Os policiais que interrogaram nesta terça-feira (dia 21) o blogueiro Eduardo Guimarães sobre o vazamento da informação de que Lula seria alvo de uma ação policial, em março do ano passado, disseram a ele que não apenas já sabiam a fonte da notícia como também quem passou a história a essa pessoa: uma mulher ligada à Receita Federal.
Guimarães obteve e divulgou em seu blog a informação, ainda sigilosa, de que Lula seria o centro de uma operação da PF. O juiz Sergio Moro, que ordenou a condução coercitiva de Eduardo Guimarães para prestar depoimento, não quis responder, nesta terça, se outros vazamentos ocorridos no âmbito da Operação Lava Jato já foram ou estão sendo investigados.
TODO DIA – Os vazamentos, comuns na Lava Jato, têm sido objeto de crítica não apenas de seus alvos. O ministro Gilmar Mendes chegou a dizer, nesta terça (21), que “na Lava Jato, a publicação de informações sob segredo de Justiça parece ser a regra, e não a exceção”.
A assessoria de imprensa da Justiça Federal do Paraná divulgou uma nota para explicar a decisão do juiz Sergio Moro de determinar a condução coercitiva do blogueiro Eduardo Guimarães, que depôs na manhã desta terça (21) na Polícia Federal.
O texto afirma que ele é um dos alvos de investigação de quebra de sigilo de investigação criminal no âmbito da Operação Lava Jato e diz mais de uma vez que Guimarães “não é jornalista”.
A defesa do blogueiro, também por meio de nota, repudiou as afirmações da Justiça e rebateu os argumentos. Para os advogados de Eduardo Guimarães, ele estava “praticando atividade jornalística” ao divulgar informações sobre a condução coercitiva do ex-presidente Lula.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O juiz Moro errou feio ao determinar a condução coercitiva do blogueiro, que sonha em entrar na política pelo PCdoB e se autoqualifica no TSE como comerciante e não como jornalista. Nada disso importa, a liberdade de expressão tem de proteger a todos. Se o blogueiro mentiu ou ofendeu, deve ser processado normalmente, sem condução coercitiva. Vazamento de informação real não é crime. Mas o maior erro de Moro foi dar fama e projeção ao blogueiro. E fama é tudo que o blogueiro almeja, para viabilizar sua candidatura, que ganha força, sem haver merecimento. O juiz Moro não deveria perder tempo com essas bobagens. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O juiz Moro errou feio ao determinar a condução coercitiva do blogueiro, que sonha em entrar na política pelo PCdoB e se autoqualifica no TSE como comerciante e não como jornalista. Nada disso importa, a liberdade de expressão tem de proteger a todos. Se o blogueiro mentiu ou ofendeu, deve ser processado normalmente, sem condução coercitiva. Vazamento de informação real não é crime. Mas o maior erro de Moro foi dar fama e projeção ao blogueiro. E fama é tudo que o blogueiro almeja, para viabilizar sua candidatura, que ganha força, sem haver merecimento. O juiz Moro não deveria perder tempo com essas bobagens. (C.N.)
22 de março de 2017
Mônica BergamoFolha
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