"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 6 de setembro de 2015

DILMA E TEMER ESTÃO CADA VEZ MAIS DISTANTES



O governo não gostou nem um pouco das declarações dadas pelo vice-presidente, Michel Temer, na noite de quinta-feira, afirmando que a presidente terá dificuldades para chegar a 2018 se mantiver a taxas de popularidade tão baixas, oscilando entre 7% e 8%. Mas justamente por ser tão impopular e estar tão fragilizada, Dilma Rousseff e os ministros próximos a ela engoliram as palavras de Temer cientes que será a petista, e não o peemedebista, a principal vítima se houver mais um confronto direto entre eles.
“O vice-presidente Michel Temer tem compromisso com o governo Dilma e com o Brasil. Estamos diante de um democrata e de um líder político muito correto. Seus gestos falam mais do que suas palavras”, disse o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva.
EQUILÍBRIO
Outros integrantes do primeiro escalão, ainda que reservadamente, defenderam o vice-presidente, mas reconhecem que ele tem mantido um equilíbrio sobre-humano ao não se rebelar explicitamente contra o processo de fritura pelo qual passa internamente.
“Não tenho nenhum motivo para achar que o Temer está conspirando contra nós. E entendo todos os motivos que o levam a estar chateados conosco”, disse um ministro com livre trânsito no Planalto.
O  mesmo graduado integrante do primeiro escalão disse que a razão da angústia de Temer tem nome, sobrenome e está no quarto andar do Planalto. “É preciso muita paciência para suportar as pressões feitas por Mercadante”, disse o aliado da presidente.
UM DESASTRE
Mas nem todos os governistas são tão condescendentes com o vice-presidente. “As palavras dele foram um desastre. Ele estava diante de uma plateia ávida pela queda da presidente e, de um jeito sinuoso, disse exatamente o que eles queriam ouvir. Foi inacreditável”, afirmou uma liderança governista no Congresso.
Para este parlamentar, o vice-presidente é experiente demais para dizer que escorregou nas palavras. “Ao falar o que falou, o vice-presidente deixou claro que é uma alternativa ao que aí está. Pessoalmente, não acredito que ele esteja trabalhando para minar a presidente da República. Mas esse tipo de discurso insufla os setores do PMDB que desejam ver Dilma pelas costas para assumir o Planalto”, criticou o aliado da presidente.
IMPOPULARIDADE
A interlocutores, Temer disse que suas palavras foram descontextualizadas. Bateu na tecla de que a situação da impopularidade é passageira, desde que o governo retome o controle da economia e da política.
Para um dos vice-líderes do PT na Câmara, Carlos Zarattini (SP), Temer deu uma grande demonstração de lealdade. “Ele pode até ter o cometido o erro e aceitado participar de um evento de socialites desgostosas com o governo. Mas deixou claro que não se deve esperar, dele, qualquer movimento público para desestabilizar a presidente Dilma Rousseff”, lembrou Zarattini.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Podem dizer o que quiserem, mas o fato é que Dilma e Temer estão cada vez mais distanciados, para desespero de Lula, que ainda tinha esperanças de que o PMDB continuasse a apoiar o governo do PT. Na verdade, ainda apoia, mas não apoia muito. (C.N.)

06 de setembro de 2015
Paulo de Tarso Lyra
Correio Braziliense

SUPREMO INVESTIGA CAMPANHA DE DILMA, MERCADANTE E ALOYZIO NUNES



Desta vez, Janot não teve como blindar
O ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou, a pedido do Ministério Público Federal, a abertura de inquérito para investigar os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Edinho Silva (Comunicação Social), além do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP). Edinho Silva e Aloysio Nunes negaram as acusações; Mercadante não se manifestou.
Na delação premiada, o empresário Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, disse que fez repasses milionários para as campanhas eleitorais de Mercadante e de Aloysio Nunes, e também para a campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff, da qual Edinho Silva foi tesoureiro.
Pessoa assinou acordo de delação premiada, no âmbito da Operação Lava Jato, em 13 de maio. O acordo foi feito em Brasília porque Ricardo Pessoa citou pessoas com foro privilegiado.
FORO PRIVILEGIADO
Senadores, deputados e ministros de Estado têm foro privilegiado no STF. Por isso, o procurador-geral precisa pedir à Corte autorização para a abertura de inquérito.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a UTC doou R$ 7,5 milhões para a campanha de Dilma Rousseff. Para Mercadante, Pessoa disse que doou R$ 500 mil em 2010, quando ele era candidato ao governo de São Paulo. Para o senador Aloysio Nunes Ferreirra, o empresário disse ter doado R$ 300 mil de forma oficial e R$ 200 mil em dinheiro vivo, sem declaração.
AS RESPOSTAS
O ministro Mercadante afirmou que só irá se manifestar quando tiver a confimação oficial da autorização da abertura de inquérito.
O ministro Edinho Silva disse que é favorável à apuração de todos os fatos e que, como coordenador financeiro da campanha de Dilma Rousseff, sempre agiu dentro da legalidade. Afirmou, ainda, que as contas da campanha já foram aprovadas pelo TSE.
O senador Aloysio Nunes Ferreira declarou que não tem qualquer relação com corrupção ou com a Petrobras.

06 de setembro de 2015
Deu no G1

BEBERAM? CHEIRARA? FUMARAM? DOIDÕES CERTAMENTE ESTÃO...


Culpado conforme as acusações, o petismo quebrou o Brasil e, em quatro anos levou junto o Rio Grande do Sul. Nenhum contador, auditor, economista, desconhecia aquilo que Sinara Polycarpo Figueiredo, assessora de investimentos do Santander, anunciou em circular a seus clientes em junho do ano passado.
Aliás, o referido documento afirmava obviedades antigas, que só eram desconhecidas pelos assessores da CNBB e pelos publicitários do governo. Os primeiros emitiram, na mesma época, uma Análise de Conjuntura na qual afirmavam que a inflação estava diminuindo e que uma entidade maligna chamada mercado semeava insegurança para desestabilizar o governo. Os segundos propagavam que o Brasil era e continuaria sendo uma ilha de prosperidade, pleno emprego e desenvolvimento social.
A ALMA DO NEGÓCIO
A assessora do Santander foi demitida. Os da CNBB permanecem firmes em seus postos. E os publicitários do governo? Estes aprenderam que a mentira é a própria alma de seu negócio. Afinal, é preso ao fio produzido por essas mentiras que balança e se sustenta o indescritível governo da presidente Dilma.
A irresponsabilidade fiscal, que sempre foi malvista pelo petismo, quebrou o Brasil. Levou-nos ao descrédito internacional. Pôs sob risco o grau de investimento do país. Constrangeu o governo a apresentar ao Congresso um inédito orçamento deficitário para o ano de 2016. Com isso, está obrigando o governo a buscar novas fontes de receita (leia-se “tomar-nos mais dinheiro pela via tributária”).
CORTES DE VIAGENS
Pois é nesse contexto que eu acabo de ler, no Estadão de hoje, 4 de setembro, que a “Petrobrás corta viagens e festas para poupar R$ 12 bilhões”. No conteúdo da matéria vê-se que os cortes não atingirão apenas viagens e festas, mas incluem, entre outros, aulas de idiomas, brindes, programas de visitas, uso de veículos para necessidades não operacionais, participação em congressos, seminários e fóruns. E nem uma palavra sobre as periódicas e inúteis enxurradas publicitárias que inundam os grandes meios de comunicação.
É também nesse contexto que, no mesmo jornal, lendo editorial com o título “O irrealismo do judiciário”, fiquei sabendo que o STJ e outros sete Tribunais Regionais do Trabalho encaminharam ao Conselho Nacional de Justiça anteprojetos que criam 1,5 mil cargos de natureza técnica e outro tanto em funções comissionadas!
AFUNDANDO O PAÍS
Nada diferente dos aumentos e regalias autoconcedidos. E nada diferente do ânimo criador de caso que tem levado a Câmara dos Deputados a aprovar projetos que elevam sobremaneira o gasto público. O governo, por conta própria, fez tudo que estava ao seu alcance para afundar o país. Não precisa de sugestões nem de auxílio da oposição.
Eis o que me leva ao título deste artigo. Beberam? Cheiraram? Não podem, as instituições da República, estar em seu estado normal. Poupem-nos de seu convívio. Vão se tratar e voltem quando estiverem restabelecidos.

06 de setembro de 2015
Percival Puggina

PIXULECA EM BRASÍLIA

DILMA INFLÁVEL PODE SER A GRANDE SURPRESA DO DESFILE EM BRASÍLIA


Boneco Pixuleko já confirmou presença no DF



























Os movimentos que defendem o impeachment da presidente Dilma Rousseff se reúnem no feriado desta segunda (7), em Brasília, para protestar novamente contra o governo petista. Por conta dos altos gastos para realizar as manifestações antigoverno do último dia 16, os organizadores decidiram concentrar seus esforços no Distrito Federal e não vão bancar a estrutura de protestos em outras cidades, como aconteceu em agosto.
Em Brasília, a manifestação, marcada para as 9h, deve ocorrer na porta do Museu da República, perto da Esplanada dos Ministérios, por onde passará o desfile oficial de Sete de Setembro, que terá a presença de Dilma.
VEM AÍ A PIXULECA
O boneco inflável de Lula vestido de presidiário, apelidado de Pixuleko, será montado no local. A Folha apurou que um segundo boneco, de Dilma, chamado de Pixuleca, foi encomendado e também deve ser exposto na ocasião. Ainda foram comprados 300 “mini Pixulekos” que serão distribuidos para os manifestantes.
Os organizadores afirmam que pretendem fazer um evento significativamente menor do que as manifestações de 16 de agosto e não dão uma previsão de público.
“Será só um ato simbólico. Investimos muito no dia 16 e ficamos um pouco descapitalizados”, explica Heduan Pinheiro, integrante do movimento Brasil Melhor.
Protestos em outras cidades dependerão de manifestações espontâneas de membros dos movimentos e simpatizantes da causa.Em São Paulo, um grupo se encontrará às 8h no Anhembi, onde uma hora mais tarde ocorre o desfile oficial de Sete de Setembro, organizado pela Prefeitura.
O ato em Brasília é organizado pela Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos, que reúne grupos pro-impeachment. O Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem Pra Rua, dois dos maiores grupos anti-Dilma, não fazem parte da aliança e não têm divulgado o evento de Sete de Setembro.
Rogério Chequer, líder do Vem Pra Rua, afirmou, no entanto, que o movimento participará da manifestação. Representantes do MBL não foram encontrados para comentar.

06 de setembro de 2015

OS DEMÔNIOS

CHE

HIPOCRISIA E MANIPULAÇÃO

Folha Política: Padre Paulo Ricardo se indigna e humilha ...

www.folhapolitica.org/2014/12/padre-paulo-ricardo-se-indigna-e.html

06 de setembro de 2015
m.americo

O HUMOR DO SPONHOLZ...

06 de setembro de 2015

QUE ATIRE A PRIMEIRA PEDRA...




O que me assusta, quando leio uma notícia como esta, cujo título dispensa maiores apresentações: "ATÉ LÍDERES DO GOVERNO E DO PT, VOTAM CONTRA O GOVERNO NA CÂMARA". 
Fica a impressão de que o governo acordou de um dia para o outro, endoidou e cometeu um crime de lesa-pátria.
Parece que já não se arrastam doze anos de esbórnia, descaramento de toda ordem e corrupção como jamais se viu, e que suas excelências ignoravam os sujos bastidores da prática política destituída da mais absoluta ausência de ética e compromisso com a "res pública".
Não bastasse o Brasil acordar com uma frente supra-partidária, em que os seus "valorosos defensores da virtude republicana", tresmalham com ímpetos do mais nobre patriotismo distribuindo pancadas e apupos ao governo, que até ontem aplaudiam felizes com as fartas locupletações e belas mamatas distribuídas às mancheias, impávidos assistimos que muitas das excelências que apedrejam, estão sendo denunciados por crimes dos mais variados naipes, o que nos dá o nítido sentimento de que o país afunda inapelavelmente no mar de lama da corrupção.
A já desgastada pergunta do Francelino Pereira "que país é este", depois cantada em rock e versos, tornou-se um refrão por não perder a sua atualidade.
Que país é este em que o Presidente do Senado da República está indiciado por prática de corrupção? Que país é este em que o Presidente da Câmara dos Deputados, está indiciado por prática de corrupção? Em que transformaram o Congresso Nacional?
Que país é este em que a Presidente da República e seu Vice, estão sendo investigados sob suspeitas de que propinas teriam alimentado as campanhas da última eleição? E mais, que também teriam sido fonte de recursos para a campanha do ex-presidente Lula?
É assustador!
Que despreocupação é essa que se lixa para os sentimentos da nação que assiste a desmoralização da República, dos mandatos outorgados, da vergonha internacional?
As pesquisas têm mostrado o descaso, a descrença, a perda da esperança na política e nos homens públicos, pois que não cumprem o papel constitucional que lhes foi dado.
Mostram muitas respostas que resvalam para a chacota, para a ironia, para o deboche, como se o descrédito nas instituições democráticas fosse natural, diante do caos. Daí aquelas faixas pedindo a intervenção militar, como única esperança de sanear o país, de varrer o lixo, de colocar ordem na casa.
Cabe aquela resposta de Bernard Shaw quando lhe perguntaram, numa visita aos EUA, o que achava da civilização americana, e ele respondeu: "seria interessante". 
Parodiando: o que você acha da política brasileira? Seria interessante...
Do vergonhoso "cartel das empreiteiras", passamos ao mais vergonhoso ainda "cartel dos senadores".
Fico assustado quando noto, diante das incessantes denúncias que ocorrem nas delações premiadas - e diga-se que ainda não vazou 70% dos crimes e nomes de políticos, guardados em "inquebrantável sigilo", o que ainda poderá perturbar o sono do gigante adormecido.
E quando o "titanic Brasil" ameaça o naufrágio, o que assistimos?
Alguns no convés, bebericando o seu cafezinho e trocando figurinhas. Outros ainda acreditam que não vai naufragar, e tratam de aproveitar o que ainda resta de mordomias. 
Mas os principais atores, que até ontem louvavam e reverenciavam em beija-mão a dona do poder, velhas raposas de faro apurado, já se distanciam rapidamente, todos com cara de paisagem, como se ignorassem o tsunami de podres que há doze anos entulha o Brasil.
Sabe aquela cara do sujeito que peida e olha pro vizinho culpando-o da catinga? Pois é... É mais ou menos isso que me parece, quando vejo o aturdimento dessa malta.
m.americo

VICE-PRESIDENTE DO PMDB APÓIA AFIRMAÇÃO DE TEMER SOBRE DILMA



Jucá concorda: sem recuperar popularidade, Dilma vai cai
















Vice-presidente do PMDB, o senador Romero Jucá (RR), afirmou que o vice-presidente Michel Temer, ao dizer que  a presidente Dilma Rousseff não tem condições de chegar ao fim do mandato se permanecer com índices tão baixos de popularidade, fez uma avaliação verdadeira e que já é feita por todos sobre a continuidade do atual governo.
“O presidente Michel respondeu a uma pergunta e falou a verdade. Ele fez um diagnóstico e esse diagnóstico que ele fez é que todo economista está fazendo. É o que todos os setores responsáveis estão fazendo”, afirmou Jucá.
Para o peemedebista, ao enfrentar uma crise política e não conseguir dar uma expectativa de tempo para que a economia recupere seu crescimento, o governo acaba por se enfraquecer ao ponto de, eventualmente, não conseguir resistir com tão baixa popularidade.
FALTA UM RUMO
Em caráter reservado, peemedebistas afirmam que o vice-presidente está cansado dos erros do governo mas que não avalia deixá-lo. Para eles, a cúpula do Planalto precisa encontrar, rapidamente, um rumo para seguir, tanto na área política quanto na econômica, caso contrário, a presidente não resistirá por mais três anos de fato.
Para o presidente do DEM, senador José Agripino (RN), Temer tem a “obrigação de ser sincero perante a sociedade mesmo que defenda o governo”. “Na medida em que Temer fala o que falou, ele está dando guarida sim à credibilidade [do governo] que ele quer ver recuperada”, disse.
Já para o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), Temer “disse o óbvio”. “Não é possível Temer ficar numa posição cômoda, uma hora dizer que é preciso alguém para reunificar e outra falar o que o Brasil já sabe. É igual ao médico não tratar e só dizer ao paciente com dor que se continuar assim ele vai morrer. É preciso fazer algo além do jogo de cena”, disse.

06 de setembro de 2015
Mariana Haubert
Folha

NOVELAS E MARXISMO CULTURAL

OLAVO DE CARVALHO: O FRACASSO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Melhor Vídeo de Olavo de Carvalho - Educação - YouTube

www.youtube.com/watch?v=qSX29lX65V4
15 de mai de 2015 - Vídeo enviado por Rafael Fernandes
Olavo faz uma breve análise sobre o fracasso da educação brasileira.


06 de setembro de 2015
m.americo

O LHAMA DE FRANJA

Certamente ele imagina que todos os brasileiros são tão poltrões quanto os governos paridos pelo lulopetismo


Evo Morales diz que não permitirá Impeachment ... - YouTube

www.youtube.com/watch?v=zIxaLyyRVo0
26 de ago de 2015 - Vídeo enviado por interrogando a mente
O Foro de São Paulo e a "Pátria Grande" mostram suas garras! "No dia 21 de agosto de 2015, durante ...

Ainda entrincheiradas nas discurseiras dos integrantes dos comandantes, e portanto invisíveis, as tropas formadas por lavradores que nunca viram uma foice fora dos desfiles do MST e pelegos que suam a camisa apenas no bailão da CUT acabam de ganhar o aliado internacional que merecem guerreiros que só conseguem matar de rir. Na semana passada, o chefe supremo Lula, o marechal de campo João Pedro Stédile e o general Vágner Freitas festejaram a entrada das Forças Armadas da Bolívia na ofensiva retórica contra os inimigos da República do Pixuleco.
“Ouvi dizer que no Brasil há um golpe de Estado contra a companheira Dilma, contra Lula e o PT”, diz Evo Morales no vídeo que registra a iminente mobilização dos batalhões cucarachas. “Irmãos comandantes, oficiais das Forças Armadas do Brasil, enviem o meu recado à sua comandante: não vamos permitir golpes de Estado no Brasil nem na América do Sul nem na América Latina. Vamos defender as democracias. E pessoalmente, agiremos para defender Dilma, presidente do Brasil, para defender o Partido dos Trabalhadores”.
É compreensível que Morales vislumbre conspirações e quarteladas até em eleição na Dinamarca. Desde a independência consumada em 1825, ocorreram na Bolívia nada menos que 189 golpes de estado ─ um recorde que reduziu a dois anos, em média, a permanência de um chefe de governo no Palácio Quemado. Quem nasce naquelas paragens se torna ainda no berço num doutor em golpe de estado e num analfabeto em democracia. Até os bebês de colo sabem que a turma que chegou ao poder à bala é muito mais numerosa que a eleita nas urnas.
Os tiroteios domésticos foram tantos e tão frequentes que não sobrou tempo para que aquela gente permanentemente empenhada em ganhar mais uma guerra civil aprendesse a vencer adversários estrangeiros. Sempre que se meteu numa aventura beligerante, a Bolívia encolheu. Em 1883, com a derrota na Guerra do Pacífico, perdeu para o Chile a faixa litorânea. No começo do século 20, com a derrota na disputa fronteiriça, perdeu o Acre para o Brasil. Em 1955, com o fiasco na guerra contra o Paraguai, perdeu três quartos do Gran Chaco. Hoje mal chega a 1 milhão de quilômetros quadrados o que restou dos 2,5 milhões que tinha quando nasceu.
Um destacamento do Exército seria repelido pelo Tiro de Guerra caso tentasse invadir Taquaritinga. Por falta de litoral, a Marinha simula combates navais nas águas do Lago Titicaca. A frota da Força Aérea é menor que a de qualquer traficante de cocaína. Se a Bolívia é um Tabajara da América do Sul, e por isso mesmo vive evitando confrontos com cachorro grande, por que Morales resolveu intrometer-se em assuntos internos do Brasil? Certamente por achar que todos os habitantes do País do Carnaval são tão poltrões quanto seus amigos do governo lulopetista.
Na cabeça do Lhama de Franja, o país de Lula e Dilma não passa de um grandão abobalhado, que mete o rabo entre as pernas assim que ouve latidos com sotaque bolivariano. Em maio de 2006, por exemplo, Morales confiscou os ativos da Petrobras na Bolívia, ordenou aos funcionários da estatal que dessem o fora e aumentou ilegalmente o preço do gás comprado pelo Brasil. Lula engoliu sem engasgos os desaforos. Há meses, Dilma não deu um pio sobre a busca policial no avião em que o ministro da Defesa Celso Amorim, na pista do aeroporto de La Paz, aguardava autorização para a decolagem.
A procissão de atrevimentos vai acabar assim que for sepultada a política externa da canalhice, uma das abjeções que tornam incomparavelmente repulsiva a era lulopetista. Evo Morales terá de baixar a voz (ou emudecer de vez). E a Bolívia será tratada pelo Brasil como mais um grotão que teima em enxergar um enviado dos deuses incas onde existe apenas outro embusteiro autoritário destinado à lata de lixo da História.
06 de setembro de 2015
Augusto Nunes, Veja