"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

DOCUMENTÁRIO REVELA OS CRIMES DE ROBERTO MARINHO AO USURPAR O CANAL 5 DE SP

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Ilustração reproduzida do Arquivo Google
No último dia 30 a organização Globo lançou estrepitosamente a seção “Fato ou Fake”. O objetivo é alertar os brasileiros sobre conteúdos duvidosos disseminados na mídia, na internet ou no celular, esclarecendo o que é notícia (fato) e o que é falso (fake). Participam da apuração equipes de G1, O Globo, Extra, Época, Valor, CBN, GloboNews e TV Globo. Desde 30 de julho, portanto, jornalistas globais estão fazendo um monitoramento diário para identificar mensagens suspeitas compartilhadas nas redes sociais e por aplicativos como o WhatsApp.
Cada um desses veículos do grupo Globo poderá publicar as checagens feitas em conjunto. Ao juntar forças entre as redações, diz a reportagem de lançamento que “será possível verificar mais — e mais rápido”. A anterior editoria “É isso mesmo?”, de O Globo, deixou de existir para dar lugar ao “Fato ou Fake”. Também haverá um bot (robô) no Facebook e no Twitter que responderá o que é falso ou verdadeiro, caso o assunto já tenha sido verificado.
MEMÓRIA GLOBO – No caso da poderosíssima organização criada por Roberto Marinho, seria interessante que os jornalistas globais procurassem identificar e selecionar também o que seria “fato” ou “fake” no próprio site da empresa.
Entrando na página “Memória Globo”, basta clicar em Acusações Falsas e depois em Aquisição de Canais. Será encontrada a informação de que Roberto Marinho inicialmente só tinha dois canais: Rio e Brasília. “Para formar a rede, os outros canais foram comprados de particulares: São Paulo e Recife, de Victor Costa; e Belo Horizonte, de João Batista do Amaral”, diz o site.
Constata-se, assim, a existência de “fake news” no próprio site da organização Globo. É certo que Marinho não comprou dessa forma o canal 5 de São Paulo, o mais importante de sua rede, porque o empresário Victor Costa jamais fora dono de uma só das 30 mil ações da Radio Televisão Paulista S/A, canal 5 de São Paulo.
NEGÓCIO FURADO – Na verdade, Roberto Marinho, que tinha então 59 anos, assinou contrato em 1964 com Victor Costa Júnior, um jovem de 24 anos, que dizia ter herdados os bens de seu pai, Victor Costa, falecido em dezembro de 1959. Mas entre os bens inventariados não havia nenhuma ação da TV Paulista, que se tornaria a poderosa TV Globo de São Paulo.
Ou seja, Roberto Marinho não poderia ter comprado de Victor Costa Júnior o canal 5 de São Paulo, porque o suposto vendedor jamais foi dono da emissora, e isto ficou comprovado numa robusta ação judicial aberta contra Marinho em 2001 na 41ª Vara Cível do Rio de Janeiro.
No processo ficaram provados diversos crimes cometidos por Marinho, segundo a Procuradoria-Geral da República, como estelionato, fraude documental, simulação de assembleias societárias e outros mais. A Justiça constatou os crimes, mas o criador do grupo Globo não cumpriu nenhuma pena, porque estava tudo prescrito.
DOCUMENTÁRIO – Um filme longa-metragem, que acaba de ser concluído, esclarece esses fatos nebulosos envolvendo a usurpação da antiga TV Paulista pelo mais bem sucedido empresário brasileiro na área das comunicações.
Com imagens, provas e testemunhos irrefutáveis, o documentário esclarece de vez as acintosas fraudes e manobras societárias, que lesaram mais de 600 acionistas fundadores da Rádio Televisão Paulista S/A, entre eles o palhaço Arrelia, o senador José Ermírio de Moraes, os deputados Cunha Bueno e Derville Alegretti, além de empresários famosos, como Vicente Amato, Bento do Amaral Gurgel, Samuel Klabin e os irmãos Romeu e Paulo Trussardi.
Vai ser interessante conferir nos próximos festivais de cinema esta” big fake news” da organização Globo.

27 de agosto de 2018
Carlos Newton

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