Lula, no exercício daquilo que sabe fazer muito bem – comprar políticos disponíveis no estoque dos “300 picaretas”, experiência adquirida no Mensalão, no Petrolão e muitos mais – estabeleceu sua banca de compra em hotel em Brasília, pertinho do Palácio do Planalto, onde está esbanjando dinheiro do povo, otimismo e absoluta certeza de impunidade.
Já acha que está no papo a vitória contra o impeachment de sua pupila Dilma, pois avalia que comprou votos e ausências suficientes de políticos “picaretas” fieis à instituição que considera a mais poderosa do país: a corrupção.
Nos seus cálculos de mercador, acredita que não haverá 342 votos na Câmara a favor do impedimento da presidente Dilma Rousseff. Porém, cauteloso como deve ser todo “doutor honoris causa”, também já tomou providências para que o impeachment não passe no Senado, caso os deputados “picaretas” que comprou tenham um “desvio” de caráter e façam uma falseta. Por isso, o varejão de pastas e a liquidação de cargos prosseguem a todo vapor para Dilma conseguir votos e ausências contra o impeachment.
DIREITO ADQUIRIDO
Na realidade, Lula acha que fraudes, mentiras, superfaturamentos, desvios da verba pública, operações ilegais de crédito e assaltos ao dinheiro público representam direito adquirido de todo governante petista e político da base aliada. E ele é mestre nesses assuntos. Faz até palestras.
Prova indiscutível dessa exótica e reservada “normalidade comportamental” é representada pela gravação na qual Dilma diz para Lula, de modo claríssimo, que ia lhe mandar, por um salvador de nome Messias (coincidência bíblica), o “termo de posse” como ministro, para ser usado “em caso de necessidade”. Trapaça patente e explícita que toda a nação tomou conhecimento.
A gravação prova, ainda, que Lula e Dilma não tiveram o mínimo pudor em ocultar que estava sendo feita uma trapaça, ao simular que a nomeação tinha alguma coisa a ver com o interesse do Brasil.
Como complemento à hipocrisia foi elaborada uma “edição extra” do Diário Oficial da União na véspera da posse de Lula, com o claríssimo objetivo de construir, em volta dele e o mais rápido possível, uma muralha de proteção que o colocasse a salvo das investigações da monumental corrupção levada a efeito pela Operação Lava Jato.
AINDA CONFIANTE
Apesar de a grande maioria da população brasileira repudiar Dilma, Lula está confiante em seu poder de compra e certo que não haverá impeachment. Tem a certeza que a experiência que adquiriu na política brasileira, como franciscano do pântano na contumaz utilização do “é dando que se recebe”, além da certeza de impunidade, constitui sua inabalável coluna de sustentação.
Dentro de poucos dias saberemos se Lula tem razão. Se tiver, ainda teremos que aturar Dilma e seus insuperáveis discursos de improviso, por muito tempo.
08 de abril de 2016
Celso Serra
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