Desde que a palavra impeachment voltou ao imaginário político brasileiro, dado o alto nível das improbidades que vão sendo reveladas, o PT e seus porta-vozes têm se esforçado para emplacar o velho discurso do "golpe em andamento".
Basta observar com atenção o noticiário. Quanto mais são expostos os meios ilegítimos usados pelo PT para conquistar e se sustentar no poder, mais ilegitimidade o partido e seus militantes enxergam na imprensa, nas ruas, nos críticos e nos adversários.
Essa projeção reativa do outro, no jargão psicanalítico, é um mecanismo de defesa. Sigmund Freud, que a incluiu no grupo das patologias, registrou que ela é ineficaz pois leva o sujeito a falsificar a percepção da realidade e a criar uma ideia deformada do mundo.
Não surpreende que André Singer, na edição da Folha do último sábado, tenha acusado a oposição de flertar com um "golpe branco", isto é, de buscar brecha na lei que lhe abrisse o caminho ao poder. Como se não fosse exatamente essa a razão pela qual o Partido dos Trabalhadores tem sido incriminado.
André Singer faz cortina de fumaça com o impeachment. Ele sabe que a grande ilegitimidade desmascarada pela operação Lava Jato é a forma como a presidente Dilma Rousseff ascendeu ao poder: alicerçada na fraude, no dolo, na mentira e no desprezo à lei e à Justiça.
Sem patrimônio político próprio, sem liderança que a respaldasse para a tarefa, sem autoridade ou controle sobre as práticas do partido, Dilma Rousseff emprestou seu rosto e seu nome para um projeto de poder, como agora se sabe, nutrido pelo desvio, a transgressão das leis.
Ela poderia ser vítima, se não fosse beneficiária dos esquemas operados. André Singer sabe disso. Por isso marca posição e já adianta que crimes passados não podem cassar ninguém. Raras vezes a condescendência com o desvio foi tão desavergonhada.
Ao contrário do que diz André Singer, o golpe em andamento não é branco. O golpe contra a democracia, contra o bolso do contribuinte e a boa-fé dos eleitores brasileiros é vermelho. O PT fraudou o jogo, enganou a Justiça e obteve vantagens eleitorais para fabricar Dilma Rousseff como mandatária da Nação.
Ao endossar o projeto político atual, gestado no caldo de cultura do governo de que foi porta-voz, André Singer ajuda a deseducar um pouco mais nossa ainda frágil cultura democrática. A mensagem que fica é a de que há ladrões do bem e roubos acima de qualquer censura.
Enquanto os brasileiros trabalham, pagam seus impostos e se esforçam para dar exemplo aos filhos do que é certo e justo, intelectuais como Singer, domesticados pelo poder, se esforçam pela legitimação dos atos corruptos. É psicose ideológica em estágio crítico.
Basta observar com atenção o noticiário. Quanto mais são expostos os meios ilegítimos usados pelo PT para conquistar e se sustentar no poder, mais ilegitimidade o partido e seus militantes enxergam na imprensa, nas ruas, nos críticos e nos adversários.
Essa projeção reativa do outro, no jargão psicanalítico, é um mecanismo de defesa. Sigmund Freud, que a incluiu no grupo das patologias, registrou que ela é ineficaz pois leva o sujeito a falsificar a percepção da realidade e a criar uma ideia deformada do mundo.
Não surpreende que André Singer, na edição da Folha do último sábado, tenha acusado a oposição de flertar com um "golpe branco", isto é, de buscar brecha na lei que lhe abrisse o caminho ao poder. Como se não fosse exatamente essa a razão pela qual o Partido dos Trabalhadores tem sido incriminado.
André Singer faz cortina de fumaça com o impeachment. Ele sabe que a grande ilegitimidade desmascarada pela operação Lava Jato é a forma como a presidente Dilma Rousseff ascendeu ao poder: alicerçada na fraude, no dolo, na mentira e no desprezo à lei e à Justiça.
Sem patrimônio político próprio, sem liderança que a respaldasse para a tarefa, sem autoridade ou controle sobre as práticas do partido, Dilma Rousseff emprestou seu rosto e seu nome para um projeto de poder, como agora se sabe, nutrido pelo desvio, a transgressão das leis.
Ela poderia ser vítima, se não fosse beneficiária dos esquemas operados. André Singer sabe disso. Por isso marca posição e já adianta que crimes passados não podem cassar ninguém. Raras vezes a condescendência com o desvio foi tão desavergonhada.
Ao contrário do que diz André Singer, o golpe em andamento não é branco. O golpe contra a democracia, contra o bolso do contribuinte e a boa-fé dos eleitores brasileiros é vermelho. O PT fraudou o jogo, enganou a Justiça e obteve vantagens eleitorais para fabricar Dilma Rousseff como mandatária da Nação.
Ao endossar o projeto político atual, gestado no caldo de cultura do governo de que foi porta-voz, André Singer ajuda a deseducar um pouco mais nossa ainda frágil cultura democrática. A mensagem que fica é a de que há ladrões do bem e roubos acima de qualquer censura.
Enquanto os brasileiros trabalham, pagam seus impostos e se esforçam para dar exemplo aos filhos do que é certo e justo, intelectuais como Singer, domesticados pelo poder, se esforçam pela legitimação dos atos corruptos. É psicose ideológica em estágio crítico.
22 de abril de 2015
José Anibal
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