O candidato do PSL ao Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro, criticou neste sábado (25), em entrevista à TV TEM (afiliada da TV Globo), a atuação do Ministério Público do Trabalho, que ele classificou de obstáculo para o desenvolvimento do país. Ele disse que, se eleito, vai “tirar o Estado do cangote do produtor”.
O presidenciável cumpriu agenda na manhã deste sábado no município de Catanduva, no noroeste de São Paulo. Natural de Glicério (SP), Bolsonaro está há quatro dias fazendo campanha no interior paulista.
CANGOTE – “O maior incentivo que a gente pode dar com o setor produtivo é tirar o Estado do cangote do produtor. Por outro lado, conversando com a nossa equipe econômica, nós temos que desburocratizar e desregulamentar muita coisa, de forma que aquela pessoa que queira empregar não seja refém do Estado”, declarou o candidato na entrevista à TV Tem.
“Conversei com um piscicultor agora há pouco aqui [Catanduva] sobre as dificuldades, imposto, energia cara e licença ambiental. Um país que tem um Ministério Público do Trabalho atrapalhando não tem como ir para frente”, complementou.
Na manifestação aos apoiadores de sua campanha, ele voltou a repetir os mesmos temas que tem abordado em todos os seus atos de campanha. Mais uma vez, ele declarou que, caso vença a eleição, vai propor a criminalização das invasões de terras como “terrorismo”, dará retaguarda jurídica para policiais usarem armas de fogo no exercício do trabalho sem risco de serem processados criminalmente e vai incentivar que a população se arme para, segundo ele, reagir contra a criminalidade.
NO INTERIOR – Nos últimos dias, Jair Bolsonaro circulou em campanha por municípios do interior de São Paulo. Ele começou o giro pelo estado na quarta-feira (22), quando foi a Presidente Prudente.
Em visita a uma casa de repouso para idosos em Barretos, na tarde deste sábado, Bolsonaro disse que, se eleito, vai realizar uma reforma gradual na Previdência, começando pelo setor público, e com variações de acordo com a categoria.
“Se quiser mexer de uma vez só, não vai atingir seu objetivo. Por exemplo, serviço público: o homem com 60 anos de idade e 35 [anos] de contribuição. Passa para 61 [anos] e 36 [anos de contribuição]. Deixa o futuro presidente alterar para 62 e 37, quem sabe. A mesma coisa para a mulher: é 60 e 30. O serviço público nosso é bastante pesado”, disse.
27 de agosto de 2018
Por G1, Catanduva
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