O Ministério de Minas e Energia informou nesta segunda (dia 21) que vai propor ao Programa de Parcerias e Investimentos a venda de ações da União na Eletrobras, “a exemplo com o que já foi feito com Embraer e Vale”. O governo não informou quantas ações pretende vender, limitando-se a falar em “democratização” da empresa na Bolsa. Pessoas com conhecimento do assunto, no entanto, disseram que o objetivo é se desfazer de todos os papéis por meio de uma oferta pública, mantendo apenas uma “golden share” (ação que garante poder de veto em decisões estratégicas).
A União detém diretamente 40,99% das ações da empresa. O BNDES, 18,72%, e fundos federais, outros 3,42%.
CONTER O DÉFICIT – A expectativa é arrecadar entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões, que ajudarão a conter o deficit nas contas públicas em 2018. Hoje, o valor de mercado é de R$ 20 bilhões.
A avaliação é que as ações podem se valorizar com a perspectiva de privatização e com a mudança no sistema de cotas de venda de energia a preços baixos, instituído em 2013, e eliminada pelo novo marco do setor elétrico que será levado ao Congresso.
Após o anúncio da proposta pelo MME, o valor das ações da empresa negociadas em Nova York subiu 21% no “after market” (negociações após o fechamento do pregão).
COMPETITIVIDADE? – O MME argumentou que a venda da fatia da União “trará maior competitividade e agilidade à empresa para gerir suas operações, sem as amarras impostas à estatal”.
A decisão, afirmou o ministério, foi adotada após “profundo diagnóstico sobre o processo em curso de recuperação da empresa”. A Eletrobras vem implementando um plano de corte de custos para reduzir o endividamento, que era de R$ 23,4 bilhões no segundo trimestre. “Não há espaço para elevação de tarifas. Não é mais possível transferir os problemas para a população. A saída está em buscar recursos no mercado de capitais atraindo novos investidores e novos sócios”, defendeu o MME.
Também em nota, a Eletrobras anuncia a seus investidores que o governo proporá a “desestatização” da empresa, mas esclarece que a operação depende de autorizações governamentais, avaliação de autorizações legais e regulatórias e do modelo.
A EMPRESA – Por meio de seis subsidiárias, a Eletrobras tem um parque gerador de 46,9 mil MW, o equivalente a 32% da capacidade de geração de energia do Brasil, e 70 mil quilômetros de linhas de transmissão (47% da malha nacional).
Participa ainda da usina binacional de Itaipu e de 178 projetos de geração e transmissão em parceria com outras empresas.
O presidente da Associação dos Empregados da Eletrobras, Emanuel Mendes Torres, disse ser contra à venda das ações da União. “Vamos iniciar amanhã [hoje] um processo de convencimento do Congresso e da sociedade de que isso é ruim para o país.”
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Exatamente como aconteceu com o trêfego FHC, o governo de Michel Temer, que admite nada saber de economia (“Falem com o Meirelles…”), resolveu leiloar mais uma joia da Coroa, a Eletrobras. Então, por que não privatizar também a Petrobras, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica, o BNDES? Ora, se a solução é esta, vamos vender logo este país todo. E não esqueçam de vender a Amazônia. E, quem sabe, também o Pantanal. Se houve leilão, os chineses comunistas vão comprar tudo. Eles são comunistas em casa e imperialistas na casa dos outros. Pensem nisso. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Exatamente como aconteceu com o trêfego FHC, o governo de Michel Temer, que admite nada saber de economia (“Falem com o Meirelles…”), resolveu leiloar mais uma joia da Coroa, a Eletrobras. Então, por que não privatizar também a Petrobras, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica, o BNDES? Ora, se a solução é esta, vamos vender logo este país todo. E não esqueçam de vender a Amazônia. E, quem sabe, também o Pantanal. Se houve leilão, os chineses comunistas vão comprar tudo. Eles são comunistas em casa e imperialistas na casa dos outros. Pensem nisso. (C.N.)
22 de agosto de 2017
Nicola Pamplona e Julio Wiziack
Folha
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