"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

A QUE IMPRENSA ELES SE REFEREM? A DA SUÉCIA?!

Associados a fundos de pensão criticam omissão da imprensa




Associados da Petros denunciam que há quase 4 anos têm alertado para os prejuízos da operação NTNBs /Itaúsa ON /Camargo Correa (que envolveu 1/3 dos ativos do fundo de pensão da Petrobras, ou perto de R$ 20 bilhões naquele momento, dez/2010). Houve sucessivas denúncias a jornalistas, ouvidorias da Petros/Petrobras, presidências das entidades, conselheiros eleitos e participantes dos fóruns de discussões. Mas a repercussão foi mínima.

Da mesma forma como ocorreu na Postalis (Correios) e na Funcef (Caixa Econômica), os prejuízos da Petros também se acumulam e os associados terão de aumentar suas contribuições, para não haver redução no valor atualmente pago para complementação das aposentadorias.


Houve cumplicidade interna, claro. Os conselheiros eleitos (indicados pelo Comitê em Defesa dos Participantes da Petros) apoiaram os investimentos equivocados e um acordo adiando o pagamento da dívida que a Petrobras tinha com a Petros. Quando interpelados, esses conselheiros tratavam como terroristas os associados que se opunham às medidas tomadas. Foram cúmplices e tentaram acobertar a dilapidação do patrimônio da Petros e em nenhum momento se prontificaram a discutir o assunto de forma a esclarecer o que estava ocorrendo.


LAVA JATO


Só depois da operação Lava Jato é que as irregularidades começaram a sair na imprensa, de forma ainda inconsistente, e estão a merecer reportagens de maior profundidade, especialmente sobre Acordo de Obrigações Recíprocas (AOR), assinado pela tríade Petrobrás/FUP/Petros, para quitar dívidas antigas da Petrobras com a Petros, e a aplicação NTNBs /Itaúsa ON /Camargo Correa.


Por imposição do governo, a dívida da Petrobras com a Petros está agendada para pagamento somente em outubro/2028. Em 2013, o Conselho da Petros estimou um aumento de 47% no valor da dívidaEm 2014, outros 15%. Esses resultados – aparentemente positivos – são lançados no balanço da Petros para maquiar os números, no estilo Dilma Rousseff/Guido Mantega.


ESTUDO INDEPENDENTE


Agora, é necessário um estudo atuarial independente para demonstrar o que realmente está ocorrendo. O aumento da dívida (que a Petrobrás não havia aceito em anos anteriores) agora é usado para diminuir o déficit técnico da Petros, que vai obrigar os associados a elevaram as contribuições mensais (são 28 mil contribuintes e mais de 50 mil aposentados).


A verdade é que a mídia, o Ministério Público e os parlamentares jamais se interessaram pelo desastre que estava acontecendo nos fundos de pensão, entregues ao PT, ao PMDB e ao PCdoB. Mas a imensa maioria dos associados também tem culpa no cartório, porque simplesmente deixaram tudo isso acontecer, enquanto apenas alguns abnegados tentavam resistir à dilapidação dos fundos de pensão. Depois, reclamam.


22 de abril de 2015
Carlos Newton

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