É um fato: há momentos em que a campanha eleitoral no Rio de janeiro ganha características de verdadeira comédia do cinema americano das décadas de 50 e 60, no mais puro estilo marcado pelos Irmãos Marx, que, vale lembrar, nada tem com o pensador Karl Marx.
Para sustentar a afirmação que faço, é necessário apenas ler as reportagens de Carolina de Oliveira Castro, Pâmela Oliveira e Letícia Fernandes publicadas no Globo, edição de 29 passado. Vamos por partes.
Para sustentar a afirmação que faço, é necessário apenas ler as reportagens de Carolina de Oliveira Castro, Pâmela Oliveira e Letícia Fernandes publicadas no Globo, edição de 29 passado. Vamos por partes.
Depois da Secretaria de Segurança informar ao Tribunal Regional Eleitoral que traficantes e milicianos vêm ocupando 41 comunidades de baixa renda do Grande Rio e cobrando pedágio e aluguel para que os candidatos possam fazer investidas eleitorais nesses redutos, o governador Luiz Fernando Pezão afirmou ao próprio Globo que não se opõe ao pedido de tropas federais para garantir a liberdade de expressão no Estado.
Não se opõe? Mas como, se foi uma Secretaria de sua administração que se dirigiu ao TRE? O TRE, por seu turno, dirigiu-se ao Superior Tribunal Eleitoral, que, como é de rigor e prevê a lei, vai consultar o governador. E o governador, de quem partiu na realidade a solicitação indireta, agora diz não se opor. Não se opõe ou necessita? Se não precisa do apoio federal, a consulta é desnecessária. Uma comédia.
Não se opõe? Mas como, se foi uma Secretaria de sua administração que se dirigiu ao TRE? O TRE, por seu turno, dirigiu-se ao Superior Tribunal Eleitoral, que, como é de rigor e prevê a lei, vai consultar o governador. E o governador, de quem partiu na realidade a solicitação indireta, agora diz não se opor. Não se opõe ou necessita? Se não precisa do apoio federal, a consulta é desnecessária. Uma comédia.
APREENSÃO DE MATERIAL
No mesmo texto, o TRE apreendeu material de propaganda do candidato Anthony Garotinho na favela da Maré. Panfletos em grande número, remédios para serem distribuídos e formulários para o recebimento de cheques. O candidato disse à reportagem do jornal desconhecer a origem do material destinado à divulgação no local. Paralelamente, também de origem não assumida, um pedido de oração a fieis de um templo, para que Deus inspira Garotinho a governar o Rio de Janeiro. Garotinho lidera as pesquisas de intenção de votos.
O contexto da matéria inclui ainda mensagem de texto, de origem igualmente desconhecida, distribuído pelo sistema SMS, atacando fortemente a política dos governos Sérgio Cabral e Pezão e destacando as qualidades que o conteúdo atribui a Garotinho. Junte-se a isso tudo o anúncio que o candidato do PDT ao Senado, Carlos Lupi, ex-ministro do Trabalho do governo Dilma Rousseff, vem publicando nos jornais, o 1 do ex-presidente Lula e 1 da chefe do executivo como se ambos o estivessem apoiando. Confusões generalizadas. E olha que estamos a apenas um mês do primeiro turno das eleições de outubro. As urnas estão se aproximando.
11 de setembro de 2014
Pedro do Coutto
11 de setembro de 2014
Pedro do Coutto
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