"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 6 de setembro de 2015

JANOT RECUA E PEDE QUE STF INVESTIGUE CAMPANHAS DE LULA E DILMA



O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao gabinete do ministro Teori Zavascki, relator da operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (SFT), pedidos para investigar irregularidades na campanha de 2006 do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e nas campanhas de 2010 e 2014 da presidente Dilma Rousseff.
A solicitação foi baseada na delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC e um dos investigados da Operação Lava Jato. Em seu depoimento, Pessoa detalhou como era feito o pagamento de propinas nas obras da Petrobras e também a campanhas políticas.
O empreiteiro já havia admitido ter repassado 3,6 milhões de reais entre 2010 e 2014 a José de Filippi, ex-tesoureiro da campanha de Dilma, e a João Vaccari Neto, ex-tesoureiro nacional do PT e que está em prisão preventiva desde 15 de abril.
DOAÇÕES AO PT
Ricardo Pessoa contou ainda ter feito doações à campanha eleitoral do ex-presidente Lula em 2006. Na época, o coordenador era o atual ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, com apoio do assessor especial do Planalto, Marco Aurélio Garcia. Segundo o empreiteiro, parte do valor da propina paga para manter contratos na Petrobras era repassada ao PT na forma de doação de campanha.
As campanhas de Dilma foram coordenadas pelo ex-ministro Antonio Palocci, em 2010, e pelo atual presidente do PT, Rui Falcão, em 2014. Num primeiro momento, são os coordenadores das campanhas que deverão responder pelos atos a serem investigados. Seus nomes, porém, permanecerão em sigilo no STF, assim como o conteúdo das peças e da própria delação de Pessoa.

06 de setembro de 2015
Deu no Estadão

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