Seja quem for o vencedor do próximo pleito presidencial em nosso país, os brasileiros serão os grandes derrotados. Isto porque nenhum dos três principais candidatos possui, em nosso entendimento, condições razoáveis de ser o primeiro mandatário de uma Nação como a nossa, em um cenário bastante complexo e adverso. Inclusive, dos dez candidatos, seis foram ou são petistas. Escapam apenas quatro: o tucano Aécio, o pastor Everaldo e os Srs. Levy e Eymael.
A candidata à reeleição revelou-se incapaz de administrar o Brasil de forma sequer razoável. A sequência de escândalos já atinge o limite máximo imaginado. O último, realçado pelas bombásticas revelações do ex-diretor Sr. Paulo Roberto Costa, fere profundamente a todos nós, brasileiros nacionalistas, defensores ferrenhos da nossa eterna Petrobras.
É triste verificar o aparelhamento político-partidário da empresa símbolo do Brasil com suas nefastas consequências.
O “mensalão 1” já foi uma dose cavalar. Seguiram-se então Pasadena, Abreu Lima e outros. Não é possível acreditar que a “grande gerente”, tendo exercido as funções de ministra de Minas e Energia, da Casa Civil, presidente do Conselho de Administração da Petrobras e agora na Presidência, de nada sabia. Neste caso, então é de uma incompetência gritante. Se sabia e nada fez para impedir os “malfeitos” é no mínimo conivente.
A situação econômica é grave. Temos uma taxa de inflação no teto da meta, apesar do represamento de inúmeros setores (energia, combustíveis e outros), um crescimento pífio do Produto Interno Bruto (PIB) com a previsão de algo inferior a 1%,um déficit estimado do Balanço de Pagamentos em Transações Correntes no corrente ano de cerca de US$ 80 bilhões, uma taxa de desemprego, segundo o DIEESE de 10,8% em junho do corrente ano, e de 7% segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do IBGE, contra 5% da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), uma dívida externa de US$ 526,3 bilhões, considerando os empréstimos intercompanhia de US$ 197,9 bilhões.
O real está sobrevalorizado devido à atuação do Banco Central. Estima-se um reajuste de pelo menos 15 % após as eleições. A taxa de investimento não consegue ultrapassar o patamar de 18% e a taxa de poupança fica em 14% do PIB. O ministro da Fazenda torna-se um “pato manco”, pois já foi anunciada sua saída ainda restando quatro meses de “governo”.
Isto sem contar o Passivo Externo Bruto, em torno de US$ 1,3 trilhão já em 2010, segundo o Prof. Reinaldo Gonçalves. A corrupção campeia livremente sem ser devidamente coibida. Centenas de milhões de dólares são doadas a “governos amigos”, com o perdão de dívidas, ou através de financiamentos do BNDES a empreiteiras privadas, generosas doadoras de campanhas eleitorais, que também nunca serão ressarcidos devidamente.
Ganham as empreiteiras, os países agraciados e perde o povo brasileiro. E ainda afirmam que não temos recursos para investir na saúde, na educação, na segurança, enfim, na infra-estrutura econômico-social. Até para os quase dez milhões de aposentados que recebem pouco mais de um salário mínimo de aposentadoria não há dinheiro para reposição de seus “benefícios”.
Ganham as empreiteiras, os países agraciados e perde o povo brasileiro. E ainda afirmam que não temos recursos para investir na saúde, na educação, na segurança, enfim, na infra-estrutura econômico-social. Até para os quase dez milhões de aposentados que recebem pouco mais de um salário mínimo de aposentadoria não há dinheiro para reposição de seus “benefícios”.
Na expressão política, com a reeleição, teremos a definitiva implantação de um regime bolivariano no Brasil, a exemplo do ocorrido na Venezuela, Bolívia, Equador, Nicarágua e outros sob a inspiração castrista.
Os exemplos da Venezuela e da outrora próspera Argentina são gritantemente esclarecedores das consequências do populismo autoritário e da incompetência explícita. Se agora, já está assim, imaginem se a reeleição de Dilma ocorrer. Teremos a aplicação, na prática, dos piores pesadelos dos defensores da democracia, com a confirmação das previsões do genial escritor George Orwell (Eric Blair). E o pior. A falta de confiabilidade das urnas eletrônicas de primeira geração da Diebold, que está sendo processada nos tribunais dos EUA.
Os exemplos da Venezuela e da outrora próspera Argentina são gritantemente esclarecedores das consequências do populismo autoritário e da incompetência explícita. Se agora, já está assim, imaginem se a reeleição de Dilma ocorrer. Teremos a aplicação, na prática, dos piores pesadelos dos defensores da democracia, com a confirmação das previsões do genial escritor George Orwell (Eric Blair). E o pior. A falta de confiabilidade das urnas eletrônicas de primeira geração da Diebold, que está sendo processada nos tribunais dos EUA.
O senador Aécio possui compromissos políticos que o impossibilitam na prática de administrar o país com soberania e independência. Sua dependência a FHC piora o quadro, pois o pecado da reeleição foi cometido pelo sociólogo, quando na prática prorrogou seu mandato por mais um período. Não revela carisma e os indicadores de seu desempenho são decepcionantes a começar pela sua posição atual nas pesquisas em MG que o apresentam em terceiro lugar. Pode ser que se recupere agora, pois não foi atingido pelo “mensalão 2”.
Quanto à messiânica Marina, ela representa um salto no escuro, se bem que é notória representante dos interesses anglo-saxões no Brasil, bem como apresenta em sua assessoria representantes do segmento financeiro e de ONGs ligadas ao movimento mundial de oposição ao desenvolvimento de Nações emergentes, apesar de suas origens no PCR (Partido Comunista Revolucionário) e no PT. Porém, para manter-se no poder terá que fazer alianças mais programáticas do que os já repudiados acordos do denominado “presidencialismo de coalizão”.
Resta-nos apoiar a quem cause menos prejuízo ao nosso Brasil.
11 de setembro de 2014
Marcos Coimbra é Economista, Professor, Membro do Conselho Diretor do CEBRES, Titular da Academia Brasileira de Defesa e Autor do livro Brasil Soberano.
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