Dilma é como a personagem Ofélia e só abre a boca quando tem certeza
A presidente Dilma Rousseff definiu como “estarrecedor” o fato de as denúncias de pagamento de propina na Petrobrás terem sido feitas por um funcionário de carreira da estatal e afirmou que se houve “sangria” ela já foi estancada. “Se houve alguma coisa, e tudo indica que houve, eu posso te garantir que todas, vamos dizer assim, as sangrias que eventualmente pudessem existir estão estancadas”, disse Dilma na série Entrevistas Estadão, realizada no Palácio do Alvorada, em Brasília, e transmitida pela internet.
A presidente afirmou que solicitou oficialmente à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal o acesso ao depoimento do ex-diretor Paulo Roberto Costa, que fechou acordo de delação premiada com a Justiça.
Questionada se, durante o período em que integrou a cúpula da Petrobrás, havia suspeitas de irregularidades, a presidente disse que em “nenhum momento”. “É interessante que a gente lembre que esse diretor(Paulo Roberto Costa) é um quadro de carreira, o que é mais estarrecedor”, disse.
Segundo Dilma, as denúncias envolvendo a Petrobrás “não têm a ver com gestão”. “É de fato surpreendente que ele (Costa) faça isso. Não é típico dos quadros da Petrobrás.” A presidente afirmou já ter solicitado oficialmente o conteúdo das declarações de Costa para “tomar as providências cabíveis” e que recebeu as explicações do ministro Edison Lobão.
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Este pequeno trecho da longa entrevista ao Estadão já demonstra que Dilma Rousseff, apesar de ter sido ministra de Minas e Energia, chefe da Casa Civil e presidente da República, até agora não tem a menor noção de como funcionam as coisas na Petrobras. Seu despreparo é realmente extraordinário.
Como consegue desconhecer que é ABSOLUTAMENTE IMPOSSÍVEL ocorrer qualquer ato de corrupção na Petrobras sem a participação de funcionários de carreira? Qualquer idiota sabe que, da mesma forma, também é impossível haver corrupção no Banco do Brasil, no BNDES ou na Caixa Econômica sem a participação de funcionários de carreira.
Em seu estranho e desencontrado “raciocínio” (se é que podemos considerá-lo assim), o diretor Paulo Roberto Costa teria agido sozinho na aplicação dos golpes na Petrobras.
Mas é óbvio que ele teve de montar uma quadrilha lá dentro, com a participação de superintendentes, chefes de departamento e até gerentes, e é justamente isso que está sendo investigado.
Por fim, dá desânimo. É inacreditável que uma figura inexpressiva e incompetente como Dilma Rousseff tenha chegado à Presidência da República… (C.N.)
11 de setembro de 2014
Deu no Estadão
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