Desde o início do governo Lula, o Executivo aparelhou os planos de saúde das estatais e colocou nas diretorias verdadeiros ratos, com diretores ganhando altíssimos salários e provocando desvios de dinheiro dos investimentos e reservas dos respectivos planos, dinheiro descontado dos funcionários.
O governo loteou as diretorias dos planos de saúde entre membros do PT, PCdoB e PMDB. Aconteceu com o Postalis, dos Correios, com a Funcef, da Caixa, com o Serpros, do Serpro etc. Produziu-se uma máfia em todas essas diretorias. Tenho um amigo que foi eleito pelos funcionários do Serpro (ele é do PPS) para a diretoria do fundo, com uma soma de votos superior à soma dos votos dos candidatos que eram do PT e outro do PMDB, e ele foi lá para ver se dava fim a esta roubalheira.
Pois bem, os candidatos derrotados tentaram impugnar sua eleição, mas perderam na Justiça porque não havia fatos para cassá-lo. Todavia, uma andorinha não faz verão e meu amigo pouco pôde fazer contra os desmandos da atual diretoria.
O PMDB, também arrasou com as finanças do plano de saúde do GEAP, que está perto de quebrar.
MIGRAÇÃO CARA
O problema é que muitos usuários do GEAP já tem mais de 50 anos, e migrar para os planos privados de saúde fica muito caro, tendo em vista os parcos salários que recebem como funcionários públicos federais. Fica uma “escolha de Sofia”. Mesmo assim, muitos ex-usuários do GEAP já abandonaram o plano, devido à extrema precariedade do atendimento.
Diretores da GEAP ganham R$ 45.000,00 de salários mensais, como pode se ver na denúncia abaixo:
Plano de saúde dos servidores em nova crise
- Está feia a coisa na Geap, plano de saúde de servidores federais, onde já se fala em intervenção, apesar de a Anasps (associação dos servidores da Previdência) acusar a agência reguladora ANS de fazer vistas grossas. Último diretor-executivo da Geap, Paulo Eduardo Gomes da Silva, indicado pelo PMDB-PB, foi nomeado em julho e demitido quatro meses depois. Ganhava R$ 45 mil por mês.
- Falhanço – Gomes da Silva substituiu um bancário formado em educação física, Carlos Célio, para gerir rombo de R$ 300 milhões nas contas da Geap.
- ‘Sócios’ de olho – O problema é o patrimônio do pecúlio da Geap, avaliado em R$ 2 bilhões, que atraem os dois “sócios” do plano de saúde: PMDB e PT.
Falta uma CPI para investigar os desmandos nos fundos de pensão e a quebradeira da GEAP. Os funcionários recolheram contribuições durante muitos anos, para agora terem de pagar do próprio bolso os rombos dos fundos de pensão, ou, no caso do GEAP, ficarem literalmente desassistidos.
É preciso também saber como anda o fundo de pensão Previ, do Banco do Brasil e outros fundos de pensão das diversas estatais, que provavelmente tiveram o mesmo destino. O PT, o PCdoB e o PMDB simplesmente passaram todos esses doze anos roubando despudoradamente o dinheiro dos funcionários públicos e empregados das estatais.
17 de abril de 2015
Ednei Freitas
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