A Justiça Federal do Paraná decidiu, nesta terça-feira (21), prorrogar por mais cinco dias a prisão temporária de Marice Correa Lima, cunhada do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.
Ela é suspeita de ser subordinada do cunhado no esquema de desvios na Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato, auxiliando na lavagem e na transferência do dinheiro à família Vaccari. Ela nega as acusações.
Novas provas colhidas pelo Ministério Público Federal indicam que Marice realizou depósitos não identificados na conta da irmã, a mulher de Vaccari, Giselda Lima. Dois deles foram feitos ainda em março de 2015.
“Tudo indica que Giselda recebe uma espécie de ‘mesada’ de fonte ilícita, paga pela investigada até março de 2015″, afirmam os procuradores. Entre 2008 e 2014, a mulher de Vaccari recebeu R$ 583 mil em depósitos não identificados, segundo o Ministério Público.
SEIS ANOS DE IMPUNIDADE
O juiz federal Sergio Moro considerou que há chances de que Marice volte a praticar crimes, levando em conta os indícios colhidos até aqui. Ele afirmou ser “perturbador” o fato de haver indícios de seu envolvimento em crimes desde 2009 até 2015.
Moro determinou que Marice seja ouvida novamente pela Polícia Federal a respeito dos depósitos à irmã e esclareça a origem do dinheiro -já que, no depoimento colhido nesta segunda (20), ela negou ter feito transferências para Giselda.
A defesa de Marice diz que ela é inocente e que vai provar a origem lícita de todas as transferências e patrimônio.
22 de abril de 2015
Deu na Folha
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