Desconsiderando a questão política, que realmente deixa o Presidente Temer numa situação insustentável, mas há o receio de que esse modo de agir das autoridades policiais e judiciárias esteja jogando o Brasil dentro de um regime fascista em que ninguém (principalmente agentes públicos) poderá falar absolutamente sobre nada (até mesmo porque também já existe a ditadura do politicamente correto). Considerando ainda que o Brasil é um país com legislação concebida dentro da lógica da criação de dificuldades para venda de facilidades, essa estrutura toda, dentro de um ambiente policialesco, vai travar de vez o desenvolvimento socioeconômico. A não ser que se fizesse uma nova Constituição e legislações complementares que diminuíssem drasticamente o poder do Estado sobre a sociedade.
PAÍS TRAVADO – É mais do que óbvio que daqui para frente teremos uma país cada vez mais travado para negócios e para o progresso. Quanto aos irmãos Batista, a principio eles podem pensar que se deram muito bem, um verdadeiro golpe de mestre. Mas em pouco tempo vão acabar se enroscando no suposto paraíso, os EUA, porque estão acostumados a fazer maracutaias e lá o buraco é muito mais embaixo quando se trata de Justiça.
Infelizmente, todo o dinheiro do BNDES utilizado para se fortalecer os “campeões nacionais” terá sido jogado fora. Em pouco tempo esses marginais vão passar o controle do império para algum grande grupo americano ou de outro país.
PARLAMENTARISMO – Para a estabilidade política e institucional, a melhor solução seria antecipar a adoção do regime parlamentarista. Temer deveria pedir que o Congresso escolhesse um líder, através da formação de maioria parlamentar, que poderia fazer o papel de primeiro-ministro.
O presidente Temer continuaria com o poder de direito e para efeitos protocolares, mas o poder de fato seria exercido por esse líder, enquanto o Congresso estivesse aprovando as mudanças constitucionais para a implantação ou não do regime parlamentarista de forma definitiva a partir de 2018, após um necessário plebiscito ou referendo para o povo chancelar essa importante mudança. Mas o fato é que o presidencialismo não dá mais.
21 de maio de 2017
Willy Sandoval
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