"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 30 de setembro de 2017

AO SAIR DO PSDB, GUSTAVO FRANCO MOSTRA QUE O PARTIDO ESTÁ FICANDO INVIÁVEL

Gustavo Franco
Franco, um tucano que não fica em cima do muro
O economista Gustavo Franco, um dos formuladores do Plano Real, disse, sem citar nomes, que o PSDB “se encolhe diante de ‘erros’ de seus líderes” em carta na qual explica seu desligamento da legenda e a filiação ao Novo. A carta foi enviada ao Instituto Teotônio Vilela (ITV), centro de estudos e formulação política da sigla. O texto de Franco, que vai presidir a Fundação Novo, ligada à agremiação, também foi publicado em sua página do Facebook.
Numa carta anterior endereçada em agosto ao presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), Franco e outros economistas tucanos já tinham feito um “apelo” para que a sigla desembarcasse do governo Michel Temer e renovasse sua direção.
HESITAÇÃO – Na nova carta, a crítica aos “erros” de líderes tucanos vem logo em seguida ao comentário de que o partido “hesita” diante das ideias pró-mercado. “E o nosso partido, como organização, ou através de alguns de seus quadros, hesita diante dessas bandeiras ou mesmo as renega e, sobretudo e mais grave, se encolhe diante de ‘erros’ de seus líderes”, escreveu Franco.
Segundo o economista, a decisão de sair do PSDB estava “praticamente tomada” desde 18 de junho, quando o também economista Paulo Faveret, integrante do conselho consultivo do ITV do Rio, anunciou sua desfiliação. “Deixar o PSDB é uma decisão que, no meu caso, interrompe um vínculo de 28 anos (filiei-me em agosto de 1989), talvez por isso tenha sido contaminado pela hesitação, condição já crônica entre nós, infelizmente”, afirmou.
Franco também disse que não pode deixar de compartilhar “o orgulho e a satisfação de ter participado de tudo o que participei como filiado e como servidor em cargo público em governos tucanos”. “Deixar o PSDB, contudo, de modo algum significa abdicar da paixão que me trouxe ao partido em 1989 – a prosperidade do País a partir de um ‘choque de capitalismo’ – e menos ainda a de afastar-me do legado do Plano Real, este extraordinário empreendimento de que resultou a reconstrução da moeda nacional e em devolver ao País o futuro que havia perdido.”
SAUDAÇÕES TUCANAS – Com “saudações tucanas”, Franco terminou a carta dizendo esperar “que ainda possamos caminhar juntos no bom caminho no futuro”. “Despeço-me, portanto, sem queixas, esperando manter os vínculos e o cuidado com o patrimônio comum, apenas olhando para o futuro diante do qual todos somos responsáveis. Seja qual for o partido, nosso dever é com o que é certo, para começar. Sem o imperativo ético não dá para sair de casa pela manhã, quanto mais promover o crescimento e as reformas econômicas.”
Na carta, Franco também falou sobre seu novo partido e disse que não tem “ambição nem interesse em concorrer a cargo público”. Segundo ele, seu campo de atuação na sigla, na qual vai atuar como dirigente, será no “campo das ideias”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Ao defender um corrupto safado como Aécio Neves, o PSDB está imitando o PT e entra numa crise que pode levá-lo a um estado terminal. A piada é velha, mas sempre funciona: “O último a sair apague a luz”. (C.N.)


30 de setembro de 2017
Deu no Estadão

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