"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

ESTAMIRA

THE AGE OF STUPID - A ERA DA ESTUPIDEZ

A ERA DA ESTUPIDEZ

A HISTÓRIA SECRETA DA OBSOLESCÊNCIA PLANEJADA

A História Secreta da Obsolescência Planejada ... - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=5tKuaOllo_0
8 de nov de 2012 - Vídeo enviado por professorclodomar
A História Secreta da Obsolescência Planejada [Legendado PT] .... Obsolescência programada - Comprar ...


15 de janeiro de 2016
m.americo

LÍDERES MUNDIAIS REALMENTE SE PREOCUPAM COM O MEIO AMBIENTE??



Faz sucesso na internet uma fotografia tirada durante os instigantes debates da Conferência do Clima, recentemente realizada em Paris. É uma demonstração patética do exemplo que vem sendo dado por alguns dos principais líderes políticos do mundo. Será que alguém realmente pensa que eles estão interessados na preservação da natureza e na sobrevivência do planeta? Vejam a atenção que eles dedicam às importantíssimas discussões sobre leis e regulamentos internacionais para evitar o aquecimento global.
O primeiro à esquerda é o ministro do Exterior do Paquistão, Sartaj Azis, que dorme a sono solto. A seu lado, o vice-presidente americano John Kerry parece estar em rigor mortis. O terceiro é o primeiro-ministro do Afeganistão, Abdullah Abdullah, que aparenta estar drogado. Logo a seguir, o primeiro-ministro Nawaz Sharif, que também pegou no sono. O quinto é o primeiro-ministro britânico David Cameron, que aparece prestes a apagar. E assim caminha a humanidade, nas mãos dessas lideranças…
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PS – A foto foi enviada pelo comentarista Celso Serra, que ficou curioso em saber quem estava na tribuna. Sabe-se que não era a presidente Dilma Rousseff, porque ninguém dorme nas palestras dela, todos caem na risada o tempo todo. Ela interpreta uma espécie de Stand Up Comedy, em versão política, que tem admiradores no mundo inteiro.

15 de janeiro de 2016
Carlos Newton

GANHA FORÇA O IMPEACHMENT

Charge de Brum (reprodução da Tribuna do Norte)


A partir dessa nova onda de delações premiadas há quem se preocupe com a sorte do governo, da presidente Dilma, do ex-presidente Lula e do PT. Só por milagre eles recuperam popularidade e prestígio, mas podem perder mais coisa. A começar pelas eleições deste ano e de 2018, entrando na equação o próprio poder. O impeachment de Madame já não está tão longe quanto há duas ou três semanas. O volume de acusações dessa nova safra de denúncias surpreende pelo envolvimento, a participação e a tolerância de gente antes considerada acima de qualquer suspeita.
Tome-se a entrega da BR Distribuidora ao ex-presidente Fernando Collor pela presidente Dilma. Foi ao vivo, em audiência palaciana. Não há como desmentir a “doação”, confirmada pelo próprio ex-presidente e por Madame.
Nem vale à pena ficar citando as delações personalizadas de Fernando Baiano, Cerveró e outros personagens. Mesmo que estejam ampliando acusações ou até mentindo em determinadas situações, prevalece a natureza das coisas. Políticos, empreiteiros e altos funcionários públicos tem sido condenados e presos por ação da Justiça. O país inteiro toma conhecimento de suas falcatruas e roubalheiras.
DESPREZO AOS POLÍTICOS
Reflexos e consequências surgem inevitáveis. Primeiro o desprezo dedicado pelo cidadão comum aos políticos, mesmo com uns poucos sendo injustiçados. Depois, a descrença nas instituições. Junte-se a falência dos governos, do federal aos estaduais e municipais, e se terá a receita da rejeição, pelo povo, de quantos um dia imaginaram representá-lo.
É preciso prestar atenção no retorno de deputados e senadores a Brasília, no final do mês. Trarão na bagagem o sentimento de repúdio colhido junto às suas bases, até inutilmente dispostos a demonstrar pertencerem a outro universo, mas sabendo da mesma origem. Parece provável que venham menos tolerantes com o festival de corrupção revelado cada dia em maiores detalhes. Traduzindo: o impeachment da presidente Dilma ganhará força, senão bastante para destrona-la, pelo menos suficiente para intimidá-la. Cresce a certeza de que não adianta mais dar o dito pelo não dito e iniciar a ansiada recuperação nacional.   Ninguém acreditaria. Nem eles.

15 de janeiro de 2015
Carlos Chagas

SUPREMO ERROU FEIO, MUITO FEIO! E AGORA PRECISA SE CORRIGIR


Charge de Bessinha (reprodução do site Conversa Afiada)


Torna-se cada vez mais decepcionante a análise do estranho julgamento do rito do impeachment da presidente Dilma Rousseff, realizado dias 16 e 17 de dezembro pelo Supremo Tribunal Federal. Para um jornalista que há exatos 50 anos acompanha a política brasileira, é muito triste constatar que até mesmo a suprema corte apresente sintomas de podridão.
Em momentos de grave crise, já houve ocasiões em que os ministros do STF se curvaram diante dos detentores do poder, pois nem todos têm a coragem de um Adaucto Lúcio Cardoso e se despem da toga em pleno plenário, como protesto a arbitrariedades. Mas em situação de democracia plena, como a que estamos vivendo, jamais o Supremo mostrara tamanha servidão como agora, a ponto de descumprir uma das leis federais que regula exatamente o rito de seus julgamentos.
JULGAMENTO DO MÉRITO
Venham o que aconteceu no caso da ação do PCdoB, sobre o rito do impeachment, quando o Supremo, por unanimidade, ilegalmente transformou em julgamento do mérito uma simples sessão inicial para exame de liminares em medida cautelar.
Pela primeira, em democracia plena, se viu o Supremo desrespeitando uma lei federal. No caso, foi flagrantemente descumprida a Lei 9882/99, que regula a atuação do próprio STF no processamento de ações de Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), como é justamente o caso do processo movido pelo PCdoB, que tramita como ADPF 378.
UM RELATOR RELAPSO
Conforme esclareceu um oportuno artigo de Moacir Pimentel, publicado nesta quinta-feira aqui na Tribuna da Internet, partiu do próprio ministro Edson Fachin a proposta de transformar em julgamento do mérito a sessão de simples exame de liminares. Quer dizer, nem mesmo o relator da ação se interessou em fazer cumprir a legislação federal específica que regulamenta esse tipo de tramitação no Supremo.
O pior foi a justificativa canhestra do decano Celso de Mello, que deveria dar exemplo de respeito à lei, mas fez exatamente o contrário, ao apoiar a proposta ilegal do relator e fazer a seguinte observação:
“Relembro que quando do julgamento da ADPF 144 ajuizada pela AMB, o pedido era de mera cautelar, mas o Tribunal o converteu em julgamento definitivo, uma vez que todos os sujeitos da relação processual intervieram com sustentações orais que denotaram exame em profundidade e não apenas cognição sumária (…) Como há pelo menos um precedente, ele autoriza a proposta do eminente ministro Fachin” – alegou espantosamente Celso Mello.
COMO PODEM ERRAR ASSIM?
É inacreditável que os juristas do Supremo consigam errar tanto assim. Por unanimidade dos presentes (apenas Gilmar Mendes se ausentara), nove ministros embarcaram nessa onda do decano. Ninguém argumentou que as duas ações são inteiramente diversas.
A ação da ADPF 144 foi ajuizada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), que peticionava acerca de declarações de inelegibilidades. O mais importante é que, no caso, todas as liminares pedidas foram rejeitadas por unanimidade.
O caso da ADPF 378, foi totalmente diverso: houve liminares concedidas integralmente, outras parcialmente, e algumas denegadas, a unanimidade ficou longe de ser atingida, ocorreu votação até de 6 a 5, que hipoteticamente permitiria embargos infringentes.
Além do requerente (PCdoB) e das partes interessadas (a presidente da República e o Congresso Nacional), apresentaram-se à lide muitas outras partes, a saber: o PSDB, o DEM, o PT, o PSOL, o PSB, o Solidariedade, a Rede, a UNE (União Nacional dos Estudantes) e o PP, o que demonstra a extraordinária importância da questão, que se relaciona diretamente com o impeachment da presidente da República.
DIFERENÇA COLOSSAL
Qualquer estudante de Direito perceberia esta colossal diferença entre os dois processos. Um com todas as liminares rejeitadas por unanimidade; o outro, eivado de dúvidas e de interpretações altamente questionáveis. Como dar  idêntico procedimento a causas tão diferentes?
Portanto, o fato de transformar em julgamento de mérito uma controvertida sessão de liminares representa um erro judiciário que tem de ser revisto, para que a ADPF 378 siga seu caminho judicial, previsto na Lei 9882/99, recebendo as manifestações das 12 partes e da Procuradoria Geral da República, em seguida o parecer definitivo do relator e depois o ansiado julgamento do mérito.
Enquanto isso não acontece, a presidente finge governar e o país vai se derretendo.

LOBISTA CONFIRMA TER DADO R$ 2 MILHÕES PARA CAIXA 2 DE DILMA



Charles  acusado pelo delator Fernando Baiano de receber propina
Capella, ex-assessor de Palocci, foi reconhecido


O lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, reconheceu um ex-assessor do ex-ministro Antonio Palocci, chamado Charles Capella, como o interlocutor que estava numa casa em Brasília na qual foi acertada a doação de R$ 2 milhões para o caixa dois da campanha de Dilma Rousseff (PT) em 2010. Apesar de estar na casa, Capella não participou do encontro, segundo Baiano. Nessa época, Palocci era um dos coordenadores da campanha da Dilma à Presidência.
A reunião teria tido ainda a participação do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, na versão de Baiano. Segundo ele, Costa temia ser demitido do cargo de diretor de Abastecimento porque Dilma não gostava dele por causa da má fama do executivo dentro da estatal. Costa foi até Palocci para continuar no cargo com a eventual vitória de Dilma, ainda de acordo com Baiano, o que de fato ocorreu.
A versão de Baiano foi apresentada em acareação realizada nesta quinta (14) na Polícia Federal em Curitiba. Ele relatou à PF que o encontro ocorreu numa casa azul perto do lago Paranoá, em Brasília.
PALOCCI NEGA…
Palocci e Capella negam ter participado do encontro e dizem nunca ter se reunido com Baiano nem conhecê-lo. Segundo a assessoria de Palocci, já que a reunião não existiu, a versão de Baiano é mentirosa.
Já o doleiro Alberto Youssef não reconheceu Capella como sendo a pessoa para quem diz ter entregado R$ 2 milhões em um hotel em São Paulo, em 2010, a pedido de Costa. O montante, segundo o doleiro, foi entregue a uma pessoa que parecia ser motorista.
A presença de Capella na casa de Brasília foi citada em depoimentos do lobista Fernando Baiano, delator da operação.
Ao deixar o prédio, Capella se disse tranquilo, mas ressalvou que não deveria ter passado por uma “exposição desnecessária”.
A advogada dele, Danyelle da Silva Galvão, afirmou que Capella viu Youssef e Baiano pela primeira vez na acareação desta quinta (14) e que o encontro citado nunca ocorreu. Ela negou que seu cliente conheça Costa.
BUMLAI x BAIANO
A PF fez outra acareação nesta quinta (14), entre Baiano e o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula.
Bumlai negou que tenha agendado a suposta reunião entre Paulo Roberto Costa, Baiano e Palocci. Esta versão foi apresentada por Baiano em seu acordo de delação.
Baiano foi solto em novembro, depois de fechar um acordo para colaborar com as investigações. Youssef e Costa também assinaram acordos de delação.
Baiano reafirmou o que dissera aos investigadores: que o pecuarista usou sua influência junto ao PT para intermediar uma reunião de Palocci com Paulo Roberto Costa. Bumlai, no entanto, disse que isso nunca ocorreu. Ele afirmou que até conversou com Baiano sobre a situação de Costa na Petrobras, mas negou ter intermediado o suposto encontro.
SÍTIO EM ATIBAIA
Bumlai foi também ouvido sobre a chácara em Atibaia (SP) que é frequentada pelo ex-presidente Lula e seus familiares. Ele disse ter estado no imóvel duas vezes, depois de Lula ter deixado a Presidência, em 2010. O pecuarista negou que o ex-presidente seja dono do imóvel. Segundo ela, a chácara é de Jonas Suassuna e Fernando Bittar, sócios de Fábio Luís da Silva, filho do ex-presidente.
Bumlai negou também conhecer o arquiteto que reformou a chácara de Atibaia, que vive na mesma cidade que o pecuarista, em Campo Grande. A PF suspeita que Bumlai indicou o arquiteto e que a OAS bancou a reforma, o que a empresa nega.
Na acareação entre Bumlai e Baiano não foi questionado o repasse de R$ 2 milhões, pelo pecuarista, à nora do ex-presidente Lula para quitar um imóvel, como foi citado pelo lobista em delação.
Bumlai tem dito que Baiano repassou, na verdade, R$ 1,5 milhão como empréstimo para pagar empregados de suas fazendas, e que os recursos nada têm a ver com a nora de Lula.

15 de janeiro de 2016
Juliana Coissi e Mario Cesar Carvalho
Folha

GOLEADA VERGONHOSA: CINCO DIFERENÇAS ENTRE MACRI E DILMA (E LULA)

Muitos consideram indiferente a troca de um governo, acham que tudo “continua como está” independentemente de quem chefia o país. O discurso, claro, é falso.

E a Argentina hoje serve como maior exemplo disso – para desespero de Dilma, de Lula e dos petistas. Mauricio Macri, que preside o país vizinho há poucos dias, já estabeleceu diferenças ASTRONÔMICAS em relação à antecessora e também aos nossos presidentes do PT.
Vejam os 5 pontos essenciais e, mais que isso, vejam o quanto nossa situação é vergonhosa acerca disso:

Macri se tratará em hospitais públicos

Em primeiro lugar, nem adianta dizer que é “puro marketing”, sobretudo diante do fato de que nosso governo é o CAMPEÃO MUNDIAL EM AÇÕES DE PURA MARQUETAGEM. Que segurem essa! Enquanto Lula e Dilma se tratam nos hospitais mais caros que o dinheiro pode pagar, Mauricio Macri estabeleceu que fará seus tratamentos todos em hospitais públicos. Ainda que seja populismo, ele está colocando a própria cara a tapa nesse caso. Já que vai cuidar da saúde pública do país, o presidente se coloca no mesmo lugar do povo.

Nada de avião oficial

Dilma Rousseff viaja com avião oficial, uma tradição jeca (e muito cara) de nossos presidentes. Vários outros Chefes de Estado usam aviões normais, de carreira, o que barateia os custos, diminui o luxo e faz mais sentido (já que não há ameaça de guerra nem coisa que o valha). Além de tudo, há o valor simbólico diante de um quadro de aperto e crise. Com que cara se exige do povo uma dose de sacrifício enquanto o presidente passearia em avião oficial luxuoso? Claro, ninguém espera algo assim de nossa “realeza petista”. Mas Macri fez isso.

Venezuela

Enquanto a esquerda (no geral) e os petistas (em especial) defendem com unhas e dentes a ditadura venezuelana, o presidente da Argentina chamou a coisa pelo nome e passou a enfrentar essa tirania socialista no Mercosul. É o que qualquer democrata faria, sem dúvida. E isso deixa claro o “compromisso democrático” do partido que comanda nosso país – e, não por acaso, também defende, apóia e é parceiro de Cuba, outra ditadura sangrenta.

Liberdade de imprensa

Um dos pontos-chave do esquerdismo, sobretudo o da América do Sul, é tolher a liberdade de imprensa. E o mecanismo usado para isso é a malfadada “Ley de Medios”, uma legislação ditatorial e com censura explícita. Muitos, aliás, defendiam e defendem a implementação de coisa parecida no Brasil. Pois bem: Mauricio Macri revogou o dispositivo na Argentina.

Economia nacional

Para além de tudo isso, claro que há o pano de fundo econômico. O novo governo argentino vem aplicando, pouco a pouco, medidas para sanear a economia massacrada por anos e anos de gestões bolivariano-kirchneristas. Não será tarefa fácil, mas os resultados já aparecem.
Enfim, esse é o 7 x 1 mais vergonhoso de todos. A parte boa é que, quando nos livrarmos do PT na Presidência da República, teremos alguma chance.
15 de janeiro de 2016
implicante

ANÁLISE ATUAL: "INCENDIO" NA ECONOMIA GLOBAL

Verdadeiro incêndio lança labaredas na economia global, nesta sexta feira, 15 de janeiro.

Os sinais são alarmantes, com repercussão direta na economia brasileira, que fatalmente pagará parte dessa derrocada.

A bolsa de Xangai fechou hoje, 15, novamente em grande queda, atingindo quase 4%.

Sidney, Manilha, Seul, Tóquio, Malásia e Hong Kong mostraram tendência semelhante.

As bolsas Europeias seguem a mesma trilha e apresentam forte desvalorização, acompanhando as bolsas Asiáticas.

O “susto” acentuou-se desde ontem, quinta, 14, quando o conselheiro de Estado da China Yang Jiechi alertou para a possibilidade de uma nova crise financeira global.

Ele é o responsável máximo pelos negócios estrangeiros do gigante asiático.

"Não é possível descartar por completo a possibilidade de vermos acontecer uma nova crise econômica, e o problema não devia ser negligenciado”, afirmou Jiechi.


O aprofundamento da crise econômica da China seria em razão do vazamento das informações, de que o governo desvalorizará o Yuan, seguindo a velha política de incrementar as suas exportações.

Contribuiu também a notícia divulgada no jornal International Finance News, de que bancos do gigante asiático estariam rejeitando ações de empresas chinesas como garantia para empréstimos.

Por outro lado, o mercado enxerga o tsunami que corrói os países produtores de petróleo, com a abrupta continuidade da queda de preço do barril, indicando a inevitável redução da atividade econômica global.

Justamente na hora em que a China busca acelerar as suas exportações para vencer as dificuldades que enfrenta, a Reutersdivulga a declaração de Donald Trump, um dos candidatos Republicanos à Presidência dos Estados Unidos, a favor de uma taxação sobre produtos chineses, caso os chineses permitam a desvalorização de sua moeda, o Yuan.

Trump, que está bem nas pesquisas, defende teses de proteção radical à economia americana, desequilibrando acordos comerciais e as próprias regras do livre comércio, defendidas pelos Estados Unidos.

As ideias de Trump enfrentam obstáculos dentro do seu próprio partido.

Sobre a taxação de produtos chineses pelos Estados Unidos, o ex-governador da Flórida Jeb Bush, republicano de carteirinha, criticou-o, dizendo que isso iria somente provocar uma retaliação contra os produtos norte-americanos.

Os fatos demonstram que o incêndio na economia global coloca "frente a frente" os interesses dos Estados Unidos e da China.

O “quebra cabeça” aumenta, tornando ainda mais imprevisível o futuro do mundo, quando se sabe que a China é o maior comprador de títulos da dívida pública americana, dispondo atualmente de quase US$ 1.5 trilhão de dólares.

Por essa razão, muitas pessoas dizem que a China é proprietária dos Estados Unidos.

Essas aplicações financeiras resultaram de um longo período de 20 anos ou mais, quando os chineses exportaram bens para os Estados Unidos e como havia desequilíbrio na balança, a China aceitou receber papéis americanos, como forma de pagamento.

A primeira vista, a China estaria em vantagem, no atual momento econômico mundial.

Todavia, isso não é verdadeiro, sobretudo pelos sinais de recuperação da economia americana.

Na hipótese dos chineses tentarem ameaçar os Estados Unidos, pelo crédito que dispõem, o “tiro poderá sair pela culatra”.

O Federal Reserve simplesmente recompraria os títulos.

Se a China comprar ativos como ouro, fatalmente o Yuan seria valorizado e reduziria a competividade das exportações do país, um dos sustentáculos de sua economia.

A propósito, o economista J. Paul Getty já afirmou:

“Se você deve ao banco 100 dólares, isso é problema seu. Se você deve ao banco 100 milhões, isso é problema do banco.”

No frigir dos ovos, realmente os Estados Unidos devem a China quase 1,5 trilhões de dólares.

Entretanto, nesse caso, a China representa o banco, e, portanto, é ela que passa a ter uma “batata quente” na mão!

Vê-se que as aquecidas chamas do incêndio, que atormentam a economia global, propagam a insegurança social, econômica e política.

Infelizmente, nessa conjuntura, o Brasil será um dos mais países mais atingidos, se o fogo não for debelado.

Que Deus nos proteja!



15 de janeiro de 2016
Ney Lopes – jornalista, advogado, ex-deputado federal; ex-presidente do Parlamento Latino-Americano; professor de Direito Constitucional da UFRN