acontecia? Porque era muito fácil para o trabalhador – e não trazia qualquer “risco” financeiro – iniciar um processo trabalhista. Em muitos casos, especialmente se ainda não estava trabalhando, o reclamante conseguia acesso à Justiça gratuita, o que o isentava de custas processuais. Quase sempre as empresas acionadas já se antecipavam a fazer algum tipo de acordo, já prevendo que estavam em desvantagem – ou porque realmente deviam algo ou pelo simples fato de serem o empregador, a parte “mais forte”. E, se o empregado perdia, ele simplesmente perdia, não tinha de arcar com qualquer tipo de despesa como honorários advocatícios da parte contrária, perícias ou custas do processo.

A possibilidade de perder dinheiro, além do processo, certamente inibiu grande parte das demandas


Esta realidade fez com que os Tribunais Regionais do Trabalho em todo o país recebessem, em média, 200 mil novos casos em primeira instância por mês, segundo dados do Tribunal Superior do Trabalho. Antes de a reforma trabalhista entrar em vigor, o volume foi ainda maior. Porém, em dezembro de 2017, primeiro mês em que já se aplicavam as mudanças, este número despencou para 84,2 mil.

Há duas razões que podem explicar esta queda. Uma delas envolve dúvidas sobre como os juízes vão aplicar a nova lei. A Justiça do Trabalho é dividida por regiões. Cada uma tem o seu entendimento, e leva um tempo até que estas questões sejam submetidas ao Tribunal Superior do Trabalho. Não há previsão sobre quando haverá consolidação ou o entendimento de muitas delas.

Outra razão é que, caso o empregado perca o processo, ele pode ser condenado a pagar as custas processuais da parte vencedora, bem como os honorários de sucumbência, que envolvem as perícias e despesas com os advogados. A possibilidade de perder dinheiro, além do processo, certamente inibiu grande parte das demandas.

O que se pode afirmar, com certeza, é que o Direito Trabalhista ainda enfrenta o desafio de entender todas as mudanças que vieram com a reforma e ver como elas vão funcionar – ou não – na prática. Independentemente de eventuais dúvidas e inseguranças, a boa notícia é saber que não há mais impunidade para as reclamações infundadas e abusivas. É a moralização do acesso à Justiça trabalhista.


24 de fevereiro de 2018
Renato Tardioli é advogado.
Gazeta do Povo, PR

MAGISTRATURA É INCOMPATÍVEL COM SINDICALISMO

Distorções no auxílio-moradia de juízes podem ser corrigidas pelo STF, mas nada justifica que magistrados façam greve, algo incompatível com a função

A crise fiscal tem servido para que diversas corporações que usufruem privilégios na máquina pública se exponham, na defesa de benefícios inaceitáveis num país em que o Estado quebrou e onde há abissais desníveis de renda, de padrão de vida e de acesso à educação, saúde e segurança. O que faz perpetuar a desigualdade, em todos os níveis.

Os embates em torno da reforma da Previdência — que retornarão tão logo o próximo presidente seja forçado pela realidade a recolocá-la na agenda do Congresso — já ajudaram a revelar o desbalanceamento entre aposentadorias no setor privado (R$ 1.240, em média) e no setor público federal (R$ 7.583), entre outros incontáveis desníveis. Entende-se por que o servidor está na faixa do 1% mais rico da população.

Há, ainda, sérias distorções na remuneração de servidores de alto escalão, apenas formalmente enquadrados sob o teto salarial no setor público, de R$ 33,7 mil, o quanto recebem os ministros do Supremo. Adicionais diversos, não considerados para aplicação do teto, elevam o rendimento real de certas castas para muito acima disso. E até agora sempre ficou tudo por isso mesmo.

Um desses adicionais é o auxílio-moradia para juízes — mas não só —, de R$ 4.377, previsto em lei, regulamentado pelo Conselho Nacional de Justiça, mas, com o tempo, deformado. Este penduricalho na magistratura deverá ser julgado pelo Supremo em 22 de março. Por isso, como acontece em outras corporações, há intensa mobilização da categoria para a manutenção do benefício.

É indiscutível que juízes, promotores, parlamentares etc. têm de receber remuneração condigna. Mas tudo precisa ser às claras, sem subterfúgios, dentro da lei. O que não pode é associações de magistrados, caso da que representa os juízes federais do Brasil, atuarem como sindicato, inclusive com propostas de greve.

Movimentos de paralisação no setor público costumam prejudicar basicamente a grande massa da população. Na Justiça, além disso, trata-se de uma agressão ao próprio sentido da magistratura.

Quem decide sobre demandas e conflitos na sociedade não pode agir em causa própria e, ainda por cima, em confronto com a lei e devido a motivos pecuniários — justo quando o Tesouro acumula sucessivos déficits. É inconcebível juízes paralisarem um serviço essencial. Quem julgará uma greve de magistrados?

É preciso não misturar a atuação meritória de juízes com aberrações que ocorrem no auxílio-moradia — um penduricalho que beneficia várias outras categorias no funcionalismo. Conceder o benefício a magistrados que têm casa própria na cidade em que trabalham, por exemplo, é uma distorção. O mérito da magistratura, ou de quem seja, não pode justificar desvarios administrativos e ilegalidades

Espera-se que o julgamento acabe com esses desvios e, é claro, o veredicto seja seguido por todos. É também uma oportunidade de se projetar luz nesses remendos, em todo o serviço público, para dar visibilidade à folha de salários da União, o segundo maior item de despesa do Orçamento. O contribuinte merece respeito.


24 de fevereiro de 2018
Editorial O Globo

PF ENTREGA A MORO ARQUIVOS DO SISTEMA DE PROPINA DA ODEBRECHT

ACREDITE SE QUISER! GLEISI HOFFMANN RECEBIA DA PETROBRAS ATÉ PARA COMPRAR BRINQUEDOS PARA OS FILHOS

FROTA FICA INDIGNADO COM SOLTURA DE ROGER ABDELMASSIH

BOECHAT: VAMOS JULGAR OS CANDIDATOS PELO PASSADO E PELO PRESENTE

MOMENTO ANTAGONISTA: A HORA DO COMPADRE DE LULA