"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 6 de dezembro de 2015

A PRESIDENTE ESTÁ BRABA



Dilma se diz indignada. E nós?
A presidente Dilma veio às falas e se declarou indignada. Ela, indignada. E nós, o quê? Nós, constrangidos a conviver com recessão, inflação e corrupção. Nós, sentenciados a acatar aumentos de impostos, solução indicada por quem sequer entendeu a natureza do problema. Somos notificados, nós, pela televisão, de que a presidente está braba…
Ora, leitores, o Brasil cansou de Dilma, do seu partido, das enrolações, das mentiras e das mistificações que mantêm o PT no poder.
Na tarde desta quinta-feira (3), assisti a leitura do pedido de impeachment ao plenário da Câmara dos Deputados. Estarrecedora a lista de crimes de responsabilidade fiscal praticados pelo governo! Na origem de cada um deles a mesma motivação: ocultação da realidade, dissimulação dos fatos, enganação. A tais práticas, lembremo-nos, era dado o nome de “contabilidade criativa”. Valha-nos Deus!
A presidente espera enfrentar a crise acusando a oposição de conspirar contra o interesse público. Mas quem agiu prolongada e determinadamente contra a nação, olhos postos apenas no interesse próprio e nas parcerias ideológicas? Quem fez o diabo e todos os diabinhos possíveis para vencer a eleição gerando o caos subsequente, jogando o país em mais uma década perdida?
UNIÃO NACIONAL
O Brasil precisa de união nacional para enfrentar a crise. A presidente não perdeu apenas 70% dos votos que fez no ano passado. Por não respeitar o interesse público, por valorizar mais a reeleição do que o bem do país, ela perdeu o respeito do país. E não há, tampouco, como seu partido unificar qualquer coisa politicamente consistente. Enquanto o governo jogava o país na valeta da estrada por onde outros avançam, o partido governante entesourava e tratava de dedicar o Estado, o governo e a administração à tarefa de construir conflitos e impor suas pautas.
A unidade, em torno de Dilma Rousseff, só pode ser na tarefa de nos enganarmos uns aos outros para que, ao final, estejamos todos vivendo o mesmo delírio. E a unidade, em torno do PT, é a guerra de todos contra todos, é a simultaneidade dos ódios provocados e a explosão de todos os conflitos existentes, inventados e ainda por inventar.
O impeachment no qual o país depositou suas esperanças neste ano que chega ao fim foi posto em marcha. Ao longo das próximas décadas estaremos falando destes dias, destas semanas, e saberemos que, em 2015, o povo brasileiro mobilizou-se para que se cumprisse a Constituição e fossem afastados do poder aqueles que se uniram na mentira e nela se abastaram.
Tanto semearam divisão que acabaram unindo o país contra si.

06 de dezembro de 2015
Percival Puggina

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