"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

DIVISÕES POR RENDA, REGIÕES E FAIXAS DE IDADE ACENTUAM O EQUILÍBRIO ENTRE AÉCIO E DILMA







A pesquisa do Datafolha concluída na quinta-feira e destacada em reportagem de Ricardo Mendonça na Folha de São Paulo, edição do dia 10, apresentou vantagem de 51 a 49% para Aécio Neves contra Dilma Rousseff, mas acentuou principalmente um panorama de equilíbrio que se destaca examinando-se, com atenção e isenção, as escalas em que se dividem as estatísticas apresentadas.

Em primeiro lugar, o levantamento partiu dos votos válidos, excluídos assim os que estão hoje preferindo votar branco ou anular (4%)  e a parcela de indecisos, 6%. Dessa forma, as percentagens atribuídas ao senador mineiro e a presidente da República baseiam-se sobre 90% do eleitores.

Vale notar que, em relação aos resultados do primeiro turno, Aécio subiu 18 degraus, passando de 33 para 51 pontos, enquanto Dilma avançou 8 pontos, passando de 41 a 49% das intenções de voto.
Os sufrágios consignados a Marina Silva (21 pontos), assim, ainda não se transferiram completamente, já que temos de levar em conta os 3,5% obtidos pelos demais oito candidatos que se apresentaram ao eleitorado. Esta é sem dúvida uma questão importante para a estratégia dos finalistas na conquista das urnas do próximo dia 26.

Mas voltando ao tema das divisões que orientaram a pesquisa do Datafolha, vemos a classe considerada de renda alta, mais de 10 salários mínimos pesa 7% dos votantes; a média alta, de 5 a 10 salários mínimos representa 24%; a média intermediária, de 2 a 5 SM, significa 31%; a classe  média baixa, até 2SM, reúne 13%; finalmente aqueles que recebem abaixo de 2 SM, são a maioria relativa, foram a parcela de 25%, os excluídos segundo a classificação do Datafolha.

As tendências por classe sociais, hoje, são as seguintes: alta (Aécio 74 a 26), média alta (Aécio 67 a 33); média intermediária (Dilma 52 a 48): média baixa (Dilma 53 a 47) e excluídos (Dilma 64 a 36).

POR REGIÕES E IDADE

Por regiões: Sul (Aécio 50 a 41, 9% brancos, nulos e indecisos); Sudeste (Aécio 55 a 34); Centroeste (Aécio 55 a 33); Nordeste (Dilma 60 a 31); Norte (Dilma 56 a 37%).

Por faixa de idade: de 16 a 34 anos, reunindo 39% do eleitorado: vantagem para Aécio. De 35 a 44, pesando 20% de todo o colégio eleitoral: empate; Dilma –  acrescenta o Datafolha – apresenta vantagem nos 41% que têm mais de 45 anos de idade.

Contrastando-se o levantamento de agora com os índices por faixa etária publicados na edição da FSP de 5 de outubro, verifica-se o setor no qual ocorreu a maior mudança.
No dia 5, Dilma Rousseff vencia em todas as faixas de idade. No momento, empata no segmento de 35 a 44 anos, conserva vantagem junto aos que possuem mais de 45 anos, independentemente do sexo; e perde entre os jovens de 16 a 34 anos.

Os números acentuam o equilíbrio entre Aécio e Dilma. E os segmentos em que o Datafolha se baseou funcionam como pontos básicos para os quais os finalistas das urnas de 26 devem produzir e dirigir suas principais mensagens. Tempo na televisão não vai faltar.
 

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