Sem contestação – Há dias, quando o ucho.info afirmou que o nefasto clã comandado por José Sarney criou um apartheid verde-louro no Maranhão, o mais miserável dos estados brasileiros, não foi exagero, mas, sim, a mais completa tradução de uma realidade caótica que afeta de forma hedionda os maranhenses e que o editor deste site conhece de perto. Sarney e seus apaniguados – inclusos nesse rol seus filhos (Fernando, Roseana e Sarney Filho) – criaram um regime de exceção, o qual privilegia de maneira acintosa os integrantes de um grupo político que transformou o estado em capitania hereditária, governado a partir de um Tratado de Tordesilhas local.
No âmbito da saúde, o apartheid é muito mais evidente e escandaloso, porque as ações do governo de Roseana Sarney, assim como as do governo federal, podem facilmente ser traduzidas pela expressão “papo furado”. Roseana e os membros da família Sarney dão de ombros para as questões da depauperada saúde pública, porque há muito o aeroporto Marechal Hugo da Cunha Machado, da capital São Luís, foi transformado pelo clã em recepção avançada do Hospital Sírio-Libanês, o melhor e mais caro do País.
As nossas denúncias, todas de longa data, não trazem qualquer exagero, mas apenas uma constatação que qualquer brasileiro disposto a mudar o País pode fazer em um estado rico que pela incompetência de seus governantes vive em miséria quase eternizada. O que afirmamos em nossas matérias, sempre repudiadas pelo Palácio dos Leões, sede do Executivo estadual, têm sido confirmadas de maneira a não deixar dúvidas sobre a dura realidade enfrentada por um povo sofrido e corajoso.
Há dias, neste site, publicamos matéria destacando o programa político do Partido Progressista, que sob o comando do deputado federal Waldir Maranhão tem mostrado ao Brasil a verdade que Sarney e seus aduladores insistem em esconder.
Em Caxias, importante cidade do interior maranhense, está localizado um centro de diálises que recebe pacientes de todo o estado. Fernando Gabeira entrevistou um senhor que três vezes por semana viaja 300 km para se submeter a sessões de hemodiálise. Na cidade, um hospital universitário está fechado há seis anos. Na capital, onde o atendimento na rede pública de saúde deveria ser minimamente aceitável, pacientes viajam até Teresina, debaixo de um sol implacável, em busca de tratamento contra os mais variados tipos de câncer.
Entre as cidades de Paiol e Buriti Bravo dificilmente encontra-se um médico. Em Buriti Bravo, Claudete de Moraes conta que seu filho teve hanseníase e morreu pela falta de medicamento. O curandeiro da cidade conta que já fez aproximadamente 1,8 mil partos e destaca que nunca uma mulher morreu em seus braços. Nessas cidades, um equipamento de Raio-X, por exemplo, espera perto de seis meses a visita de um técnico para começar a funcionar. Mesmo assim, Roseana lançou, tempos atrás, o galhofeiro programa “Saúde é Vida”, que pela obviedade redundante mostra o quão mentiroso é. Mas para a governadora a saúde pública no Maranhão deve ser tratada como um negócio familiar, pois afinal o secretário da pasta é o seu cunhado, o médico Ricardo Murad, que em qualquer minimamente responsável já estaria demitido.
O Maranhão precisa mudar urgentemente e todos os brasileiros têm o dever de cobrar essa mudança, pois é inaceitável que alarifes da política local vivam como nababos, enquanto a população diuturnamente enfrenta o monstro da miséria. Muda Maranhão, muda! A hora é agora!
13 de setembro de 2013
ucho.info
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