Deu errado – Fracassou a estratégia rasteira do Partido dos Trabalhadores de evitar a perda do mandato do ainda deputado José Genoino Neto, condenado à prisão pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da Ação Penal 470. Como o PT é uma caixa de Pandora, novas maldades podem surgir a qualquer momento.
Presidente da legenda à época do Mensalão do PT, o maior escândalo de corrupção da história nacional, Genoino vinha tentando convencer o Judiciário que seu estado de saúde é grave e que por isso precisaria cumprir a pena em prisão domiciliar.
Para quem chegou à sede da Polícia Federal erguendo o braço com o punho cerrado, em clara referência aos bolcheviques, o deputado mensaleiro se acovardou em pouquíssimo tempo. É fato que o cárcere é algo indesejável até mesmo para o mais profissional dos marginais, mas é preciso cumprir a lei, como pregam alguns moralistas da esquerda nacional.
A alegada gravidade da saúde de Genoino foi desmontada por dois laudos médicos, um realizado a pedido do ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF e relator da Ação Penal 470, e outro pela junta médica da Câmara dos Deputados, que ainda precisa decidir sobre o pedido de aposentadoria por invalidez apresentado pelo petista.
Tendo o irmão, José Nobre Guimarães, na liderança do partido na Câmara dos Deputados, Genoino contava com uma manobra sórdida para evitar a perda de mandato e garantir a aposentadoria, o que em termos financeiros representa pouco mais de R$ 26 mil mensais depositados na conta bancária.
A estratégia petista tinha como ponto primeiro o adiamento da reunião da Mesa Diretora da Câmara, que decidiria sobre a análise, em plenário do processo de cassação de mandato. Como já destacou o ucho.info, o caso de Genoino não é de cassação de mandato, mas, sim, de perda imediata do mesmo por decisão judicial e que consta da sentença proferida pelo STF.
A tal reunião foi adiada para a próxima semana, mas os obtusos defensores de José Genoino não contavam com um imprevisto. A PEC do Voto Aberto foi aprovada no Senado Federal e promulgada pelo Congresso Nacional nesta quinta-feira (28). Com isso, a decisão sobre a perda do mandato dos mensaleiros terá de ser de acordo com as novas regras, ou seja, com voto aberto. E nenhum parlamentar assumirá publicamente a defesa de condenados por corrupção. Quem fizer isso estará cometendo um suicídio político.
28 de novembro de 2013
ucho.info
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