Caro leitor, começo esta coluna com entusiasmo e dois objetivos.
O primeiro é perseguir equívocos. Meu alvo é a “linguagem Lego”, o costume de pensar “encaixando frases pré-fabricadas de plástico oco”, como descreve o historiador Timothy Garton Ash.
Há clichês politicamente corretos e sem consistência posando por aí como edifícios de concreto; minha missão será analisá-los e desmontá-los.
O segundo objetivo é ser elegante.
A internet está cheia demais de opiniões barulhentas, rótulos e argumentos contra a pessoa. Um proselitismo raivoso vem sabotando até mesmo quem tem ótimas ideias. A estridência ganha cliques, curtidas e seguidores, mas é um espantalho para os leitores que não morrem de amor por ideologias ou partidos. Nesse caso, ela não só espanta, também imuniza os leitores contra a mensagem.
Por isso quero discutir ideias, e não pessoas. Vou defender minha posição com equilíbrio, sem gritos de guerra. Vou ser moderado quando possível; se tiver que defender uma posição radical, farei isso sem histeria. E prometo me esforçar para ter a generosidade intelectual de quem mostra os pontos fracos da própria argumentação.
Estarei por aqui todas as terças, quando devo falar sobre um grande debate, uma questão que inquieta cientistas e pensadores; e às quintas, dia de derrubar mitos e equívocos do bom-mocismo.
Tomara que você goste.
04 de dezembro de 2014
Leandro Narloch
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