O juiz Marlon Reis, que merece nossa admiração e respeito, por ser do Movimento de Combate à Corrupção (MCCE) e por ter sido um dos articuladores da coleta de assinaturas para o projeto popular que resultou na Lei da Ficha Limpa, não tem, então, o direito de ser ingênuo, ao querer que os partidos sejam punidos por lançar candidaturas passíveis de indeferimento e, principalmente, dizer que o “eleitor é o maior dos juízes eleitorais e que ele é que tem o poder de tirar da vida pública os que tenham máculas passadas”.
Como o juiz sabe muito bem, há os votos de opinião e os votos comprados, por dinheiro ou doação de materiais diversos. E, como as classes mais pobres, maioria no País, acham normal político roubar, tudo isso demonstra que o eleitor, apesar de ter esse poder, não quer usá-lo para o bem comum e para o bem do País.
A prova definitiva são três notórios maculados, Arruda, Garotinho e Maluf, estarem, dois, à frente nas pesquisas para governador, um deles- pasmem - mesmo todo o Brasil tendo-o visto recebendo pacotes de dinheiro da corrupção, e o terceiro, apesar de ter sido a razão do neologismo “malufar”, e de estar sendo procurado pela Interpol, ainda continuar desfilando sua nada pudibunda atitude por aí e querer se reeleger, como deputado...
A solução, caro juiz, não está no eleitor, e é simples: leis duras, que restrinjam tantos recursos, agravos e embargos, e uma Justiça ágil e rigorosa. Ou seja, depende do Congresso, justamente dos políticos...
Luiz Sérgio Silveira Costa é Almirante, reformado.
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