"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

PÃO DE AÇÚCAR VAI INVESTIGAR OS PAGAMENTOS FEITOS A PALOCCI



 
A Companhia Brasileira de Distribuição, dona da marca Pão de Açúcar, informou neste domingo (19) que solicitará ao comitê de auditoria interno do grupo empresarial a abertura de investigação sobre suposto pagamento realizado ao escritório de advocacia do ex-ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça), morto no ano passado.
 
Alvo da Operação Lava Jato, o ex-ministro Antonio Palocci (Casa Civil) teria recebido em 2010, ao menos, R$ 12 milhões de 30 empresas quando coordenou a primeira campanha presidencial de Dilma Rousseff (PT).
 
Segundo reportagem da revista “Época”, um dos pagamentos foi realizado pelo grupo Pão de Açúcar, que teria repassado R$ 5,5 milhões ao petista, sendo o primeiro deles, de R$ 1 milhão, feito ao escritório de Márcio Thomaz Bastos.
 
“O conselho de administração reuniu-se e deliberou por unanimidade solicitar ao comitê de auditoria que dê início a uma investigação sobre a suposta existência e a origem dos pagamentos realizados”, informou. “Caso se verifique que ocorreram, [apure] os serviços que a eles corresponderam e a cadeia de aprovações de tais pagamentos”, acrescentou.
 
GESTÃO ANTERIOR
 
Em nota, o grupo empresarial informou também que, até este final de semana, não tinha informação sobre a existência dos pagamentos, que teriam sido efetuados antes da aquisição do Pão de Açúcar pelo Grupo Casino, em 2012.
A revista teve acesso a listagem das 30 empresas que te
riam feito pagamentos a Palocci, parte de uma investigação sigilosa conduzida pelo Ministério Público Federal.
 
Segundo a reportagem, Palocci atuaria para ajudar na fusão da empresa com as Casas Bahia. No entanto, a consultoria Estáter, contratada pelo Pão de Açúcar para atuar no caso, informou que Palocci não teve participação no negócio.
 
Ao Ministério Público, o Pão de Açúcar informou que “em função da relação de confiança desenvolvida” é comum que os “serviços de assessoria jurídica sejam contratados de modo mais informal”, diz a revista.
 
O Ministério Público investiga ainda pagamentos recebidos pelo ex-ministro do frigorífico JBS e da concessionária Caoa, que somaram R$ 6,5 milhões.
 
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG - Falta tradução simultânea no texto. Onde se lê “serviços de assessoria jurídica” leia-se tráfico de influência, porque Palocci não é advogado. Onde se lê “contratados de modo mais informal”, leia-se sem contrato assinado. É tudo uma vergonha. Em um país sério, Palocci estaria trancafiado. Aqui no Brasil, ele fica livre, leve e solto, para mandar mensagens aos amigos, dizendo estar sendo perseguido. (C.N.)

22 de abril de 2015
Deu na Folha

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