Unem-se as quadrilhas, ainda que se dediquem a repetir os mesmos crimes. Quem é flagrado no petrolão foi condenado no mensalão. Quem recebeu propina para votar com o governo no Congresso também abriu contas no exterior. São os mesmos, chamem-se Silvinho, Bumlai, Ronan ou Valério. Questiona-se apenas quando começou: se após a primeira eleição do Lula ou antes, quando o PT conquistou sua primeira prefeitura no interior de São Paulo. A metástese não parou, basta digitar o nome de empreiteiras, diretórios municipais ou bancos empenhados no trato com a coisa pública, sem esquecer obras onde companheiros e afins se dedicam a exaltar as excelências do modo petista de governar.
Adianta tirar quem se encontre puxando a fila, no caso, através do impeachment da presidente Dilma? Nem de longe, pois Madame é apenas um símbolo. Junto com ela situam-se legiões de grandes e pequenos participantes de um dos maiores escândalos da República, iniciados empalmaram o poder.
Claro que tem gente honesta no PT, ou até que muitos tidos como ladrões não chegaram a roubar, ou roubaram muito pouco. Fazer o quê, diante dessa desmoralização completa da atividade política? Falam em separar o joio do trigo, mas separando o trigo do joio talvez não sobrem grãos suficientes para assar um pãozinho francês.
Solução, mesmo, não se encontrará na identificação ou sequer na punição dos responsáveis pela roubalheira. Outros virão, mais ágeis e espertos do que os supostamente punidos. Sendo assim, haverá que buscar saídas diversas, começando pela demolição das estruturas legais que permitiram o assentamento de tamanho descalabro.
Não se tenha a ilusão de imaginar um paraíso a partir desse simples começo, mas sem ele não se chegará a lugar algum. Vale iniciar partindo dessa premissa. O diabo é se dela resultar o PT como força maior…
03 de abril de 2016
Carlos Chagas
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