"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

DISPUTAS POLÍTICAS JÁ MATARAM 13 PESSOAS NESTE ANO

 

Paulo Moura
Em pleno século XXI, a violência ainda faz parte da política brasileira em grandes e pequenas cidades do país. Reportagem publicada pelo jornal “Estado de São Paulo”, revela que 13 pessoas foram assassinadas em disputas de poder só neste ano. Em 2012, o levantamento realizado em 14 estados do Brasil registrou 91 mortes por motivações semelhantes.

A reportagem, publicada na edição de 12 de outubro, descreve crimes provocados por rixas políticas, como assassinatos cometidos para garantir espaço na máquina pública, vingar a morte de um aliado ou liquidar testemunhas.
Paulo Moura, cientista social e especialista do Instituto Millenium, acredita que os crimes têm origem na cultura patrimonialista. “A disputa pelo controle do estado, nessas circunstâncias é guiada pelo objetivo de enriquecer, em geral de forma ilícita. Por isso, não raras vezes, descamba para a violência”, argumenta.

Moura explica que o livre pensamento e a liberdade de voto ficam ameaçados, em um cenário violento e corrupto, onde ocorrem, entre outras práticas, a apropriação indevida dos bens públicos por deputados, vereadores, prefeitos e governadores. “O uso da violência na política não deixa de ser, também, um atentado à liberdade de expressão, pois quem recorre à força bruta em vez dos argumentos, não quer persuadir; quer submeter, impor, calar”, explica.

O cientista social aposta na justiça como o principal fator para coibir o uso da violência entre adversários políticos. “É preciso investigar, julgar e punir severamente quem atenta dessa forma incivilizada contra as liberdades e a democracia”, conclui.

28 de novembro de 2013
Comunicação Millenium

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