"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 27 de maio de 2014

MARCA DO PÊNALTI

Ronaldo coloca Dilma na marca do pênalti e camarilha petista já cobra sua saída do Comitê da Copa

ronaldo_nazario_32Cobrar coerência no meio político é tarefa hercúlea, mas a missão torna-se impossível quando a cobrança é dirigida a petistas, sempre magnânimos e traiçoeiros.

Ex-jogador do Corinthians, entre tantos clubes, e membro do Comitê Organizador Local (COL), Ronaldo Nazário de Lima fez duras críticas à organização da Copa do Mundo, não poupando o desgoverno de Dilma Rousseff pelo escandaloso atraso em muitas das obras destinadas ao mundial de futebol.

Dilma reagiu horas depois, inclusive pegando carona no “complexo de vira-lata”, lançado ao vento pelo polêmico Nelson Rodrigues, assim como fez o ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Na esteira do chumbo trocado que se formou entre Ronaldo e o governo, o ex-atacante da seleção brasileira não perdeu tempo e declarou oficialmente apoio à candidatura do senador mineiro Aécio Neves, escolhido pelo PSDB para enfrentar Dilma na corrida ao Palácio do Planalto.

Os petistas por certo imaginavam que pelo fato de ter participado do COL o ex-atleta Ronaldo no máximo ficaria neutro em relação à sucessão presidencial, mas depois do seu declarado apoio ao candidato tucano a turba que controla o poder acionou a usina de sandices.
Querem os “companheiros” que Ronaldo Nazário deixe o COL, como se para integrar o colegiado exigisse fidelidade ao PT. Em qualquer país minimamente responsável esse desgoverno que aí está, arruinando o Brasil, já teria caído, mas nessa terra de ninguém a turma comandada por Lula continua no poder.

Ronaldo pode ate ter traçado alguns planos a partir de sua participação no Comitê Organizador Local, mas nem mesmo em sonho ele precisa desse grupelho que de forma criminosa concordou com superfaturamento dos estádios da Copa, como se no Brasil não existissem leis.

Não fosse a sua história de sucesso no futebol mundial, Ronaldo Nazário deveria deixar o COL, não sem antes expor de maneira mais clara e incisiva a bandalheira que se instalou no País no vácuo da Copa do Mundo, evento desnecessário para uma nação que ainda assiste de forma contemplativa a morte de cidadãos nas filas dos hospitais públicos.

Dilma por sua vez, assim como seus estafetas, pode até invocar o tal “complexo de vira-lata”, mas diante de tantos escândalos consumados não há como negar que vez por outra dá vergonha de ser brasileiro. Isso explica a indignação silenciosa da população, que abriga um número crescente de pessoas que já declararam que torcerão contra a seleção nacional, o que não significa torcer contra o Brasil, pelo contrário.

27 de maio de 2014
ucho.info

VIROU BADERNA

Declaração de Joana Havelange sobre roubalheira na Copa é mais um motivo para boicotar o evento

joana_havelange_01O Brasil, como afirma com excesso de propriedade o jornalista José Simão, é o país da piada pronta. E a cada dia surge uma piada nova. Imagine, caro leitor, se no dia do seu aniversário um ladrão rouba-lhe tudo, mas mesmo assim aquela festa de arromba continua de pé.
Pode parecer enredo de filme que mescla tragédia e comédia, mas essa é a realidade do nosso Brasil.

Essa é a conclusão a que se chega depois de ler uma postagem feita no Instagram por Joana Havelange, filha de Ricardo Teixeira e diretora do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo (COL). Na rede social, Joana dividiu com os amigos mensagem em que, ao falar sobre os protestos contra a Copa, afirma: “o que tinha que ser roubado já foi”. Ou seja, Joana Havelange acompanhou a roubalheira que marcou a organização da Copa, mas preferiu manter o silêncio. Possivelmente porque aprendeu a se comportar assim.

“Não apoio, não compartilho e não vestirei preto em dia nenhum de jogo do Mundial. Quero que a Copa aconteça da melhor forma. Não vou torcer contra, até porque o que tinha que ser gasto, roubado, já foi. Se fosse para protestar, que tivesse sido feito antes. Eu quero mais é que quem chegue de fora, veja um Brasil que sabe receber, que sabe ser gentil. Quero que quem chegue, queira voltar. Quero ver um Brasil lindo. Meu protesto contra a Copa será nas eleições. Outra coisa, destruir o que temos hoje, não mudará o que será feito amanhã”, escreveu a diretora do COL.

Em suma, a mensagem que Joana Havelange passou aos que a seguem na rede social é que o ladrão entrou, levou tudo o que conseguiu, mas mesmo assim a festa precisa acontecer. Com o detalhe de que o anfitrião deve ser só sorrisos, mesmo que depois da festa arranque os cabelos ao perceber que ficou apenas com a roupa do corpo.

Em qualquer país do planeta, onde existem autoridades responsáveis e povo sério, Joana Havelange já estaria depondo na delegacia mais próxima. É no mínimo um deboche a postagem da neta de João Havelange e filha do polêmico e enrolado Ricardo Teixeira, que, oficialmente, continua a viver seu exílio dourado na calma e tranquila Florida (EUA).

Caso tivesse postado tal mensagem nos Estados Unidos, Joana Havelange por certo já estaria sendo processada pelo crime de conspiração contra o Estado, modalidade penal que inexiste no Brasil, para a sorte dos especialistas em vilipendiar a pátria.

Os brasileiros de bem, que trabalham de sol a sol durante mais de cinco meses para pagar impostos, não podem aceitar uma declaração como essa, sob pena de a roubalheira tornar-se não apenas institucionalizada, mas oficial. A postagem de Havelange, a neta, é mais um motivo para os brasileiros boicotarem a Copa do Mundo, evento desnecessário para um país que vive açoitado pela crise e cercado pelas mazelas.

27 de maio de 2014
ucho.info

O REINO DE LULA

 

ipojuca_pontes_15“Há algo de podre no reino da Dinamarca”, considerou o Príncipe Hamlet a respeito do naufrágio moral do país escandinavo, na mais longa e provavelmente complexa das tragédias de William Shakespeare. A peça do dramaturgo eterno tem como cenário histórico o ambiente de corrupção, roubo, assassinato, adultério, incesto e suicídio que dominava o trono da velha Dinamarca.
No entrecho, o angustiado Príncipe descobre que um ambicioso tio matou o Rei, seu pai, se apossou da viúva, sua mãe, com quem se casou, e ainda por cima planeja deportá-lo. Para sobreviver, Hamlet finge-se de louco, ao tempo em que desencadeia sobre o trono manchado um projeto de vingança do qual ninguém escapa – nem ele mesmo.
 
Outro dia, um subintelectual caboclo, cultor da sinistrose, no propósito de interpretar o que se passa no Brasil contemporâneo, vaticinou num jornalão carioca que havia “algo de podre” no cenário político e social tupiniquim. Sua tese, formulada em tom de calculado arrebatamento, era de que, dentre em breve, o país, o vosso país, iria cair de podre. Literalmente. Na sua ira defasada, o subintelectual esquerdista, antigo vassalo de Lula, profetizava ameaçador: “Tudo vai explodir em 2015! Tudo vai explodir em 2015!”
 
Já outro cronista (historiador de profissão) fez previsão esdrúxula: diante do tecido purulento que encobre o governo socialista-leninista, vislumbra para breve o fim melancólico do PT (Partido dos Trapaceiros) que há mais de década corrompe oficialmente o Gigante Adormecido. Ele prevê (um tanto por idealizado desejo) o fim do governo petista nas próximas eleições, projetando, por outro lado, a vitória da inexistente oposição, que, para ele, uma vez eleita, presumivelmente encontrará enormes barreiras para exercer o poder.
 
Vamos por partes (como diria o açougueiro Jack). Em primeiro lugar, é preciso dizer que o Brasil não “vai cair de podre”, e isto por uma simples razão: ele já caiu. Digo e repito: de podre, ele já caiu. Basta olhar. Com efeito, o combalido organismo da nação está encharcado de pus, um pus denso e abundante a porejar por todo seu corpo institucional, pus que viceja nas cátedras, púlpitos, parlamentos, burocracias e toda a vida econômica, social e política da taba – pública e privada.
 
Exemplo? Bem, vejamos: quando, a partir de boato divulgado na onipotente Internet, a população ensandecida estraçalha na rua uma mulher indefesa (Fabiane de Jesus, moradora periférica de Guarujá, acusada de sequestro que não praticou), fica cabalmente demonstrada a falência do aparelho de segurança do Estado e da própria saúde moral da sociedade. (A bem da verdade, se diga, ambos subjugados, de forma programática, pelo bafo da ideologia revolucionária, tida como “transformadora”, disseminada no âmago do poder pelo bando vermelho que subverte o País).
 
Por sua vez, prognosticar para breve o fim melancólico do cada vez mais forte PT (Partidos dos Trapaceiros) e, pior ainda, projetar a possível vitória da canhestra oposição nas próximas eleições não passa, convenhamos, de tola especulação. Sim, é verdade, grande parte da classe média está mais do que saturada de um governo que a esmaga, ansiosa por protestar nas ruas e nas urnas e para vê-lo por trás das grades. Mas, ricos e pobres, é de se reconhecer, corrompidos pela práxis governamental, não só convivem bem com “tudo isto que ai está”, como aceitam de bom grado sua perpetuação. Estou enganado?
 
De fato, o Reino de Lula (e Dilma) expele pus por todos os poros, muito mais fétido do que o “algo de podre” conjeturado pelo Príncipe da Dinamarca. Nele, onde se apertar escorre pus. Em abundância, pelo menos, na área cultural (regiamente corrompida), no segmento partidário, nos ministérios, empresas e bancos oficiais, sindicatos e centrais de trabalhadores. O próprio Lula, Mefistófeles caboclo, com sua voz patológica, transita lépido e soberano no charco purulento que ajudou a criar.
E é exatamente por isso que o seu reino infectado, contraditoriamente, ainda vai durar.

27 de maio de 2014 
Ipojuca Pontes, ex-secretário nacional da Cultura, é cineasta, destacado documentarista do cinema nacional, jornalista, escritor, cronista e um dos grandes pensadores brasileiros de todos os tempos.

AYN RAND



27 de maio de 2014

EU JÁ VI MULHER DE PEITO, MAS IGUAL A CIDINHA CAMPOS, NUNCA!

Gostando ou não - eu mesmo tenho lá as minhas restrições -, há de se reconhecer que Cidinha Campos é talvez a única figura política do Rio de Janeiro com coragem para enfrentar os marginais que infestam o Executivo, o Legislativo e o Judiciário do Estado.

É bom frisar que ela não está lidando com borra-botas, mas sim com criminosos de alta patente, travestidos de vereadores, deputados, juízes, etc., que matam e mandam matar sem o menor remorso.

Assistam o vídeo com uma pequena mostra dos "melhores momentos" de Cidinha.

27 de maio de 2014

O HUMOR DO DUKE


Charge O Tempo 27/05
 
 
27 DE MAIO DE 2014




ENVOLVIDO NA LAVA-JATO, DEPUTADO NEGROMONTE QUER SER INDICADO AO TCM



Afastado por Dilma Rousseff do Ministério das Cidades em fevereiro de 2012, sob suspeita de irregularidades, o deputado federal Mário Negromonte (PP-BA) desistiu de disputar a reeleição. Mas planeja se manter numa folha pública. O governador baiano Jaques Wagner (PT) indicou-o para o posto de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia. O cargo é vitalício e o salário equivale ao de desembargador. Coisa de R$ 26,5 mil.
 
Tudo caminha em ritmo de toque de caixa. A indicação de Negromonte foi enviada à Assembleia Legislativa há uma semana. Com a velocidade de um raio, nomeou-se como relator o deputado estadual Aderbal Caldas. Filiado ao PP de Negromonte, o parlamentar apressou-se em produzir um parecer atestando a legalidade da indicação do correligionário.
 
Sem delongas, programou-se para esta terça (27), uma sabatina de Negromonte na Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia baiana. Aprovado ali, o nome será submetido à apreciação do plenário da Casa. Algo que os aliados do governador petista, em franca maioria, tramam fazer 24 horas depois, na quarta (28).
 
Por mal dos pecados, Negromonte foi abalroado no final de semana por uma notícia desagradável. A revista Veja obteve os registros de entrada no prédio onde funcionava o escritório do doleiro preso Alberto Youssef, em São Paulo. A lista de visitantes inclui cabeças coroadas do Congresso. Entre elas a de Negromonte. Que era identificado na planilha apenas pelos três primeiros nomes: ‘Mário Silvio Mendes’ -sem o Negromonte, seu sobrenome mais conhecido.
 
Ouvido, o ex-ministro de Dilma disse que não mantinha relações com Yossef. Por uma dessas infelizes coincidências, um de seus irmãos trabalhava no escritório do doleiro. Por outra triste casualidade, o PP de Negromonte patrocinara, sob Lula, a nomeação para a diretoria de Abastecimento da Petrobras de Paulo Roberto Costa, encrencado junto com Youssef na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
 
Se o Brasil fosse um país lógico, o governador petista da Bahia e seus aliados na Assembleia contariam até 100 mil antes de transformar Negromonte em fiscal das contas municipais. No mínimo aguardariam até a conclusão da operação da PF. Em vez disso, optaram por agir duas vezes (indicação e aprovação) antes de pensar.
 
27 de maio de 2014
Do Blog do Josias

DEPUTADOS NEGROMONTE E ARGOLO FLAGRADOS EM NEGOCIATAS COM DOLEIRO


 
Os deputados federais baianos Luiz Argolo (SDD) e Mario Negromonte (PP) foram citados em matéria publicada pela revista Veja neste domingo (25) com o título de “Os nobres clientes do doleiro”.
A publicação mostra quem são os parlamentares que mantinham relações diretas com o doleiro Alberto Youssef, preso na operação Lava Jato da Polícia Federal acusado de comandar um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que movimentou cerca de R$ 10 bilhões.

Segundo imagens captadas pelas câmeras de segurança do prédio onde funcionava o escritório de Youssef, em uma área nobre da zona Oeste da capital paulistana, os parlamentares da Bahia não usavam os seus nomes públicos, com os quais foram eleitos, ao se registrarem em visitas ao local.
Negromonte, que nega ter qualquer relação com o doleiro e diz apenas ter um irmão que trabalhava no escritório do doleiro, se identificava como "Mario Silvio Mendes" (seu nome completo é Mario Silvio Mendes Negromonte).

Já Luiz Argolo, que se chama João Luiz Argolo dos Santos, aparece nos registros apenas como "João Santos". Na lista da PF, deputados de outros estados também aparecem como regulares visitantes do local.
Além disso, a matéria da Veja ainda teve a acesso a comprovantes bancários de depósitos feitos em dinheiro vivo na conta do senador e ex-presidente da República Fernando Collor que podem estar relacionados ao esquema de lavagem do doleiro.

27 de maio de 2014
Do Bahia Notícias

PF AGORA APONTA LIGAÇÃO ENTRE ASSESSOR DE ROSEANA SARNEY E DOLEIRO



 

Relatório da Polícia Federal liga o doleiro Alberto Youssef, preso no dia 17 de março em São Luís (MA) sob acusação de comandar um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões, a um assessor especial da Casa Civil do Maranhão, nomeado pela governadora Roseana Sarney (PMDB).
 
Documentos mostram que uma pessoa que acompanhava Youssef no dia da prisão deixou uma caixa na portaria de um hotel para Milton Braga Durans, desde 1º de agosto de 2013 assessor especial da Casa Civil maranhense.
 
De acordo com a PF, câmeras de segurança interna mostram que Youssef e a pessoa que o acompanhava, identificada como Marco Antônio de Campos Ziegert, chegaram no mesmo momento ao Hotel Luzeiros, na madrugada do dia 17 de março, mas se hospedaram em quartos separados -o doleiro, no 7º andar, e Ziegert, no 13º.
 
Às 03h29, Youssef subiu até o andar do acompanhante com uma das duas malas pretas que trouxe consigo e retornou sem ela para seu quarto, "dando a entender que deixou a referida mala no quarto de Marco Ziegert", diz o relatório da polícia.
 
Não há descrição sobre a profissão ou conexões de Ziegert com o doleiro no documento da PF.
 
Às 10h47, Ziegert deixa o hotel com a mala preta deixada por Youssef em um táxi -o destino é desconhecido da PF- e volta às 15h30 sem nada nas mãos.
 
É nesse momento que Ziegert deixa uma caixa na recepção do hotel. Após entrevistas feitas pela polícia, descobriu-se que a encomenda deveria ser repassada para o assessor especial do governo do Maranhão.
 
O Hotel Luzeiros informou que Milton compareceu ao estabelecimento dias depois e retirou a encomenda.
 
Segundo Figueiredo Basto, advogado do doleiro, Youssef disse que se tratava de uma caixa de vinho.
 
"Ele me disse: não tem dinheiro nenhum, foi vinho que foi deixado lá. Não disse o motivo de ter deixado a caixa, deixei para um cara que estava me ajudando com uns terrenos lá", afirmou.
 
TERRENOS
 
Youssef, segundo a defesa estava na capital do Maranhão na data em que foi preso procurando terrenos para construir um hotel.
 
"É impossível querer dizer que não estivessem juntos lá. Agora, o objeto de estarem lá juntos não era a corrupção de nenhuma autoridade", disse o advogado.
 
Figueiredo Basto não deu informações sobre quem é Ziegert e qual é a relação dele com Alberto Youssef.
 
A Folha não conseguiu localizar nesta segunda-feira (26) nem o assessor de Roseana, nem Ziegert.

27 de maio de 2014
De Andréia Sade / Folha

PT MONTA GRUPO PARA INVESTIGAR DEPUTADO LIGADO AO PCC. AGORA VAI!

 

O deputado petista que faz reunião sobre ônibus com o PCC que queima ônibus. Já foi presidiário e cinco anos depois é milionário.
 
A Executiva do PT paulista decidiu abrir uma comissão interna para ouvir as explicações do deputado estadual Luiz Moura sobre sua participação em reunião com um grupo de integrantes do PCC, em março deste ano.
 
Segundo nota divulgada pelo partido nesta segunda (26), o grupo, que irá "avaliar as denúncias feitas contra o deputado", será composto pelo líder da bancada petista na Assembleia, João Paulo Rillo, o deputado estadual Gerson Bittencourt, o secretário-geral Vilson Augusto e o presidente estadual do PT, Emidio de Souza.
 
A assessoria da legenda afirmou que não está definido quando a comissão iniciará seus trabalhos, quais são os prazos da investigação e as possíveis punições. De acordo com apuração da Polícia Civil de São Paulo, Moura se reuniu na sede de uma cooperativa de transporte, a Transcooper, com ao menos 13 membros do PCC. Entre os integrantes da facção estava um dos criminosos que participaram do furto ao Banco Central de Fortaleza, em 2005. A polícia descobriu o encontro ao investigar ataques a ônibus na capital paulista.
CAMPANHA
 
Moura teve quase um terço de sua campanha à Assembleia, em 2010, bancada pelo secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, que colaborou com R$ 200 mil. Em nota, o secretário disse que sua relação com Moura "ocorre no âmbito institucional e democrático".
Em entrevista a José Luiz Datena, na TV Band, o deputado estadual disse está sendo vítima de uma "perseguição política". "Graças a Deus, eu nunca tive ligação com nenhuma facção criminosa. O que estão me acusando, não condiz com a realidade. Primeiro, porque estava prestando um serviço à população da cidade de São Paulo, fazendo que não houvesse greve", afirmou. Procurado pela reportagem, Moura não respondeu aos contatos até a conclusão desta edição.
 
(Folha de São Paulo)
 
27 de maio de 2014
in coroneLeaks

RIO DE JANEIRO ANTIGO

DA POBREZA PARA UM PATRIMÔNIO DE R$ 5,1 MILHÕRD

Só os petralhas operam esses milagres – Deputado do PT sai da miséria para um patrimônio de R$ 5,1 milhões

Luiz Moura, que já cumpriu pena por roubo a mão armada, tem empresa de ônibus, cinco postos de gasolina, quatro casas…

O DEPUTADO BANDIDO E O CONVIDADO ESPECIAL Luiz Moura (primeiro à esquerda) comemora seu aniversário com a presença de Alexandre Padilha (camisa azul), candidato petralha ao Governo do Estado de São Paulo. Tudo em casa…

Ora enrolado na trama que o envolveu em uma reunião com suspeitos de integrar o PCC, o deputado estadual Luiz Moura (PT) é um empresário de sucesso. Ao menos é o que se depreende da sua evolução patrimonial.

Documentos que vieram a público pelo portal do Estadão na última sexta feira, 23, revelam que, em cinco anos, Moura saiu de uma situação de pobreza para ser detentor de um patrimônio de R$ 5,1 milhões.


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Em janeiro de 2005, para solicitar sua reabilitação criminal à Justiça catarinense — que o condenara por roubo —, além de afirmar que praticara os crimes porque usava entorpecentes, mas se regenerara, Moura assinou um atestado de pobreza no qual sustentava não possuir “condições financeiras de ressarcir a vítima”, no caso, um supermercado do qual subtraiu R$ 2,4 mil em Ilhota (SC).

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Além disso, apresentou uma declaração de Imposto de Renda de 2004 (ano calendário 2003) na qual afirmava que, em todo o ano anterior tivera rendimentos que somaram R$ 15,8 mil, ou o equivalente a R$ 1,3 mil por mês.

Em 2010, contudo, quando se apresentou pela primeira vez como candidato, Luiz Moura, em sua declaração de bens, apresentou um patrimônio de R$ 5,1 milhões, dos quais R$ 4 milhões em cotas de uma empresa de ônibus — a Happy Play Tour —, cinco postos de gasolina, quatro casas e um ônibus.

Na ocasião, convenceu 104.705 eleitores a votarem nele, o que lhe rendeu uma cadeira na Assembleia Legislativa e um mandato de quatro anos.

27 de maio de 2014
Estadão online
 

AÉCIO NEVES CRIA TRINCHEIRA JURÍDICA E DIGITAL DE ALTO NÍVEL PRA PROTEGER SUA CAMPANHA DOS ATAQUES DOS TERRORISTAS CIBERNÉTICOS DO PT


Especialistas de alto nível monitoram 24 horas do dia a internet com varredura que alcança todas as redes sociais, sites e blogs.
Uzeiro e vezeiro em aplicar o jogo sujo com dossiês fajutos, intrigas e calúnias, aliás o método de todos o partidos comunistas, o PT aparentemente, aposentou aquele pessoal dito do "setor de inteligência", outrora dirigido pelo churrasqueiro de Lula e passou a utilizar as redes sociais e blogs da esgotofera para lançar infâmias e mentiras contra oposição, notadamente contra o senador Aécio Neves. 

Entretanto, o PT não contava com um pontente firewall levantado pela campanha de Aécio Neves, uma verdadeira trincheira jurídica e tecnológica, que já está detonando os terroristas cibernéticos organizados por Lula e seus sequazes.

Enquanto o PT cria um batalhão de jagunços ideológicos para disseminar a mentiras e calúnias por meio da internet, sobretudo nas redes sociais, a campanha de Aécio Neves investe acertadamente em suas frentes: a trincheira jurídica e digital, contando com especialistas de alto nível para estourar o complô virtual do PT e, de outro lado, mantém uma assessoria técnica constituída por experts em todas as áreas que formata o conteúdo propositivo da campanha e elabora análises diárias fornecendo os elementos que facultam ao candidato calibrar o seu discurso com segurança e consistência.

A propósito, o site de O Globo publicou uma matéria que mostra como funciona a trincheira de defesa jurídica e cibernética da campanha de Aécio Neves, a mostrar que desta feita o buraco e mais embaixo. Vejam:

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), pré-candidato à Presidência da República, montou um time de estrelas jurídicas — que inclui três ex-ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e especialistas em Direito na área digital — para a guerra política que vai ser travada durante a campanha eleitoral. Cada um terá uma área específica de atuação.
O núcleo digital da defesa do senador descobriu que parte dos ataques virtuais à imagem do tucano partiu de dentro de órgão públicos, como a Eletrobras e a prefeitura de Guarulhos, comandada há 14 anos pelo PT.
 
- Identificamos uma atuação simultânea contra o senador Aécio Neves em diversos pontos do país. Muitos partindo de computadores situados em órgãos públicos. Inclusive já temos comprovação de que um dos ataques partiu de dentro da Eletrobras - afirmou a advogada Juliana Abrusio, do escritório Opice Brum.
 
De acordo com Juliana Abrusio, a utilização de computadores da estatal para ataques ao senador não é o primeiro identificado num órgão público. Ontem, a “Folha de S. Paulo” publicou que Aécio foi vítima de ações que partiram de computadores da prefeitura de Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo.
 
Procurada pelo GLOBO, a assessoria de imprensa da prefeitura de Guarulhos informou que foi aberta uma investigação para apurar a denúncia. Ainda de acordo com a assessoria, a prefeitura desconhecia o uso das instalações municipais para ataques a políticos.
 
- Há uma atuação simultânea, em locais diferentes, utilizando perfis compartilhados Ou seja, o mesmo perfil é acessado por pessoas em diferentes cidades, o que representa uma organização. Há evidências de que esses grupos agem como quadrilhas virtuais - acrescentou a advogada.
 
A descoberta aconteceu depois que Aécio conseguiu, na Justiça, quebrar o sigilo contratual de clientes de 27 empresas que prestam serviços relacionados à internet, com o objetivo de descobrir quem estava por trás de páginas com o nome “Aécio Boladasso”.
Segundo Juliana, já é possível dizer que há uma rede coordenada para fazer ataques virtuais ao pré-candidato tucano em diversos estados.
 
- Contratamos peritos para avaliar e investigar as contas criadas para denegrir a imagem do senador. Estamos assustados com o número de ofensas virtuais que já estão acontecendo - disse a advogada.
 
Além de Juliana, o advogado Renato Opice Blum também estará atento ao uso de técnicas como robôs virtuais para viralizar boatos contra o tucano.
 
Eleição judicializada
 
Há outros cinco juristas sob a coordenação do deputado Carlos Sampaio (SP). Os ex-ministros do TSE Carlos Eduardo Caputo Bastos e Marcelo Henriques Ribeiro de Oliveira serão responsáveis por cuidar dos assuntos relacionados ao tribunal em Brasília. O advogado José Eduardo Rangel de Alckmin, que também foi ministro do TSE e é primo do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), vai cuidar dos recursos nos estados e acompanhar os candidatos a governador.
 
Já o ex-subprocurador-geral da República José Roberto Figueiredo Santoro, que tem bom trânsito no Ministério Público Federal, vai atuar na área criminal e nos casos de improbidade administrativa.
 
- A eleição será muito judicializada, trabalhar com o PT em uma disputa nacional é muito difícil, eles tangenciam a legalidade sem nenhum receio.
Por isso, optei por organizar uma forma metodológica de trabalho em equipe.
Um não vai interferir no trabalho do outro, mas todos vão trabalhar de forma conjunta e complementar.
Apesar das competências específicas, todos serão ouvidos, e faremos conferência quando tivermos um debate maior - explica o deputado Carlos Sampaio, que também é advogado.
 
Auxiliando o parlamentar na coordenação jurídica da campanha estão os advogados Flávio Henrique Pereira da Costa - da liderança do PSDB na Câmara - e o advogado Gustavo Kanffer, que defende o partido.
 
 
27 de maio de 2014
in aluizio amorim

INFORMAÇÕES DA PF REVELAM QUE EX-DIRETOR DA PETROBRAS LEVAVA UMA VIDA DE NABABO E TENTAVA ESCAPAR DAS MALHAS DO FISCO


 
O ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, quando foi liberado da prisão pelo Ministro Teori Zavascki, do STF. Abaixo uma lancha Intermarine, marca da embarcação que faz parte dos bens adquiridos por Paulo Roberto, segundo revelou a Polícia Federal.
A Polícia Federal encontrou, em documentos armazenados pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, indícios de sonegação fiscal.
 
Costa é, de acordo com a PF, um dos pivôs do esquema de lavagem de 10 bilhões de reais investigado pela operação Lava-Jato, paralisada desde o último dia 18, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
 
O ex-diretor envolveu a família – suas duas filhas e dois genros – no mecanismo de ocultação de ganhos ilícitos, de acordo com investigadores do caso.
A julgar pelos documentos apreendidos e pelas declarações de bens apresentadas à Receita Federal, o ex-diretor, a mulher Marici Costa, as filhas Arianna e Shanni Bachmann e os genros Márcio Lewkowicz e Humberto Mesquita gastaram, nos últimos cinco anos, mais de 10 milhões de reais em imóveis e em uma lancha de alto padrão.

FAMÍLIA ENVOLVIDA

No notebook de Arianna os policiais federais encontraram documentos que detalham orientações sobre como escapar da mira do Fisco com justificativas para gastos elevados, como a compra de um apartamento.
Em arquivo de nome IR2013, Arianna anota que, na aquisição de um imóvel, pagou 580.000 reais "por fora" e outros 100.000 reais procedentes de contas bancárias.
Pelo valor total de 680.000 reais, registrado em cartório, ela adquiriu um apartamento de 107 metros quadrados no edifício Saint Martin, na Península, região da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
O valor causou estranheza a corretores de imóveis, porque foi exatamente o mesmo pago pela antiga proprietária um ano antes – o imóvel vale, atualmente, 1,3 milhão de reais, como revelou reportagem do site de VEJA. "Preciso fazer caixa desse valor restante", diz o texto.
 
Investigadores do caso entrevistados pelo site de VEJA explicaram que o termo "fazer caixa" é usado por sonegadores para se referir à prática de originar rendimentos com aparência lícita. O objetivo é justificar despesas para as quais o contribuinte não conseguiria apresentar fonte de custeio apenas com o patrimônio que tinha declarado à Receita Federal.
No caso de Arianna, ela mencionava que uma das estratégias seria aumentar seu salário na Costa Global, a consultoria do pai, para 20.000 reais – ou seja, para "fazer caixa".
 
A preocupação tinha motivo. Quando um contribuinte demonstra despesas maiores do que o patrimônio financeiro disponível em determinado ano, a Receita Federal costuma lavrar multa por "acréscimo patrimonial a descoberto".
 
Esse tipo de autuação ocorre quando o auditor do Fisco constata que o contribuinte omitiu rendimentos tributáveis e, por isso, conseguiu arcar com tais despesas. A punição também pode ocorrer na esfera criminal, em processo por sonegação fiscal.

CONTAS MILIONÁRIAS
 
Mesmo com as investigações paralisadas, Costa e a esposa Marici continuam com ativos financeiros bloqueados pela Justiça. Ele foi proibido de movimentar 1,3 milhão de reais nas contas bancárias que possui no Brasil. Ela teve direito a utilizar apenas a conta onde recebe uma pensão de aposentadoria da Petrobras, mas ficou com 1,3 milhão de reais bloqueados por ordem judicial.
 
Arianna não era a única preocupada com a declaração de bens à Receita Federal. Nos documentos enviados ao Fisco nos últimos anos, diversos familiares declararam ter recebido empréstimos de terceiros, de forma a turbinar os rendimentos, de acordo com fontes que atuaram na investigação.
 
É um expediente que também costuma ser adotado para "fazer caixa" e cometer sonegação fiscal, segundo os investigadores. Os sinais de riqueza da família de Costa ficaram mais evidentes nos últimos cinco anos. Levantamento do site de VEJA mostra que, nesse período, a família declarou gastos de 6,4 milhões de reais em imóveis somente na capital do Rio de Janeiro.

 O ex-diretor também fez compras de alto padrão em áreas de elevado interesse turístico no entorno do Rio. Ele gastou parte do patrimônio na expansão de uma mansão em Petrópolis, no condomínio Quinta do Lago, avaliada na declaração de bens de 2012 em 1,4 milhão de reais, e na compra de um terreno de 11,49 hectares em Campos dos Goytacazes, Norte Fluminense, com valor estipulado em 300.000 reais.
A última grande aquisição custou 3,2 milhões de reais no ano passado: um lote no condomínio Porto Belíssimo, de frente para a Praia do Cação, em Mangaratiba, Sul Fluminense. A compra aparece registrada no notebook de Arianna e foi feita pela Sunset Global Investimento e Participações, uma das empresas da família.

LANCHA DE ALTO LUXO
 
A família também comprou uma lancha Intermarine 42 pés por 999.618,25 reais, de acordo com laudo da Polícia Federal. A embarcação está registrada em nome da Sunset Global Investimento e Participações. No site da fabricante, é ressaltado que o produto é vendido como uma embarcação luxuosa com "ambientes requintados".
 
A operação Lava-Jato foi paralisada depois que o ministro do STF Teori Zavascki concedeu habeas corpus requisitado pelo advogado Fernando Fernandes, que defende o ex-diretor. Pelo argumento do defensor, apenas o STF poderia julgar os crimes descobertos na Lava-Jato porque parlamentares apareceram ligados à quadrilha - os deputados Luiz Argôlo (SDD-BA), André Vargas (sem partido-PR) e Cândido Vaccarezza (PT-SP).
 

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE


                                          A bola fora da Dilma!


 
27 DE MAIO DE 2014

PSDB ACIONARÁ MINISTÉRIO PÚBLICO PARA INVESTIGAR OS TERRORISTAS CIBERNÉTICOS DO PT QUE AGEM NAS REDES SOCIAIS


 
O PSDB apresentará nesta quinta-feira ao Ministério Público de São Paulo um pedido de investigação contra funcionários da prefeitura de Guarulhos (SP), administrada por Sebastião Almeida (PT). Servidores locais são suspeitos de ter utilizado computadores da instituição para criar páginas na internet com ofensas ao presidente da legenda e pré-candidato à presidência da República, senador Aécio Neves (MG).
 
O coordenador jurídico nacional da pré-campanha do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP), planeja duas representações – por improbidade administrativa e crime contra a honra. "É inaceitável o PT utilizar estrutura do Estado para difamar", disse. Sampaio afirmou também que encaminhará nesta terça-feira uma representação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o PT por propaganda eleitoral antecipada negativa.
 
A informação de que parte dos ataques virtuais a Aécio partiu de equipamentos localizados dentro da prefeitura de Guarulhos consta em documentos da Justiça paulista. Os vínculos dos administradores dos perfis anti-Aécio no Facebook com a prefeitura petista foram publicados pelo jornal Folha de S.Paulo.
 
Em sua página oficial, Aécio se disse vítima de uma "covarde campanha de agressões, calúnias e mentiras nas redes sociais". Aécio chamou de "jogo baixo" o suposto envolvimento do PT no caso. Afirmou, ainda, que a atitude demonstra "desespero" e "falta de responsabilidade" dos adversários.
 
 
27 de maio de 2014
in aluizio amorim

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Investidores questionam conflito de interesse na nomeação de membros do governo para auditar a Petrobras

 
A Presidenta Dilma Rousseff obrou na cabeça do Exército e dos acionistas minoritários da Petrobras, com a nova composição do Comitê de Auditoria da empresa. Investidores vão acionar a estatal de economia mista na Securities and Exchange Commission dos EUA para denunciar que o governo brasileiro nomeou auditores em franco conflito de interesses. A velha jogada de escalar raposas para tomar conta do galinheiro soou péssima no mercado.
A presidente da estatal, Maria das Graças Foster, teve a ousadia de comunicar à SEC que os novos conselheiros de auditoria "atendem os requisitos de independência previstos". Graça só pode estar fazendo graça com o mercado, já que Luciano Coutinho (presidente do BNDES) e Miriam Belchior (Ministra do Planejamento) fazem parte do governo – que comanda a União, o acionista controlador. Logo, o conflito de interesses destes auditores fica evidente.
Coutinho e Belchior – claramente ligados ao governo - substituem os representantes dos acionistas minoritários no Conselho de Auditoria: o executivo Mauro Cunha e o General de quatro estrelas, Francisco Roberto de Albuquerque, ex-comandante do Exército. Formado por integrantes do Conselho de Administração da empresa, o Comitê de Auditoria cuida da fiscalização e apoio ao trabalho do auditor independente da companhia, além de analisar as demonstrações financeiras e a eficácia dos controles internos.
A saída do General Albuquerque não tem justificativa, já que ele não criava problemas para o governo. Ao contrário de Mauro Cunha que foi o único membro do Conselho Fiscal a se opor à aprovação dos resultados de 2013 da Petrobras. Mauro Cunha avalia que foi "expelido" do comitê em retaliação por seus questionamentos sobre a conduta financeira da empresa. E, também, pelas críticas e cobranças de informações sobre a compra da refinaria de Pasadena, no Texas – ato que compromete a imagem de “gestora eficiente” da hoje Presidenta Dilma, que apoiou a operação quando presidiu o Conselho de Administração da Petrobras.
 
Além de Sergio Franklin Quintella, vice-presidente da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e integrante do Conselho de Administração desde 2009, a hegemonia do acionista controlador da Petrobras fica totalmente assegurada com a chegada de Luciano Coutinho (conselheiro da empresa desde  2008) e de Miriam Belchior, conselheira desde 2011. A mudança no comitê de auditoria é mais uma jogada política para blindar a empresa nos atuais escândalos e nas novas broncas previstas para estourarem na fase eleitoral.
 
Super Alerta


Justiça de transição
 
Advogado Rodrigo Roca - que defende três dos cinco militares acusados pelo homicídio e ocultação do cadáver do ex-deputado federal Rubens Paiva, em janeiro de 1971 – vai ingressar com um habeas corpus para bloquear a ação penal movida pelo Ministério Público Federal.
 
O defensor dos militares alega que o caso não tem como ir adiante, pela prescrição dos crimes e pela incidência da Lei de Anistia.
 
O juiz federal Caio Márcio Gutterres Taranto aceitou denúncia contra o general reformado José Antônio Nogueira Belham, os coronéis reformados Raymundo Ronaldo Campos e Rubens Paim Sampaio e os sargentos reformados Jurandyr e Jacy Ochsendorf e Souza.
 
Tese contrária
O juiz Taranto prega que a morte de Paiva se insere “na qualidade de crimes contra a humanidade”, que impede a incidência da prescrição:
 
“O homicídio qualificado pela prática de tortura, a ocultação do cadáver (após tortura), a fraude processual para a impunidade (da prática de tortura) e a formação de quadrilha armada (que incluía a tortura em suas práticas) foram cometidos por agentes do Estado como forma de perseguição política. A esse fato, acrescenta-se que o Brasil reconhece o caráter normativo dos princípios de Direito costumeiro internacional preconizados pelas leis de humanidade e pelas exigências da consciência pública”.
 
Ao cruzar depoimentos de militares e ex-presos com documentos históricos, os procuradores da República decidiram denunciar o general Belham e o coronel reformado Paim Sampaio, ex-agente do Centro de Informações do Exército (CIE), que estaria no DOI quando Paiva chegou, por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e associação criminosa armada.
 
O coronel Raymundo Ronaldo Campos, oficial de plantão no DOI-I no dia 22 de janeiro, e os sargentos Jurandir e Jacy foram acusados de fraude processual e associação criminosa armada.
 
Anistia ignorada
O juiz Taranto explicou, na decisão, que a denúncia do MPF trata de crimes previstos no Código Penal não protegidos pelas disposições da Lei da Anistia concedida em 1979
Para o magistrado, o Artigo 1º da Lei de Anistia (Lei 6.683/79) não perdoa os crimes previstos na legislação comum, mas apenas os crimes políticos ou conexos a esses, “punidos com fundamento em atos institucionais e complementares”.
 
Se a lei vale para todos, os terroristas, sequestradores e assassinos hediondos da esquerda também podem acabar processados pelo mesmo motivo...
Ameaça Mensaleira
 
 
Profeta às avessas
 
Falhou a presidenta Dilma Rousseff na promessa feita em recente jantar com jornalistas esportivos no Palácio do Planalto, quando bravateou que “ninguém vai encostar a mão nas delegações das seleções”.
 
Uns 70 manifestantes, entre professores das redes municipal e estadual, que estão em greve, encheram de tapas o ônibus que levou ontem a seleção brasileira da CBF da porta de um hotel perto do aeroporto do Galeão, no Rio, até a Granja Comary, em Teresópolis.
 
Entre gritos que condenavam os gastos absurdos com o mundial da Fifa, os professores colaram adesivos na lataria do veículo, com a frase: “Não vai ter Copa”.
 
Resumo da bronca
 
Do professor de História, Antônio Jorge Braga, um dos manifestantes contra o busão da Seleção, resumindo a motivação do ato:
“Não temos nada contra a seleção ou os jogadores. Somos contrários à socialização das despesas e à privatização dos lucros. O governo gasta fortunas construindo estádios, enquanto escolas e hospitais públicos estão caindo aos pedaços”.
A “Copa das Copas” promete ser a “Copa das Broncas”...
PT morto
 
 
Problema dos outros
 
 
Torcida distorcida
 
 
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
 
27 de maio de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

A COPA DA ESPERANÇA E A COPA DO MEDO



 
Meu avô chegou em casa chorando. As ruas estavam desertas e o silêncio era total. Isso, no dia 16 de julho de 1950, quando o Brasil perdeu para o Uruguai. Lembro de meu avô dizendo que só se ouviam os sapatos. Os chinelos, até pés descalços desciam as rampas do Maracanã, e, vez por outra, alguém soluçava. Eu era pequeno e não entendia bem aquele desespero que excitava a criançada — ver adultos chorando! Muitos anos depois o Nelson Rodrigues me disse a mesma coisa: só os sapatos falavam. Mas, por que isso aconteceu?
A guerra tinha acabado, a Fifa nos escolhera para a sede da Copa porque a Europa estava ainda muito combalida pela guerra. Tivemos de construir o Maracanã, que o prefeito Mendes de Morais inaugurou como se fosse o símbolo de um Brasil novo — o maior estádio do mundo. Getúlio Vargas já era candidato a presidente democraticamente eleito e tínhamos a sensação de que deixaríamos de ser um país de vira-latas para um presente que nos apontava o futuro.
O governo Dutra tinha gasto a maior parte de nossas altas reservas do pós-guerra em importações americanas. Inteiramente submissos ao desejo dos gringos, nos enchemos de produtos inúteis: meias de náilon, chicletes de bola, bolinhas de gude coloridas com que jogávamos, ioiôs, carros importados, o novo clima do cinema americano, dos musicais da Metro, o sonho de alegria e orgulho que pedimos emprestado aos Estados Unidos.
Com ingênua esperança de modernidade, achávamos que nossa vez tinha chegado. E fomos ao jogo para ver nossa independência. Tínhamos certeza absoluta da vitória. Os jornais já fotografavam os jogadores do “scratch” como campeões invencíveis. Tínhamos ganho tudo. Apenas um empate com a Suíça, sete a um contra a Suécia, seis a um contra a “fúria” espanhola.
O estádio estava cheio de ex-vira-latas, de ex-perdedores; como diria Nelson Rodrigues, todos éramos patrióticos granadeiros bigodudos e dragões da independência, Napoleões antes de Waterloo. Não queríamos apena uma vitória, mas a salvação. Só a taça aplacaria nossa impotência diante da eterna zona brasileira. Queríamos berrar ao mundo: “Viram? Nós somos maravilhosos!”
 
Precisando de somente um empate, a seleção brasileira abriu o marcador com Friaça aos dois minutos do segundo tempo, mas o Uruguai conseguiu a virada com gols de Schiaffino e Ghiggia. Claro que foi um terrível lance de azar, mas, para nós, o mundo acabou. No estádio mudo, sentia-se a respiração custosa de 200 mil pessoas. Ouvia-se a dor. Foi uma mutação no país.
 
Não estávamos preparados para perder! Essa era a verdade. E a certeza onipotente leva à desgraça. Traz a morte súbita, a guilhotina. Sem medo, ninguém ganha. Só o pavor ancestral cria uma tropa de javalis profissionais para o triunfo, só o pânico nos faz rezar e vencer, só Deus explica as vitórias esmagadoras, pois nenhum time vence sem a medalhinha no pescoço e sem ave-marias. Isso é o óbvio, mas foi ignorado. E, quando o óbvio é desprezado, ficamos expostos ao sobrenatural, ao mistério do destino.
Um amigo meu, já falecido, Paulo Perdigão, escreveu um livro essencial para entender o país naquela época: a “Anatomia de uma derrota”, onde ele cria uma frase que nos explicava em 1950 e que nos explica até hoje: o Brasil seria outro país se tivéssemos ganho “aquela” Copa, “naquele” ano. “Talvez não tivesse havido a morte de Getúlio nem a ditadura militar.
 
Foi uma derrota atribuída ao atraso do país e que reavivou o tradicional pessimismo da ideologia nacional: éramos inferiores por um destino ingrato. Tal certeza acarretou nos brasileiros a angústia de sentir que a nação tinha morrido no gramado do Maracanã...”. E aí ele escreveu a frase rasgada de dor: “Nunca mais seremos campeões do mundo de 1950!”.
 
Esta sentença nos persegue até hoje. Talvez nunca mais tenhamos o peito cheio de fé como naquele ano remoto.
 
Lá, sonhávamos com um futuro para o país. Agora, tentamos limpar nosso presente. Somos hoje uma nação de humilhados e ofendidos, debaixo da chuva de mentiras políticas, violência e crimes sem punição. Descobrimos que o país é dominado por ladrões de galinha, por batedores de carteira e traficantes. E mais grave: a solidariedade natural, quase “instintiva” das pessoas está acabando. Já há uma grande violência do povo contra si mesmo.
 
Garotos decapitam outros numa prisão, ônibus são queimados por nada, meninas em fogo, presos massacrados, crianças assassinadas por pais e mães, uma revolta sem rumo, um rancor geral contra tudo. Repito: estamos vivendo uma mutação histórica.
 
Há uma africanização de nossa desgraça, com o perigo de ser irreversível. E não era assim — sempre vivemos o suspense e a esperança de que algo ia mudar para melhor.
 
Isso parece ter acabado. É possível que tenhamos caído de um “terceiro mundo” para um “quarto mundo”. O quarto mundo é a paralisação das possibilidades. Quem vai resolver o drama brasileiro? As informações criam apenas perplexidade e medo mas, como agir? Não há uma ideologia que dê conta do recado.
 
 
O mais claro sinal de que vivemos uma mutação histórica é esta Copa do Medo. Há o suspense de saber se haverá um vexame internacional que já nos ameaça. Será péssimo para tudo, para economia, transações políticas, se ficar visível com clareza sinistra nossa incompetência endêmica, secular. Nunca pensei em ver isso. O amor pelo futebol parecia-me indestrutível. O governo pensava assim também, com o luxo dos gastos para o grande circo. E as placas nas ruas se sucedem: “Abaixo a Copa!”, “Queremos uma vida padrão Fifa!”.
Como vão jogar nossos craques? Com que cabeça? Será possível ganharmos com este baixo astral, com a gritaria de manifestantes invadindo os estádios? Haverá espírito esportivo que apague essa tristeza?
Antes, nas copas do mundo éramos a pátria de chuteiras. Hoje somos chuteiras sem pátria.
 
27 de maio de 2014
Arnaldo Jabor é Cineasta e Jornalista

A GRANDE MISTIFICAÇÃO DO SÉCULO PASSADO

Desde meus verdes anos, considerei a psicanálise uma solene vigarice. E Freud, um talentoso vigarista. Mas de que vale um universitário gaúcho contestar uma sumidade vienense? De nada. Segundo dogma estabelecido por seu criador, quem contesta a psicanálise está precisando de psicanálise. Ou seja, estamos diante de uma religião tão dogmática quanto o catolicismo.

A psicanálise, mal surgiu, foi violentamente contestada. Em Gog, Papini via Freud como um médico fracassado com pendores literários. Incapaz para a medicina, Freud dedicou-se à ficção. Assim nasceu a psicanálise. Surgiu agora na França, obra de um ensaísta que confirma minha posição de 40 anos atrás. Trata-se de Le crépuscule d’une idole. L’affabulation freudienne, de Michel Onfray, que trata Freud como um impostor.

Se um intelectual francês faz esta afirmação, é claro que tem muito mais autoridade que um gaúcho de Dom Pedrito. Mas Onfray, é bom antecipar, nada tem original.

Antes de entrar na discussão, relato minhas restrições à psicanálise. Não, não li Freud. Li apenas O Futuro de uma Ilusão, quando o pensador dos bosques de Viena dá uma no prego, após dar 250 na ferradura. Minha desconfiança com a nova religião decorre de meus contatos com psicanalistas. Ao chegar em Porto Alegre, tropecei com um fenômeno do qual jamais ouvira falar em Dom Pedrito, a psicanálise.

Defendo a idéia de que há embustes que só conseguem enganar intelectuais, jamais enganam o homem simples. Em Porto Alegre, capital intelectualizada, com universidades e farta massa cinzenta, os psicanalistas tinham um excelente mercado para vender seus peixes podres.

Em meados dos anos 70, na Reitoria da UFRGS, tive a chance de xingar a raça. Gritos e Sussurros, de Ingmar Bergman, era analisado por um crítico de cinema e dois psicanalistas. Como eu estava voltando da Suécia, fui convidado por um terceiro psicanalista para o debate. Porto Alegre, naqueles idos, vivia uma circunstância peculiar: sem produzir filmes, tinha uma crítica de cinema ativíssima. Luis Carlos Merten, o crítico, abriu os debates, com voz empostada: "Dois são os instintos básicos da humanidade: sexo e fome. Como não existe fome na Suécia, os suecos fazem um cinema de sexo".

Sem discutir a veracidade histórica da afirmação (no final do século XIX, Estocolmo era uma das cidades mais pobres e sujas da Europa), considerei que no Brasil ninguém passava fome. Vivíamos em plena época das pornochanchadas e o cinema nacional girava em torno a sexo. Merten mudou de assunto e passou a falar de Bergman, o "cineasta da alma".

Discordei. A meu ver, Bergman era o cineasta das neuroses sexuais. Em sua filmografia, o relacionamento físico entre os personagens é sempre sofrido, doloroso, traumatizante. (Quem não lembra o episódio dos cacos de vidro introduzidos na vagina, em Gritos e Sussurros?). Não por acaso, o cineasta estava em seu quinto casamento. Homem que não se acerta com uma mulher - afirmei - não se acerta com cinco nem com vinte e cinco. Mal terminei a frase, fui interrompido por um dos psicanalistas: "Não podemos invadir a privacidade de Bergman, que está vivo. Falemos de sua mãe, que já morreu".

O debate continuou por outros rumos. Em uma das cenas, a personagem principal, interpretada por Liv Ullmann, após jantar com o marido, pergunta-lhe se quer café ou se vai dormir. Interpretação do segundo psicanalista: "Café ou cama. Temos uma manifestação típica de sexualidade oral". Observei aos participantes da mesa que pretendia convidá-los para um cafezinho após o debate. Como arriscava ser mal interpretado, desistia da idéia. O debate foi rico em pérolas do mesmo jaez. Registro mais uma.

Da platéia, alguém perguntou por que razões Liv Ullmann usava duas alianças no mesmo dedo. Interpretou um dos analistas: "Agressão instintiva ao marido, desejo de viuvez antecipada. Ou ainda, uma projeção homossexual na mãe. Ela vê na mãe os princípios masculino e feminino e usa os dois símbolos no dedo". Lavei a alma naquela noite: o douto analista ignorava que na Suécia as mulheres costumavam usar ambas as alianças, a própria e a do marido.

Se a história terminasse aqui, até que não seria grave. Ao sair da Reitoria, fui abordado pelo Sérgio Messias, o psicanalista que me convidara para o debate: "Por que aquela agressão pessoal ao Meneghini? Tens algo contra ele?" Referia-se àquele que insistia em falar da mãe do Bergman. Ora, não me parecia ter agredido ninguém. E muito menos o tal de Meneghini, que via pela primeira vez em minha vida. "Acontece que ele também está na quinta esposa. E como sempre as leva para morar com a mãe, parece que também não está dando certo". Atirei no que vi, acertei no que não vi. Poucas noites ri tanto em minha vida.

Naquele dia, adquiri a firme convicção de que psicanálise era vigarice.


27 de maio de 2014
janer cristaldo