"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

PT/MARINA: GOLPE DA CISSIPARIDADE


 
Os estrategistas da Revolução, ou  contragolpe de 64,dentre eles o Gen. Golbery, perderam “feio” a guerra de estratégias para o PT, no sentido do prolongamento dos seus mandatos no tempo.
O Regime Militar “abriu as pernas” a fim de que a oposição da época tomasse o poder com liberdade quase total para fazer as mudanças que bem entendesse. Isso até valeria frente a uma democracia praticada com consciência democrática.
Mas jamais funcionaria, como não funcionou, na sua contrária, a OCLOCRACIA, que é a democracia degenerada, corrompida, desvirtuada, deturpada, onde a patifaria política é a grande gestora, que sempre imperou no Brasil.

O resultado aí está. Sucessiva e progressivamente, cada um dos governos posteriores  ao Regime Militar- que também longe ficou de ser satisfatório -  conseguiu a “façanha” de ser pior que o imediatamente anterior.
Essa conclusão não é tirada dos jornais, revistas, livros, nem das palavras dos políticos de hoje e militares que viveram o  “ontem”, porém de conversas que poderão ser mantidas com pessoas que viveram as duas épocas, hoje com mais de 65 anos.

As eleições que se avizinham certamente não tirarão o PT do poder. Muitos já se deram conta disso. Mas nem todos. O PT também está participando disfarçado  nas eleições com a “máscara”  de Marina Silva, usando uma sigla de “aluguel”, mais precisamente, a do PSB. É o PT “alternativo”. As duas chapas, encabeçadas por Dilma e Marina, são de esquerda, ao menos no discurso, porém com práticas das mais nojentas de “direita”.

Essa situação  surgiu após a suspeita morte  “acidental” de Campos. O PSB aceitou Marina na “cabeça” em troca de muito poder no  seu possível futuro governo. 
E também sairá  “lucrando” com a vitória do PT, a quem apoiaria num outro momento, se fosse o caso. É o único partido que sairá vencedor das urnas, com certeza, em uma ou  outra situação. As circunstâncias deram-lhe essa bênção.

Nem é preciso muita inteligência para concluir que, apesar de saltar de um partido para outro com bastante  freqüência, como se fosse  “coruja-de-corredor”, que pula de pau em pau nos corredores de fazenda, a Dona Marina não conseguiu se livrar da “cara-de-PT”, que agregou às suas “tropas” urbanas, também as rurais, do mato etc. Suas “caras” não enganam, mesmo que adotem partidos de aluguel. Significa dizer: “Uma vez PT, sempre PT”.

Finalmente chegamos à parte “técnica” do artigo. O que tem a ver a lei da cissiparidade com o PT, Dilma, PSB e Marina?

A “cissiparidade” é fenômeno da biologia celular. Trata-se do processo de reprodução assexuada dos organismos unicelulares, que é a divisão de uma célula  em duas, ficando a “filha” com o mesmo DNA da célula-mãe. Portanto é um mecanismo de  sobrevivência na natureza. Para não “morrer”, a célula-mãe se subdivide, gerando nova vida.

Os estrategistas do PT recorreram a essa lei biológica, adaptando-a à política. Com o risco de perderem a eleição, depois  do um relativo desgaste de 12 anos no poder, onde todas as estrepolias foram cometidas, seria conveniente montar um “plano B”, um plano “alternativo”, mesmo que usado um disfarce, uma máscara. Seria a mesma coisa que o partido (PT) ter dois candidatos, em siglas diferentes. Até seria prudente uma guerra entre eles, durante a disputa. Mas seria aquela guerra para “inglês ver”. Uma guerrinha  “faz-de-conta”. A vitória estaria assegurada, seja com um  ou outro candidato.

O PSDB e os “outros”, como ficam nesse “circo”? De palhaços na plateia, sem dúvida.

11 de setembro de 2014
Sérgio Alves de Oliveira é Sociólogo e Advogado (RS).

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