Na mais importante sessão da CPMI da Petrobras, terça-feira, coube ao réu Paulo Roberto Costa denunciar a existência de dezenas de políticos envolvidos na roubalheira. Mais ainda, que a lambança não se limitou à estatal petrolífera pois atingiu empresas públicas encarregadas dos setores rodoviário, ferroviário, de portos, aeroportos e hidrelétricas.
Indaga-se há quanto tempo acontece esse conluio entre o poder público e as empresas privadas. Anos? Décadas? Séculos?
Apesar dos louvores que merece a Polícia Federal na elucidação dos crimes, fica evidente a sua limitação, quando as investigações esbarram nos maiores responsáveis pela transformação do Brasil numa imensa caverna do Ali Babá.
Porque nada aconteceria não fosse no mínimo a conivência deles. No caso, para começar, os chefes dos três poderes da União. Como um delegado ou uma equipe policial chegariam à suprema direção do Executivo, Legislativo e Judiciário?
Porque nada aconteceria não fosse no mínimo a conivência deles. No caso, para começar, os chefes dos três poderes da União. Como um delegado ou uma equipe policial chegariam à suprema direção do Executivo, Legislativo e Judiciário?
Ainda esta semana um grupo de energúmenos ganhou as ruas pedindo a volta à ditadura militar. Deveriam ser todos identificados, processados e encarcerados por injúria à democracia, mas inexistirá outra solução para que se encerre esse longo período de criminalidade?
Caberia aos presidentes da República, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal reunir-se para propor à nação um remédio amargo mas essencial à recomposição das instituições. A fiscalização implacável por parte de qualquer agente do estado e a punição intransigente dos malfeitos apurados em ritmo meteórico.
Nada fora da Constituição, mas algo capaz de interromper esse festival de ladroagem incrustado na crônica recente ou longínqua. Por certo que não Atos Institucionais ou Adicionais, mas a aplicação segura das leis penais e a utilização do aparato estatal para fazer cumpri-las.
Autoridade esse triunvirato possui, independente das pessoas que os ocupem. Falta-lhe confiança, fator essencial para o funcionamento da nação, em condições de ser conquistado na hipótese de assumirem suas responsabilidades na plenitude de seus poderes. Deixar as coisas como estão é que não será mais possível.
Nada fora da Constituição, mas algo capaz de interromper esse festival de ladroagem incrustado na crônica recente ou longínqua. Por certo que não Atos Institucionais ou Adicionais, mas a aplicação segura das leis penais e a utilização do aparato estatal para fazer cumpri-las.
Autoridade esse triunvirato possui, independente das pessoas que os ocupem. Falta-lhe confiança, fator essencial para o funcionamento da nação, em condições de ser conquistado na hipótese de assumirem suas responsabilidades na plenitude de seus poderes. Deixar as coisas como estão é que não será mais possível.
A MODA JÁ PEGOU
Aprovado o projeto da presidente Dilma que faz o deficit sepultar o superavit em todas as contas públicas, qual a consequência imediata, ontem mesmo? Foi de que os governadores, sem exceção, reivindicaram a mesma distorção. Não há mais lei de responsabilidade fiscal. Aguarda-se a mesma reação dos prefeitos.
04 de dezembro de 2014
Carlos Chagas
04 de dezembro de 2014
Carlos Chagas
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