Senhoras e senhores, agora que ficou definitivamente consagrada a mutreta dos médicos cubanos no Brasil, estabelecida de forma insidiosa entre o governo petista e a ditadura dos irmãos Castro, convém aqui especular sobre os destinos da elástica baba financeira que vai escorrer para os cofres da Ilha Cárcere.
A pergunta básica é a seguinte: para onde vai o dinheirame – algo entre um bilhão e meio e três bilhões de reais, ou mais – extorquido do bolso do indefeso trabalhador brasileiro?
Sobre o destino do grosso ervanário já foram levantadas várias hipóteses. Senão, vejamos: em data recente, um militante de “O Globo”, porta-voz da esquerda festiva, reproduzindo informe oficioso, noticiou que parte da grana dos 4 mil médicos cubanos contratados poderá servir para amortizar fração do empréstimo de US$ 980 milhões contraída pela ditadura comunista do Caribe junto ao BNDES do Dr. Lula, ao que se diz apenas parcialmente aplicado na reconstrução do Porto de Mariel e na reforma do aeroporto de Havana.
Outra hipótese levantada com insistência nos sites da internet é que pelo menos metade da grana tomada do contribuinte nativo em nome do programa Mais Médicos retornaria ao Caixa Dois do PT para financiar a campanha eleitoral do próximo ano.
De fato, levando-se em consideração que o pagamento mensal dispensado a cada médico cubano será na ordem de 60 reais – segundo o cirurgião caribenho Carlos Rafael Jimenez, em recente depoimento no Congresso Nacional -, não resta dúvida quanto ao potencial bilionário da campanha presidencial da guerrilheira Dilma.
(Neste particular, é bom recordar a operação de milhões de dólares contrabandeados em caixas de Havana Club Rum, em voo originário de Cuba, remetidos por Fidel Castro para “dar força” à reeleição de Lula.
Na denúncia publicada pela revista Veja, em julho de 2005, o falso diplomata cubano Sérgio Cervantes, notório “observador” das FARCs, teria sido o agente da operação.
Já na Ilha Cárcere, por sua vez, a certeza (e não mera hipótese) entre os perseguidos políticos é de que a grana bilionária do programa Mais Médicos, sacado do bolso do parvo povo brasileiro, servirá para Raul Castro – “alcoólatra e brutamontes confesso”, no dizer do jornalista Carlos Franqui, Ex-Íntimo do Vampiro do Caribe – ampliar o aparelhamento da DGI (Direción General de Inteligência), órgão da polícia secreta que, na Ilha Cárcere, exerce implacável repressão sobre a população em geral e, em particular, sobre os dissidentes em desacordo com os métodos do comunismo dos irmãos Castro.
Como se sabe, a DGI, só em Havana, emprega cerca de setecentos mil espiões para manter sob severa espreita cada quarteirão da desgastada cidade.
Por fim, há a hipótese dos que admitem, com considerável dose de razão, que os irmãos Castro, sinistros predadores do subcontinente, simplesmente enfiarão no bolso o grosso da grana do programa petista, subtraído de forma astuciosa da lograda patuléia cabocla.
Amparando a conjetura, basta assinalar recente reportagem da revista Forbes (especialista em quantificar e qualificar a fortuna dos milionários) que elegeu Fidel Castro como um dos homens mais ricos do mundo.
A revista informa, sem meias palavras, a razão do vasto patrimônio em dólares de Fidel:
os pagamentos dos negócios externos de Cuba são depositados na conta pessoal do insaciável ditador.
Em resumo: bem medido e pesado é possível que cada uma dessas hipóteses seja factível. Pior: no frigir dos ovos, os vastos recursos enviados ao “Paraíso do Caribe” poderiam servir a todos os propósitos acima apontados e mais outros que o desconfiado leitor pode livremente descortinar.
PS – Fidel tem horror aos médicos-enfermeiros cubanos, não confia neles. O tirano se trata com médicos espanhóis e seus exames são analisados em clínica de Boston. Chávez se meteu a besta com a medicina da ilha e se ferrou.
13 de setembro de 2013
Ipojuca Pontes, ex-secretário nacional da Cultura, é cineasta, destacado documentarista do cinema nacional, jornalista, escritor, cronista e um dos grandes pensadores brasileiros de todos os tempos.
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