O Brasileiro é único! Não tem nada igual neste mundo civilizado. Tenho verificado várias mensagens no Facebook sobre a Polícia Federal na operação ‘”Carne fraca” e fiquei muito triste com o regozijo do brasileiro com a desgraça deste país. Em nenhum outro lugar se faria piada com algo que vai prejudicar o próprio país e pode afetar fortemente as exportações, com o consequente desemprego num setor importante da economia.
Algo que deveria ser o cotidiano das instituições – fiscalizar, investigar, apurar e propor medidas para ajustar aquilo que exija melhoria e tal – acaba virando um evento de grande divulgação nos meios de comunicação.
Parece que todos querem aparecer na mídia, não se importando com as consequências para outras pessoas. Deve ser o efeito Sérgio Moro e Lava Jato. É muita irresponsabilidade um delegado que não sabe dizer o que houve de concreto, mas que tem uma escuta telefônica que pode ser um indício de alguma irregularidade e põe um setor inteiro na berlinda para gerar questionamentos dos mais de 150 países importadores dos nossos produtos.
O brasileiro tem um entendimento muito estranho: ele ama o emprego, mas odeia o empregador. Aí eu pergunto: como pode haver emprego sem o empregador?
Quando alguma empresa tem algum problema, o brasileiro acha que é justiçamento. Como se a empresa ou o empresário merecessem se dar mal porque já tiveram sucesso. Parece que o sucesso neste país é uma ofensa, a prosperidade é insulto e ganhar dinheiro honestamente não existe.
Devíamos estar apreensivos com a operação que a PF está investigando e com a eventual falta de fiscalização e controle, torcendo para que as empresas e instituições trabalhem da melhor forma para o desenvolvimento do nosso país, com geração de emprego e renda.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Este artigo, enviado por Mário Assis Causanilhas, mostra um lado negativo do brasileiro, que já havia sido criticado por Tom Jobim. O genial maestro dizia que brasileiro odeia quem faz sucesso e se dá bem, como Pelé, e endeusa quem faz sucesso e se dá mal, como Garrincha. Realmente, existe essa inversão de valores, que precisa ser combatida. (C.N.)
22 de março de 2017
Carlos Lazzari
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