Em 1992, Lula e Mercadante pediram ao dono da Globo que apoiasse o impeachment de Collor
Naquela época, não era golpismo.
Em 1992, como sabemos, o PT não considerava golpe pedir impeachment. Na verdade, como também sabemos, o partido e Lula nunca acharam isso, até agora. Foram ao todo 50 pedidos de impeachment a exatamente TODOS os presidentes que o Brasil já teve desde a redemocratização (sim, até o Itamar recebeu o dele).
Mas esqueçamos isso e voltemos no tempo. Acompanhem essa narrativa:
“Lula marcou uma visita ao Dr. Roberto para pedir o apoio da Globo na campanha do impeachment de Collor. Eu era o editor-chefe na ocasião. Toca o telefone, era a dona Ligia, secretária, me passando o Dr. Roberto. ‘Eu tenho um encontro marcado com o Lula, e ele trouxe um companheiro. Então, também quero ter um companheiro meu.’ Dr. Roberto sempre se referia à gente como ‘companheiro, companheiro, companheiro’. Cheguei lá, estavam Lula, o então deputado Aloizio Mercadante e Dr. Roberto. Acabou o encontro, fizemos a foto. Eu liguei depois para o Dr. Roberto e disse: ‘É o primeiro encontro. A minha sugestão é que fosse um texto-legenda, aquela coisa clássica: ‘Esteve ontem, visitou, conversaram sobre conjuntura política e tal.’ Ele, primeiro, disse: ‘Tudo bem.’ Depois, me ligou de novo e disse: ‘Eu acho que só um texto-legenda, não, é pouco.’ Falei: ‘Tudo bem, Dr. Roberto. Mas de que forma? Uma matéria?’ E ele disse: ‘Conta tudo o que houve.’” (grifos nossos)
Sim, senhores! Lula, Mercadante, Rede Globo, Roberto Marinho… Incrível como, para os petistas, a ideia de “golpe” possui um sem-número de significados, valores semânticos, condições contextuais… Em suma: quando são eles pedindo, é legítimo; quando são eles levando, é golpe.
Durmam com esse barulho.
A história foi resgatada pelo site ÁpyusCom, de nosso ex-colaborador Marlos Apyus, e consta do memorial online de Roberto Marinho, narrada originalmente pelo jornalista Luis Erlanger.
08 de abril de 2016
implicante
Naquela época, não era golpismo.
Mas esqueçamos isso e voltemos no tempo. Acompanhem essa narrativa:
“Lula marcou uma visita ao Dr. Roberto para pedir o apoio da Globo na campanha do impeachment de Collor. Eu era o editor-chefe na ocasião. Toca o telefone, era a dona Ligia, secretária, me passando o Dr. Roberto. ‘Eu tenho um encontro marcado com o Lula, e ele trouxe um companheiro. Então, também quero ter um companheiro meu.’ Dr. Roberto sempre se referia à gente como ‘companheiro, companheiro, companheiro’. Cheguei lá, estavam Lula, o então deputado Aloizio Mercadante e Dr. Roberto. Acabou o encontro, fizemos a foto. Eu liguei depois para o Dr. Roberto e disse: ‘É o primeiro encontro. A minha sugestão é que fosse um texto-legenda, aquela coisa clássica: ‘Esteve ontem, visitou, conversaram sobre conjuntura política e tal.’ Ele, primeiro, disse: ‘Tudo bem.’ Depois, me ligou de novo e disse: ‘Eu acho que só um texto-legenda, não, é pouco.’ Falei: ‘Tudo bem, Dr. Roberto. Mas de que forma? Uma matéria?’ E ele disse: ‘Conta tudo o que houve.’” (grifos nossos)
Sim, senhores! Lula, Mercadante, Rede Globo, Roberto Marinho… Incrível como, para os petistas, a ideia de “golpe” possui um sem-número de significados, valores semânticos, condições contextuais… Em suma: quando são eles pedindo, é legítimo; quando são eles levando, é golpe.
Durmam com esse barulho.
A história foi resgatada pelo site ÁpyusCom, de nosso ex-colaborador Marlos Apyus, e consta do memorial online de Roberto Marinho, narrada originalmente pelo jornalista Luis Erlanger.
08 de abril de 2016
implicante
Nenhum comentário:
Postar um comentário