Não temos que seguir o caminho dos combustíveis poluentes para a nossa geração
Muitas vezes já ouvi de estrangeiros que o Brasil é um país privilegiado por ter alternativas para geração de energia e que o nosso país detém mais de 20% da água de nosso planeta. De fato é. Mas estamos dando a impressão de que, diante de tantas alternativas, não estamos escolhendo certo o que fazer. O Brasil detém a sexta maior reserva de urânio do mundo, mas está privilegiando matrizes energéticas complementares como eólica e solar. O nosso país precisa tomar a decisão certa, com urgência, e optar por ampliar a nossa matriz energética com base nuclear.
Depois da decisão da construção de uma usina nuclear, há um período de quatro anos para seu licenciamento, além de mais cinco anos para a sua construção. Isso significa que, se decidirmos por uma nova usina em 2014, somente em 2023 ela entrará em operação. O Brasil está crescendo e temos pressa para que sejamos sustentáveis energeticamente.
Temos conhecimento, material humano e combustível. Temos o desejo da iniciativa privada de financiar a construção das novas usinas, sem que o governo gaste um centavo, até a compra da energia que será gerada e vendida em leilão. Por que não tomar já esta decisão? A cada empreendimento deste porte, mais de 30 mil empregos diretos e indiretos são gerados, levando riqueza e oportunidades para toda região em seu entorno. O nosso país precisa com urgência optar pelo lógico e pelo óbvio.
Recentemente, os britânicos decidiram voltar a construir uma usina nuclear depois de 30 anos, quando privilegiaram o gás como matriz de geração. Suas reservas no Mar do Norte estão diminuindo e a alternativa pela construção de uma nova usina foi a mais sensata, superando a barreira do desconhecimento dos benefícios nucleares. Cerca de 85% da eletricidade gerada na França provêm da energia nuclear. A Alemanha quer recuar na produção de energia nuclear, mas já sofre com os altos preços e com a saída de indústrias de base, que preferem fabricar seus produtos a custos de energia mais baratos em países vizinhos.
O Brasil, além dos recursos hídricos explorados quase em sua totalidade, tem para apoiar a sua matriz energética a energia eólica e a energia solar. Mas elas são apenas fontes complementares. E um país em franco crescimento como o nosso, com ambições de proporcionar mais progresso, educação e saúde para sua população, não pode calçar a sua escolha apenas em fontes sazonais. Elas são importantes, mas são alternativas.
O Brasil tem água, vento, sol, urânio, biomassa, óleo, gás e carvão. E, como dizem os estrangeiros, é privilegiado por isso. Mas não temos que seguir o caminho dos combustíveis poluentes para a nossa geração de energia. As usinas nucleares são as melhores opções. Tanto do ponto de vista do desenvolvimento econômico, da independência energética, do domínio da tecnologia, quanto da consolidação de novos talentos em nossa juventude.
28 de novembro de 2013
Antônio Muller, O Globo
Depois da decisão da construção de uma usina nuclear, há um período de quatro anos para seu licenciamento, além de mais cinco anos para a sua construção. Isso significa que, se decidirmos por uma nova usina em 2014, somente em 2023 ela entrará em operação. O Brasil está crescendo e temos pressa para que sejamos sustentáveis energeticamente.
Temos conhecimento, material humano e combustível. Temos o desejo da iniciativa privada de financiar a construção das novas usinas, sem que o governo gaste um centavo, até a compra da energia que será gerada e vendida em leilão. Por que não tomar já esta decisão? A cada empreendimento deste porte, mais de 30 mil empregos diretos e indiretos são gerados, levando riqueza e oportunidades para toda região em seu entorno. O nosso país precisa com urgência optar pelo lógico e pelo óbvio.
Recentemente, os britânicos decidiram voltar a construir uma usina nuclear depois de 30 anos, quando privilegiaram o gás como matriz de geração. Suas reservas no Mar do Norte estão diminuindo e a alternativa pela construção de uma nova usina foi a mais sensata, superando a barreira do desconhecimento dos benefícios nucleares. Cerca de 85% da eletricidade gerada na França provêm da energia nuclear. A Alemanha quer recuar na produção de energia nuclear, mas já sofre com os altos preços e com a saída de indústrias de base, que preferem fabricar seus produtos a custos de energia mais baratos em países vizinhos.
O Brasil, além dos recursos hídricos explorados quase em sua totalidade, tem para apoiar a sua matriz energética a energia eólica e a energia solar. Mas elas são apenas fontes complementares. E um país em franco crescimento como o nosso, com ambições de proporcionar mais progresso, educação e saúde para sua população, não pode calçar a sua escolha apenas em fontes sazonais. Elas são importantes, mas são alternativas.
O Brasil tem água, vento, sol, urânio, biomassa, óleo, gás e carvão. E, como dizem os estrangeiros, é privilegiado por isso. Mas não temos que seguir o caminho dos combustíveis poluentes para a nossa geração de energia. As usinas nucleares são as melhores opções. Tanto do ponto de vista do desenvolvimento econômico, da independência energética, do domínio da tecnologia, quanto da consolidação de novos talentos em nossa juventude.
28 de novembro de 2013
Antônio Muller, O Globo
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