A aprovação de um currículo nacional foi o caminho escolhido pelos países que hoje têm os melhores desempenhos em educação
Com este título provocador, Escolarizar não é Aprender (Schooling Ain't Learning) LantPritchett , professor de Harvard, lançou um livro analisando um fenômeno recente nos países em desenvolvimento: as crianças pobres estão finalmente na escola, mas não estão aprendendo.
Com a triste marca de 57ºlugar no Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes (Pisa), exame internacional de Educação aplicado a jovens de 15 anos de 65 países, a sétima economia do mundo não tem do que se orgulhar.
Avançamos muito em matemática, mas ainda amargamos as últimas posições. O que fazer neste contexto? Pagar melhor os professores faz parte da resposta, mas não é a única coisa a fazer. Melhorar a infraestrutura das escolas é importante, mas tampouco resolve o problema.
Há que se estabelecer, com clareza, um currículo nacional, como fizeram os países com melhor desempenho. Com base nele, promover um esforço sério de formação de professores, assegurando-lhes não só o domínio de áreas temáticas, mas sobretudo a proficiência em sua prática de ensino.
Urge resgatar algo que a antiga escola normal fazia bem, ensinar a ensinar.
O currículo também pode ser a base para a produção de livros didáticos, de materiais de apoio e de capacitação para os docentes.
Sem saber quais as expectativas de aprendizagem, dificilmente se pode apoiar o professor, ter sequenciamento no ensino e promover interdisciplinaridade.
Um sistema de reforço escolar é fundamental. As crianças aprendem em ritmos diferentes. Apoiá-las demanda a construção de trajetórias educacionais distintas.
Até para experimentar caminhos inovadores em Educação, o currículo é essencial. Assim como a mensuração dos avanços. Caso contrário, continuaremos a disputar os últimos lugares em Educação e na construção do futuro.
27 de abril de 2014
Claudia Costin, O Estadão
Com este título provocador, Escolarizar não é Aprender (Schooling Ain't Learning) LantPritchett , professor de Harvard, lançou um livro analisando um fenômeno recente nos países em desenvolvimento: as crianças pobres estão finalmente na escola, mas não estão aprendendo.
Com a triste marca de 57ºlugar no Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes (Pisa), exame internacional de Educação aplicado a jovens de 15 anos de 65 países, a sétima economia do mundo não tem do que se orgulhar.
Avançamos muito em matemática, mas ainda amargamos as últimas posições. O que fazer neste contexto? Pagar melhor os professores faz parte da resposta, mas não é a única coisa a fazer. Melhorar a infraestrutura das escolas é importante, mas tampouco resolve o problema.
Há que se estabelecer, com clareza, um currículo nacional, como fizeram os países com melhor desempenho. Com base nele, promover um esforço sério de formação de professores, assegurando-lhes não só o domínio de áreas temáticas, mas sobretudo a proficiência em sua prática de ensino.
Urge resgatar algo que a antiga escola normal fazia bem, ensinar a ensinar.
O currículo também pode ser a base para a produção de livros didáticos, de materiais de apoio e de capacitação para os docentes.
Sem saber quais as expectativas de aprendizagem, dificilmente se pode apoiar o professor, ter sequenciamento no ensino e promover interdisciplinaridade.
Um sistema de reforço escolar é fundamental. As crianças aprendem em ritmos diferentes. Apoiá-las demanda a construção de trajetórias educacionais distintas.
Até para experimentar caminhos inovadores em Educação, o currículo é essencial. Assim como a mensuração dos avanços. Caso contrário, continuaremos a disputar os últimos lugares em Educação e na construção do futuro.
27 de abril de 2014
Claudia Costin, O Estadão
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