Sancionada a lei que determina o desempate em vestibulares federais pela renda familiar, alterando a LDB- Lei de Diretrizes e Bases da Educação. A vaga é do aluno que tiver a renda inferior a dez salários mínimos ou a renda menor entre os que obtiveram o empate.
Mais uma vez, o governo esconde o estrago feito na Educação nas últimas décadas, criando “pseudossoluções”, mesmo que sejam contra a Constituição Federal, no lugar de formar bons professores e oferecer condições dignas de aprendizagem para todos.
Cotas para a cor da pele e vaga aos menos favorecidos, como se a inteligência e a competência estivessem na cor ou no holerite.
Desde o dia 5 de novembro de 2015, quando esta lei foi publicada no Diário Oficial, conseguir pagar escola particular tornou-se quase um crime.
Políticos corruptos, todos sabem a solução: matriculem seus filhos em escolas públicas, priorizem o ensino, deem melhores condições de aprendizagem na Educação Pública e não serão necessárias desculpas para o caos em que nos encontramos hoje. Igualdade social não é isso.
Haja criatividade para tapar o sol com a peneira. Li um argumento que defende esta lei e era algo assim: “o pobre que empatou com o rico se esforçou mais porque batalhou com menos suporte pedagógico, quem sabe passou fome e obteve a mesma nota”. Eu deveria ter poupado meus olhos!
A Constituição Federal de 1988 garante Educação de qualidade para todos, assim como a LDB e o Estatuto da Criança e do Adolescente. E a presidente sanciona uma lei que proíbe a entrada na Universidade Federal do aluno que tem bom resultado e tem o “azar” de viver com boa condição financeira.
A Presidência da República sanciona uma lei que vai contra a Constituição Federal, pois tira de um jovem o direito ao estudo conseguido com seu empenho, porque ele pode pagar mais um ano de Cursinho. Falando claramente, esta é a interpretação desta lei.
Sabe qual é o azar deste jovem? Ter nascido, talvez, em uma família onde os pais ou responsáveis trabalham até mais de dez horas por dia, estudam e se atualizam com a própria renda, porque perceberam que não poderiam esperar pelo cumprimento das leis que garantiriam a própria formação e a de seus filhos. Que azar deste vestibulando!
Acordemos, Brasil! Vergonha na cara, pelo amor de Deus! Passou de todos os limites faz muito tempo.
Arrumemos o problema de uma vez: reformular a matriz curricular da Graduação, fazer formação continuada para os professores, valorizar o conhecimento, criar e manter condições básicas de higiene nas instituições educacionais. Isso é um bom começo que, certamente, trará outros enormes problemas para o governo: aumentará o número de seres pensantes e criativos, de leitores assíduos.
Seria um sonho para mim e, certamente, um pesadelo para os eleitos. Então, fico eu no pesadelo e os safados com o sonho que já realizaram: quebraram o país.
Casa, educação, saúde e segurança para todos se faz com a utilização dos impostos que pagamos, mas preferem roubar do povo o dinheiro e utilizá-lo em causa própria, em contas no exterior.
E agora oficializaram que trabalhar e pagar escola particular é perda de tempo, porque o empate custará mais um ano na vida do jovem se, com muita sorte, no próximo vestibular, não empatar novamente com um colega de escola púbica.
Pátria Educadora?
11 de julho de 2016
Lígia Fleury é psicopedagoga, palestrante, assessora pedagógica educacional, colunista em jornais de Santa Catarina
Mais uma vez, o governo esconde o estrago feito na Educação nas últimas décadas, criando “pseudossoluções”, mesmo que sejam contra a Constituição Federal, no lugar de formar bons professores e oferecer condições dignas de aprendizagem para todos.
Cotas para a cor da pele e vaga aos menos favorecidos, como se a inteligência e a competência estivessem na cor ou no holerite.
Desde o dia 5 de novembro de 2015, quando esta lei foi publicada no Diário Oficial, conseguir pagar escola particular tornou-se quase um crime.
Políticos corruptos, todos sabem a solução: matriculem seus filhos em escolas públicas, priorizem o ensino, deem melhores condições de aprendizagem na Educação Pública e não serão necessárias desculpas para o caos em que nos encontramos hoje. Igualdade social não é isso.
Haja criatividade para tapar o sol com a peneira. Li um argumento que defende esta lei e era algo assim: “o pobre que empatou com o rico se esforçou mais porque batalhou com menos suporte pedagógico, quem sabe passou fome e obteve a mesma nota”. Eu deveria ter poupado meus olhos!
A Constituição Federal de 1988 garante Educação de qualidade para todos, assim como a LDB e o Estatuto da Criança e do Adolescente. E a presidente sanciona uma lei que proíbe a entrada na Universidade Federal do aluno que tem bom resultado e tem o “azar” de viver com boa condição financeira.
A Presidência da República sanciona uma lei que vai contra a Constituição Federal, pois tira de um jovem o direito ao estudo conseguido com seu empenho, porque ele pode pagar mais um ano de Cursinho. Falando claramente, esta é a interpretação desta lei.
Sabe qual é o azar deste jovem? Ter nascido, talvez, em uma família onde os pais ou responsáveis trabalham até mais de dez horas por dia, estudam e se atualizam com a própria renda, porque perceberam que não poderiam esperar pelo cumprimento das leis que garantiriam a própria formação e a de seus filhos. Que azar deste vestibulando!
Acordemos, Brasil! Vergonha na cara, pelo amor de Deus! Passou de todos os limites faz muito tempo.
Arrumemos o problema de uma vez: reformular a matriz curricular da Graduação, fazer formação continuada para os professores, valorizar o conhecimento, criar e manter condições básicas de higiene nas instituições educacionais. Isso é um bom começo que, certamente, trará outros enormes problemas para o governo: aumentará o número de seres pensantes e criativos, de leitores assíduos.
Seria um sonho para mim e, certamente, um pesadelo para os eleitos. Então, fico eu no pesadelo e os safados com o sonho que já realizaram: quebraram o país.
Casa, educação, saúde e segurança para todos se faz com a utilização dos impostos que pagamos, mas preferem roubar do povo o dinheiro e utilizá-lo em causa própria, em contas no exterior.
E agora oficializaram que trabalhar e pagar escola particular é perda de tempo, porque o empate custará mais um ano na vida do jovem se, com muita sorte, no próximo vestibular, não empatar novamente com um colega de escola púbica.
Pátria Educadora?
11 de julho de 2016
Lígia Fleury é psicopedagoga, palestrante, assessora pedagógica educacional, colunista em jornais de Santa Catarina
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