Ao seguir a orientação da Executiva nacional, que se posicionou contra a minirreforma eleitoral aprovada pelo Senado, PT e PMDB voltaram a travar uma batalha no plenário da Câmara dos Deputados. Os petistas ainda esperam realizar um plebiscito para a reforma política e decidiram que vão obstruir qualquer tentativa de aprovar um novo sistema que não englobe as bandeiras do partido, como o financiamento público de campanha e o voto em lista. Os peemedebistas, por outro lado, trabalham para aprovar a tempo das próximas eleições o novo modelo encampado pela legenda.
De autoria do senador Romero Jucá (PMDB-RR), a minirreforma eleitoral traz poucas mudanças práticas: entre outros pontos, limita a contratação de cabos eleitorais e os gastos com combustíveis. Para que o sistema entre em vigor em 2014, a matéria precisa ser aprovada pela Câmara dos Deputados e sancionada pela presidente Dilma Rousseff até 5 de outubro, um ano antes das eleições.
Na noite desta quarta-feira, apesar do esforço do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do líder Eduardo Cunha (PMDB-RN) em pautar o projeto, os petistas, acompanhados por aliados, conseguiram obstruir e trancar a pauta de votações. A intenção é manter a estratégia até o tema ser engavetado. “Isso não é reforma coisa nenhuma, é um arremedo e nós não vamos entrar nessa. O que é importante para o PT é não enveredar pelo caminho da reforma”, afirmou, nesta quinta-feira, o líder na Câmara José Guimarães (PT-CE).
O deputado petista nega uma nova crise com o PMDB, mas terá de tentar conter, na próxima semana, a disposição dos peemedebistas em aprovar o projeto a qualquer custo.
26 de setembro de 2013
Veja
(Marcela Mattos, de Brasília)
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