"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Privatização no Brasil é simplesmente criar cartórios, entregando estatais para as máfias de sempre


A pobreza do debate político e econômico no Brasil está mesmo de arrepiar. Ou só se fala em aumentar impostos já altíssimos, ou se vende a falsa ideia de que é preciso fazer vaixa negociando aquilo que a máquina estatal ainda possa ter de lucrativo. Os poderosos de plantão não focam em criticar e baixar os juros e spreads bancários - verdadeiros vilões do viciado mercado Capimunista brasileiro.

As malfadadas privatizações, tão utilizadas nos anos 80 como despiste e engodo da real crise do modelo de Estado intervencionista brasileiro, agora voltam a pauta principal como "solução" da crise brasileira. As privatizações realizadas no governo FHC, criaram “verdadeiros cartórios” que não promoveram desenvolvimento econômico, mas sim formaram “feudos” legais de agiotagem legalizada.

Nosso esquema privatizante-cartorial obedece a um ciclo manjadíssimo: 1) Construir com sacrifício dos brasileiros; 2) Quebrar pelo interesse de grupos; 3) Privatizar barato para estrangeiros; 4) Forçar os novos cartéis e cartórios a sofisticarem o jogo da corrupção, financiando os agentes políticos que os beneficiaram com "novos negócios privados" - que continuam controlados pela máfia estatal e suas agências reguladoras/interventoras.

É fácil constatar, no bolso, as aberrações dessa privataria cartorial no Brasil. 1) pedágios caríssimos inviabilizam as atividades econômicas de determinadas regiões; 2) o Brasil tem uma das piores internet do mundo e para variar ela está entre as mais caras do planeta; 3) as privatizações do setor de Telecomunicações colocaram o Brasil como refém de grupos econômicos internacionais que aprisionam o Brasil para um profundo atraso tecnológico; 4) etc...

As empresas controladas pela Oligarquia Financeira Transnacional escravizam o consumidor brasileiro. Um exemplo gritante: o Grupo Telefônica, da Espanha, retira quase 30% da sua Receita Mundial do Brasil. Em milhões de euros, o Brasil contribui com mais do que o dobro da Alemanha. Descontados os impactos do nosso câmbio maluco e se compararmos o poder aquisitivo do cidadão alemão com o do brasileiro, conseguiremos constatar o quanto essa empresa de Telecomunicações faz agiotagem feudal no Brasil.

Privatizar é uma proposta que, vinda da nossa zelite política, significa simplesmente transferir para grupos privados a mesma tarefa hoje exercida pelos desonestos poderosos que se apoderaram do Estado brasileiro e não querem largar o osso. O "cartório", depois de vendido, promove as mesmas sacanagens. Apenas muda de dono. Deixa de ser estatal, passando para as mãos de empresários que continuarão financiando a corrupção da politicagem. A Lava Jato e outras operações comprovam como tal safadeza opera - prejudicando o cidadão-eleitor-contribuinte-escravo no Brasil.

É preciso mudar o modelo de desenvolvimento. Aliás, é preciso definir que modelo de desenvolvimento devemos adotar. Antes disso, é necessário mudar o modelo estatal. É urgente estabelecer uma nova Constituição, menor, mcia clara e objetiva, sem necessidade de constantes interpretações pelo Supremo Tribunal Federal. O Brasil precisa um aparato legal enxuto, também de segura interpretação pelos agentes políticos e econômicos.

Chega deste modelo onde o Estado corrupto autoriza seus comparsas da iniciativa privada a extorquirem nossos pobres cidadãos, que hoje estão acuados pelas negociatas travestidas de “privatizações” da era FHC.
Precisamos é liberar a sociedade e a iniciativa privada para que ela atue livremente em todos os setores e em todas as atividades da economia, investindo, gerando empregos, criando riquezas e promovendo o verdadeiro desenvolvimento econômico e social do Brasil.

LIBERDADE para as forças produtivas brasileiras. É isso que o país precisa. Temos de acabar com a libertinagem em vigor. A partir do novo marco legal, o judiciário precisa rever seus procedimentos, reduzindo a burocracia, os custos, e agilizando os julgamentos, inibindo os infindáveis recursos que produzem impunidade e impedem a produtividade.

O modelo bolivariano do PT é diferente do modelo bolivariano do FHC. O primeiro nos queria escravizados pelo estilo chavista. O segundo, do FHC nos subordinou via sua Privataria aos grilões espanhóis, mexicanos, nas telecomunicações e das empreiteiras que ganharam os feudais pedágios. Agora, Temer e seu PMDB querem avançar na mesma negociata. Não podemos permitir!

Não é mais possível que não se enxergue esta realidade. Vale repetir até cansar: O Brasil tem de mudar e redefinir seu modelo de Estado, eliminando o regramento excessivo e o abuso de poder de intervenção, viabilizando uma liberdade democrática de verdade. Eis o fundamento da Intervenção Cívica Constitucional.

Eis é o único jeito de o País se tornar desenvolvido e líder da humanidade - aquela "Nova Roma" a que Darcy Ribeiro faz referência em seu livro "O Povo Brasileiro". Fazer meras reformas no modelo em vigor pouquíssimo ou nada adianta em termos políticos e econômicos.

Por isso, as privatizações que Temer e Moreira Franco preparam têm de ser criticadas duramente, e não comemoradas por rentistas sem noção da realidade.

Precisamos é de liberdade econômica. Todo excesso de Estado se traduz em corrupção generalizada. Combater a corrupção de forma definitiva é encolher os tentáculos do Estado, não privatizando para as mesmas máfias, internacionais ou locais.

Encolher o Estado brasileiro, definindo claramente seu papel através de um marco legal de segurança do Direito, significa libertar a sociedade para que ela conduza os rumos da economia com civilidade política.

A burocracia estatal brasileira precisa ser contida, destruída e reinventada, para funcionar apenas em bases essenciais, racionais. O passo inicial é responsabilizá-la por todos os males que nossas famílias enfrentam no seu dia-a-dia.

Por isso, na Revolução Brasileira em andamento, os alvos iniciais devem ser aqueles órgãos destinados a fiscalizar, mas que deixam a sacanagem rolar livre, leve e solta: os tais "tribunais" de contas - que não são órgãos do judiciário, mas sim auxiliares do corrupto poder legislativo, que indica seus membros, junto com o executivo.
Por isso, é necessária a Intervenção Cívica Constitucional. 
O Brasil colonizado, explorado e roubado, deveria se inspirar no exemplo norte-americano de 1776 - que fundou uma nação focada na cidadania, no desenvolvimento e no progresso.

Vale repetir até cansar: O Brasil tem de mudar e redefinir seu modelo de Estado, eliminando o regramento excessivo e o abuso de poder de intervenção, viabilizando uma liberdade democrática de verdade. Eis o fundamento da Intervenção Cívica Constitucional. Este é o único jeito de o País se tornar desenvolvido e líder da humanidade - aquela "Nova Roma" a que Darcy Ribeiro faz referência em seu livro "O Povo Brasileiro". Fazer meras reformas no modelo em vigor pouquíssimo ou nada adianta em termos políticos e econômicos.

Por isso, as privatizações que Temer e Moreira Franco preparam têm de ser criticadas duramente, e não comemoradas por rentistas sem noção da realidade

Avaliação caríssima


Peregrinação



Coisa do Demo




Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!


11 de julho de 2016
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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