"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 6 de setembro de 2015

ACESSÓRIOS INDESEJÁVEIS


De onde menos se espera é que não vem nada mesmo. Quer dizer que aquelas duas organizações acessórias da Orcrim – OAB e CNBB – resolveram “sair em campanha” para impedir as doações de empresas para a campanha política? Em nome da “moralização”? Que meigo. Cadê a UNE na parada? Estou sentindo falta de mais meliantes no pedaço.
E as doações ilegais? As “não contabilizadas”? Aquelas que até hoje garantiram ao PT e suas franjonas marretas a hegemonia no poder? Dessas ninguém fala nada? Ninguém defende a inelegibilidade dos meliantes com mandato, por exemplo? Ninguém defende a transparência dos processos da Operação Lava Jato envolvendo políticos? E os janotas? Quem nos defende dos janotas? Dos Teoris? Ora, tenha paciência. A minha já esgotou com estes meliantes ajuntados faz tempo.
Eu gostaria muito que os diletos comentaristas lessem atentamente outra vez do que se tratam as duas agremiações em moldura. Vocês leram direito? Pois é. Bispos e advogados são uma mistura explosiva neste país, não é mesmo? Qual será a agremiação que convenceu a outra? Eles juram com os quatro pés juntos que estão defendendo nossa democracia dos pilantras. Sobre o efeito colateral – o imenso privilégio que isto causará ao partido que está no governo – ninguém dá um piozinho sequer.
É a revolta dos calados. É a mordaça dos inocentes. É a censura do compadrio. Depois ninguém entende porque o país vai de mal a pior no quesito credibilidade. Que fique bem claro: aquele caminhão de som que estacionou na minha porta, pago com o dinheiro público desviado para me intimidar, é abastecido com as mesmas ideias torpes que esses dois ajuntamentos defendem. Por mim, vai levar pedrada do mesmo jeito.
Acabo de me lembrar de uma discussão que tive que ter com um dos bispos daquela outra seita que se vê no direito de comprar o Brasil em suaves prestações, pagas pelos otários que ela convence: “Mas, vamos lá… o Senhor não é um “Homem de Deus”? E está fazendo o quê metido nessa sujeira até o pescoço?”. Não é à toa que fui mandado embora daquela empresa, com muita honra. Fazer parte de uma fauna dessas desemboca nisso aí que estamos vendo. Um beco sem saídas.

06 de setembro de 2015
Vlady OIiver, Veja

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