Sobre a antecipação de Natal de R$ 500 mil que os diretores do fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, a Previ, se autoconcederam, escândalo recentemente noticiado aqui na Tribuna da Internet, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, que teve até recentemente dois de seus quadros entre os dirigentes da Previ, manifestou-se da seguinte forma:
“O voto de Minerva no Conselho Deliberativo da Previ, imposto na reunião de julho contra os votos dos representantes eleitos, precisa ser derrubado. É uma excrescência autoritária, implantada pelo Governo FHC, e foi usado duas vezes na história da Previ. Uma, para recolher Imposto de Renda no período tucano.
Outra agora, ao estabelecer parâmetros para aferição do desempenho exigido dos diretores da Previ para que tenham direito a receber o módulo bônus da PLR. As duas decisões não são de interesse dos trabalhadores e comprovam que a gestão compartilhada só será implantada de fato quando o voto de Minerva cair.
Uma dívida dos três últimos governos petistas com os trabalhadores do BB, que precisa ser resgatada. O Sindicato continuará lutando contra essa modalidade de voto que decide coisas em favor dos interesses do banco e de seus executivos.”
A CULPA É DE FHC
A culpa da maldade parece então ser de FHC, o malvado favorito do PT, que inventou o tal voto de Minerva, que a gestão petista do BB usa por livre e espontânea vontade. Porque o sindicato dos bancários “esquece” que a direção do BB e da Previ é de responsabilidade petista é um mistério. E por essa e outras é que há quem diga que os dirigentes eleitos votaram contra para jogar para a platéia, pois sabiam que o voto de Minerva seria usado.
Neste caso, o problema maior dos trabalhadores parece ser a esquerda, que os trai, quer dizer “contrai dívida” para com eles, do que outra coisa. E como o Síndicato dos Bancários de SP é ligado à CUT, está em campanha por Dilma. Quer dizer, está mais fácil, se eleita, aumentar a “dívida” do que o seu “resgate”, pois se três mandatos do PT não bastaram, não vai ser no próximo que os trabalhadores serão lembrados.
11 de setembro de 2014
Márcio Gomes
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