"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

CURIOSIDADES: COMO MELHORAR NO XADREZ


Curiosidades - Como Melhorar no Xadrez


27 de agosto de 2018

COMO JOGAR XADREZ: UM GUIA COMPLETO PARA INICIANTES


Como Jogar Xadrez: Um Guia Completo para Iniciantes27 de agosto de 2018

JULGAMENTO DE BOLSONARO AMANHÃ...


JULGAMENTO DE BOLSONARO AMANHÃ...


27 de agosto de 2018

THIAGO CARMONA: CELEIRO DE MINAS




Thiago Carmona Celeiro de Minas

27 de agosto de 2018

JOÃO AMOEDO/NOVO ESQUERDA VESTIDA DE LARANJA

DESPROPORCIONAL DISTRIBUIÇÃO DO TEMPO DE TV É ABERRAÇÃO ANTIDEMOCRÁTICA

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Alckmin é privilegiado por um sistema claramente injusto
Por mais que a eficácia da propaganda gratuita em TV seja relativa, a disparidade entre os tempos dos candidatos é uma aberração antidemocrática. Nem ao menos decorre das proporções da representação partidária, pretendidas pela legislação. Em casos como o de Geraldo Alckmin, a desproporção é produto de transações espúrias que associam partidos, seus tempos e ainda as quantidades de inserções. Mas desde logo custam muito ao eventual governo futuro e ao país.
Quarto colocado no mais recente Datafolha, mascando insossos 6%, Alckmin dispõe, no entanto, de mais tempo de TV do que a soma de todos os outros exceto João Amoedo e João Goulart Filho. Seu tempo é feito pelo novo centrão, do PSDB com DEM, PP, PPS, PTB, PR, PSD, SD e PRB. São 5min32s de Alckmin contra 2min23 de Lula (ou de Haddad), 40s de Alvaro Dias, 38s de Ciro Gomes, 21s de Marina Silva e 8s de Bolsonaro —hoje os de melhor posição nas pesquisas.
DESIGUALDADE – Os tempos já dizem muito, mas não dizem tudo sobre a desigualdade das condições na disputa eleitoral. Os números de inserções, nos 35 dias de propaganda gratuita na TV, trazem outra disparidade. Para aqueles mesmos candidatos, serão 434 de Alckmin, 189 de Lula, 53 de Alvaro Dias, 51 de Ciro Gomes, 29 de Marina Silva, que chega a ficar de fora no equivalente a uma semana de propaganda, e 11 de Bolsonaro, com presença que não alcança um terço dos dias de transmissão. A diferença é brutal.
Alckmin não inova nesse sistema eleitoral repleto de deformações, repetidas a cada eleição. Joga como sempre foi o jogo dos que se aliam a qualquer um, sem se apegar a exigências contrárias à ambição. Se dava para fazer o negócio, fez. A disparidade excessiva daí resultante, porém, tornou mais obscuras as possíveis propensões dessa disputa eleitoral. Ao menos até uma ou duas semanas de propaganda na televisão.
UMA MEXIDA – Com o tempo de que dispõe contra o tempo de que os outros mal dispõem, e partindo de tão baixo, Alckmin deve provocar uma mexida nos percentuais de vários candidatos. Nada, quase com certeza, apenas entre os graníticos apoiadores de Jair Bolsonaro. Do qual, a arriscar agora um palpite, digo que não merece maior preocupação.
É o que sugere o Datafolha sobre a preferência partidária no eleitorado: o PT é o único dos grandes a crescer. Dos 19% que tinha em junho, subiu para 24%, o que significa um quarto dos eleitores. Aí está o potencial para Fernando Haddad, se Lula ficar impedido, fazer frente a Bolsonaro. Era o que faltava, estando indicado pelo Datafolha que nenhum dos outros principais concorrentes seria vencido, no caso de segundo turno, pelo representante do extremismo direitista. Já é alguma coisa para um sistema eleitoral antidemocrático.

27 de agosto de 2018
Janio de Freitas
Folha

AO CONTRÁRIO DO QUE SE DIZ, A GRÉCIA NÃO SE RECUPEROU E CONTINUA A SER SAQUEADA

Esse mês, agosto de 2018, marca o ‘fim’ do terceiro resgate’ da dívida da Grécia, 2015-18. Se se pudesse acreditar nas mídiaempresas europeias e norte-americanas, a Grécia estaria recuperada e teria saído do ‘resgate’, da crise da dívida e da depressão criada pela crise e pelo ‘resgate’. Mas nada mais fake do que essa versão jornalística.

A Grécia agora apenas trocou um conjunto de credores, por outro. No primeiro ‘resgate’ em 2010 foram principalmente os bancos privados da Europa, credores da dívida grega. No segundo ‘resgate’, as instituições do estado pan-europeu (às vezes chamadas “A Troika”: Comissão Europeia, Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional) entraram em ação e garantiram empréstimos para que a Grécia ‘resgatasse’ seus credores privados.

NA TROIKA – De fato, a Grécia nunca nem viu o dinheiro. A Troika pagou os investidores privados e efetivamente transferiu sua dívida para os balanços da Troika. A Grécia teve de fazer pagamentos ainda maiores – dessa vez para a Troika. A Troika então, pagou os bancos (estudos do German Institute mostram que 95% de todos os pagamentos de dívidas gregas à Troika foram repassados pela Troika para bancos do norte da Europa). A Troika assim serviu como gângster ‘coletor de dívidas’ a serviço dos banqueiros.

A recessão em duas etapas da Eurozona dos anos 2011-13 exacerbou ainda mais a dívida da Grécia, obrigou o país a tomar mais empréstimos em 2015-18 para pagar a dívida que a Troika assumiu em 2012-15 (e que foi contraída para pagar a dívida privada de 2010). Em 2012 a Grécia endividou-se ainda mais em 2015-18 para financiar e pagar as dívidas que fez em 2010. Cada vez que se assinou novo contrato de empréstimo, a dívida foi ‘rolada’. Sejam pagos pela Troika, ou diretamente, os pagamentos sempre acabaram nos bancos privados europeus.

FAKE NEWS – Agora a mídia vive de ‘noticiar’ que a Grécia estaria emergindo dessa nova dívida sempre crescente, para pagar pela dívida passada. Mas não é verdade. Única mudança é que agora a Grécia pode tomar empréstimos (quer dizer, fazer novas dívidas), novamente, de investidores privados, como antes de 2012. Agora a Grécia fará empréstimos do setor privado (especuladores de bolsa, fundos ‘hedge’ e outros abutres capitalistas) para pagar à Troika a dívida antiga.

Como a Grécia consegue pagar os juros dessa dívida? Com muito arrocho (chamado erradamente de “austeridade”) contra os cidadãos, especialmente contra os trabalhadores, pequenos comerciantes, os pobres em geral. O estado grego e o banco central grego (simples apêndice do Banco Central Europeu sob o euro) recolhe o superávit administrado pelo governo grego do Syriza (aumento de impostos sobre os mais pobres, cortes em aposentadorias e pensões, cortes nos salário, venda de empresas nacionais, tudo que signifique arrocho, chamado “austeridade”).

MAIS EMPRÉSTIMOS – Os banqueiros do banco central grego então cuidam de pagar os juros da dívida usando empréstimos que recebem da Troika (e a Troika repassa aos banqueiros). Agora a Grécia poderá continuar a pagar à Troika e indiretamente aos banqueiros, ao mesmo tempo em que toma novos empréstimos de investidores privados e paga a eles juros privados também sobre os novos empréstimos.

As medidas do arrocho (chamadas “austeridade”) nada alteram nesse quadro. O arrocho é sempre o mesmo. O desemprego grego permanece em níveis de depressão, em 19,5%. O emprego não sai de 17,5% abaixo dos picos do período pré-depressão. Os salários permanecem estagnados: salários de trabalhadores qualificados foram reduzidos em 35%, dos não qualificados, em 31% e os salários mínimos perderam 22%.

ARROCHO BRUTAL – Continuam os cortes nas aposentadorias, e a idade mínima foi aumentada em dez anos. Os impostos aumentaram sobre os trabalhadores e pequenos negócios.

Sempre o mesmo arrocho, sob outro nome. E isso há quem chame de ‘recuperação’! A única coisa que muda é o gângster coletor de dívidas? A Troika? Os novos emprestadores privados? Ambos? Nesse momento, a resposta é ambos.

A Troika sai da linha de frente e cede o protagonismo aos investidores abutres privados, para que emprestem dinheiro à Grécia (para pagar à Troika e aos eurobancos), enquanto os abutres mais uma vez cobram juros sobre o novo empréstimo dado à Grécia.

IMPERIALISMO – Em meu livro de 2016, “Looting Grécia: A New Financial Imperialism Emerges”(Clarity Press), descrevi essa nova modalidade de exploração em escala nacional, pela qual instituições e aparelhos do Estado operam no século 21 papel cada vez mais direto na extração de valor e mais valia da classe dos trabalhadores e pequenos comerciantes a favor dos grandes bancos capitalistas.

É uma forma de explicar o imperialismo diferente da que houve antes do século 20 e início do século 21 (explicações pesadamente influenciadas por Lênin e Hilferding). No capítulo final, discutem-se a evolução histórica do imperialismo, do século 19 ao século 21, e os vários debates do período. A Grécia é caso exemplar do microcosmo da nova modalidade.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – É um importantíssimo artigo, que deveria ser lido por todos os políticos e economistas de países como o nosso, assim como pelos interessados no futuro da nação, como os militares e demais brasileiros que sejam “do bem”. Mas sei que, desgraçadamente, esta matéria só terá meia dúzia de comentários. O fato sinistro é que, depois da Grécia, as bolas da vez do imperialismo financeiro são Argentina e Brasil. Logo iremos voltar a este inquietante assunto, é claro. (C.N.)


27 de agosto de 2018
Jack Rasmus
Global Research

BOLSONARO CRITICA MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO, POR ATRAPALHAR O PRODUTOR

Jair Bolsonaro tira fotos com eleitores na chegada ao Hospital de Amor em Barretos, SP (Foto: Reger Senna/CBN Ribeirão)
Bolsonaro tira fotos com eleitores no Hospital em Barretos
O candidato do PSL ao Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro, criticou neste sábado (25), em entrevista à TV TEM (afiliada da TV Globo), a atuação do Ministério Público do Trabalho, que ele classificou de obstáculo para o desenvolvimento do país. Ele disse que, se eleito, vai “tirar o Estado do cangote do produtor”.
O presidenciável cumpriu agenda na manhã deste sábado no município de Catanduva, no noroeste de São Paulo. Natural de Glicério (SP), Bolsonaro está há quatro dias fazendo campanha no interior paulista.
CANGOTE – “O maior incentivo que a gente pode dar com o setor produtivo é tirar o Estado do cangote do produtor. Por outro lado, conversando com a nossa equipe econômica, nós temos que desburocratizar e desregulamentar muita coisa, de forma que aquela pessoa que queira empregar não seja refém do Estado”, declarou o candidato na entrevista à TV Tem.
“Conversei com um piscicultor agora há pouco aqui [Catanduva] sobre as dificuldades, imposto, energia cara e licença ambiental. Um país que tem um Ministério Público do Trabalho atrapalhando não tem como ir para frente”, complementou.
Na manifestação aos apoiadores de sua campanha, ele voltou a repetir os mesmos temas que tem abordado em todos os seus atos de campanha. Mais uma vez, ele declarou que, caso vença a eleição, vai propor a criminalização das invasões de terras como “terrorismo”, dará retaguarda jurídica para policiais usarem armas de fogo no exercício do trabalho sem risco de serem processados criminalmente e vai incentivar que a população se arme para, segundo ele, reagir contra a criminalidade.
NO INTERIOR – Nos últimos dias, Jair Bolsonaro circulou em campanha por municípios do interior de São Paulo. Ele começou o giro pelo estado na quarta-feira (22), quando foi a Presidente Prudente.
Em visita a uma casa de repouso para idosos em Barretos, na tarde deste sábado, Bolsonaro disse que, se eleito, vai realizar uma reforma gradual na Previdência, começando pelo setor público, e com variações de acordo com a categoria.
“Se quiser mexer de uma vez só, não vai atingir seu objetivo. Por exemplo, serviço público: o homem com 60 anos de idade e 35 [anos] de contribuição. Passa para 61 [anos] e 36 [anos de contribuição]. Deixa o futuro presidente alterar para 62 e 37, quem sabe. A mesma coisa para a mulher: é 60 e 30. O serviço público nosso é bastante pesado”, disse.

27 de agosto de 2018
Por G1, Catanduva

MULHER DE CABRAL ESCONDEU DA JUSTIÇA DOIS APARTAMENTOS QUE COMPRARA EM IPANEMA

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Adriana não pagou o condomínio e os vizinhos a denunciaram
Um ano e meio após determinar a indisponibilidade dos bens da advogada Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador Sérgio Cabral (MDB), a Justiça bloqueou em abril deste ano dois imóveis de propriedade da ex-primeira-dama do Rio de Janeiro. Os dois apartamentos num prédio em Ipanema (zona sul), avaliados em R$ 6,3 milhões, não estão em nome de Adriana Ancelmo no registro de imóveis. Os documentos do cartório mostram até hoje como proprietário a Cyrela, responsável pela construção do edifício Wave Ipanema, concluído em 2014.
Os imóveis só foram bloqueados em abril após o condomínio apontar uma dívida de cerca de R$ 100 mil, indicando como real proprietária a ex-primeira-dama do Rio.
DECLAROU AO IR – Ela adquiriu os apartamentos em 2012 e 2014, ambos antes da conclusão da obra. Embora não fossem de conhecimento da Justiça, ela os declarou em seu Imposto de Renda, constam no relatório produzido pela Receita Federal e juntado na ação penal contra a advogada.
As duas transações com a Cyrela foram oficializadas em escrituras públicas, mas nunca comunicadas ao registro de imóveis.
Ao determinar o bloqueio de bens, é a esses cartórios que a Justiça Federal envia ofício a fim de impedir a venda do patrimônio em nome de investigados. Como eles não estavam em nome da ex-primeira-dama, a indisponibilidade não havia sido imposta até abril deste ano.
BLOQUEIO DOS BENS – Adriana Ancelmo teve os bens bloqueados em janeiro de 2017, um mês após ser presa em razão dos desdobramentos da Operação Calicute, que prendeu seu marido, Sérgio Cabral (MDB), em novembro de 2016.
Ela já foi condenada em quatro ações penais pelo juiz federal Marcelo Bretas a, no total, 41 anos e cinco meses de prisão.
As investigações apontam que Cabral usou o escritório de advocacia da mulher para lavar dinheiro de propina. Ela também foi condenada por branquear ativos por meio da compra de joias. Ela nega as acusações.
ESCONDEU BENS – Apesar de discordar das denúncias, o casal prometeu que entregaria todos os seus bens à Justiça, a fim de obter redução de pena nos processos de lavagem de dinheiro.
No dia 4 de setembro a Justiça fará o primeiro leilão do patrimônio da família Cabral. Fazem parte da lista a casa no condomínio Portobello, em Mangaratiba (R$ 8 milhões), uma lancha (R$ 4 milhões), um jet ski (R$ 45 mil), um jet boat (R$ 50 mil) e três carros (R$ 436 mil). O casal tem ainda cerca de R$ 18 milhões em contas bloqueadas pela Justiça.
Também fazem parte do lrilão apartamentos na Barra da Tijuca de Ary Filh, ex-assessor de Cabral, e relógios do ex-secretário estadual de Obras Hudson Braga.
MAIS LEILÕES  – Os dois apartamentos, de cerca de 80 metros quadrados, em Ipanema serão leiloados mais adiante. Há ainda expectativa sobre a venda das joias da ex-primeira-dama apreendidas.
O imóvel de 360 metros quadrados no Leblon, onde o casal de fato morava, está alugado, sem previsão de venda.
A defesa de Adriana Ancelmo afirmou que desconhecia o fato dos imóveis da ex-primeira-dama não estarem bloqueados. A Cyrela afirmou, em nota, que compete à compradora providenciar o registro junto ao cartório de imóveis.

27 de agosto de 2018
Italo Nogueira
Folha

"VOU QUEBRAR O CARTEL DOS BANCOS, PESADAMENTE NO PRIMEIRO DIA", DIZ CIRO


Ciro diz que copiam suas teses e adota o lema “Siga o Ciro”

O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, voltou a criticar o setor bancário neste domingo, 26, em campanha na capital paulista. Reiterando o discurso em favor do aumento da concorrência no setor, o presidenciável afirmou que, uma vez eleito, vai envolver imediatamente Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil em uma estratégia de aumento da competitividade, com a prática de juros menores.

“Eu vou quebrar o cartel dos bancos. Vou quebrar pesadamente, já no primeiro dia”, disse Ciro, que fez uma visita a uma feira livre na região de Itaquera.

NOME LIMPO – Ciro acrescentou que seu plano para reduzir juros e estimular o consumo vai contemplar ainda medidas como a regulamentação de Fintechs e a já anunciada retirada do nome dos brasileiros da lista do Serviço de Proteção ao Crédito.

Ele voltou a defender este último projeto, batizado de Nome Limpo, reforçando que “não se trata de dar dinheiro”, mas sim de renegociar dívidas de forma a destravar a economia.

O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, també subiu o tom das críticas aos adversários neste domingo. Em visita à capital paulista, o pedetista criticou o tucano Geraldo Alckmin, o emedebista Henrique Meirelles e presidenciável do Novo, João Amoêdo.

BOTAR PRA CORRER – O MDB foi quem tomou a maior parte dos ataques. Questionado se aceitaria um eventual apoio da sigla do presidente Michel Temer caso seja eleito, Ciro revidou: “Nem a pau, Juvenal. Meu governo vai botar pra correr ladrão e bandido. Botar pra correr até a porta da cadeia.”

Ao afirmar que o decorrer da campanha deixará evidente qual projeto cada candidato representa, Ciro reforçou a associação direta de Alckmin e Meirelles com o governo do Temer.

“A turma do Temer está dividida entre Meirelles e o Alckmin. Então, se você é favorável às ideias do Temer, à proposta do Temer, vota na turma do Temer”, disse Ciro, que visitou neste domingo (26/8) uma feira livre na região de Itaquera, na capital. “Eu lutei muito contra o Temer, contra essas reformas antipovo, antipobre, e estou fazendo propostas populares”, afirmou.

MILIONÁRIO – Sem citar diretamente o nome de Amoêdo, Ciro fez referência ao patrimônio declarado de R$ 425 milhões do candidato do Novo. “Tem candidato nesta eleição que tem R$ 425 milhões, quase meio bilhão de Reais, e vive com mais da metade disso em renda fixa. E vive falando mal do Estado. Então, o camarada faz com que todo cidadão desempregado no Brasil hoje pague o juro com que ele paga seu jatinho. ”

A campanha do candidato do PDT deve iniciar nos próximos dias uma ação nas redes sociais, na qual dirá que outros candidatos copiam suas propostas.

SIGA O CIRO – A ideia é usar, por exemplo, a informação de que o PT postou e depois apagou de suas redes uma proposta semelhante à do pedetista, que defende a renegociação de dívidas para limpar o nome dos cidadãos no Serviço de Proteção ao Crédito.

A campanha também dirá que Ciro é defensor há décadas da ideia de criar um Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que também permeia o discurso do tucano Geraldo Alckmin. Um slogan que será difundido nas redes fará um trocadilho convidando o eleitor a seguir as redes sociais de Ciro: “Faça como os outros candidatos. Siga o Ciro”.


27 de agosto de 2018
Deu no Correio Braziliense
(Agência Estado)

BARROSO DIZ QUE MUDAR A JURISPRUDÊNCIA EM FUNÇÃO DO RÉU É "ESTADO DE COMPADRIO"


Em Salvador, Barroso fez palestra, mas não citou Lula
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, classificou de “Estado do compadrio” o País que muda sua jurisprudência de acordo com o réu. Relator do registro de candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro abordou o tema da mudança de jurisprudência enquanto falava sobre a possibilidade do cumprimento da pena após sentença em segunda instância.
A decisão foi tomada pelo STF, em 2016, e reafirmada em outros dois outros julgamentos posteriores na Corte.
SEM MOTIVO – Questionado antes do evento sobre o caso Lula, Barroso não quis comentar o assunto. A fala de Barroso foi durante palestra realizada na noite desta sexta-feira, 24, no 3.º Simpósio Nacional de Combate à Corrupção, realizado pela Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), em Salvador.
“Não há razão para mudar jurisprudência. Um país que vai mudando sua jurisprudência em função do réu não é um Estado democrático de direito, mas um Estado de compadrio”, disse Barroso para uma plateia de cerca 800 pessoas espalhadas em três salas de cinema.
Ele foi aplaudido após a crítica à mudança de jurisprudência.
LULA DE FORA – No caso do petista, somente uma mudança de jurisprudência poderá permitir sua participação nas eleições de outubro. De acordo com a Lei da Ficha Limpa, políticos condenados por órgão colegiado em segunda instância são considerados inelegíveis.
Ainda em sua palestra, o magistrado afirmou que o País vive uma “onda de negatividade” causada pelos casos de corrupção descobertos, mas que há, “além da fumaça”, um futuro promissor.
“Acho que estamos vivendo um momento de refundação. Um país que se encontrou consigo próprio e está tentando mudar o seu destino”, afirmou Barroso, que se disse otimista.
OS POLÍTICOS – Barroso também citou indiretamente em sua palestra o fato de Lula ter sido condenado em duas instâncias e estar cumprindo pena. A menção foi feita ao dizer que importantes políticos estão com problemas na Justiça.
O ministro disse que o atual presidente foi denunciado duas vezes, dois ex-presidentes da Câmara foram condenados e um senador que foi candidato à Presidência foi denunciado por corrupção.
“A fotografia atual é sombria e devastadora”, disse o ministro. Segundo ele, a corrupção que assola o País tem origem em três fatores: no patrimonialismo caracterizado pela dificuldade em diferenciar a esfera pública da privada; no oficialismo em que tudo depende do Estado; e em uma cultura da desigualdade.

27 de agosto de 2018
Fabio Serapião
Estadão

COMO SERIA O BRASIL SEM LAVA JATO E COM AS EMPREITEIRAS COMANDANDO A POLÍTICA?

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Charge do Casso (Charge Online)
Se o bombardeio contra a Lava- Jato feito pelo PT e por outros partidos tivesse conseguido destruir a operação, a história desta eleição seria bastante diferente. Apesar da felicidade geral da nação petista, que teria seu Lula livre, o país seria outro. Ou talvez o mesmo de anos atrás. Vamos ver como estaríamos nesse momento caso Moro, Bretas, Dallagnol e suas equipes tivessem sido efetivamente impedidos de prosseguir investigando casos de corrupção e punindo corruptos.
LULA DA SILVA— Estaria em plena campanha eleitoral. Como não poderia viver o papel de vítima, muito provavelmente não teria 37% das intenções de voto. Passaria toda a campanha explicando a corrupção endêmica de seu partido, o desastre do governo de Dilma e as acusações contra ele que não foram adiante com o sepultamento da Lava-Jato. Odebrecht e OAS estariam financiando a campanha pelo caixa 2. Nas folgas da maratona eleitoral, relaxaria no seu tríplex no Guarujá ou no seu sítio de Atibaia.
DILMA ROUSSEFF — Sem Lava-Jato, o Congresso não teria reunido força política para afastá-la do cargo. Estaria pilotando uma economia agonizante. Seu índice de aprovação seria baixo, mas melhor do que Temer experimenta hoje, porque tem gente que não quer mesmo enxergar. Seguiria no Planalto até se aposentar em 31 de dezembro.
MICHEL TEMER — Teria se desincompatibilizado da vice-presidência para concorrer a uma vaga na Câmara. Como as acusações contra ele não seriam investigadas, muito possivelmente seria eleito na margem de erro.
ANTONIO PALOCCI — Esse já estava bastante sujo por falcatruas anteriores à Lava-Jato, mas mesmo assim seria candidato a uma vaga na Câmara. Não seria chamado para ajudar no plano de governo de Lula, muito liberal para este novo PT.
JOSÉ DIRCEU — Cumprida sua pena pelos crimes do mensalão, voltaria a encarnar o papel de guerreiro do povo brasileiro. E muita gente acabaria caindo nessa. Seria, claro, candidato a deputado federal. Não arriscaria uma eleição majoritária.
EDUARDO CUNHA — Solto, com dezenas de contas milionárias no Brasil e no exterior, continuaria achacando empresas e empresários. Seria o deputado federal mais votado do Rio e financiaria uma bancada gorda com mais de 100 parlamentares em diversos estados. Voltaria a presidir a Câmara.
SÉRGIO CABRAL — Seria o candidato a vice de Lula. Agregaria o perfil do governador pop do Rio, o tempo de TV e o fundo partidário do MDB à campanha petista. Nas folgas de campanha descansaria com a serelepe Adriana Anselmo na sua casa de Mangaratiba cercado de quadros de Romero Brito e garrafas de vinho de US$ 2 mil a unidade.
AÉCIO NEVES— Como Temer não teria sido presidente, a série de eventos provocados pelas gravações de Joesley não ocorreria. Aécio não teria sido flagrado chafurdando nos cofres dos Batistas e seria, portanto, o candidato do PSDB a presidente. O “bom moço” de Minas chegaria embalado pelo enorme recall de 2014 com chances de ir para o segundo turno.
GLEISI HOFFMANN— Seria coadjuvante no cenário nacional. Mas certamente se candidataria mais uma vez ao governo do Paraná.
LINDBERGH FARIAS — Não se conheceria o seu lado aloprado e não teria a visibilidade que ganhou com o impeachment de Dilma e a prisão de Lula. Por isso, suas chances de sucesso na reeleição seriam menores.
MARCELO ODEBRECHT — Estaria hoje um pouco mais pesado, já que não teria passado dois anos na cadeia sem nada para fazer a não ser ginástica. Teria mantido o Departamento de Operações Estruturadas de sua empresa e continuaria jorrando dinheiro desviado do público para campanhas privadas. Todos os outros empreiteiros estariam muito bem, obrigado.
LÉO PINHEIRO — Já teria sido chamado para fazer algumas reformas e ajustes no tríplex dos Lula da Silva no Guarujá.
PETROBRAS — Não teria recuperado os R$ 2,5 bilhões com a Lava-Jato. A sangria continuaria em curso.
PEDRO BARUSCO — Não seria conhecida a medida monetária em que um Barusco equivale a 100 milhões de reais.
ALBERTO YOUSSEF — Com o dólar a R$ 4, estaria nadando de braçada.
TESOUREIROS — Todos os do PT estariam bem e felizes. Nenhum teria sido preso.
MARQUETEIROS — João Santana e Mônica Moura estariam cuidando da campanha de Lula. Duda Mendonça continuaria no mercado.
ADVOGADOS — Alguns dos maiores do Brasil teriam dezenas de milhões de reais a menos em suas contas. E Zanin… que Zanin? Ninguém conheceria Cristiano Zanin.

27 de agosto de 2018
Ascânio Seleme
O Globo